Foi lá em Santa Maria que fui apresentado ao minuano, um vento frio e cortante de origem polar que vem do sudoeste no Rio Grande do Sul. Não é muito forte e não estremece as árvores como o nosso vieira. Faz muito tempo, passava das três da manhã quando cheguei de trem àquela cidade. Nunca senti tanto frio, o termômetro marcava três graus. É a lembrança que tenho da cidade que agora me comoveu como a todo o país. Menos a O Globo. Até o minuto de silêncio nos estádios de futebol foi respeitado pelo público consternado. Público que costuma vaiar até minuto de silêncio. O desrespeito ficou por conta de O Globo com a charge do Chico Caruso publicada no blog do Noblat como se humor fosse.
“Qualquer menino parece, hoje, um experimentado
e perverso anão de 47 anos” (Nelson Rodrigues)
Em
postagem anterior, ao final de sua declaração a favor do Bolsa Família, Marina
Silva se orgulha de ser professora. Professora,
sim. Não educadora como ouço e leio quando falam sobre as meritíssimas e mal
remuneradas professoras de Mangaratíba. Fui
casado com uma professora formada no Instituto de Educação. Foi uma ótima
professora primária. Formou-se em estatística e deu aulas de matemática
no segundo grau. Logo depois era professora de estatística no terceiro grau.
Tinha carisma, era querida e respeitada por todo o corpo discente e, também,
pelo corpo docente. Aprendi muito com ela. Como
a Marina Silva, tinha orgulho de ser professora. Jamais se declarou educadora. “Educadora eu sou do meu filho. E somente
dele. Os pais que me mandem filhos educados para a escola” - ela dizia. Será
que o Paulo Freire – o padroeiro da educação brasileira - tem razão quando diz “Ninguém educa ninguém, ninguém educa a
si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo. Na verdade, somente
quem pensa certo, mesmo que, às vezes, pense errado, é quem pode ensinar a
pensar certo. E uma das condições necessárias a pensar certo é não estarmos
demasiado certos de nossas certezas”. Talvez,
eu esteja errado em não aceitar o termo educadora que tem uma conotação de
professora idosa. Mas, como ficariam os poetas se extinguíssemos um termo
célebre, renomado e poético como professora. “Que saudade da educadorinha que me ensinou o bê-a-bá” – teria escrito Ataulfo Alves. Coisa feia não é? Agora, veja como é lindo a Clara Nunes lembrando da professorinha.
E Jorge
Faraj teria escrito assim para a melodia de Benedito Lacerda: “e no trem das educadoras, em que outras são
sedutoras, eu não vejo mais ninguém”. Fico imaginando um trem repleto de
senhoras idosas, todas de coque no cabelo, com buço e óculos de elevado grau, armação de tartaruga, algumas bem gordas, como
aquelas professoras de antigamente que não mais se fabricam.
Educação não é somente uma atividade, é, acima de tudo,
a construção de um saber que ultrapassa o sentido escolar e se torna uma
construção permanente na vida do ser humano. ”Tem se criticado muito uma visão da
educação que coloca muita ênfase no ensino e, conseqüentemente, no professor”
- afirma Dermeval Saviani, um filósofo da educação. “O que é ensinado em escolas e universidades não
representa educação, mas são meios para obtê-la” - completa o filósofo Ralph Emerson. E o gênio
Einstein, olha só o que ele disse: "Educação é aquilo que permanece
depois que esquecemos tudo o que aprendemos na escola." Então,
por que educadoras? Se o são, perdoem-me a franqueza, são péssimas e
incompetentes. Ou o Nelson não teria dito, com absoluta razão, aquela frase lá
de cima.
Todos possuem celular, alguns com três ou quatro chips para evitar
as elevadas tarifas entre as operadoras. Cabelos tingidos com mechas louras e
cortados como os arrepiados cabelos do Neymar. Usam óculos escuros, têm perfil
no “feissibuque” e vestem camisas de times de futebol. Os mais jovens são
funkeiros e tatuados. Só falam o português e, incrível, têm barba e até bigode. Nunca vi índio com barba e bigode, a não ser no desfile da
Mocidade, em 1987. Talvez, o melhor desfile na história da Mocidade com uma
alegria contagiante, mesmo sendo a última a desfilar às sete horas da manhã. Naquele enredo – Tupinicópolis
– que só perdeu para a Mangueira que homenageou Carlos Drummond de Andrade,
parece até que o grande carnavalesco Fernando Pinto previu como seriam os
índios metropolitanos de hoje que lutam contra a verdadeira revolução urbana
por que passa o Rio de Janeiro para os grandes eventos de 2013, 2014 e 2016. Com o apoio de políticos, juízes e promotores públicos demagógicos, além de dondocas do “feissi”, cerca de vinte pseudo-índios, que dizem viver no prédio
que tem mais de 150 anos e que um dia abrigou o Museu do Índio, no Maracanã,
surgem na mídia com arco e flecha e pintados para a guerra em defesa daquele
“solo sagrado” e contra o progresso. O prédio, que foi invadido em 2006, está abandonado, arruinado e
prestes a desabar. Pertenceu à Conab
e foi comprado pelo governo do Estado para dar melhor mobilidade ao entorno do
novo estádio do Maracanã. A mídia os mostra como se índios fossem de fato defendendo o
local. Não diz, porém, que o Museu do Índio, órgão científico-cultural da Fundação Nacional do Índio, criado por
Darcy Ribeiro, em 1953, encontra-se na Rua das Palmeiras, 55, em Botafogo,
desde 1978. Os caras querem é aparecer, obter alguma vantagem financeira do governo; pois, não aceitam a mudança para a
Quinta da Boa Vista. Ali pertinho, a Quinta é um hábitat muito mais apropriado
para a vida indígena.
Hoje, é o último dia para
pagamento do IPTU em cota única com desconto de 15%, em Mangaratiba. Como no
ano passado, certamente a Prefeitura vai estender este prazo até fevereiro,
pois os carnês não foram entregues aos contribuintes. Mesmo sabendo disso, retirei
o boleto pelo site da Prefeitura e paguei o que me foi cobrado – R$ 1.312,95 -
aproveitando o desconto. Depois de amanhã, pagarei o IPVA do meu carro, final zero – R$ 848,26 - também
em cota única com desconto. Como meu carro está emplacado
em Mangaratiba, estarei contribuindo com R$ 2.161,21 para as finanças do Município. Há uma grande vantagem em
emplacar o carro em Mangaratiba: o seguro fica bem mais barato que no Rio de
Janeiro e em municípios da baixada fluminense. Conheço residentes cujos veículos estão emplacados em outros municípios. Por que nãotransferem o carro para Mangaratiba,
pagam menos pelo seguro e contribuem para as finanças
da cidade? Dizem que dá trabalho e ainda têm que pagar a taxa de transferência. O prefeito bem que poderia
fazer uma campanha para a transferência dos veículos. Poderia oferecer um desconto a mais no IPTU (mais
5%?) para os contribuintes que transferirem o carro para Mangaratiba, compensando o trabalho e a taxa devida. Seria uma forma de aumentar a
arrecadação do Município.
Os protestantes fundamentalistas estão assanhados
contra a TV Globo devido à novela “Salve
Jorge” e à minissérie “O Canto da
Sereia”. Propõem boicote à Globo por exaltar as entidades umbandistas Ogum
e Yemanjá. Os “evangélicos” veem mais holofote sobre outras
doutrinas. Dizem que os casamentos em novelas são geralmente católicos e que a
doutrina espírita é uma constante na programação noveleira. "Em 25
anos, vin-te e cin-co, lembro de apenas uma reportagem boa na Globo sobre
evangélicos. E tem semana em que, todo dia, o 'Jornal Nacional' fala bem da
Igreja Católica" – afirmou Silas
Malafaia em O Globo– “E,
se há personagens evangélicos, é crente, mas vagabundo. É pastor, mas safado”. Esses
caras, em episódio lamentável de intolerância e radicalização, mais uma vez estimulam o confronto religioso com discursos de ódio
e conseguem fazer o que eu imaginava ser impossível, isto é, eu ficar do lado
da Globo. A produção da TV Record
enviou à concorrente um questionamento que considerou pertinente: se a Globo
pretende exibir uma novela cuja protagonista seja “evangélica”. Em resposta, a Globo
afirmou que sua programação é laica e não segue nenhuma doutrina religiosa. Que
os roteiristas são livres para criar. Poderia
também dizer o quanto é difícil criar algo favorável sobre o que é tão sem
charme e frustrante quanto os falsos profetas milagrosos das seitas pentecostais.
Contra é muito mais fácil, até eu consegui escrever estes versos: “Simulados
milagres em qualquer esquina Que um cabeça de bagre tem como doutrina... É o falso profeta prevendo o passado E fazendo a coleta, fica endinheirado. O devoto que paga foi abençoado, "Curou" sua chaga e expulsou o “danado”... E onde está a polícia? Qual é a solução? Apelar pra milícia? Chamar o ladrão?” Já imaginaram uma novela ou
minissérie da Globo contando
aquelas peripécias bíblicas do Velho Testamento que até mesmo Deus duvida e que
eles tanto exaltam? Tenho
uma sugestão: a TV Globo poderia
produzir uma minissérie contando a história de Isaac, o filho que Abraão quase
degolou e queimou amarrado numa fogueira em holocausto a Deus Que o salvou no
último segundo da prorrogação. Seria
preciso introduzir um personagem que fosse médico psiquiatra para tratar e explicar como
a criança conseguiu superar tamanho trauma psicológico: quase
virou churrasco, mas cresceu e, assim como seu pai, sempre levava um papo firme
com o Todo-Poderoso. Casou-se com a linda Rebeca e foi aplicar em Abimalec o
mesmo golpe aplicado por seu pai e sua mãe cerca de 50 anos antes. Sugiro,
ainda, introduzir um núcleo com as filhas de Ló que, carentes de sexo, embebedaram
o pai e deitaram com ele. Isto depois de serem salvos de Sodoma e Gomorra. A
mãe ficou lá como uma estátua de sal, castigo por ter olhado para trás. Agora,
falando sério, o que eu quero ver mesmo são esses pastores enfrentarem os
bicheiros cariocas que, também, através das escolas de samba, colocam holofotes
sobre aquelas entidades umbandistas.
Atualmente, eu tento ser
Nelson Rodrigues com minhas estorinhas tipo “A
vida como ela é”. Mas, já quis ser Chico Buarque quando fui compositor. E,
também, tentei ser Fernando Pamplona quando fiz enredo para escola de samba
(Unidos de Bangu) na inauguração do sambódromo, em 1984. Pamploma foi quem
revolucionou os desfiles nos anos 60 pelo Salgueiro e, agora, no próximo dia
29, lança o seu livro “O Encarnado e o
Branco” com suas reminiscências do carnaval. Todos os grandes carnavalescos
– Arlindo Rodrigues, Rosa Magalhães, Joãosinho Trinta, Renato Lage, Layla - trabalharam e aprenderam com Pamploma. Vou comprar o livro pra ver
se ele conta a história de sua demissão da cobertura de carnaval pela Rede
Globo. Ele era o único crítico que criticava de fato. Por isso, os bicheiros
exigiram sua saída. Hoje, a cobertura dos desfiles é feita por idiotas que estão
ali apenas para elogiar as escolas. Quem os assiste e acredita no que dizem até
pensa que as escolas vão terminar empatadas. Polêmico, falastrão, abusado e fumante
inveterado aos 86 anos, ele afirma em entrevista a O Dia: “Sou vagabundo, sim, estou aí” e considera Paulo Barros o melhor
desde Joãosinho Trinta. Parece até que sou eu falando. - O que o motivou a fazer uma autobiografia? Na verdade,
não é um livro autobiográfico. Se eu fizesse uma biografia, seria até preso.
Noventa por cento seriam censurados. É um livro de histórias. O que velho sabe?
Contar história. Se não tiver Alzheimer. Como eu ainda não tenho a doença,
decidi contar as minhas. - São muitas histórias?
Claro. Sou vagabundo, de corriola, de botequim. E tô aí. Os CDFs se perderam,
ninguém ouve falar deles. Mas os vagabundos estão sempre aí. - E o Carnaval, como é que surgiu essa paixão na sua vida?
Sempre fui um amante da cultura popular. Em 1935, ia a bailes populares e nunca
tive super-heróis. O mestre-sala e a porta-bandeira sempre foram os meus
príncipes e princesas. - E quando você passou, de fato, a participar do Carnaval como protagonista?
Em 1959, eu era professor de Belas Artes e fui convidado para ser jurado do
Carnaval. Eu torcia pelo Império Serrano, mas, por ter sido da União Nacional
dos Estudantes (UNE), me simpatizava com a Mocidade Independente pelo nome da
escola. Quando vi o Salgueiro entrando na Avenida, de vermelho, falando sobre
Debret, virei salgueirense na hora. - Por causa do vermelho ou do Debret?
Do Debret. A escola falou de um artista em vez de falar de um general, como era
hábito no Carnaval. Só tinha enredo ‘Dipiano’, do governo. (DIP é o extinto
Departamento de Imprensa e Propaganda, órgão censor das manifestações culturais
criado por Getúlio Vargas). - Como foi aquele Carnaval?
Foi fantástico. Dei nota 8 para o Salgueiro, 6 para a Portela, para o restante
dei 5 e 4. Mas o desfile da Portela foi arrebatador e eu aumentei a nota para
7. E eles ganharam por 1 ponto. Ali, entrei de vez no Carnaval. - E no ano seguinte, já foi campeão com enredo sobre Zumbi dos Palmares.
Mas o Natal, da Portela, que tinha uma força danada, não descontou os pontos
que deveriam ser descontados. Assim, acabaram declarados campeões também a
Portela, a Mangueira, o Império e a Unidos da Capela. Ficou todo mundo feliz
com o resultado. Menos nós, é claro. - Dali em diante, o Salgueiro passou a falar sobre Aleijadinho, Xica da
Silva. O revolucionário Pamplona mudou o Carnaval?
O grande revolucionário foi Nelson Andrade, diretor de Carnaval do Salgueiro.
Pensava à frente de todo mundo, como o Juju das Candongas, da Mangueira. Eles
pensavam em artistas como enredos, e não aquela patriotada besta. - E qual foi o seu seu papel nessa história?
Eu sou muito ligado à cultura negra. Mas os negros não gostavam de se vestir de
negros. Negro gostava de sair com chapéu de Napoleão para tirar onda após o
desfile na Praça Saens Peña ou em Madureira. Acho que minha contribuição foi
essa, valorizar a cultura negra. - Como você avalia o Paulo Barros, o novo xodó do Carnaval?
Depois do Joãosinho Trinta, foi o que criou algo diferente no Carnaval. O resto
é tudo treinador de futebol, não tem identificação com a escola de samba. Ah!
tem o Laíla, que é identificado com a Beija-Flor e é ótimo. Temos a Rosa
(Magalhães) e o Renatinho (Lage), mas é só. - Como vê o Carnaval atual, cheio de enredos patrocinados?
Uma merda, mas o bom carnavalesco dá jeito. Pior são os sambas. Foi isso que
acabou com o Carnaval. Hoje, se você junta uma turma no seu boteco e pede para
alguém cantar um samba dos últimos oito anos que não seja da sua escola, não
sai nada. Só tem porcaria. É um negócio marcheado que não pega de jeito nenhum. - Qual seria a solução para isso, então?
Teria que chegar um cara corajoso e obrigar a escola de samba a cantar samba de
verdade, mesmo perdendo no desfile. - Mas a história só dá valor aos vencedores.
É verdade. Mas acho que a vida é feita de ciclos e em breve teremos um novo
Carnaval. Esta é minha esperança. - Você continua fumando sem parar. E bebendo?
Também, claro. Vou parar para quê? Para ter mais dois dias de vida?
N.L.: peço perdão por esta postagem a quem não é muito fã do meu blog porque eu faço postagens que não interessam à população de Mangaratiba e acha que eu poderia divulgar mais sobre a nossa cidade. Em primeiro lugar, devo reiterar que não tenho nenhum compromisso com a notícia. Tenho compromisso apenas com a verdade, a crítica, a informação e a cultura. Em segundo lugar, apesar de escrever sobre tudo, até sobre mim mesmo, duvido que algum outro tenha feito mais postagens sobre Mangaratiba do que este humilde blog. Em terceiro lugar, somente este sarcástico blog falou a verdade durante a última campanha eleitoral em Mangaratiba. Verdade confirmada pelo resultado da eleição. O título do blog é Mangaratiba apenas porque foi o primeiro a ser publicado em nossa cidade, mas é escrito para todos que se interessam pela leitura e pelo conhecimento geral.
Convocada no “feissibuqui” e em outras redes sociais
para domingo (13), na Avenida Paulista, e organizada pela OCC (Organização de
Combate à Corrupção), a grande marcha com Deus, pela família e contra Lula, o PT e a corrupção reuniu quatorze pessoas em
frente ao Masp. Apesar de 1.800 "feissis" terem se comprometido a comparecer. Soube que eles estão tão viciados no "feissi" que não conseguem largá-lo nem por uma causa justa como esta.
A manifestação tinha como lemas “Mexeu com o Brasil, mexeu
comigo” e “Por um Brasil sem Lula/PT”.
São Paulo estremeceu diante dessa brilhante demonstração
de repúdio ao Lula e ao PT. Agora, Gurgel e Barbosa podem mandar prender o Lulinha pra favorecer a oposição em 2014.
Foi mais uma façanha do “feissibuqui” que faz também
apologia ao estupro.
E ainda me perguntam por que saí daquele antro nefasto e inútil.
“Há muitos equívocos, preconceitos e/ou falta de informação nas
análises em relação ao Programa Bolsa Família. Para grande parte das elites e da grande mídia brasileira, o Bolsa
Família é visto como um mal, causando acomodação e falta de independência
financeira dos mais carentes. Os equívocos de muitos brasileiros, exigindo
independência financeira dos pobres, se tornam mais evidentes quando comparamos
o Bolsa Família com programas similares, existentes nos países mais desenvolvidos
do mundo. Na Alemanha, foi introduzido o programa de auxílio social
(Sozialhilfe) em 1961, que em 2005 mudou o nome para Arbeitslosengeld II. 1 - Uma pessoa desempregada e sem aportes de renda receberá 347
euros caso não possa sobreviver sozinha nem receba ajuda de familiares. 2 - Se cônjuges viverem em um domicílio sem rendimentos, o valor que
a segunda pessoa receberá acrescido é de mais 312 euros. Essas despesas são previstas para auxiliar na garantia do direito
à alimentação e ao vestuário. 3 - O Estado também custeia as despesas com moradia, providenciando
uma moradia popular e/ou pagando as despesas do aluguel diretamente ao locador. 4 - O auxílio-moradia é determinado pelo número de moradores do
domicilio. Em se tratando de um morador, o tamanho mínimo da moradia tem que
ser superior a 45m². No caso de cônjuges, o tamanho mínimo será de 60m². Para
cada filho será acrescido ao tamanho da moradia mais um quarto. Esse benefício
contribui fundamentalmente para que não existam favelas no país. 5 - Aliado a esses benefícios, está o pagamento de um seguro de
saúde, pois, na Alemanha, não existe um
sistema público de saúde como no Brasil ou na Inglaterra. O seguro de saúde
custará em torno de 150 euros por pessoa. 6 - No inverno, é pago ainda um auxílio calefação para esses
beneficiários. Os benefícios prevalecem enquanto persistir a situação de carência
material, sendo que cerca de 1/3 da população alemã recebe esse tipo de
benefícios em algum momento da vida. 7 - Cada pessoa recebe cerca de 750 euros (em torno de R$ 2 mil) por
mês, estando desempregada ou não tendo condições de manter a própria
subsistência. Um casal nessa situação receberá cerca de 1.370 euros. 8 - Além desses benefícios, as crianças recebem separadamente, até
atingir 14 anos, um benefício de 208 euros mensais, válido universalmente para
todas as crianças do país, sejam elas pobres ou ricas. 9 - Aos adolescentes, a partir dos 14 anos até os 25 anos e que
moram com os pais, o benefício passa para 278 euros mensais.
10 - O Brasil segue os passos que países desenvolvidos seguiram no
combate à fome e à miséria. A diferença em relação ao Brasil é que o programa
de auxílio social da Alemanha e nos demais países europeus é concebido como um
direito, ou seja, acessível a todas as pessoas e famílias que dele necessitem.
Trata-se de transferências monetárias cobertas pelo Estado, cujo tempo de
duração é ilimitado. Além disso, seguindo os exemplos acima, fica evidente que o valor monetário transferido pelo Bolsa Família no Brasil deveria ser consideravelmente aumentado, além de ser garantido a todos que dele necessitem. Ademais, urge introduzirmos políticas de auxilio moradia aos beneficiários desse programa. Assim, estaríamos dando passos decisivos no combate à fome e à miséria.”
Clóvis Roberto Zimmermann - Doutor em sociologia pela Universidade de Heidelberg (Alemanha), relator nacional para o Direito à Alimentação e Terra Rural.
Encontrei o texto acima na web e decidi reproduzi-lo para conhecimento das dondocas - e dondocos como o Álvaro Dias – que creem que o Bolsa Família estimula a preguiça e criou vagabundos que não querem perder aquela merrequinha que recebem do Estado. Essas dondocas que se revoltam por não conseguirem mais empregadas domésticas, uma atividade em extinção, deveriam comparar o bolsa família alemão com o brasileiro e ouvir a opinião da Marina Silva ao final da postagem. O programa social alemão já chegou a consumir 33% do PIB. Hoje está perto de 26%. No Brasil, consome apenas 0,5% do PIB e beneficia famílias em situação de pobreza (renda familiar p/capita de R$ 70,01 a R$ 140,00) e de extrema pobreza (renda familiar p/capita de até R$ 70,00). Atende cerca de 16 milhões de brasileiros. Os benefícios pagos pelo Bolsa Família variam de acordo com as características de cada família - considerando a renda mensal da família por pessoa, o número de crianças e adolescentes de até 17 anos, de gestantes, lactantes e de componentes familiares. São diversos os compromissos das famílias beneficiadas. Na educação, os pais deverão matricular as crianças de seis a 17 anos na escola; têm a obrigação de garantir a frequência escolar em pelo menos 85% das aulas para as crianças e os adolescentes de 6 a 15 anos e de 75% para os jovens de 16 a 17 anos. Na saúde, as crianças devem tomar as vacinas recomendadas e participar da rotina de pesagem, medição e exames frequentes. As gestantes e mães que amamentam devem participar do pré-natal e comparecer a consultas médicas. Também são responsáveis pelo acompanhamento da saúde da mãe e do bebê após o parto e deverão participar das atividades educativas promovidas pelas equipes de saúde sobre aleitamento e alimentação saudável. O benefício mais alto do Bolsa Família, que começou a ser pago este mês, chega a R$ 1.332, valor quase igual a dois salários mínimos. Essa quantia é repassada a uma única família formada por 19 pessoas. O novo teto do Bolsa Família é resultado do Brasil Carinhoso, programa lançado em maio pela presidenta Dilma Rousseff para tirar da miséria famílias com crianças de até 6 anos. Em 2012, o Bolsa Família pagou, em média, apenas R$ 115 por família. Dentre o público do Brasil Carinhoso, esse valor subiu para R$ 237.
A exaltação da mídia ao Zeca
Pagodinho no dia da tromba d’água em Xerém fez-me escrever sobre outros
queridinhos da mídia. Fernanda Montenegro e Machado de Assis foram dois deles. Gosto muito do sambista Zeca
Pagodinho e das suas gravações de sambas dos compositores da Portela,
principalmente aqueles do Monarco. Mas, convenhamos, o que ele fez pelos vizinhos de
Xerém? Passeou com seu quadriciclo, comprou uma dúzia de colchonetes, deu
guarida à comadre de sua filha, fez uma sopa de entulho para alguns e foi para
a Disney no mesmo dia da tromba d’água. Não botou a mão na massa nem
pisou na lama como tantos anônimos que não correram do pau e nem mereceram da
mídia qualquer mísera menção. Outro queridinho da mídia, e
até da publicidade, é o Luciano Hulk. Não entendo o porquê. Um cara feio,
narigudo, sem talento algum, como pode vender o Banco Itaú e outros produtos
por ele anunciados. Existem outros queridinhos. O
Fred, atacante do meu Fluminense, por exemplo, é um deles. Pode perder inúmeros
gols feitos, pode ser pego inúmeras vezes em impedimento, pode tropeçar na bola
e cair, pode tentar matar a bola na canela, não importa, será sempre destaque
na imprensa esportiva. Foi o artilheiro do campeonato.
E daí? Com apenas 20 gols? Apesar de o time todo jogar pra ele? Sete gols foram
de pênalti. O artilheiro da segunda divisão fez 27 gols. Outro queridinho é o Ronaldo.
Mas, este merece pelo que fez no futebol, três vezes eleito o melhor do mundo. A mídia
cínica,mercenária, demagógica e corrupta sempre em busca de
uma bala de prata para acabar com o Lula e a Dilma, tem, claro, o seu
queridinho. É o senador Álvaro Dias, o novo mosqueteiro da ética, falso
arauto da moralidade que ocupou o lugar deixado por Demóstenes Torres, antes
queridinho da mesma mídia até o escândalo Cachoeira. Com aquela cara cheia de botox, Álvaro Dias está sempre
dando declarações no Jornal Nacional e nas páginas dos jornais quando surge
qualquer denúncia vazia contra o governo. Seja qual for a denúncia, lá está ele
afirmando que vai fazer e acontecer. E nada acontece. Verdadeiro detrito da
política paranaense, foi um locutor medíocre e duro como um coco que deu o
golpe do baú e fez carreira política com a grana do sogro. Atualmente, é um
fazendeiro riquíssimo que se presta a participar de qualquer manipulação da
imprensa. Na
vida real, este fariseu orgulhoso de seu estilo formal e perfumado foi
condenado pelo não pagamento de pensão a uma filha – ainda menor de idade –
fruto de seu relacionamento extraconjugal com uma funcionária pública. Ele
responde a processos por abandono afetivo e corre o
risco de ter o seu patrimônio bloqueado. Em um dos processos, sua filha pede a anulação
da venda de cinco casas dele, no valor de R$ 16 milhões, em Brasília. Na campanha eleitoral, quando, por pouco tempo, foi
candidato a vice-presidente, cheio de amor pra dar, ele prometeu dobrar o valor
do Bolsa Família. Entretanto, depois da eleição, no programa Roda Viva,
preconceituoso, declarou o seguinte: “O
bolsa-família não tira ninguém da miséria. Mantém na miséria, porque estimula a
preguiça, inclusive… há gente que não quer trabalhar porque não quer ter
carteira assinada para não perder o bolsa-família”.
Marília Gabriela entrou em pânico com
a mancada e impediu o tucano de divagar mais suas idéias preconceituosas de tucanos
que não aceitam os programas sociais de distribuição de renda. Se ela deixasse
o senador falar mais um pouco, ele acabaria chamando o programa de bolsa esmola
e os beneficiários de vagabundos. Isto não poderia acontecer na TV Brasil,
emissora do governo tucano do Estado de São Paulo Outros atuais queridinhos da
mídia cínica,mercenária, demagógica e corrupta são o ministro do STF Joaquim Barbosa
– que já foi odiado por ela quando era um desafeto do Gilmar “Dantas” – e o
prevaricador geral da república Roberto Gurgel. Estes, porém, serão queridinhos
por muito pouco tempo.
Desde mocinha, ela ficou
conhecida pelo seu voraz apetite sexual. Chamavam-na Lolita. Atualmente, aos 50
anos, engordou e vive sempre à beira de um ataque de nervos. Reside com a mãe de 80 anos,
viúva de um general, que sofre do Mal de Alzheimer. Boa filha, cuida muito bem
da velhinha que já nem nota as suas travessuras no apartamento, em Itacuruçá. Agora, ela é Dalila e
permanece solteira para não perder a pensão do pai. Insaciável e em constante crise
existencial, Dalila sempre está diante do computador compartilhando no
“feissibuque” ou percorrendo os bares e a praia, vestindo roupas provocantes, em
busca de parceiros. Pode-se dizer que é uma periguete cinquentona. Ainda muito bonita, ela
sempre encontra alguém que não a conhece, pois, quem a conhece não mais topa a
parada. É que a loura costuma sequestrar jovens e aprisioná-los em seu quarto.
E não os libera até sentir-se saciada. Isto pode levar tempo, às vezes, dias e
noites. Ficou famosa entre as
vizinhas. Algumas a odeiam e não admitem que seu marido a cumprimente nem que
lhe dirijam o olhar. Dalila já foi motivo de muitas desavenças conjugais. Outras
a invejam, principalmente as mais jovens: as periguetes que a veem como modelo
de vida. Certa vez, exausta, após
saciar o seu furor uterino, Dalila dormiu um sono profundo. O rapaz aprisionado,
então, ligou para o DPO e, incrível, a polícia atendeu ao chamado altas horas
de uma noite chuvosa. Três PMs bateram em sua
porta. “Abra! É a polícia”. Dalila acordou sobressaltada
e, quase nua, atendeu aos três latagões. Apesar de gordinha, Dalila ainda tinha
um corpo admirável. Os PMs se entusiasmaram com a visão. “Podem entrar”,
disse Dalila convidativa. Os três entraram e liberaram
o rapaz. Ela, ainda seminua, babydoll transparente e sem calcinha, ofereceu-lhes
uma bebida. Os PMs recusaram: “Não é permitido beber em serviço”. Insinuante e sexy, Dalila
perguntou: “E sexo grupal é permitido?” Entreolharam-se tentando
lembrar se havia tal proibição no regulamento disciplinar da corporação. Não,
não havia. Nesse dia, Dalila se deu
bem e convidou os PMs a voltarem toda vez que estivessem de serviço. “Posso lhes pedir um favor?” – perguntou Dalila. "Sim, claro!" - responderam. Ela, então, pediu: "Digam
aos seus colegas para virem nos dias em que vocês não estiverem de serviço”. Dalila nunca mais foi vista
circulando pelos bares, nunca mais deixou a mãe sozinha e não mais aprisionou rapazes. As vizinhas estão mais
tolerantes com ela porque a presença constante da polícia está dando segurança
ao prédio. Dalila agora dedica ainda mais tempo ao “feissibuque”. Logo que acorda, já está congestionando a conexão com a Velox em Mangaratiba. Porém, agora, não se sente mais deprimida em crise existencial e diz que vai largar aquela famigerada rede social.
Sempre que ouço falar de um, a minha iconoclastia me faz lembrar do
outro. E vice-versa. Basta ler duas ou três páginas de qualquer livro escrito por Machado para
conhecer toda a entediante obra deste chato que é o ícone da literatura
brasileira. Assim como basta assistir uma única interpretação de Fernanda
Montenegro, considerada a grande dama do teatro nacional, para conhecer toda a
atuação da atriz. Neste final de ano, assisti ao especial da TV Globo – “Doce de Mãe” – com ela no papel
principal. Quis assistir para tentar mudar minha opinião sobre a atriz, queria
ver talento em sua interpretação. Vi, como sempre, Fernanda Montenegro interpretando Fernanda Montenegro.
Como mudar de opinião se ela própria é sempre ela mesma. Mas, ela foi indicada para o Oscar de melhor atriz estrangeira com o
filme “Central do Brasil”, diriam
alguns incautos. Ora, ninguém melhor do que ela para interpretar Fernanda
Montenegro com perfeição. Os críticos americanos não a conheciam e a indicaram
pela interpretação perfeita. Em “Doce de Mãe”, ela foi a
mesma de “Central do Brasil”, com a
mesma cara sombria, o mesmo semblante melancólico, a mesma fisionomia
inexpressiva, a mesma voz e dicção sem clareza. Duvido que alguém tenha
compreendido tudo o que disse o seu personagem. Na única chance que teve para fazer uma interpretação convincente – isto
é, quando ficou bêbada – ela surge desmaiada. Sabemos que ela está bêbada
porque os outros dizem. A grande dama foi perfeita ao interpretar uma bêbada
desmaiada. Bastou deitar e fechar os olhos. No elenco tivemos um grande ator de fato: Matheus Natchergale. Este se
transforma em inúmeros personagens como o João Grilo em “O Auto da Compadecida”. Em “Doce
de Mãe”, ele interpretou um gay que finge não ser e pensa que ninguém sabe
que é. Logo que aparece na trama, vi que ele era exatamente isto, não foi
preciso que outros declarassem o fato. Atriz carismática, dicção perfeita, com sensibilidade e talento para
interpretar qualquer personagem é Dira Paes, 43 anos, que ainda não foi
consagrada pela mídia nem pela crítica que exalta a Montenegro. Poucos sabem de
quem se trata porque em cada interpretação ela é alguém diferente. A Dira Paes
só existe nos “slides” de
apresentação dos filmes e novelas. Dira Paes nunca interpreta Dira Paes. Ela estreou no cinema, aos 15 anos, em um filme americano – The Emerald Forest – de John Boorman. No
cinema, como atriz dramática, foi a mãe de “Os
2 Filhos de Francisco” e a Dadá de “Corisco
e Dadá”, entre muitos outros; na TV, como atriz cômica, foi “A Diarista” e a tentadora Norminha – “você não vale nada, mas eu gosto de você”
- na novela “Caminho das Índias”.
Além de excelente atriz, Dira Paes é uma intelectual que combina excepcional talento com notável
beleza. Mas ainda não é uma queridinha da mídia - nem sei se será um dia - como a Fernanda Montenegro, o Machado de Assis e o
Zeca Pagodinho.
Quando Zeca Pagodinho
apareceu com seu quadriciclo na reportagem do RJ-TV, durante a tromba d’água em
Xerém, eu desconfiei. Algo estava fora de ordem.
O que fazia ele ali vestindo
aquele casaco de couro de dois mil reais e montando seu veículo vermelho e
brilhante sem nem um pingo de lama? Tirando uma onda? Só pra dizer que tem nojo
de político e dessa gente bandida? Só pode ser. Devia dizer que
tinha nojo do ex-prefeito Zito. Ele devia estar bem sujo vestindo camiseta e
bermuda dando duro no local onde ele próprio disse que estavam precisando de
mais ajuda. O que ele fazia ali bem
longe, então? Falei com o correspondente do blog em Xerém para esclarecer as minhas
dúvidas. Fiquei sabendo que o Zeca foi
levar a filha até o centro de Caxias. E, depois, na volta aproveitou para
renovar o seu estoque de cerveja que foi dissipado nas festas de fim de ano. Nosso correspondente naquela aprazível localidade fotografou
a volta do sambista com o mesmo casaco de couro e o quadriciclo lotado de
cerveja.
Agora falando sério: logo após a reportagem no RJ-TV e
nos outros jornais televisivos, e depois de gravar uma matéria para o Fantástico que será exibida amanhã, Zeca partiu de férias para os Estados Unidos.
Lá na Disney, onde se encontra desde ontem de manhã, Zeca decidiu ajudar Xerém
pelo “feissibuque” lançando uma campanha para arrecadar donativos para os
desabrigados.
A imprensa é assim: não mede esforços e nem se importa
em expor-se ao ridículo quando quer exaltar os seus queridinhos.
Ontem,
após as festas de fim de ano, Muriqui amanheceu alagada. Muita chuva de
madrugada, casas invadidas pela lama, bueiros entupidos pela sujeira, falta de
água para a limpeza e carros submersos em Mangaratiba.
Coisas
que o choque de ordem não pôde evitar. Entre mortos e feridos, porém,
salvaram-se todos. Em
compensação, por aí a fora, as boas festas não foram assim tão tranquilas
quanto aqui como noticiaram os jornais. Na Barra da Tijuca, a festa
de Romário, em seu condomínio, no Pepê, foi uma decepção para muitos. Às 3h, já
não tinha quase ninguém no local. Só as ‘nem’ mesmo. O único registro acabou
sendo (quase) policial… O funkeiro Jonathan Costa, filho dos funkeiros Rômulo
Costa e Verônica Costa, causou uma tremenda confusão e acabou sendo expulso do
local por seguranças do deputado. Em Itaguaí: 1 - O jovem Washington do Nascimento Ferreira da
Silva, de 19 anos, morreu atingido por um tiro na cabeça quando estava nas
imediações do km 396 da Rodovia Rio-Santos, na madrugada de domingo (30), por
volta das 2h30. O tiro deve ter sido disparado por algum funkeiro. 2 - Na tarde de domingo (30),
por volta das 17h, policiais militares do 24º BPM (Queimados) foram acionados
para atender a existência de um cadáver em área próxima ao pátio da empresa MRS
Logística, no Brisamar. Os PMs confirmaram a existência do corpo. Segundo
testemunhas, a vítima teria sido assassinada a tiros. O criminoso certamente
foi um funkeiro. No Engenho de Dentro, a dona
de casa Jéssica Elísio Vasconcellos, de 22 anos,foi
ferida na cabeça por bala perdida disparada por um funkeiro, mas escapou com
vida. Ela foi atingida nos primeiros minutos de 2013, na madrugada de
segunda-feira. Em
Copacabana: 1 - um carioca de 22 anos nasceu de novo
na madrugada do último dia de 2012, na Rua Barata Ribeiro. Depois de se envolver
numa briga na rua com um funkeiro que fez xixi em sua bicicleta, ele teve uma
pistola calibre PT 380 encostada em seu pescoço. O gatilho foi apertado duas
vezes, mas a arma não disparou. 2 - um homem foi morto a
tiros, na manhã desta segunda-feira, 31, num apartamento da Avenida Nossa
Senhora de Copacabana. A vítima foi identificada como José Carlos Santos de
Paula Barboza Júnior, de 25 anos. Segundo informações do 19º BPM, o funkeiro suspeito
de ter atirado três vezes contra ele fugiu. O corpo foi levado para o Instituto
Médico-Legal (IML). No Guarujá, o
universitário Mário dos Santos Sampaio, de 22 anos, foi morto a facadas, na
noite de segunda-feira, pelo dono de um restaurante após discussão devido a uma
diferença de sete reais na conta. O dono diz que matou para defender o seu
filho funkeiro. Em Pilares, uma mulher foi atingida por
outra bala perdida disparada por um funkeiro durante a virada do ano. Jessica
Elísio Vasconcelos foi baleada de raspão na cabeça e levada ao Hospital Salgado
Filho, no Méier, onde foi atendida às 0h20m desta terça-feira. Em Piedade, durante a noite de Natal,
Adrielly dos Santos Vieira, de 10 anos, foi baleada na cabeça durante um
tiroteio entre funkeiros. Ela teve morte cerebral no domingo e
faleceu hoje. Em
Angola, pelo menos 16 pessoas morreram no dia 31 em tumulto no estádio de
Luanda durante uma grande vigília evangélica da Igreja Universal do Reino de
Deus para comemorar a virada do ano. Não havia funkeiros no local,
apenas protestantes fundamentalistas. A repressão ao funk e aos
funkeiros em Muriqui certamente evitou incidentes como estes observados mundo a
fora. Assim como a imundície promovida
pelos funkeiros reprimidos entupiu os bueiros e exacerbou os danos causados
pela chuva torrencial. O temporal bem que poderia ter
caído durante todo o dia primeiro. Teria substituído com louvor e muito mais
rigor o Choque de Ordem que não ocorreu no primeiro dia do ano.
Não foi o auge da bosta nem o
apogeu da titica Finalmente, tivemos um final de ano mais
tranquilo em Muriqui. Um réveillon como não se via há muitos anos. Não tivemos aqueles dias estarrecedores, algo apavorante e
aterrorizante de anos anteriores. O choque de ordem funcionou,
apesar de alguns radicais desmemoriados dizerem que não. A passagem de nível na
Tiradentes foi controlada durante todo o tempo e não permitiu aquela enxurrada
de carros na praia. À tarde, havia até lugares para estacionar na Nações
Unidas. Grande número de GMs e PMs
abordavam os motoristas que pretendiam ultrapassar a linha férrea e multavam
aqueles em situação irregular. Um guincho no local rebocou alguns carros. O
acesso pela Santana foi interditado. Eu mesmo fui abordado e tive que provar
que residia na orla. Viaturas circularam todo o tempo no distrito. Não havia carros estacionados
no lado esquerdo da Nações Unidas nem no lado direito da Beira Mar. Não vi carros circulando na contra-mão. O funk praticamente não
existiu. E só isto já me bastaria para elogiar o Choque de Ordem. Alguns
funkeiros insistiram e foram logo reprimidos. Os quiosques não exorbitaram
no som e mantiveram mesas e cadeiras fora do passeio. À noite, inúmeros GMs e PMs
com extensos cassetetes mantinham os bêbados e os meliantes mais sossegados.
Tomei conhecimento de apenas um conflito com tiro e facada. Uma garrafa arremessada
por um imbecil atingiu a cabeça de um inocente. Mas, como evitar um excesso
desses? Não há como, é inevitável. Dia 31, fui dar uma volta na
praia e a imundície do calçadão me fez desistir. Que sujeira! Os quiosqueiros
precisam ser responsabilizados também pela limpeza em seu entorno. O choque de ordem nada podia
fazer contra os imundos mal-educados nem contra aquela aglomeração de gente
feia, mocreias e jaburus que infestou Muriqui. Não há como reprimir a frequência nota zero. Nem contra a falta d’água que
mais uma vez foi sentida. Notícias oriundas de
Itacuruçá e da Praia do Saco também reconhecem a ação do governo contra a
bandalha. Em Itacuruçá, rebocaram carros mal estacionados e nas ruínas da praia
do Saco retiraram uma ocupação irregular. Só faltou colocar banheiros
químicos no calçadão, além de aumentar a quantidade de lixeiras. Infelizmente, relaxaram na
terça-feira, dia 1º. Deixaram correr frouxo e os funkeiros voltaram ao seu ponto. Contei seis carros de mala
aberta em frente ao quiosque do vereador. Eram oito horas da noite e a polícia
não deu o ar de sua graça. Este réveillon foi um teste para o
Choque de Ordem. Passou com algum louvor, nota sete. Vem aí o vestibular para o
carnaval. O Choque tem que ser bem mais rigoroso. Capixaba agora não precisa
mais agradar a todos e pode fazer suas maldades com alguns. Com os funkeiros, por
exemplo, que estão revoltados com ele, mas o povo ordeiro que lembra dos anos
anteriores está quase feliz e satisfeito. O carnaval será definitivo
para demonstrar se Capixaba quer mesmo entrar para a história como o prefeito que
impôs a lei e a ordem em Mangaratiba.
N.L.: é com imenso pesar que registro o falecimento do nosso amigo Kabeça.
Enquanto alguns fazem uma retrospectiva dos
fatos mais importantes ocorridos no mundo em 2012, eu tentei fazer uma relação
de fatos irrelevantes observados em Mangaratiba. Teve o caso do promotor público que radicalizou, pediu o
afastamento do prefeito Capixaba e motivou uma CPI que não deu em nada. Um
factóide em que o MP exorbitou, excedeu os limites
do razoável para, como disse o promotor, “restaurar o
Regime Democrático de Direito,com o
imediato afastamento do Chefe do Executivo, e posterior cassação do Sr.
Prefeito de Mangaratiba”. O cara espirrou
na farofa e entrou na minha retrospectiva. Vereadores que imaginaram conquistar votos
apoiando o impeachment, enfrentam, agora, o ostracismo e, no réveillon, alguns
foram vistos derramando lágrimas furtivas. Outro fato irrelevante foi o fracasso do lançamento
pelo prefeito itinerante de três laranjas para concorrer às eleições em Mangaratiba,
Itaguaí e Seropédica, numa tentativa para implantar uma ditadura democrática na
Costa Verde. Conseguiu apenas o apoio de alguns candidatos – e
de eleitoras em crise existencial nas redes sociais - que levou mais de nove mil
pessoas a anular seu voto, apesar dos insistentes avisos e esclarecimentos que
fiz neste humilde blog. A contestação irracional da pesquisa do Gerp
que dava a vitória ao Capixaba foi outro fato irrelevante. Para contestá-la, pessoas
cegas pela paixão política alegaram razões que a própria razão desconhecia. Porém, o maior e principal fato irrelevante
foi, de fato, a zerésima com o nome da laranja que alguns apresentaram como
algo incontestável, inquestionável. A zerésima seria a prova definitiva e
indiscutível de que os votos que ela recebesse seriam considerados válidos. E eu avisei que não tinha nada a ver.
“Eu sou aquele que era
que é e será...”
Sou manso, sou fera,
se avanço, vou recuar.
Eu sou o vivo e o morto,
sou a tormenta e o porto.
Sou o oito, sou oitenta...
Eu sou fechado e aberto,
sou o errado e o certo.
Sou singular, sou plural,
eu sou o bem e o mal...
Eu sou feio, sou bonito,
sou o pobre e o rico,
sou o que vai e o que fica,
o vencedor e o vencido,
sou odiado e querido.
Eu sou o pai e o filho,
eu sou o luto e a festa,
eu sou o quente e o frio,
sou assim como tu...
“Quem é morno não presta,
é um coitado, cego e nu...”