Em 2011, com o enredo “Esta noite levarei sua alma”, Paulo Barros explorou o medo: decapitou os integrantes da comissão de frente, apresentou a corrida de Indiana Jones para não ser esmagado por uma enorme pedra e mostrou um ataque de tubarão.
O Spielberg da Sapucaí novamente apelou para o ilusionismo e incomodou a crítica conservadora (ou mercenária) que não perdoou sua imensa criatividade. Acusaram-no de desrespeito à tradição das escolas de samba, de não saber apresentar um enredo tradicional e de reproduzir performances de artistas estrangeiros.
Não queriam que ele fosse bicampeão. Quem venceu foi a Beija Flor com um enredo chocho sobre Roberto Carlos. A Tijuca ficou em segundo lugar.
Ele agora voltou com um enredo tradicional. Também uma homenagem a um cantor, porém, no ano de seu centenário: “O Dia em Que Toda a Realeza Desembarcou na Avenida para Coroar o Rei Luiz do Sertão”.
Uma homenagem mais do que merecida e que deu um enredo vibrante.
A homenagerm que Mangaratiba não quer fazer àquele que colocou a cidade no mapa do turismo nacional e internacional.
Aliás, nem precisa mais fazer tal homenagem. O Rio de Janeiro, o Brasil inteiro prestou essa homenagem a Luiz Gonzaga através da Unidos da Tijuca.
Paulo Barros não deixou de apresentar suas mágicas, suas ilusões e até a reprodução da performance de um artista estrangeiro que intitulou como a alma da sanfona.
Os bonecos de Mestre Vitalino com aqueles “zóinhos” miúdos e as asas brancas naquele céu de estrelas douradas demonstraram novamente toda a criativa concepção de Paulo Barros.
Ele deveria estar festejando o tricampeonato.
Um comentário:
Torci pela Mangueira como sempre, mas me rendi mesmo a Unidos da Tijuca!
Muito bom o desfile.
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