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segunda-feira, 28 de julho de 2014

SANTANDER OU SATANDER?

Em 1989, com a autoridade de presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Mario Amato afirmou que 800.000 empresários deixariam o Brasil caso Lula vencesse as eleições.
Em 2002, George Soros dizia que a vitória de Lula seria o caos.
Hoje, outro dono da grana, o Banco "Satander" - aliado a outros satânicos especuladores do mercado - é quem promove o terrorismo econômico no caso da reeleição da Dilma. Demonstrando o mesmo pessimismo nefasto anterior à Copa.
Com a ajuda de FHC – que afirmou: “Está na hora de pôr ordem na casa, e o governo nas mãos de quem sabe governar” – a elite econômica que saiu do poder age para voltar a comandar o país e colocar o governo a seu favor. Quer regredir aos tempos neoliberais, ficar de joelhos diante das grandes potências e do FMI, reduzir os programas sociais e o salário dos trabalhadores, aumentar os juros e investir menos na educação e na saúde. 
Enquanto a imprensa manipuladora insiste em declarar o descontrole da inflação, o governo corrupto e incompetente, a economia mal dirigida e estagnada, o país à beira do falência.
É a hora do salve-se quem puder, diz a elite satânica dos bancos e do mercado que, insaciável, somente vê o lucro. E rejeita a Dilma por seus programas sociais que tiram apenas um pouco dos poderosos avarentos para dar aos miseráveis outrora famintos.
E por falar em outrora, vejamos como era no tempo de FHC.
Apagão, corrupção e miséria.
Menos saúde, mais mortalidade infantil.
Desemprego demais.
Muito desemprego.
Hoje, mais educação. 
Novas faculdades, novas escolas técnicas.
Corrupção e compra de deputados.
Nenhum combate à corrupção
e elevada taxa de juros.
Investimentos externos no Brasil.
Que diferença, heim!
Este é pra quem reclama
que o Brasil investiu em Cuba.
Agora somos credores do FMI.
Afinal, quem é que sabe governar?

sábado, 26 de julho de 2014

RODRIGO BETHLEM x VANESSA FELIPPE

Ela de descendência árabe, porém cristã. Ele de descendência judaica.
Ela eu conheci ainda criança. Ele conheci já vereador. Aliás, um excelente vereador que não foi reconhecido pelos eleitores e não conseguiu se reeleger.
Ela não ajudei a se eleger deputada federal. Ele sim, ajudei a ser deputado federal. Fiz os jingles de suas campanhas em 2006 e 2010.
Votei nele em 2010 e mereci um comentário seu neste blog (AQUI). Sinto-me culpado, o que me obriga a registrar o conflito árabe-judaico-financeiro-conjugal entre os dois. 
Formavam um belo casal. Gosto dos dois e rogo pela paz entre eles.
E, por isso, “Prefiro não comentar”, como sempre diz a Copélia (Arlete Sales) na comédia “Toma lá, dá cá” (toda sexta-feira, às 21 horas, no canal Viva).
Digo apenas que político é como fralda descartável. Quando suja, trocamos e jogamos fora.
Esta é a grande vantagem que temos sobre os políticos. Devíamos poder fazer o mesmo com os inatacáveis e poderosos membros do poder judiciário.

N.L.: ainda bem que já tinha declarado meu voto, na próxima eleição, em Jandira Feghali para deputada federal.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

CONTRADIÇÕES HUMANAS

Cada vez menos entendo a humanidade e, sem assunto para polemizar, levanto algumas estranhas e contradotórias questões.
- A Dilma reforma e amplia aeroportos que deixaram embevecidos os milhares de turistas na Copa em todo o país e a imprensa se cala. Foram investidos R$ 4,8 bilhões nos aeroportos para ampliações e reformas de terminais de passageiros, ampliação de pátio, de pistas, construção de torres de controle e outras obras.
Porém, bastou o Aécio gastar apenas 14 milhões para fazer uma pequena pista de pouso na fazenda de sua família, numa insignificante cidade de Minas, para que não mais se fale em outra coisa.
- Estão levando a prisão dos pacíficos vândalos dos quebra-quebras das manifestações de rua para o perigoso terreno da galhofa.
Até o PT e a minha candidata a deputada federal – Jandira Feghali – falam em violência de Estado e grave violação de direitos e das liberdades democráticas. Dizem que as prisões são a criminalização dos movimentos sociais.
Ora, meus amigos, foram presos legalmente apenas os vândalos que mataram ou que comandaram a depredação do patrimônio público e privado durante as manifestações, como a polícia comprovou com suas investigações, e que merecem sim irem para a prisão.
- "Se houver alguém que se diz lulista e não dilmista, eu o dispenso de ser lulista", disse Lula. Faz-me lembrar de Brizola em sua primeira campanha para governador do Rio de Janeiro quando afirmou: “Se não vai votar nos candidatos a deputado do meu partido, não precisa votar em mim”. Brizola se elegeu e o PDT fez a maior bancada. É necessário muita grandeza pra fazer tais afirmações.
- Será inaugurado no  Rio, em 2015, o maior aquário da América do Sul – o AquaRIO – com 25 tanques e dimensões de um shopping Center. O maior tanque terá três milhões e quinhentos mil litros de água salgada com peixes oriundos de várias partes do mundo. Serão oito mil animais de 300 espécies, incluindo tubarões.
Os vira-latas devem estar se questionando se o prédio não daria um bonito hospital.
- Segundo o Relatório Mundial da Proteção Social 2014/2015 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o programa Bolsa Família – aquele que os misantropos condenam - está dando grande contribuição para erradicação do trabalho infantil. Diz ainda a OIT que o grande fator de combate ao trabalho infantil se relaciona com a integração dos benefícios financeiros à educação. Para a OIT, a erradicação do trabalho infantil é mais eficiente em países como o Brasil porque o Bolsa Família une a transferência de renda à frequência escolar das crianças que atinge atualmente mais de 96%.
- Outro benefício conquistado foi a redução da mortalidade infantil em 19,4% de crianças de até 5 anos de idade. Nenhum outro país reduziu tanto a mortalidade infantil quanto o Brasil. Chupa misantropos.
- As últimas pesquisas de julho mostram a Dilma variando em torno de 38% na intenção de voto e o Aécio estacionado com 20% desde outubro de 2013. Mesmo assim, a oposição vibra com seu “crescimento”. O outro não conta. Vejam como estava a Dilma pela pesquisa do Ibope, em julho de 2010.
- No feissibuque, solitários continuam expondo suas vidas, suas famílias, escancarando suas dores, seus dissabores, suas angústias e ansiedades, até mesmo suas alegrias. E, paranóicos, reclamam daqueles que imaginam meterem-se com a sua vida, postando memes como este abaixo.

domingo, 20 de julho de 2014

SALADA PARTIDÁRIA

Pensam que sou petista. Devia ser, mas não sou. Sou Lula. O único partido ao qual me filiei foi o PDT, em 1982, na cidade do Rio de Janeiro. Mudei para Mangaratiba e de zona eleitoral, perdi a filiação e nunca mais me filiei.
E como não sou filiado a nenhum partido, não sou obrigado a votar conforme o compromisso da filiação e orientação partidária. Tenho a absoluta liberdade para fazer uma salada partidária na próxima eleição. Não é bem uma suruba eleitoral como aquela do PSB como afirmou Alfredo Sirkis, deputado federal/PSB, em seu blog na postagem intitulada Nitidez é preciso.
Não voto em partidos, voto nos candidatos que julgo merecer o meu voto. E prefiro votar nas mulheres. Sou um feminista político convicto. Ao contrário das mulheres que preferem votar nos homens. Eu pergunto a elas: qual a mulher eleita que você já viu, pelo menos, envolvida em corrupção política?
Somente voto em homens se não existe uma mulher candidata para o mesmo cargo. Então vamos lá. Para deputada estadual, voto novamente em Cidinha Campos/PDT (1212) que teve apenas dois votos em Mangaratiba em 2010: o meu e o da minha mulher.
Para deputada federal, voto novamente em Jandira Fegali/PCdoB (6565), uma guerreira.
Para senador, voto em Cesar Maia/DEM. Foi um bom prefeito do Rio. Tão bom que elegeu o sucessor - uma invenção sua, o Conde - e, depois, voltou a se eleger prefeito. Ficou oito anos e, agora, temos um prefeito que é sua cria.
Mas, ele já foi condenado pelo TJ-RJ por improbidade administrativa, dirão alguns. Sim, sabem por quê? Por ter financiado com dinheiro público a construção da Igreja de São Jorge, em Santa Cruz, quando ainda era prefeito, em 2005. Só isso, e daí...
Por três votos a zero, o TJ-MG decidiu que Aécio Neves é réu em ação civil por improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Estadual pelo desvio de R$ 4,3 bilhões da área da saúde em Minas Gerais e pelo não cumprimento do piso constitucional do financiamento do sistema público de saúde em 2003 a 2008, período em que ele foi governador do estado.
Já Eduardo Campos foi condenado em julgamento administrativo por uma fraude financeira de 97 que atingiu a quantia de 480 milhões. Esta grana, após transitar por várias contas, foram parar em contas de doleiros ou de não residentes no país, seguindo destino ignorado. Esteve ainda envolvido no chamado Escândalo dos Precatórios e na negociação de títulos públicos de Pernambuco que levou seu avô, Miguel Arraes, a perder a reeleição em 1998. Leia AQUI.
Diante disto, absolvo Cesar Maia que cometeu um delito menor e é o único que leva jeito de senador. Não basta ser senador, tem que parecer que é senador. E não pode desfilar pela madrugada com uma musa transexual. Ronaldo foi crucificado pela imprensa pelo mesmo motivo.
Para governador, voto no Pezão/PMDB. Foi um bom prefeito de Piraí por oito anos e soube se comportar como vice-governador, também, por oito anos. 
Garotinho nem pensar, se ainda fosse a Rosinha... 
Crivella tem um esqueleto no armário: Edir Macedo... 
Lindbergh quer jogar no lixo metade do mandato que lhe confiei com o meu voto, entregando quatro anos a seu suplente Olney Botelho, de quem nunca ouvi falar. Resta o Pezão.
E para presidente, finalmente, eu voto no PT. Voto na Dilma por suas políticas sociais em favor dos mais carentes. E, também, porque quero que o Brasil siga em frente, não quero que volte atrás.
Vejam só a salada partidária que vou fazer: PDT, PCdoB, DEM, PMDB e PT. 
E ainda dizem que sou petista. Devia ser, mas não existe PT em Mangaratiba.
E tem mais: se pudesse votar separadamente para vice-presidente, votaria na Osmarina, uma mulher sem partido.
Vejam só a foto que encontrei na qual ela está tão bonitinha.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

DE REPENTE, O PARAÍSO

O que seria um inferno, agora, é o céu na terra. O paraíso brasileiro, é festa, é júbilo, é orgulho. É a satisfação de todos com a Copa das Copas. Inclusive dos pseudo-jornalistas.
Já escrevi AQUI sobre as diferenças entre o publicitário e o jornalista. Claro, que exaltando a minha ex-profissão e depreciando a outra.
Nesta Copa, ficou evidente mais uma outra grande diferença entre os dois que, juntos, começam a cursar a faculdade de comunicação e, depois, lá pelo quarto ou quinto período, seguem em turmas separadas.
A grande diferença é que o publicitário existe para ver as coisas boas e falar bem delas, o jornalista pra falar mal. Este somente vê o que há de pior em tudo, pois somente é notícia o que é notícia ruim. Por isso, os jornalistas deitaram e rolaram antes da Copa.
Sem qualquer compromisso com a verdade, o mais importante para o jornalista não é o fato em si, mas sim a versão que ele dá ao fato.
Ele não tem a criatividade do publicitário; ele não cria, mas inventa. Imaginaram um inferno na Copa, uma grande desordem e uma vergonha para o país; um tormento, verdadeiro martírio para o povo.
Os publicitários, ao contrário, empregaram todo o seu talento para promover um paraíso e estimular a alegria, a paixão pelo esporte, a confiança, a emoção, a felicidade.
A revista Istoé desta semana parece até feita por publicitários. Não por jornalistas.
Fracassados, os jornalistas partirão para uma nova luta inglória: aviltar a Olimpíadas 2016.
Vitoriosos, os publicitários sentem-se realizados por alguns instantes e partem para os desafios olímpicos.
Ambos, jornalistas e publicitários, terão muitas contas a pagar no dia do juízo final pelos inúmeros pecados cometidos em sua profissão.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

IMAGINA NA COPA 2018

Tragédia no metrô da Rússia. Acidente mata vinte e deixa 150 feridos.
Imagina na Copa de 2018.
Agora, vejam a beleza, a obra de arte de uma estação do metrô russo.
Imagine quantos postos de saúde e hospitais poderiam ser feitos com a grana investida em apenas uma estação do metrô.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

NÃO VAI "TER" OLIMPÍADAS

Ou melhor dizendo: não vai haver Olimpíadas 2016.
Confiando na falta de memória de seus leitores, O Globo dá início a uma nova campanha terrorista contra a Olimpiadas 2016. Obras estão atrasadas, falta estabelecer prazos, a baía de Guanabara não foi despoluída e só faltam 754 dias para o evento.
O complexo de vira-latas entra em campo novamente.

N.L.: veja neste link: www.cidadeolimpica.com.br/ como vão as obras para a Olimpíadas.

domingo, 13 de julho de 2014

A OPINIÃO DO "LE MONDE"

Reproduzo mais um texto, esclarecendo que os rentistas citados são todos aqueles que vivem de rendas, de suas propriedades e de seus investimentos.

“O verdadeiro programa da direita
Por Silvio Caccia Bava, no jornal francês "Le Monde Diplomatique"-Brasil.

É um exercício de juntar as partes e buscar compreender esse discurso, que agora se torna raivoso, de uma direita que está presente no espaço público e nos estádios de futebol e já disputa as eleições, com as armas que tem.
Vale tudo para tirar o PT do governo. Seu maior poder é o controle da mídia. É por meio dela que a direita disputa a opinião pública e impõe sua visão de mundo. A internet muda um pouco esse estado de coisas, permitindo a expressão da pluralidade e o questionamento da realidade. Mas ela não tem o poder da TV. Mais de 95% dos domicílios brasileiros têm televisão. E seus moradores, todos os dias, passam horas assistindo a uma variedade de programas, aliás, não tão variados assim.
Há vários meses está em curso uma campanha, capitaneada pelos principais jornais e TVs, de ataques ao governo e de desgaste da presidente Dilma, da candidata Dilma. A disputa eleitoral, que deveria se transformar num embate entre dois projetos, não aparece assim. É um contínuo martelar de acusações contra o governo federal: corrupção, aparelhamento da máquina pública, má gestão, centralismo, descontrole das obras públicas, leniência com manifestações sociais que atentam contra a propriedade privada e quebram bancos e lojas.
A crítica ao governo federal deve ser feita, mas os problemas apontados precisam ser enfrentados na raiz, isto é, na própria forma como o sistema de representação política brasileira foi capturado pelo poder econômico. Nas últimas eleições para o Congresso Nacional, 230 parlamentares eleitos foram financiados majoritariamente por menos de 5% das empresas que se engajaram em algum financiamento eleitoral.
O presidencialismo de coalizão cobra seu preço e as distorções no nosso sistema político representativo são reais. Mas o que se vê é a manipulação da opinião pública. Ocorre que a verdadeira agenda da direita concentradora tem de ficar escondida do eleitorado. Como ela ganharia a eleição prometendo privatizações, arrocho salarial e desemprego? Como os verdadeiros interesses não podem ser apresentados, o foco passa a ser o combate à corrupção, a necessidade de honestidade, o compromisso com o interesse público, a maior capacidade de gestão para aperfeiçoar o desempenho do Estado. É o mesmo que não dizer nada. E os recursos públicos, serão aplicados onde?
Segundo os ideólogos da direita, a economia vai mal e o país está sendo levado para uma fase ruim. O PIB é baixo. A inflação é alta. As exportações fraquejam. A balança comercial vai para o vermelho. O investimento caiu. Os ativos na Bolsa de Valores e as taxas de juros caíram. Os aumentos reais de salários e o maior investimento nas políticas sociais pressionam os custos. O superávit primário está ameaçado e o país caminha para um cenário de baixo crescimento que precisa ser evitado. Esse é o discurso formulado pelo capital, especialmente pelo setor rentista.
A proposta, na realidade, em primeiro lugar, é aumentar os juros da dívida pública e o superávit primário. Isso para atender ao setor rentista. Depois, reduzir salários e os benefícios previdenciários, e flexibilizar os contratos de trabalho, destituindo direitos. O aumento do desemprego para pressionar os salários é desejável. Haverá também privatizações, aumento nas tarifas públicas e cortes no orçamento das políticas sociais, abrindo espaço para as empresas privadas ampliarem sua presença no setor. Como anunciado, o novo governo eleito assinará tratados de livre-comércio para internacionalizar nossa economia, isto é, abrir o mercado brasileiro ainda mais para as grandes corporações transnacionais, destruindo a indústria nacional, o pequeno e médio empresário. Essa abertura envolve a redução de tarifas de importação e a livre circulação dos fluxos de capitais, tão a gosto do capital especulativo financeiro.
E para tudo isso é necessário ganhar as eleições e assegurar o controle do Estado.
Essas propostas estão sendo aplicadas na Grécia, na Espanha e na Itália, e não têm nada de original. Elas obedecem aos interesses e ao comando das grandes corporações transnacionais e da acumulação financeira. Qualquer veleidade de autonomia ou de projeto de desenvolvimento deve ser engavetada.
Mas, como veremos nesta edição, e contrariando a análise precedente, o brasileiro vai melhor do que antes, há mais empregos, seu salário melhorou, as políticas sociais melhoraram. O motor da economia é, e sempre foi, o mercado interno. A novidade não está no andar de cima, com seu consumo de elite. A novidade está no ingresso de dezenas de milhões de brasileiros no mundo do consumo, alimentando um mercado de produtos de massa, circuitos curtos de produção e consumo, gerando emprego e bem-estar. Tudo isso implicou a redução do ganho dos rentistas.
Então, neste caso, a economia vai mal para quem?”

Silvio Caccia Bava é Diretor e editor-chefe do Le Monde Diplomatique Brasil 

FRACASSO DA SELEÇÃO, SUCESSO DO BRASIL

Reproduzo a crônica de Antônio Prata publicada hoje na Folha de São Paulo. Como eu, ele é também um sem-vergonha de seu país e afirma: “o Brasil é melhor do que a sua seleção”.
Claro que não é vantagem nenhuma, mas há pouco mais de doze anos, éramos um arremedo de país que somente se orgulhava de suas deslumbrantes seleções de futebol.
Hoje, temos um país que é respeitado mundialmente, excluindo os vira-latas que sempre existirão e que, manipulados pela paranóia da imprensa, relacionam a derrota da seleção ao fracasso do país.
A seleção perdeu, mas o Brasil venceu a Copa das Copas.

"Balanço

Tem muita gente afirmando que o fiasco de 2014 foi pior do que o de 1950. Futebolisticamente, não dá pra negar: em 50, ficamos em segundo, por um único gol. Aqui, acabamos em quarto, tomando sete dos alemães, na semi, mais três dos holandeses, na disputa pelo terceiro lugar. A reação do país lá e cá, contudo, sugere que a derrota de 2014 não deixará, fora dos gramados, nem sombra da cicatriz uruguaia.
Diz a lenda que em 50, depois do jogo, havia banquetes abandonados pelas ruas, sendo devorados por pombas e vira-latas. O povo chorava em casa, como se o gol de Ghiggia selasse não apenas o campeonato mas nosso destino de fracassados, fadados ao eterno subdesenvolvimento.
Bem diferente do cenário que encontrei na Savassi, bairro boêmio de BH, voltando do Mineirão, na terça. Mesmo depois da derrota, as ruas continuavam cheias. Ambulantes seguiam vendendo cerveja. Embaixo de uma marquise, um casal se beijava sôfrega e desajeitadamente, como costumam se beijar os casais, na primeira vez. Apesar da tristeza e da perplexidade, a vida seguia seu rumo.
Por muito tempo, fomos um arremedo de país com uma seleção deslumbrante. Eu não cairia no exagero de dizer que a equação se inverteu: estamos longe de ser um país deslumbrante –socialmente, economicamente, eticamente–, mas o que percebi em meio à muvuca e me salvou da depressão foi que, hoje, o Brasil é melhor do que a sua seleção.
Dado o peso que o futebol tem entre nós, tendemos a supervalorizar a sua interpretação. Se a seleção ganha, é o brasileiro mostrando ao mundo o quão incrível ele é. Se a seleção tem um desempenho pífio, é essa porcaria do brasileiro que não consegue mesmo fazer nada que preste.
O fracasso do time serve para escancarar o atraso, a incompetência, a ganância, a burrice e a má-fé que administram o nosso futebol, mas não deve ser estendido ao país como um todo. Claro que os defeitos da cartolagem brotam de certas vicissitudes nacionais, mas a gente não se resume a elas. Temos inúmeros exemplos de brasileiros que se unem com um objetivo e chegam, com trabalho e competência, a resultados extraordinários.
Das meninas do vôlei ao Impa, Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada, no Rio de Janeiro. Do Grupo Corpo ao Instituto Butantan. Da Osesp à Pastoral da Criança. De Inhotim ao programa gratuito de tratamento da Aids. Da cozinha do Alex Atala aos programas sociais que tiraram 50 milhões de pessoas da miséria. Sem falar na Copa, que, apesar da seleção, deu certo.
O jogo ainda não está ganho. Longe disso. É preciso mexer bastante no meio de campo, mas não somos uns fracassados, fadados ao eterno subdesenvolvimento. Não sei quanto a você, amigo, mas esse futebol não me representa.

Antônio Prata, escritor, hoje, na Folha de São Paulo

sábado, 12 de julho de 2014

BRASIL x ALEMANHA

Após a derrota, deram de exaltar a Alemanha e menosprezar o meu país. Sempre combinando má-fé, desinformação, ressentimentos, derrotismo, negativismo e motivações político-partidárias-eleitorais.
O Ronaldo, por exemplo, mostrou o placar dos prêmios Nobel: Alemanha 102 x 0 Brasil. Outros dizem que a Alemanha, em menos de 70 anos e após uma guerra que a destruiu, transformou-se na quinta maior potência econômica mundial.
Isto me faz lembrar de um filme inglês dirigido por Jack Arnold, em 1959 - O rato que ruge (The mouse that roared) - com Peter Sellers.
Neste filme, uma sátira à política do pós-guerra e ao Plano Marshall, foi criado o Grão-Ducado de Fenwick que fazia fronteira com a França e a Suíça.
O pequeno país estava falido economicamente e decide declarar guerra aos Estados Unidos com o objetivo de perdê-la e, depois, ser dominado e colonizado pelos americanos para a sua reconstrução. Tal como o Plano Marshall fez com a Alemanha e quase toda a Europa, a partir de 1947.
Não importa como – só mesmo vendo o filme – os poucos combatentes de Fenwick invadiram os Estados Unidos, ganharam a guerra e não sabiam o que fazer com a vitória.
Com a Alemanha, felizmente, foi diferente: perdeu a guerra para os Estados Unidos.
Aí, veio o Plano Marshall cujo principal objetivo era possibilitar a reconstrução da Europa, fortalecer o capitalismo e fazer frente aos avanços do socialismo que já estava presente, principalmente, no leste europeu e comandado pela extinta União Soviética. A ajuda foi feita, principalmente, através de empréstimos financeiros.
Reino Unido, França e Alemanha foram os países que receberam maior ajuda financeira dos Estados Unidos através do Plano Marshall. Foi também uma forma de fortalecer a hegemonia dos Estados Unidos na Europa.
O Plano Marshall obteve êxito e possibilitou, nas décadas de 50 e 60, a recuperação econômica de grande parte dos países beneficiados. Para os Estados Unidos, o resultado também foi muito positivo, pois aumentou as exportações norte-americanas para a Europa Ocidental, além de expandir a influência política dos EUA sobre a região.
Com os países capitalistas fortalecidos, ficou mais fácil e seguro para o bloco capitalista fazer frente ao socialismo durante a Guerra Fria.
O Plano Marshall resultou em incrível crescimento econômico para os países europeus envolvidos. A produção industrial cresceu 35%, e a produção agrícola superou os níveis dos anos pré-guerra.
O comunismo, portanto, passou a ser considerado como uma ameaça menor. A popularidade dos partidos ou organizações comunistas na região caiu bastante.
A Alemanha, um pequeno país bem menor que Minas Gerais, dividido em seis estados facilmente administráveis, erudito na música e na literatura, uma história com mais de quatro mil anos de existência e com apenas 80 milhões de habitantes, tem hoje cerca de 7,5 milhões de analfabetos. Será? 
Como diz O Globo, "A Alemanha é um país de grandes filósofos, escritores e... analfabetos".
Diz mais O Globo: Segundo estudo da Universidade de Hamburgo, apenas (apenas?) 50% dos analfabetos vivem no desemprego. Como a demanda por mão de obra de baixa qualificação é grande na Alemanha, eles não têm grandes dificuldades em conseguir um emprego, ao contrário de acadêmicos que se formam em disciplinas de pouco uso prático, como Filosofia, Latim ou Grego antigo, cursos oferecidos em quase todas as universidades alemãs.
Já o Instituto do Trabalho e Qualificação revelou que, na disputa por emprego, 8,6% das pessoas com título acadêmico — muitos até com doutorado — terminam aceitando ofertas que exigem baixo nível de educação formal, competindo com os analfabetos.”
Eu - um orgulhoso e convicto sem-vergonha do meu país - não acredito em O Globo, mas como é o jornal que leem e confiam aqueles que se envergonham e fazem as comparações inúteis e inadequadas, decidi citá-lo aqui. 
Pra mostrar que também sei fazer tais tipos de comparações infantis, lá vai: por exemplo, no quesito massacre de judeus, o placar atinge seis milhões a zero; já no quesito "as mentiras muitas vezes repetidas tornam-se verdades", estamos empatados atualmente.
Esta Alemanha é apenas a quinta maior economia do mundo, enquanto o Brasil – que não fez parte do Plano Marshall e que, ao contrário, foi sempre espoliado pelos americanos – já é a sétima, segundo o Banco Mundial. Isto é, somos maior que a França e o Reino Unido, países beneficiados pelo Plano Marshall.
E prestenção: o Brasil deve se tornar a quinta maior economia do mundo até 2023, atrás apenas de Estados Unidos, China, Japão e Índia - deixando a Alemanha para trás - de acordo com projeções do Centro de Pesquisa Econômica e de Negócios, uma empresa de consultoria britânica.
Pra chegar a tanto, um novo país com apenas 514 anos de história e ainda sem qualquer Prêmio Nobel, precisou apenas de 12 anos do sucesso keynesiano dos governos de Lula e Dilma.
Nem precisou declarar guerra aos Estados Unidos para perder e ser dominado pelos americanos como o pequeno e imaginário Fenwick.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

TRÊS MULHERES

Quem me acompanha neste blog sabe o quanto eu gosto de mulher bonita. Sim, a coitadinha da Osmarina que me perdoe, mas, beleza é fundamental como dizia Vinícius.
Domingo, três mulheres bonitas e poderosas que eu admiro e que são combatidas pela imprensa machista de seus países estarão reunidas no Maracanã.
Ângela, Cristina e Dilma, estarão sob os olhares de todo o universo acompanhadas de uma dúzia de outros presidentes, inclusive de Wladimir Puttin, o presidente da Rússia que vai realizar a próxima Copa do Mundo.
Uma delas – Dilma – já é vencedora por ter organizado a Copa das Copas junto com o povo brasileiro que vibrou com sua realização. As outras duas estarão disputando a partida final torcendo por suas seleções.
Quem perder não sentirá vergonha como os vira-latas de nossa imprensa. Quem vencer – e espero que seja a Argentina – receberá a taça das mãos de nossa presidenta vitoriosa.
Triunfantes, as três mulheres estarão radiantes de felicidade com o evento bem sucedido que as elevou àquela distinção diante do planeta. Como homem – e, também, feminista - vou me sentir orgulhoso em ver três mulheres chegarem ao apogeu da maior e mais importante disputa de um esporte machista.
O vira-latas Vermal Pereira escreveu que “o melhor resultado para sua candidatura (da Dilma), depois da tragédia do Mineirazo, seria a derrota (para a Alemanha) da seleção Argentina e uma vitória da seleção brasileira contra os “Hermanos” no sábado, na disputa pelo terceiro lugar”. 
Isto é, como o hipócrita somente vê política no futebol, gostaria mesmo é de ver uma nova derrota brasileira para os argentinos na disputa pelo terceiro lugar.
O hipócrita vira-latas escreveu ainda que “Corre o risco de a presidente Dilma ter de entregar a Copa das Copas a Messi, o capitão da seleção argentina. Pior desfecho não poderia haver”.
Como é imbecil o coitado... O pior é que outros colunistas estúpidos escreveram o mesmo.
Não veem que a Copa das Copas já teve o melhor desfecho possível na repercussão da imprensa mundial e na opinião de todos aqueles que participaram dela. O brasileiro demonstrou a sua competência para realizar um evento de tamanho porte e até os bandidos, os assaltantes e black blocs souberam se comportar. Os jornalistas estrangeiros e os turistas puderam tomar conhecimento do que é de fato o Brasil: um país cordial que nada fica a dever a nenhum outro.
Também torço para a Dilma entregar a taça ao Messi, o melhor do mundo, mas por outros motivos que nada têm a ver com política.  É trazê-la de volta para a América do Sul e não permitir que uma seleção européia seja campeã pela primeira vez em nosso continente.
A Argentina, por mérito, será tricampeã mundial. E a Alemanha não chegará perto do pentacampeão.

terça-feira, 8 de julho de 2014

MASSACRE ALEMÃO, VEXAME BRASILEIRO

A seleção se entregou diante da Alemanha. E não era este o tipo de entrega que eu esperava.
Se eu fosse Flamengo, diria que a seleção tremeu diante do sagrado manto rubro-negro, enquanto a Alemanha se superou e impôs a maior goleada já sofrida por uma seleção brasileira.
 Como um jogador de sinuca, a Alemanha escondeu o jogo nas partidas contra Estados Unidos, Gana e Argélia. Parece ter guardado todo o seu futebol para jogar hoje e marcar quatro gols em seis minutos. Aos 29 minutos do primeiro tempo, já vencia por cinco a zero.
Não creio que tenha sido culpa da Dilma ou do PT. Os "abalizados" comentaristas vão tentar explicar. Procurar culpados. Vira-latas vão vibrar com a derrota. Dirão: bem feito, não falei? Há os que sentirão vergonha pois não sabem separar o joio do trigo nem distinguir o que é uma simples partida de futebol. Os fracos de espírito farão gozações com aqueles que acreditaram. Muitos falarão o óbvio: a vida continua.
Modeus! A seleção perdeu a partida, e daí, e daí... Venceu a Copa das Copas contra  toda a nefasta campanha da imprensa que previa o fracasso para desmoralizar o país.
Pra mim foi apenas uma grande decepção. É como me sinto agora: decepcionado como tantas vezes me senti na vida. Embora alguém, que há pouco tempo me decepcionou, tenha afirmado em um comentário no blog que eu teria dito que nunca me decepciono. Mentira. Ou será que o analfabetismo funcional também envolve a audição? Como pode alguém nunca se decepcionar? O que eu afirmei e repito é que nunca sinto mágoa. Por nada, sou mais eu.
Não fiquei magoado com a derrota. E enquanto escrevo, a decepção vai se esvaindo.
Pronto, já passou. Nada mais eu sinto. Nada como ter mulher bonita e ser feliz.
Devo dizer ainda que só não me decepcionei com o Fred, de quem eu nada esperava mesmo, a quem tanto menosprezei aqui e que tanto foi vaiado no Mineirão. Vaiado até depois da substituição quando apareceu no telão.
Aliás, depois que o Fred foi substituído e passamos a jogar com onze, o placar foi de apenas um a um.
E por falar em Fred: quanto lhe custou a capa de O Dia de hoje? Como pode um jornal se vender assim. Ele havia dito que seria o artilheiro da Copa e que, depois, queria um aumento de salário para um milhão e quinhentos mil mensais.
Será que havia um acordo do Fluminense com o Felipão para valorizá-lo na seleção e depois receber uma boa comissão pela sua venda?
E tem mais: teríamos perdido mesmo com Neymar. Mas, não seria por um placar tão absurdo com Tiago Silva.
Não teria sido aquele inferno do Dante.

O BRASIL ABALOU A FIFA

Após investigação silenciosa e competente – padrão Brasil atual – a Polícia Civil fluminense desbaratou uma quadrilha internacional de cambistas que  vendia ingressos ilegalmente por preços majorados de até R$ 35 mil. No futuro, será considerada mais um legado da Copa.
O esquema renderia um milhão por partida e funcionava há quatro copas. Estima-se que o grupo poderia faturar cerca de 200 milhões com a Copa das Copas.
A polícia mandou um time inteiro para um presídio em Bangu. O chefão, que tem como sócio um sobrinho do presidente da FIFA, também foi preso, mas uma desembargadora padrão FIFA mandou libertá-lo. Ficou numa cela da 18ª DP por apenas doze horas. Olha a tristeza do chefe da quadrilha aí embaixo.
A prisão foi considerada ilegal e arbitrária pela desembargadora Marília Castro Neves Vieira. Desconfio deste sobrenome Neves. O habeas corpus foi concedido e expedido em plena madrugada.
Agora, ele pode deixar o país como um abdelmassih qualquer, embora o seu passaporte britânico tenha sido acautelado. Como se ele tivesse apenas um.
Os outros onze, coitados, brasileiros e estrangeiros, sem qualquer proteção judiciária, estão acomodados gratuitamente em Bangu há uma semana.
O chefão da quadrilha é o diretor-executivo da Match Services, empresa de viagens da FIFA que tem contrato de exclusividade para a venda de pacotes e ingressos para a Copa, além de responsável pelos eventos programados como a abertura da Copa e as Fifa Fan Fests.
Raymond Whelan é o nome da criatura que foi presa com 82 ingressos quando tomava café no Copacabana Palace onde está hospedada toda a cúpula da FIFA.
Sua prisão preventiva foi decretada pela Justiça com base no Estatuto do Torcedor. As acusações foram de lavagem de dinheiro, associação criminosa e comércio ilegal de ingressos.
Na cadeia, o britânico negou qualquer ligação com o argelino naturalizado francês Mohamadou Lamine Fofana, preso na semana passada sob acusação de integrar o esquema de venda ilegal de ingressos.
Mas, não soube explicar por que o número de seu aparelho celular, cedido pela FIFA, aparecia na memória do telefone de Fofana com o nome de Ray Brasil. As investigações mostram que o franco-argelino trocou cerca de 900 telefonemas e mensagens de texto com Whelan, que seria o responsável pelo repasse de parte dos ingressos negociados no mercado paralelo.
A Polícia está reunindo mais elementos que provem a ligação do britânico com o argelino e outros integrantes do grupo.
Numa licitação, o Comitê Executivo da FIFA cedeu o contrato de exclusividade à Match Services. Logo depois, Philippe Blatter adquiriu 5% da empresa. Philippe Blatter é sobrinho de Joseph Blatter, o presidente da FIFA.
Antes, Philippe Blatter trabalhava como executivo-chefe de uma agência de marketing - a Infront - que também ganhou generosos contratos de direitos de marketing e de transmissão de TV da Copa do Mundo na Alemanha.
Outro envolvido com a gangue de cambistas é o filho do atual vice-presidente da FIFA, Julio Grondona. Ingressos com seu nome gravado foram apreendidos nas mãos dos cambistas internacionais.
O xerife brasileiro - Fábio Barucke é o nome dele - que comanda as investigações, informou ter recebido telefonema da Scotland Yard com cumprimentos pelos resultados da Operação Jules Rimet. O porta-voz disse que a agência policial inglesa tinha pistas antigas sobre a atuação da quadrilha, mas jamais conseguira reunir provas suficientes para efetuar prisões.
Chupem vira-latas e deem um viva à polícia brasileira.
A reeleição de Blatter está ameaçada pelo escândalo. Ele tinha a intenção de anunciar, ainda no Brasil, que a Copa de 2022 não se realizaria mais no Catar, em razão da denúncia de compra de votos de representantes da entidade pelos árabes.
Com a Operação Jules Rimet em pleno curso, não há mais clima para fazer tal faxina em público. Somados, os dois escândalos mostram que a reeleição de Blatter será mais difícil que a vitória do Brasil logo mais.
Porém, seja quem for o vitorioso hoje, o Brasil venceu os derrotistas e negativistas vira-latas, venceu a Copa das Copas. A grande derrotada foi a FIFA que tanto nos criticou anteriormente e sugeriu arrependimento por realizar a Copa do Mundo no Brasil.
A FIFA agora tem razão para arrependimento. Se arrependimento matasse...

segunda-feira, 7 de julho de 2014

FIM DE COPA, COMEÇO DA CAMPANHA ELEITORAL

Antes da final da Copa das Confederações, escrevi aqui que não importava o resultado pois o Brasil a vencera contra tudo e contra todos.
Hoje, escrevo o mesmo: o Brasil venceu a Copa do Mundo contra tudo e contra todos os vira-latas, mas quero a vitória final. Acredito no hexa tanto quanto duvidava sobre a vitória contra a Espanha.
Só não tenho a certeza absoluta como tenho quanto à vitória da Dilma em 5 de outubro.
Com a vitória evidente de Dilma, Lula há de voltar em 2018 e - quem sabe? - ele não traz a Copa de 2022 para festejar o Bicentenário da Independência.

sábado, 5 de julho de 2014

EU ACREDITO AINDA MAIS

Sempre acreditei na Copa e na seleção brasileira. Tai meu blog que não me deixa mentir. Agora, ainda mais...
Lastimo a contusão do Neymar, vítima de um troglodita que entrou pra quebrá-lo, assim como o Tomires fez com Alarcon naquela longínqua melhor de três entre Flamengo e América. Como os tchecos e portugueses fizeram com Pelé nas Copas de 1962 e 1966. Como o defensor banguense Márcio Nunes que quebrou o Zico em 1985.
Somente os grandes craques são vítimas desses algozes do futebol. Por isso não quebram o Fred. Ah! Se o quebrassem... O Brasil passaria a jogar com onze. E o Fluminense ficaria livre dele. Lamentariam somente os "jornalistas" por ele comprados.
Lastimo pelo Neymar que não merecia ficar fora desta formidável Copa. Lamento pela Copa que perde o brilho de Neymar.
Mas, não me preocupa a seleção brasileira que vai se superar com a ausência do grande craque. Ausência que se torna a grande esperança do pessoal que torce contra o Brasil.
Porém, aqueles que ficaram hão de se unir na entrega e dedicação pela vitória final para oferecê-la ao companheiro que não mais estará em campo. Quem sabe até aquele que não Fred nem cheira poderá enfim mostrar o ar de sua falta de graça.
Eles hão de mostrar que formam uma equipe que depende de todos e não apenas do Neymar como afirmavam os “abalizados” e frustrados comentaristas que não viam ser melhor depender do craque do que depender do Fred.
O Brasil há de passar fácil pela Alemanha, um time burocrático e sem qualquer genialidade que empatou com Gana e sofreu pra derrotar a Argélia na prorrogação.
Brasil e Alemanha será uma batalha de honra para os dez – não conto com o Fred - que vão jogar e vencer. Uma partida que será disputada com sangue, suor e lágrimas. Além da alma e o coração nas chuteiras, além de toda a história de menino pobre em cada pontapé, os dez hão de colocar também o sofrimento do Neymar em cada jogada.
As duas últimas partidas não serão disputadas com ele, mas sim por ele. E no final, hão de chorar de emoção e alegria como homens que são.
Depois, que venha a Argentina ou a Holanda.

terça-feira, 1 de julho de 2014

O VICE DO AÉCIO

Aloysio Nunes é assim uma espécie de Gabeira arrependido. Logo depois de abril de 1964, filiou-se ao Partido Comunista Brasileiro (PCB) e ingressou na ALN -Aliança Libertadora Nacional, organização liderada por Carlos Marighella e Joaquim Câmara Ferreira. Na clandestinidade usava os codinomes "Beto" e "Mateus".
É tido como um ex-guerrilheiro e assaltante, pois participou do assalto ao trem pagador da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí e, também, do assalto ao carro-pagador da Massey-Ferguson, interceptando o veículo na Praça Benedito Calixto, no bairro paulistano de Pinheiros.
Supostamente, lutou contra a ditadura e foi motorista e guarda-costas de Carlos Marighella. Como se salvou daquele fuzilamento de Marighela ninguém sabe. Terá sido ele um outro cabo Anselmo infiltrado?
Com o fim da ditadura, Aloysio Nunes mudou – ou continuou o mesmo? – participando do governo Serra, em São Paulo, como chefe da Casa Civil, e de FHC, como secretário-geral da presidência.
Até que ele se deu melhor que o Gabeira. Elegeu-se senador e, agora, é candidato a vice, já que ninguém mais quis entrar nesta furada. Ele ainda tem quatro anos de mandato, não perde nada.
Conhecido por suas atuais posturas conservadoras de extrema direita, foi contra a criação da Comissão da Verdade; votou contra a PEC do trabalho escravo; votou contra o marco civil da internet;Sempre se manifestou contrário a união homoafetiva.  sempre se manifesta contra a união homoafetiva.
Jogando para a arquibancada para ser alvo dos holofotes da imprensa, defendeu o projeto de lei que prevê a redução da maioridade penal, mesmo sabendo que somente uma PEC pode alterar a Constituição Federal. E está envolvido com o esquema de corrupção do metrô de São Paulo.
Por isso, chegou a bater boca com um blogueiro que o questionou sobre o seu suposto envolvimento com desvio de verbas para a construção do metrô de São Paulo. Além de mandar prendê-lo. Veja no vídeo abaixo a agressividade do suposto ex-guerrilheiro.
Essa história de que não dá pra fazer política olhando no retrovisor é um perigo enorme para um país com a nossa história. Temos uma história de ditadura e temos de olhar para ela para valorizar a democracia. Temos uma história de desigualdade vergonhosa. Quem não tem história e passado, não tem presente nem futuro. Temos de aprender com o que fizemos”
Dilma Rousseff