(Veja o vídeo no blog do Aylton Neves Mattos).
O programa americano é uma
iniciativa de 2006 que oferece tratamento especial nas embaixadas americanas em
todo o mundo, uma via expressa para que os profissionais de saúde cubanos migrem
para os EUA.
O Wikileaks denunciou
telegrama da embaixada americana, em Caracas, no qual são relatadas as facilidades
de transporte gratuito para Miami em aviões especiais dos cubanos que aceitarem
o CMPP.The Wall Street Journal publicou em 2011 que 1574 cubanos tinham aderido ao programa americano em 65 países, nos quatro anos e meio de sua implantação.
Se o período de missão dos cubanos em outros países é de dois anos, Cuba teria enviado cerca de 83.000 profissionais de saúde ao exterior nos citados quatro anos e meio. Portanto, os 1574 cubanos captados pelo programa americano representam apenas 1,89% do total.
Um resultado fracassado para o CMPP que conta com orçamento federal, centenas de funcionários que o estimulam em todas as embaixadas e que ainda conta com poderosos aliados políticos e midiáticos em todo o mundo. O maior número daqueles que aderiram ao programa americano exerciam seu trabalho na Venezuela. É lá que está o maior número de profissionais médicos cubanos integrados em comunidades menos favorecidas no programa de saúde Misión Barrio Adentro. Ficou evidente que neste caso o objetivo era minimizar o prestígio do programa venezuelano, o de maior êxito do governo Hugo Chaves.
Uma lei americana de 1966, ainda em vigor, a Lei de Ajuste Cubano, outorga a todo cubano que pise em território americano o direito a residência e inúmeras vantagens trabalhistas e sociais, coisa que é negada a todos os outros imigrantes latino-americanos, ao quais é aplicada uma política de expulsão automática.
Nos países aonde a ajuda médica cubana é mais acentuada, a grande mídia silencia sobre o grande impacto social dos programas de saúde como o Programa Mais Médicos no Brasil. Uma imensa maioria (98,11), rechaçou a chantagem americana mas a mídia não lhe dá valor. Prefere oferecer uma cobertura extraordinária à deserção de um só dos 5.400 médicos cubanos que prestam serviço ao povo brasileiro, como ocorre agora com a Ramona.
Que ela fique no Brasil e, como disse Aylton Neves Mattos em seu blog, que vá servir cafezinho a médico que não atende povão. Ou, então, no gabinete da liderança do DEM.
O objetivo dela, porém, está mais do que claro, é ir para Miami através do Cuban Medical Professional Parole (CMPP).
N.L.:
Hoje, 10/fev, a Folha
confirma o que escrevi ontem. A cubana Ramona já se inscreveu no CMPP. Clique AQUI e leia.
2 comentários:
O Brasil paga 10 000 reais a Cuba por médico do programa e eles recebem 400 dólares mais 600 depositados em Cuba.Isto é verdade ou não?Se for estamos financiando a ditadura dos Castros como financiamos o porto de Mariel(belíssima obra).Mas quem precisa de porto ?.......
Santa ignorância!!!
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