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sexta-feira, 24 de outubro de 2014

A SORDIDEZ DA VEJA

“247 - A menos de 72 horas das eleições presidenciais, a revista Veja publica uma capa que poderá entrar para a história do jornalismo como um dos mais sórdidos atentados contra a democracia já vistos no País. A reportagem destaca suposto trecho da delação premiada do doleiro Alberto Youssef, em que ele afirmaria que tanto a presidente Dilma Rousseff como seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva "sabiam de tudo" que ocorria na Petrobras.
Aqui segue o que diz a Veja que, no desespero da derrota iminente, antecipou o lançamento de sua última edição para tentar evitar a reeleição de Dilma:
“Na última terça-feira, o doleiro Alberto Youssef entrou na sala de interrogatórios da Polícia Federal em Curitiba para prestar mais um depoimento em seu processo de delação premiada. Como faz desde o dia 29 de setembro, sentou-se ao lado de seu advogado, pôs os braços sobre a mesa, olhou para a câmera posicionada à sua frente e se colocou à disposição das autoridades para contar tudo o que fez, viu e ouviu enquanto comandou um esquema de lavagem de dinheiro suspeito de movimentar 10 bilhões de reais. A temporada na cadeia produziu mudanças profundas em Youssef. Encarcerado desde março, o doleiro está bem mais magro, tem o rosto pálido, o cabelo raspado e não cultiva mais a barba. O estado de espírito também é outro. Antes afeito às sombras e ao silêncio, Youssef mostra desassombro para denunciar, apontar e distribuir responsabilidades na camarilha que assaltou durante quase uma década os cofres da Petrobras. Com a autoridade de quem atuava como o banco clandestino do esquema, ele adicionou novos personagens à trama criminosa, que agora atinge o topo da República. Perguntado sobre o nível de comprometimento de autoridades no esquema de corrupção na Petrobras, o doleiro foi taxativo:
— O Planalto sabia de tudo!
— Mas quem no Planalto?, perguntou o delegado.
— Lula e Dilma, respondeu o doleiro.
Conheça, nesta edição de VEJA, os detalhes do depoimento que Alberto Youssef prestou às autoridades.
Um dia após o lançamento da revista, quem desmente a declaração de Youssef? 
Seu próprio advogado que, segundo a Veja, estava presente ao depoimento de seu cliente (leia aqui em O Globo).
247 - A tentativa de golpe da Editora Abril contra a democracia brasileira não durou um dia. Menos depois de 24 horas após circular com uma edição extra, acusando a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula de "saberem de tudo" sobre o esquema denunciado na Petrobras, o "depoimento" do doleiro Alberto Youssef foi desmentido por ninguém menos que seu próprio advogado, o criminalista Antonio Figueiredo Basto.
“Eu nunca ouvi nada que confirmasse isso. Não conheço esse depoimento, não conheço o teor dele. Estou surpreso”, afirmou Basto. “Conversei com todos da minha equipe e nenhum fala isso. Estamos perplexos e desconhecemos o que está acontecendo. É preciso ter cuidado porque está havendo muita especulação”, alertou o advogado.
A edição de Veja foi antecipada para a quinta-feira para tentar interferir na sucessão presidencial, sobrepondo-se à soberania popular. Ontem, pesquisas Ibope e Datafolha confirmaram a liderança da presidente Dilma Roussef nas pesquisas eleitorais.
Os responsáveis diretos pelo atentado à democracia cometido pela Editora Abril são o diretor de Redação de Veja, Eurípedes Alcântara, o executivo Fábio Barbosa, que conduz a gestão da empresa, além dos acionistas da família Civita. Conduziram o jornalismo brasileiro a seu momento mais irresponsável, mais vil e mais torpe.
Eurípedes Alcântara é aquele envolvido com o Cachoeira e Fábio Barbosa foi Conselheiro de Administração da Petrobrás, entre 2003 e 2011, durante quase todo o tempo em que Paulo Roberto Costa foi diretor e lhe apresentava as contas. Mas, o atual presidente da editora Abril não sabia de nada.
É repugnante o que faz a Veja, mas, desta vez, quebrou a cara. Globo, Folha e Estadão evitaram entrar nessa canoa furada e nem deram destaque à sórdida mentira. Preferiram destacar em manchete as pesquisas que mostram Dilma disparada à frente do playboy. 
O maior destaque do Estadão (aqui) foi a declaração de Paulo Roberto Costa sobre o pagamento de vinte milhões para o caixa dois da campanha de Eduardo Campos – na foto com o corrupto da Petrobrás – em 2010.
Nada vai mudar o voto do eleitor consciente.
É por essas e outras que vem aí a regulação da mídia.

N.L.: nem o Jornal Nacional tocou no assunto. A Veja deu um tiro no próprio pé.

4 comentários:

Eduardo,o imbecil disse...

Você tem alguma dúvida de que Lula & Dilma sabiam de tudo, seu tolinho?
O cara está sob delação premiada e se mentir está ferrado.
E a VEJA(que denunciou o MENSALÃO)perderia a grande credibilidade que tem publicando o que não poderia provar???
Regulação da mídia é golpe de "ditaduras mais ou menos ostensivas"como Venezuela e Argentina ou longevas como a cubana.
Censura já tivemos no Brasil quando Dilma(e eu)lutávamos contra a ditadura.VOCÊ CHAMARIA DE REGULAÇÃO DA MÌDIA.
Impedir a notícia é que é golpe.
Na verdade você e muitos petistas guardam com carinho a hedionda ditadura no fundo do coração.

Eduardo,o imbecil disse...

O advogado de Yousssef,Antonio Augusto Figueiredo Basto,declarou:
O senhor nega que Alberto Youssef tenha dito que o Lula e Dilma sabiam dos desvios na Petrobras? Eu acho que as minhas declarações estão sendo usadas politicamente. Não posso me manifestar sobre um fato que é sigiloso. Nunca desmenti a reportagem da revista. Eu não posso desmentir um fato sobre o qual não posso me manifestar

Eduardo,o imbecil disse...

REGULAÇÃO DA MÌDIA ???
Você é um filhote da ditadura como se dizia na época.
Dá prá flertar com o bolivarianismo falido e profundamente autoritário,incompetente de algumas viúvas de Chávez(não é o Chapolim!)?

Eduardo,o imbecil disse...

“Estarrecido” é o particípio do verbo “estarrecer” e significa, como se sabe “horrorizado, apavorado; muito espantado, perplexo”
Coitada...