Total de visualizações de página

domingo, 9 de fevereiro de 2014

A DESERÇÃO DA MÉDICA CUBANA

Cuban Medical Professional Parole (CMPP) é uma iniciativa mesquinha do Departamento de Estado americano para fomentar a deserção dos médicos cubanos que integram as brigadas de solidariedade cubana com mais de 37.000 profissionais de saúde, em 77 países. Cuba, também, dá bolsas de estudos para mais de 4.000 estudantes de medicina, oriundos de 23 países, inclusive americanos e brasileiros.
(Veja o vídeo no blog do Aylton Neves Mattos).
O programa americano é uma iniciativa de 2006 que oferece tratamento especial nas embaixadas americanas em todo o mundo, uma via expressa para que os profissionais de saúde cubanos migrem para os EUA.
O Wikileaks denunciou telegrama da embaixada americana, em Caracas, no qual são relatadas as facilidades de transporte gratuito para Miami em aviões especiais dos cubanos que aceitarem o CMPP.
The Wall Street Journal publicou em 2011 que 1574 cubanos tinham aderido ao programa americano em 65 países, nos quatro anos e meio de sua implantação.
Se o período de missão dos cubanos em outros países é de dois anos, Cuba teria enviado cerca de 83.000 profissionais de saúde ao exterior nos citados quatro anos e meio. Portanto, os 1574 cubanos captados pelo programa americano representam apenas 1,89% do total.
Um resultado fracassado para o CMPP que conta com orçamento federal, centenas de funcionários que o estimulam em todas as embaixadas e que ainda conta com poderosos aliados políticos e midiáticos em todo o mundo. O maior número daqueles que aderiram ao programa americano exerciam seu trabalho na Venezuela. É lá que está o maior número de profissionais médicos cubanos integrados em comunidades menos favorecidas no programa de saúde Misión Barrio Adentro. Ficou evidente que neste caso o objetivo era minimizar o prestígio do programa venezuelano, o de maior êxito do governo Hugo Chaves.
Uma lei americana de 1966, ainda em vigor, a Lei de Ajuste Cubano, outorga a todo cubano que pise em território americano o direito a residência e inúmeras vantagens trabalhistas e sociais, coisa que é negada a todos os outros imigrantes latino-americanos, ao quais é aplicada uma política de expulsão automática.
Nos países aonde a ajuda médica cubana é mais acentuada, a grande mídia silencia sobre o grande impacto social dos programas de saúde como o Programa Mais Médicos no Brasil. Uma imensa maioria (98,11), rechaçou a chantagem americana mas a mídia não lhe dá valor. Prefere oferecer uma cobertura extraordinária à deserção de um só dos 5.400 médicos cubanos que prestam serviço ao povo brasileiro, como ocorre agora com a Ramona.
Que ela fique no Brasil e, como disse Aylton Neves Mattos em seu blog, que vá servir cafezinho a médico que não atende povão. Ou, então, no gabinete da liderança do DEM.
O objetivo dela, porém, está mais do que claro, é ir para Miami através do Cuban Medical Professional Parole (CMPP).

N.L.:

Hoje, 10/fev, a Folha confirma o que escrevi ontem. A cubana Ramona já se inscreveu no CMPP. Clique AQUI e leia.

2 comentários:

Eduardo disse...

O Brasil paga 10 000 reais a Cuba por médico do programa e eles recebem 400 dólares mais 600 depositados em Cuba.Isto é verdade ou não?Se for estamos financiando a ditadura dos Castros como financiamos o porto de Mariel(belíssima obra).Mas quem precisa de porto ?.......

Anônimo disse...

Santa ignorância!!!