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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

AS MULHERES DO ZÉ DIRCEU

Se quiser conhecer a verdade sobre o caráter de um homem, pergunte a sua ex-mulher quem ele é. Uma ex-mulher geralmente não perdoa o ex-marido e quando não tem como falar mal dele inventa. Mas, quando uma ex-mulher exalta o ex-marido, não duvide, o cara é bom mesmo e merece ser enaltecido. Foi o que aconteceu com Dirceu (e comigo): bom filho, bom pai, bom marido e bom ex-marido. É o que afirmam as ex-mulheres.
A ex-mulher do verdugo do STF já falou sobre ele. Na delegacia, em Brasília, após ser agredida. Apelou para a Lei Maria da Penha e não deve ter boas recordações da convivência com o negão. Já escrevi sobre isto AQUI.
As mulheres de José Dirceu, porém, continuam todas apaixonadas pelo cara que teve tantas quanto o Vinícius. E ainda se dão bem umas com a outras.
A penúltima, Evanise Santos, muita bonita deu um entrevista à Revista Piauí que nos dá uma visão completamente diferente do homem que é demonizado pela imprensa.
Evanise sempre manteve um convívio civilizado com as ex-mulheres de Dirceu – a exceção é Clara Bccker que nunca a suportou”. Foi o que afirmou o jornalista da – com licença da má palavra Veja – em seu livro Dirceu, A Biografia que acabei de ler.
O autor afirma também que quando Agnaldo Silva assumiu em entrevistas que o golpista Marconi da novela Duas Caras foi inspirado no ex-ministro, a quem não pouparia críticas por ter trocado de identidade e abandonado Clara Becker após a anistia: “Quem faz isso é capaz de qualquer coisa. Tenho medo dele” – disse Agnaldo - quem tomou as dores de Dirceu foi Clara. Ela enviou carta indignada ao noveleiro, afirmando que seu ex-marido “nunca foi vilão na vida real, tampouco viveu à custa do meu dinheiro”. E ela disse mais: “Afirmo que nunca conheci um homem tão íntegro como José Dirceu”.
Escrito por jornalista de tal revista, a biografia não autorizada não apresenta absolutamente nenhuma desonestidade, torpeza nem falcatrua cometida por Dirceu em proveito próprio com dinheiro público. Claro que se aproveitava de seu cargo no governo para fazer negócios particulares com empresas nacionais e estrangeiras em sua firma de assessoria. Inclusive trazendo investidores para o país. Quem não faria?
Evanise manteve uma relação estável durante os oito longos anos em que se arrastou o processo da AP 470. Feroz defensora do marido, tomava satisfação com quem o xingava em público ou quando a mídia era implacável com ele.
Em junho de 2013, Dirceu terminou a relação e assumiu um namoro, o que a levou à terapia e os afastou em definitivo.
Constrangido, Dirceu disse-lhe que teve uma relação fugaz da qual resultou uma filha e que estava fascinado pelo bebê. Dizem os amigos que a filha é a alegria da vida de Dirceu que é visto nas festinhas da escola e tem brilho nos olhos ao comentar gracinhas da caçula. Estar perto da filha foi uma das razões do pedido à Justiça para cumprir a pena em Brasília.
Após a condenação, Evanise mandou um torpedo:“Só você sabe o quanto eu queria estar aí nessa hora. Me ligue”. Dirceu respondeu: “Estou indo me entregar. Cuide-se e beijos. Diga a Gabi que estarei sempre com vocês”, pediu, referindo-se à filha dela com um jogador de vôlei. Evanise caiu no choro. Gabriela, hoje com 21 anos, teve pouco contato com o pai e se refere a Dirceu como “pai do coração”.
Durante a entrevista, Ângela - a segunda ex-mulher de Dirceu, com quem teve a filha Joana - ligou para Evanise. Ângela – que é psicóloga – se mostrava preocupada com seu estado emocional. Elas se tornaram grandes amigas. Assim como também eram próximas de Márcia Ramos, falecida recentemente, vítima de um câncer, e mãe de Camila, a segunda das três filhas de Dirceu.
Evanise contou que havia uma dinâmica particular entre as quatro ex-mulheres. Uma é amiga de outra, tem outra que não pode ver uma, tem aquela que não vê nenhuma. Mas todas orbitavam em volta de Dirceu – cada qual a sua maneira – e se comportavam ainda como protagonistas na vida do ex-ministro. “É uma coisa que ele cultiva. Ele gosta de estar rodeado do que ele chama de ‘as mulheres da minha vida’, e isso inclui as filhas e a neta”, contou Evanise.
Em seguida, elogiou sua antecessora, Maria Rita, a ex de número quatro, com quem ele não teve filhos e que jamais se relacionou intimamente com as outras mulheres.
E contou, ainda, que nenhuma das ex havia voltado a se casar depois da separação. Ela atribui a fixação das ex em Dirceu à personalidade fascinante dele: “Ele é muito generoso, muito bom, ajuda todo mundo, quer o bem das pessoas, não importa quem seja. Ele é bem-humorado, é leve. E ele cuida. Cuida de todo mundo. Ele é diferente, sabe?”
E completou:”ele se preparou para a prisão. Daquele jeito dele, impermeável. Não faz diferença para ele ficar seis meses sem tomar vinho ou ter que comer em marmita ou dormir em cela. Ele aguenta tudo”.
Evanise disse tê-lo visto chorar apenas uma vez: “Quando soube que o Lula estava com câncer”.
Leia a enrevista completa AQUI.

5 comentários:

leila disse...

Que meigo! Como se diz em POA? Ah! Lembrei!
Coisa mais amor!
Quase um herói...

Feliz 2014 para você e sua família!

LACERDA disse...

Quem? O Dirceu ou o Idi Amim?
A opinião não é minha, é das ex-mulheres. Quem melhor do que elas para falar sobre um homem.
Minha mãe dizia que o diabo não é tão feio quanto pintam.
Parodiando Dom Helder: ninguém é tão mau que não faça as suas bondades, nem é tão bom que não faça maldades.
Que bom que você voltou.
O blog tem sentido muito a sua falta.

Unknown disse...

Que 2014 seja um ano repleto de boas histórias. Um abraço.

LACERDA disse...

Você, Nina, também é muito importante para o Blog.
Apareça sempre.
Feliz Ano Novo.

neusa disse...

Me apaixonaria facinho por ele <3