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quinta-feira, 4 de abril de 2013

MUITO BRANCO, POUCO ENCARNADO

Pouco, pouco, muito pouco, pouco mesmo, como diria o narrador esportivo Geraldo José de Almeida. O encarnado ficou apenas na capa. Por dentro nem um pouco da emoção que eu esperava da autobiografia do grande artista, professor e carnavalesco Fernando Pamplona.
Lançado em meio às comemorações pelos sessenta anos do Salgueiro, não é um livro. É apenas um caderno de anotações superficiais sobre alguns acontecimentos vivenciados pelo autor. Mais parece um diário de adolescente.
Fui enganado. Pouco, muito pouco, pouco mesmo sobre o Salgueiro e a revolução que ele fez nos desfiles das escolas de samba. Nada, quase nada sobre seus alunos e auxiliares: Arlindo Rodrigues, Joãozinho Trinta, Rosa Magalhães e outros.
Absolutamente nada sobre o entrevero com os banqueiros de bicho patronos das escolas que obrigaram a TV Globo a demiti-lo das transmissões de carnaval.
Pamplona fica devendo a seus admiradores algo mais consistente em forma de livro e autobiografia.

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