É uma tentativa de alavancar seus candidatos.
terça-feira, 30 de setembro de 2014
COMPARAÇÕES 2002 COM 2013
domingo, 28 de setembro de 2014
CIVILIDADE
No programa
eleitoral vemos tantos doutores, professores, pastores, redentores, senhores
tão notáveis que nos fazem crer que a próxima legislatura será a melhor de
todos os tempos. Contudo, nenhum político é aquilo que parece ser.
Todos afirmam que
vão lutar pela educação. Que sem educação não há salvação. Como se educação não
fosse responsabilidade de todos. De mim e de você. De pais e mães.
Como se não
existissem canalhas, gente vil, sem escrúpulos, cínicos, hipócritas, infames,
torpes, indignos e safados muito bem educados, formados nas melhores escolas
com os melhores professores.
Ninguém defende a
civilidade e a ética que encontramos em
pessoas simples que não passaram pelos bancos escolares.
Civilidade – diz
o Aurélio – é “Aquele conjunto de
formalidades observadas entre si pelos cidadãos em sinal de respeito mútuo e
consideração: a polidez, urbanidade, delicadeza, cortesia.” Eu acrescento: a ética.
Por que, então,
os candidatos falam apenas em educação?
Apenas porque
podem culpar os governos pela ausência dela. Se falarem em civilidade e ética,
estarão responsabilizando o próprio eleitor por sua falta. Assim como podem
culpar o governo e a assistência médica pela saúde da população. Mas, ninguém
reclama dos dentes cariados do povo, pois não podem culpar o governo nem os
dentistas.
Raciocinam como o
Aécio, aquele que, indignado, afirmou:“o povo faz tudo certo e o governo faz tudo
errado”, somente para livrar a cara
daqueles que:
1. Trocam voto
por qualquer coisa:
areia, cimento, tijolo e dentadura;
2. Subornam ou tentam subornar quando são pegos cometendo infração;
3. Estacionam o carro nas calçadas e em vagas exclusivas para deficientes ou idosos; param em filas duplas e triplas, em qualquer lugar; e trafegam pela direita nos acostamentos em congestionamentos;
4. Desrespeitam os lugares para idosos e gestantes no metrô;
2. Subornam ou tentam subornar quando são pegos cometendo infração;
3. Estacionam o carro nas calçadas e em vagas exclusivas para deficientes ou idosos; param em filas duplas e triplas, em qualquer lugar; e trafegam pela direita nos acostamentos em congestionamentos;
4. Desrespeitam os lugares para idosos e gestantes no metrô;
5. Fazem gato de luz, água, Velox e
contratam a gatonet;
6. Não respeitam a lei do silêncio,
explodindo o funk
pornográfico em seus carros de som ;
7. Dirigem após consumir muita bebida alcoólica;
8. Espalham churrasqueira, mesas e cadeiras nas calçadas;
7. Dirigem após consumir muita bebida alcoólica;
8. Espalham churrasqueira, mesas e cadeiras nas calçadas;
9. Pegam atestado médico para faltar ao
trabalho;
10. Furtam remédios, gaze, esparadrapo,
etc, em hospitais e postos de saúde;
e culpam o governo pela falta deles;
11. Pegam dinheiro
emprestado com amigos e somem para sempre;
12. Nas praias, fazem arrastão na areia e cocô no mar;
13. Mudam a cor da pele para ingressar na universidade através do sistema de cotas;
14. Comercializam objetos doados nas campanhas de ajuda a vítimas de catástrofes;
15. Levam da empresa onde trabalham, pequenos objetos, como clipes, envelopes, canetas, lápis, etc, como se isso não fosse furto;
16. Comercializam os vales-transporte e vales-refeição;
12. Nas praias, fazem arrastão na areia e cocô no mar;
13. Mudam a cor da pele para ingressar na universidade através do sistema de cotas;
14. Comercializam objetos doados nas campanhas de ajuda a vítimas de catástrofes;
15. Levam da empresa onde trabalham, pequenos objetos, como clipes, envelopes, canetas, lápis, etc, como se isso não fosse furto;
16. Comercializam os vales-transporte e vales-refeição;
17. Quando recebem um troco a mais não devolvem;
18. Comandam “operação especial” – como o Coronel e o Major PMs do 14º BPM - para achacar comerciantes e vans; e quando saem da PM, chefiam milícias em comunidades carentes; e, também, como o outro coronel PM pego com um carregamento de 350 quilos de maconha;
18. Comandam “operação especial” – como o Coronel e o Major PMs do 14º BPM - para achacar comerciantes e vans; e quando saem da PM, chefiam milícias em comunidades carentes; e, também, como o outro coronel PM pego com um carregamento de 350 quilos de maconha;
19. Participam de torcidas organizadas para causar confusão;
agridem a mulher;
20.
Cheiram ou criam chincheiros, delinquentes, funkeiros, assaltantes e “black blocs”;
21. Passam anos sem ler um único livro; não estudam, mas têm
carteira de estudante e diploma
falso do ensino médio.
22. Acreditam na magricela quando ela diz que todos melhoraram de vida por esforço próprio;
23. Abusam do anonimato covarde para ofender;
24. Fazem apologia ao estupro pelo feissibuque;
25. E vivem todos revoltados com Deus e o mundo.
22. Acreditam na magricela quando ela diz que todos melhoraram de vida por esforço próprio;
23. Abusam do anonimato covarde para ofender;
24. Fazem apologia ao estupro pelo feissibuque;
25. E vivem todos revoltados com Deus e o mundo.
Indignados, reclamam de tudo. De todos os políticos. Hipocrisia, são iguais a eles. Os candidatos saíram desse nosso meio. Ou não? Vieram de Marte?
Os hipócritas reclamam de quê, afinal?
Os hipócritas reclamam de quê, afinal?
Para conseguirmos melhores candidatos, é imprescindível assumir a
culpa e adotar uma mudança de comportamento. Precisamos de educação sim, é
claro, mas precisamos muito mais de civilidade.
Com civilidade e ética, vamos produzir melhores candidatos. E - quem sabe? - até melhores comentaristas nos blogs.
Com civilidade e ética, vamos produzir melhores candidatos. E - quem sabe? - até melhores comentaristas nos blogs.
sábado, 27 de setembro de 2014
GIVE PEACE A CHANCE
No dia 1º de janeiro de 2014 – Dia da Fraternidade Universal - o Papa
Francisco celebrou o XLVII Dia Mundial da Paz com um discurso em que, entre
outros temas (aqui),
declarou:
“A fraternidade extingue a guerra
Ao
longo do ano que termina, muitos irmãos e irmãs nossos continuaram a viver a
experiência dilacerante da guerra, que constitui uma grave e profunda ferida
infligida à fraternidade.
Há
muitos conflitos que se consumam na indiferença geral. A todos aqueles que
vivem em terras onde as armas impõem terror e destruição, asseguro a minha
solidariedade pessoal e a de toda a Igreja.
Esta
última tem por missão levar o amor de Cristo também às vítimas indefesas das
guerras esquecidas, através da oração pela paz, do serviço aos feridos, aos
famintos, aos refugiados, aos deslocados e a quantos vivem no terror.
De
igual modo a Igreja levanta a sua voz para fazer chegar aos responsáveis o
grito de dor desta humanidade atribulada e fazer cessar, juntamente com as
hostilidades, todo o abuso e violação dos direitos fundamentais do homem.
Por
este motivo, desejo dirigir um forte apelo a quantos semeiam violência e morte,
com as armas: naquele que hoje considerais apenas um inimigo a abater,
redescobri o vosso irmão e detende a vossa mão!
Renunciai
à via das armas e ide ao encontro do outro com o diálogo, o perdão e a
reconciliação para reconstruir a justiça, a confiança e esperança ao vosso
redor!
Nesta
ótica, torna-se claro que, na vida dos povos, os conflitos armados constituem
sempre a deliberada negação de qualquer concórdia internacional possível,
originando divisões profundas e dilacerantes feridas que necessitam de muitos
anos para se curarem.
As
guerras constituem a rejeição prática de se comprometer para alcançar aquelas
grandes metas econômicas e sociais que a comunidade internacional almeja.”
Foi o Papa quem
falou. Ninguém foi contra. Nem O Globo, nem o Aécio.
Agora, na semana em que se comemorou o Dia
Internacional da Paz – dia 21 de setembro, instituído pela ONU – Dilma Rousseff
fez discurso semelhante na abertura da Assembléia Geral. Falou de paz, de
fraternidade, de diálogo, e do fim das guerras.
Pra quê? Revoltou a direita brasileira e
seus porta-vozes vira-latas que acusaram a presidenta de se colocar ao lado dos
terroristas do EI.
Foi tratada pelo O Globo como uma
militante jihadista e que foi patética a sua participação. O globo ainda
afirmou que Dilma fez a inaceitável defesa dos assassinos
do EI, com base no conhecido discurso de que é necessário “dialogar”, em vez
de sacar armas (sic). O mesmo discurso do Papa.
Em editorial, ainda criticou a presidente por usar o
"vestido vermelho PT" na ONU e de se colocar ao lado de "sectários
muçulmanos, que adotam costumes medievais".
Na coluna "Uso indevido", Vermal
Pereira disse ter sentido "vergonha alheia" pelo discurso de Dilma.
Aécio, o derrotado, disse que foi vergonhosa a posição da presidenta e que seu discurso ficará marcado como uma das grandes manchas da política externa brasileira.
Aécio, o derrotado, disse que foi vergonhosa a posição da presidenta e que seu discurso ficará marcado como uma das grandes manchas da política externa brasileira.
Felizmente, me parece, a
magricela nada comentou.
Abaixo, parte do discurso da presidenta em que ela defendeu o diálogo para resolver os conflitos.
Compare-o com o discurso do Papa.
Abaixo, parte do discurso da presidenta em que ela defendeu o diálogo para resolver os conflitos.
Compare-o com o discurso do Papa.
“Não
temos sido capazes de resolver velhos contenciosos nem de impedir novas
ameaças. O uso da força é incapaz de eliminar as causas
profundas dos conflitos.
Isso
está claro na persistência da questão palestina; no
massacre sistemático do povo sírio; na trágica desestruturação
nacional do Iraque; na grave insegurança na
Líbia; nos conflitos no Sahel e nos embates na Ucrânia.
A
cada intervenção militar não caminhamos para a Paz mas, sim, assistimos ao
acirramento desses conflitos.
Verifica-se uma trágica multiplicação do número de vítimas civis e de dramas humanitários. Não podemos aceitar que essas manifestações de barbárie recrudesçam, ferindo nossos valores éticos, morais e civilizatórios. O Conselho de Segurança tem encontrado dificuldade em promover a solução pacífica desses conflitos. Para vencer esses impasses será necessária uma verdadeira reforma do Conselho de Segurança, processo que se arrasta há muito tempo. Um Conselho mais representativo e mais legítimo poderá ser também mais eficaz.
Gostaria
de reiterar que não podemos permanecer indiferentes à crise
israelo-palestina, sobretudo depois dos dramáticos acontecimentos na
Faixa de Gaza.
Condenamos
o uso desproporcional da força, vitimando fortemente a população civil,
especialmente mulheres e crianças.
Esse
conflito deve ser solucionado e não precariamente administrado, como vem
sendo. Negociações efetivas entre as partes têm de conduzir à solução
de dois Estados – Palestina e Israel – vivendo lado a lado e em segurança,
dentro de fronteiras internacionalmente reconhecidas.”
Pois é, falaram tanto que dessa vez exorbitaram. Esqueceram do Papa e de John Lennon que tanto cantou a paz e todos aplaudiram.
All we are saying: is give peace a chance.
sexta-feira, 26 de setembro de 2014
HAVERÁ SEGUNDO TURNO?
Esta
é uma pergunta que não quer calar. Será que vai haver?
A tendência das novas pesquisas sugere que não. Os institutos começam a ajustar seus
resultados à verdade eleitoral.
Em
seus cálculos anteriores, a hipérbole que empregaram para encher a bola da Marina foi exagerada.
Agora, empregam um logaritmo decimal inferior (menor que um) para, aos poucos,
colocar os três candidatos no devido lugar.
Até
a eleição, Ibope e Datafolha terão tempo para acertar o resultado final. Eles
vivem disso: de acertos.
Por enquanto, não se pode provar se estão certos ou errados. Mas, em 5 de outubro - o Dia D de Dilma - o resultado das pesquisas terá que bater com o resultado da eleição. Ou estarão desacreditados perante seus clientes.
Estou torcendo para que ocorra o segundo turno. Entre Dilma e Marina.
Por enquanto, não se pode provar se estão certos ou errados. Mas, em 5 de outubro - o Dia D de Dilma - o resultado das pesquisas terá que bater com o resultado da eleição. Ou estarão desacreditados perante seus clientes.
Estou torcendo para que ocorra o segundo turno. Entre Dilma e Marina.
Será
uma derrota definitiva para o PSDB. A quarta seguida.
Não quero o Aécio porque este teria algo para mostrar. Para ele, seriam três derrotas: perde para a Dilma em Minas, perde o governo de Minas e ficaria em terceiro na eleição presidencial.
Não quero o Aécio porque este teria algo para mostrar. Para ele, seriam três derrotas: perde para a Dilma em Minas, perde o governo de Minas e ficaria em terceiro na eleição presidencial.
No
programa eleitoral “gratuito”, as duas terão 10 minutos cada uma para
apresentar suas conquistas, realizações e seus projetos.
O
segundo turno será o enterro da Marinalafaia e seu messianismo.
A
Dilma, com bastante gordura, vai saber preencher o seu horário.
Somente o vídeo abaixo já preenche nove minutos.
Com mais este minuto sobre o Rio de Janeiro, nem sobraria tempo pra falar de pleno emprego, inclusão social e distribuição de renda, etc, etc, etc.
Marinalafaia, a magra, com mais de 20 anos de carreira política, sem conteúdo e vazia de
realizações, não terá o que apresentar para preencher seu tempo.
O
eleitor poderá, então, comparar o mangangá e o carapanã. E dar a vitória para a
Dilma.
Somente o vídeo abaixo já preenche nove minutos.
quinta-feira, 25 de setembro de 2014
VOTE NA MARINA
Se você é contra
a reforma política e o financiamento público das campanhas eleitorais que vai
tornar todos os candidatos financeiramente idênticos.
Se você é contra
o marco regulatório da mídia, tal como é previsto na CF e assim como existe nas
democracias mais adiantadas do mundo, e até na Argentina.
Se você é contra
o imposto sobre heranças e grandes fortunas.
Se você é contra
a Comissão da Verdade, a revisão da Lei da Anistia e o julgamento dos
torturadores.
Se você é a favor de mudanças
na CLT.
Se você é contra
as quotas, a inclusão social e a distribuição de renda.
Se você é contra
o filho do operário frequentar universidade pública e se tornar doutor.
Se você é contra
a redução
da desigualdade
Se você é contra
o pleno emprego com carteira assinada.
Se você é a favor do Banco Central dependente de banqueiros e especuladores que visa instituir um
quarto poder na República.
Se você é contra
a atuação do BNDES e dos bancos públicos em favor do desenvolvimento do país.
Se você é contra
o investimento no pré-sal e a favor da redução dos royalties para o Rio de
Janeiro.
No vídeo abaixo,
mais motivos pra votar na coitada.
quarta-feira, 24 de setembro de 2014
A FOME IMAGINÁRIA DA MARINA
Ao
assistir este vídeo, escrevi a postagem em que desmitifiquei a fome da Marina. Notem que ela diz que o fato ocorreu em 1968 quando tinha apenas dez anos de idade. Agora,
aí está a biografia dela que desmascara a mentira.
Uma biografia de 2010
acaba de ser relançada. “Marina, a vida por uma causa” foi escrita pela jornalista
Marília de Camargo César. Ela ouviu familiares, amigos, pessoas próximas, além,
é claro, da própria Marina, para escrever a biografia.
Nenhuma parte do
livro refere-se ao que ela disse no comício em Fortaleza. Como pode? Deveria ser a principal
informação da biografia.
Marina fala da
influência da avó paterna, Júlia, com quem morou no Seringal Bagaço, a 70
quilômetros de Rio Branco: “Na Semana
Santa, não se comia carne nem nada que tivesse açúcar. Minha avó fazia mungunzá (canjica) sem açúcar, arroz-doce sem açúcar. Deve ser uma tradição vinda do Ceará”.
Arnóbio Marques,
ex-governador do Acre, diz que a conhece “há uns duzentos anos” e acrescenta: “É a única pobre mimada que conheço”.
É Marina quem diz na biografia: “Desde uns dez anos de idade, eu
acordava todo dia por volta de quatro da manhã para preparar a comida que meu
pai levava para a estrada da seringa. (…) Todo dia preparava farofa. Às
vezes com carne, mas quase sempre com ovo e um pouquinho de cebola de palha,
acompanhada de macaxeira frita. Aí botava dentro de uma lata vazia de manteiga,
com tampa. Manteiga era comprada só quando minha mãe ganhava bebê.”.
Ela própria desmente que aos dez anos de idade passava fome. Em outro trecho
sobre a infância, Marina conta:
“Minhas
irmãs também faziam as mesmas coisas que eu. As outras crianças, filhas de meus
tios, do vizinho do lado, também iam pro roçado, iam buscar água no igarapé,
varrer o terreiro, ajudavam a plantar arroz, milho e feijão. O pai à frente,
cavando as covas, e elas colocando a sementinha nas covas. Você não tinha
nenhum instrumento para ver uma realidade oposta àquela, para dizer: por que os
filhos do fulano de tal ficam só brincando e nós, aqui, trabalhando? Não
existia isso. Havia até um prazer de poder ajudar nossos pais a diminuir o
fardo deles”.
Em
sua biografia, Marina deixa claro que não passou fome. Aquilo que disse no
palanque em Fortaleza é mentira.
DILMA ROUSSEFF NA ONU
Dilma Rousseff
discursou, ontem, em Nova York, para os representantes dos demais países
integrantes da Cúpula do Clima no debate geral da Assembleia Geral
da Organização das Nações Unidas (ONU).
Nos debates sobre o
tema, os presidentes participantes mostram o que seus países têm feito para a
proteção do meio ambiente e o que ainda podem fazer para protegê-lo. Dilma relatou os avanços conquistados pelo Brasil na questão do clima.
Hoje, Dilma fez o discurso inaugural da 68ª Assembléia Geral da ONU.
Alguém
pode pensar que o fato faz parte da campanha pela reeleição. Que o PT conseguiu
a honra de colocar a Dilma fazendo o discurso de abertura, obtendo mais espaço
na mídia e projetando-a para todo o mundo.
O fato é que o
discurso inaugural da Assembléia Geral da ONU sempre esteve reservado
tradicionalmente ao presidente brasileiro ao longo dos anos.
Por quê? Apenas
porque o primeiro orador da primeira Sessão Especial da Assembléia Geral das Nações
Unidas, em 1947, foi o diplomata brasileiro Oswaldo Aranha, dando início a
uma tradição imutável até hoje.
Abaixo reproduzo o vídeo
com o discurso de Dilma Rousseff, ontem, na Cúpula do Clma. Notem a voz firme e agradável. A dicção
perfeita. A postura impecável. O aspecto físico e a fisionomia de uma liderança
inconteste de um pujante país.
Fico imaginando ali a
coitada da magricela com aquela voz esganiçada, com aquela cara de vítima, de
mulher sofrida que apanha do marido. Uma vergonha que reduziria a importância
do meu país.
A Carta das Nações Unidas
define que um dos objetivos principais da ONU é garantir a paz mundial,
colocando-se contra qualquer tipo de conflito armado.
Por isso, Dilma Rousseff afirmou em seu discurso: “Eu
lamento profundamente isso. O Brasil sempre vai acreditar que a melhor forma é
o diálogo, o acordo e a intermediação da ONU. Nós repudiamos sempre
o morticínio e a agressão dos dois lados, e não acreditamos que seja eficaz. O
Brasil é contra todas as agressões”.O discurso de abertura da Assembleia Geral, hoje, foi o seguinte:
terça-feira, 23 de setembro de 2014
O PROGRAMA ELEITORAL “GRATUITO”
Não é gratuito.
As emissoras de rádio e TV recebem quase um bilhão pela cessão de horários.
Eu assisto a
todos. Gosto de ver os candidatos ao legislativo afirmando que vão fazer e acontecer como se fossem
assumir o Poder Executivo. Como se já não tivessem sido eleitos e não
realizaram o que agora prometem.
Alguns são
mentirosos patológicos e obstinados. São aqueles que mais aparecem no programa.
O filho do
Picciani – Rafael - por exemplo, afirma que realizou o sonho da moradia digna
para mais de um milhão de pessoas. A Dilma fez somente 70.800 casas no Rio de Janeiro. A cara dele nem treme? Será ele um
mitomaníaco que acredita na mentira que diz? Ele disputa um mandato de deputado
estadual com o próprio pai. Aquele que esteve envolvido com trabalho escravo em
suas fazendas e tem outro filho querendo manter o mandato afirmando que foi
considerado pela Veja o melhor deputado federal do Rio de Janeiro.
O que não quer
dizer nada, pois, Chico Alencar afirma que foi considerado o melhor deputado
federal do Brasil. Quem está mentindo? Chico Alencar ainda tem a coragem de
afirmar que Tarcísio Motta é dis-pa-ra-do o melhor candidato a governador.
O federal Bolsonaro
foi mais esperto que o estadual Picciani: colocou um filho disputando o mandato
estadual no Rio e o outro filho disputando o mandato federal em São Paulo.
Assim, evitou uma guerra eleitoral doméstica.
Gostei de ver o
meu amigo Itamar – capitão bombeiro – dando o seu testemunho no programa do
Pezão. Fez-me lembrar de nossos carnavais em Bangu; do tempo em que ele comandou a brigada
contra incêndio da Câmara Municipal e, também, da ex-vereadora Rogéria Bolsonaro. A ex-esposa do outro capitão que, por vindita conjugal, lançou o filho
candidato a vereador e tirou o mandato da mãe.
Os candidatos do nanico
PSTU querem implantar um governo dos trabalhadores sem patrões. Imaginem! Como será? Nos nanicos PCB
e PCO temos outros radicais obcecados, negativistas pertinazes que não podem
acreditar naquilo que dizem.
Meu camarada Luiz
Ramos e outros falam em acabar com o voto obrigatório. Certamente, querem
reduzir o quociente eleitoral para facilitar suas campanhas. Podem reduzir
tanto que ficarão sem votos.
Romário – que, com aquela língua presa combateu a Copa das Copas - parece estar fazendo campanha pra
vereador. Não para senador como faz o Cesar Maia.
Levy Fidelix e
Eymael, candidatos nanicos a presidente, presenças constantes em todas as
eleições, ali estão, não para disputar, mas, sim, para manter acesa a débil
chama de seus nanicos partidos de aluguel.
O Aécio marinou e
desistiu da idéia de acabar com o fator previdenciário criado pelo FHC. Marina,
a coitada, chora de uma fome imaginária e se faz de vítima. Após a nova derrota eleitoral pretende trabalhar como atriz da Globo.
Outros mentirosos
são: o Pampolha que afirma ter sido o deputado estadual que mais obras
conquistou para a zona oeste carioca; o Eduardo Cunha, trapaceiro que não
respeita o próprio mandato, dizendo que o povo merece respeeeitooo; e o Pezão ainda afirma que o cara é o melhor deputado federal do Brasil; Celso Pansera diz que
implantou mais de 60 escolas técnicas no Rio no Rio de Janeiro; Índio da Costa
assumindo a paternidade da Lei da Ficha Limpa; Laura Carneiro ainda utiliza o
nome do pai – Nelson – para conquistar votos, enquanto a Cristiane Brasil não
diz ser filha de Roberto Jefferson pra não perder votos; e o PSOL querendo
legalizar a maconha para combater o tráfico de drogas. Imaginem! É como liberar o jogo do
bicho para acabar com o jogo.
Com tudo isto, o
programa eleitoral de São Paulo ainda é melhor. Aqui tem a Super Zefa e a
Catirica, mas lá há mais candidatos palhaços, além do Tiririca que, às vezes,
ocupa todo o horário do seu partido.
segunda-feira, 22 de setembro de 2014
OS JUDEUS NOVOS
Em Portugal, na
Espanha e no Brasil, houve um tempo em que surgiram os cristãos novos. Foi
durante a inquisição. Para livrarem-se da punição na fogueira, judeus se convertiam ao cristianismo. Puro fingimento. Eram os cristãos novos numa situação ambígua como a da Marina.
Foi quando se
difundiu o sobrenome Silva adotado pelos judeus. Naquela época, todo Silva era
identificado como cristão novo.
Atualmente, em
pleno século XXI, surgem os judeus novos com sobrenomes variados, inclusive os
Silva.
Sempre estranhei
que os protestantes pentecostais – aqueles que se dizem evangélicos – dessem
maior importância ao Velho Testamento -
a Bíblia judaica com suas estórias inacreditáveis – quase desprezando o
Novo Testamento com o evangelho e a doutrina de Jesus Cristo. Parecem contaminados
por uma espécie de “cristofobia” como os judeus antigos.
O suntuoso Templo
de Salomão, em São Paulo, fez uma apropriação indébita dos símbolos da religião
judaica.
No templo, construído
pela Igreja Universal e que custou 680 milhões de reais, há cópias do Menorah (o
candelabro de sete braços), cópias da Tábua da Lei com os dez mandamentos e o
próprio bispo Macedo passou a se vestir como se um rabino fosse.
Na inauguração, Edir Macedo
apresentou-se com uma longa barba grisalha, solidéu na cabeça e vestido com um comprido
xale branco com faixas azuis e tranças nas pontas.Tal como um judeu ortodoxo
que não pode raspar a barba; que tem que manter a cabeça coberta pela Kipá (para
lembrar da existência de um ser superior) e que precisa fazer a oração com o Talit,
o manto que representa o dever de observar os mandamentos do Torá, o conjunto
de livros sagrados da religião.
Assim, o bispo Macedo está criando uma legião de novos judeus no
país e legitimando as estórias absurdas do Velho Testamento que sempre foi
motivo de exaltação em sua igreja.
Será que vão renegar Jesus Cristo, o judeu que renegou as
determinações dos rabinos de sua época e foi por eles renegado?
De qualquer forma, acho que o bispo, que sempre esteve com a bola
cheia, desta vez pisou na redonda.
O judeu – reconhecido mundialmente como avarento - não gosta de
jogar dinheiro fora e pode esvaziar a bola do bispo.
domingo, 21 de setembro de 2014
MARINA E A FOME
Essa
estória de um ovo cozido e farinha para dividir com quatro crianças é uma lenda da caatinga
nordestina. Eu a ouvi primeiramente, há mais de trinta anos, de um operário da
empresa em que trabalhava. Oriundo do interior de Pernambuco, ele ainda me
contou que a mãe fizera um pirão com a casca. Tive pena do Raimundo.
Acreditei porque
aconteceu na caatinga e até publiquei no “house organ” da empresa. Agora, o
mesmo fato ocorrer na Amazônia não dá pra acreditar.
Lá na
capital do Acre – Rio Branco – qualquer casinha humilde tem como quintal a
floresta amazônica repleta de alimentos, de caça, de rios e peixes, e só passa
fome quem for incompetente ou quiser tirar onda de faquir. Ou os índios não sobreviveriam.
Mas,
Marina, no comício em Fortaleza, quase às lágrimas como uma atriz da Globo,
contou aquela lenda da caatinga, como se verdade fosse, para emocionar os ouvintes.
Vejam o que diz Edson Campos E. Silva, idealizador
do Parque dos Coqueiros de Boa Viagem, em seu blog AQUI.
“Desculpe Marina, como
amazônida você sabe que naquela época com a riqueza de nossos rios, com a
fertilidade de nosso solo ninguém passaria fome, poderia até não ser bem
alimentado, mas um ovo só!!!
Meu pai em Santarém criou 17 filhos. Mamãe
criava, galinha, pato, porcos, tinha uma horta e até um pequeno pomar. Meu pai
aos sábados ia tarrafear na ponta negra, encontro do Amazonas com Tapajós, e
minha mãe ficava até a madrugada preparando o peixe para ser salgado para
ajudar na alimentação durante a semana pois não tinham freezer naquela época.
Eu continuo com minha teoria, só vagabundo
passa fome na Amazônia.”
Na foto,
Marina em 1975, aos 16 anos, quando ela diz que foi alfabetizada pelo Mobral.
Não parece absolutamente uma pessoa que passou fome quando criança.
Saudável, bem nutrida, era até
bonitinha.Notem bem os lábios carnudos, as bochechas e as sobrancelhas. Nem parece a vítima, a coitadinha de hoje.
sábado, 20 de setembro de 2014
NEM TUDO É MENTIRA
Nunca passei tanto tempo sem escrever no blog. Amigos e inimigos
reclamaram da minha ausência. Foi por motivo de força maior. Vou me justificar.
Como disse Camões: “Cessa
tudo quanto a antiga musa canta que um poder mais alto se alevanta”.
A Dilma me chamou à Brasília para opinar sobre o seu programa
eleitoral gratuito. Eu fui, é claro... Por que ela me chamou? Porque ela confia em mim.
Passei alguns dias hospedado na Granja do Torto. Lá, me reuni com
os marqueteiros do PT. Fiz uma palestra em que falei sobre a corrupção. Não
como falam o Aécio e a Marina.
Afirmei que não podemos deixar a oposição levantar hipocritamente esta
bandeira sem qualquer reação. Defendi que a Dilma levantasse a bandeira do
combate à corrupção. Relatei tudo o que escrevi aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e em outras postagens sobre o tema. A Dilma aprovou tudo que eu disse e exigiu levantar esta bandeira
imediatamente.
E fizemos uma mensagem que está sendo veiculada no programa
eleitoral com tudo o que escrevi aqui no blog. Só não diz que existe uma
forma simples de acabar com a corrupção como querem os inocentes úteis:
bastaria o governo parar de investigar que nunca mais saberíamos de nenhum
outro caso de corrupção.
No horário eleitoral, a mensagem diz:
- que a corrupção existe, sempre existiu e existirá em qualquer
lugar do mundo enquanto existirem corruptores;
- que há corruptos em todos os partidos;
- que nenhum governo combateu tanto a corrupção quanto os governos
de Lula e Dilma;
- que por isso mesmo a corrupção nunca apareceu tanto na mídia;
- que quem combate a corrupção no governo é o próprio governo com
a Polícia Federal, a CGU, a PGR, a Receita Federal;
- que para acabar com a corrupção basta engavetar as denúncias como
no governo FHC ocultando-a;
- que os governos Lula e Dilma demitiram mais de quatro mil
servidores envolvidos com a corrupção;
- que quem pode mandar os corruptos para a cadeia é o Poder
Judiciário;
- que conseguiu aprovar uma Lei que pune também os corruptores;
- que Lula e Dilma nunca estiveram envolvidos diretamente em casos
de corrupção.
terça-feira, 9 de setembro de 2014
A GLOBO E OS MILICOS APÓIAM? SOY CONTRA
Brizola com toda a convicção afirmava:“se a Globo apóia, sou contra”.
Hoje, em plena democracia, ele diria como
eu faço agora: se a Globo e os milicos apóiam, sou contra.
Marina acaba de receber o apoio de um
setor absolutamente reacionário e conservador: o Clube Militar do Rio de
Janeiro. Em manifesto, os generais dizem que ela é um fio de esperança para
derrotar o PT.
Embora defina Marina como uma esperança, o
manifesto também aponta "uma nova política misteriosa" comandada pela
"figura messiânica" da eventual presidente da República. A candidata,
segundo o Clube Militar, faz "declarações vagas" e "propostas
esquerdistas e ambientalistas", com "cheiro de bolivarianismo",
em referência à maior participação popular, como por meio de plebiscitos. Para eles, a mudança pode ser para melhor ou pior desde que derrube a Dilma.
Dilma é aquela que instituiu a Comissão da Verdade e quer a revisão da Lei da Anistia.
Depois, o manifesto acrescenta que "ser uma incógnita camaleônica é uma vantagem". Certamente, porque a consideram que será
uma autoridade frouxa que se submeterá à vontade dos gorilas. Entre as
reivindicações deles está o fim da Comissão da Verdade e a preservação da Lei da Anistia para evitar que os
agentes torturadores da ditadura militar sejam punidos.
O ódio militar ao PT está patente no
manifesto como na foto abaixo - que foi estampada, ontem, na capa do Correio Braziliense - com o canhão apontando para a Dilma.
Leia abaixo, em itálico, parte do manifesto escrito pelo General Clovis Purper
Bandeira (editor de opinião do Clube Militar). A íntegra do texto pode ser lida no site do Clube Militar.
“Sua figura messiânica, suas declarações
vagas, suas promessas iniciais muito generosas, mas fora do alcance do cofre
nacional, acenam com uma “nova política” misteriosa, mistura de propostas
esquerdistas e ambientalistas, entre as quais maior participação direta,
governar com pessoas e não com partidos, participação direta popular no
governo, por meio de plebiscitos e consultas populares (cheiro de
bolivarianismo), criação de conselhos do povo (cheiro dos sovietes petistas),
orçamento participativo, etc.
Cálculos preliminares orçam suas promessas
– entre as quais 10% do orçamento para a saúde, outros 10% para a educação,
aumento da bolsa esmola, do efetivo da Polícia Federal – em quase 100 bilhões
de reais por ano, cuja origem não é esclarecida.
Seu calcanhar de Aquiles é o fraco apoio
político, pois na verdade não tem o apoio firme de nenhum partido. Seus
apoiadores são aqueles interessados em pegar carona em sua súbita popularidade,
sem nenhum compromisso com a realidade política durante seu possível governo.
Mas uma excelente candidata não será,
necessariamente, uma excelente Presidente.
No governo, terá que descer das nuvens
“sonháticas” onde flutua e lutar na arena do dia a dia da Praça dos Três
Poderes, enfrentando as feras insaciáveis que fazem as leis, sempre cobrando
algum preço político por seu apoio.
Na verdade, os políticos temem o populismo
de suas propostas e os desvios que promete adotar, para evitar o isolamento de
seu governo pelos partidos, percebendo uma ameaça de autoritarismo na ideia de
governar sem os mesmos. Será real isso ou será apenas uma ameaça para angariar
apoios mais fortes dos partidos, que seriam enfraquecidos com um governo mais
populista?
Dona de um discurso inatacável, é a favor
de tudo que é bom e contra tudo que é ruim. Como, aliás, todos os candidatos.
Ser uma incógnita camaleônica é uma
vantagem, pois o que é conhecido da política e dos políticos é rejeitado pelos
eleitores.
A esperança de algo novo e diferente, que
rompa com a tradição negativa representada pelos atuais homens públicos, parece
impulsionar a subida de Marina nas pesquisas eleitorais.
A desilusão popular procura o novo. As
mudanças podem ser para melhor ou para pior, desde que interrompam a malfadada
corruptocracia instalada no poder pelo lulopetismo.
Como está não pode continuar. Há
expectativa de que novos rumos e novos governantes tragam melhores dias e maior
esperança para os eleitores desiludidos.
É um fio de esperança, mas parece que as
pessoas a ele se agarram com fé, apostando no futuro para esquecer o presente.”
AS DENÚNCIAS SE REPETEM
Em véspera de eleição, denúncias e dossiês
sempre surgem na Veja que é mais suja que todos os “blogs sujos” reunidos.
Não
compre a Veja. Se comprar, não abra. Se abrir, não leia. Se ler, não acredite.
Se acreditar, relinche.
Foi o que escrevi aqui no blog quando a Veja publicou denúncia
contra Erenice Guerra que ficou no lugar da Dilma, como Ministra da Casa Civil, durante
a campanha de 2010.
Naquela época, as fontes da Veja eram o
bicheiro Cachoeira, o Demóstenes Torres e um meliante que sumiu das manchetes.
Hoje, a Veja repete o mesmo roteiro na
véspera da eleição com denúncias sem provas nem fontes para fundamentar sua
capa e que, como antes, não levarão a nada. A não ser a repercussão na imprensa
manipuladora como se verdade fosse, atingindo quem não pode mais se defender. Um delator premiado não pode ter
credibilidade absoluta.
Até Eduardo Campos é citado como
beneficiário das propinas. Mas, quando vivo, o falecido foi arrolado como
testemunha de defesa pelo delator e se recusou a ser ouvido. Por que a
testemunha de ontem é acusada pelo premiado Paulo Roberto Costa? Vingança? Veja aqui.
Creio que tudo é apenas uma tentativa de ressuscitar Aécio Neves que disputa o terceiro lugar com o pastor Everaldo. Veja aqui.
Dilma venceu a eleição em 2010 e Erenice Guerra
foi depois inocentada pelas investigações da Polícia Federal e pelo Ministério
Público. E não mereceu nenhum espaço em destaque nas páginas da imprensa imunda
e manipuladora. Apenas os “blogs sujos” destacaram o arquivamento do processo
pela Justiça Federal.
Creio que tudo é apenas uma tentativa de ressuscitar Aécio Neves que disputa o terceiro lugar com o pastor Everaldo. Veja
O blog 247. por exemplo, publicou a matéria abaixo:
VÍTIMA DE VEJA E FOLHA,
ERENICE É
INOCENTADA
247 – Tida como braço direito e “irmã” da
presidente Dilma Rousseff, a ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, foi
alvo de um tiroteio pesado durante a campanha presidencial de 2010. Contra ela,
havia canhões apontados pela revista Veja e pela Folha de S. Paulo.
Da Abril, partiu uma das
mais estranhas reportagens da história recente. Chamava-se “Caraca, que
dinheiro é esse?” e relatava entregas de pacotes de até R$ 200 mil, dentro da
Casa Civil, que era comandada por Erenice Guerra.
Tudo a partir de relatos
em off. Eurípedes Alcântara, publicou até um editorial chamado “O dever de
publicar”, em que afirmava que o papel da imprensa era ter coragem de noticiar
– mesmo que pudesse vir a ser acusada de tentar influir em resultados
eleitorais. Mais recentemente, soube-se que Veja engavetou uma entrevista com
José Roberto Arruda, também no período eleitoral, porque o ex-governador do Distrito
Federal acusava o ex-senador Demóstenes Torres de tentar obter vantagens no
GDF.
Da Folha, as acusações
também foram inacreditáveis. Um sujeito que se apresentava como consultor,
chamado Rubnei Quícoli, mas tinha extensa ficha criminal, afirmava que o filho
de Erenice lhe cobrava uma propina de 5% para liberar um empréstimo bilionário
no BNDES para uma empresa de fundo de quintal.
Para evitar danos maiores
à campanha presidencial, Erenice Guerra foi demitida, ainda que as acusações
fossem totalmente inconsistentes.
Nesta quarta-feira, no
entanto, a mesma Folha que ajudou a derrubá-la noticia que o inquérito foi
arquivado pela Justiça Federal. O motivo: falta de provas.
Este caso chegou até a ser
abordado pelo ex-presidente Lula, numa crítica recente ao comportamento
eleitoral de parte da imprensa. “Erenice
foi execrada, acusada de tudo quanto é coisa”, disse ele. “Quando terminou a campanha, o acusador em
Campinas retirou a acusação na primeira audiência
e a imprensa, que a massacrou, não teve coragem sequer de pedir desculpas à
companheira Erenice”.
Na reportagem desta
quarta-feira, a Folha reconhece que “o
escândalo tirou votos de Dilma e acabou contribuindo para levar a eleição ao
segundo turno”.N.L.: Nos governos Lula e Dilma tudo, tudo, tudo sempre foi investigado e esclarecido.
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