Aécio
Neves, Eduardo Campos e Marina Silva, vivem dando aulas de economia e acusando
o governo de não primar pela responsabilidade fiscal, criticando o baixo crescimento
econômico brasileiro. Um crescimento superior ao da Alemanha, por exemplo.
Contudo,
entre os estados que registraram os piores saldos fiscais no acumulado de 12
meses, até setembro de 2013, estão justamente Minas Gerais, governado pelo PSDB
de Aécio Neves, e Pernambuco, governado por Eduardo Campos.
Pernambuco
foi bem pior, fechou com o maior déficit de todos os estados brasileiros, puxando
para baixo o superávit nacional. O balanço indica que a arrecadação de impostos
e outras receitas foi incapaz de cobrir as despesas com pessoal, ações sociais,
custeio e investimentos.
Entre os anos de 2005 e 2013, a dívida pernambucana foi ampliada em 123,7%, como revelou o Jornal do Commércio. Pulou de R$ 5,2 para R$ 11,7 bilhões.
Entre os anos de 2005 e 2013, a dívida pernambucana foi ampliada em 123,7%, como revelou o Jornal do Commércio. Pulou de R$ 5,2 para R$ 11,7 bilhões.
Por que, mesmo estando nessa
situação, o estado não quebrou? A explicação é simples. O governo está
“cobrindo” o déficit com sucessivos pedidos de empréstimos a órgãos de
financiamento do país e do Exterior. Só no ano de 2013, por exemplo, os
empréstimos externos jogaram para dentro do caixa estadual R$ 3,4 bilhões,
segundo o Jornal do Commércio.
Quem vier após Eduardo
Campos, a partir de 2015, terá que começar a pagar estes empréstimos, alguns
feitos em dólar, e submetidos às flutuações do mercado internacional em um mundo
mergulhado em uma crise que não se sabe quando irá terminar.
Com incertezas dessa natureza
é preocupante que se façam tantos empréstimos, mesmo que sejam tomados para
garantir investimentos. Qualquer família que gaste mais do que ganha e entre na
roda viva dos empréstimos sabe onde a coisa vai parar.
“O governo vem apresentando déficit ano após ano e o
futuro governador vai ter enormes dificuldades no Estado. Esse buraco só faz
aumentar e não pode ser coberto com mais empréstimos, como vem acontecendo”, afirmou o líder da oposição na Assembleia Legislativa
de Pernambuco, Daniel Coelho, ressaltando a preocupação com o futuro: “Não se pode pensar em Pernambuco apenas no
hoje. É preciso pensar também nos próximos cinco, dez anos”.
Em
seu discurso, Daniel lembrou que esse déficit vem acontecendo por conta dos
empréstimos que o Estado vem fazendo para poder “fechar as contas” e enfatizou
a preocupação que a oposição já vem demonstrando há algum tempo em relação,
justamente, ao aumento dos empréstimos que o governo estadual vem contraindo.
Já
em todo o ano de 2013, Pernambuco até que melhorou: ficou com o segundo maior
déficit fiscal, enquanto o Brasil, como destacou O Globo , teve o pior superávit
primário dos últimos 12 anos.O
país poupou R$ 91,3 bilhões para pagar juros da dívida pública no ano passado,
apenas 1.9% dos PIB, enquanto a meta original era atingir 3.1%.
Onze
estados gastaram mais do que arrecadaram em 2013.
O
Rio de Janeiro fechou as contas no azul, com superávit equivalente a 2,4% das
receitas.
O
estado com o maior déficit primário foi Rondônia, equivalente a 11,1% da
receita corrente líquida.
Pernambuco
teve o segundo pior resultado (déficit de 3% das receitas) seguido de Tocantins
(2,7%). Já Santa Catarina foi o estado que mais economizou para pagar juros da
dívida. O superávit primário ficou em 8,2% da receita líquida. Em segundo
lugar, ficou Roraima (8%) e em terceiro o Mato Grosso do Sul (7,8%).
“Há 15 anos, na época da criação da Lei de Responsabilidade
Fiscal, mais de vinte estados tinham déficit. De lá para cá, a maioria se
organizou. Em 2011, apenas dois apresentaram déficit. Em 2012, foram sete.
Pernambuco sempre entre eles” frisou o deputado estadual
Daniel Coelho.
Me enganem que eu gosto.
Me enganem que eu gosto.
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