Noutro dia, fui dar crédito a um boato somente porque veio através de um informante responsável e publiquei a nomeação de novos secretários em Mangaratiba. Quebrei a cara. A fofoca não se concretizou.
Hoje, porém, faço questão de postar três fatos ocorridos no mesmo dia. São três ótimas notícias de O Globo. Não tenho o objetivo de informar nada a ninguém, quero apenas rejubilar-me com elas. Demonstrar meu profundo contentamento por, finalmente, estar sendo feito um tributo àqueles que foram mortos e torturados por três ditaduras sulamericanas.
1. Parlamento uruguaio aprova Lei que anula anistia de crimes da ditadura
MONTEVIDÉU - A Câmara dos Deputados do Uruguai aprovou em caráter definitivo um projeto de lei que declara imprescritíveis os crimes cometidos na última ditadura militar no pais, antes que o prazo expirasse no dia 1º de novembro.
2. Justiça argentina condena à prisão perpétua quatro ex-oficiais da Marinha
BUENOS AIRES - A justiça argentina condenou à prisão perpétua quatro ex-oficiais da Marinha por crimes contra a Humanidade cometidos durante a última ditadura militar no país. A sentença imputada a Alfredo Astiz, Jorge "El Tigre" Acosta, Antonio Pernías, Ricardo Cavallo, e a outros oito repressores é a primeira imputada ao grupo da Escola de Mecânica da Armada(Esma), onde funcionou a prisão clandestina mais importante da ditadura.
Os condenados responderam a 86 casos de sequestros, prisões, torturas e homicídios contra dissidentes políticos. Outros quatro réus foram condenados a penas entre 18 e 25 anos de prisão. Dois foram absolvidos.
Pela ESMA, passaram cerca de 5 mil presos, dos quais menos da metade sobreviveram. Entre os assassinatos pelos quais eram acusados, estavam as mortes de três fundadoras do grupo Mães da Praça de Maio (Azucena Villaflor, Mary Bianco e Ester de Careaga), o jornalista Rodolfo Walsh e as freiras francesas Alice Domon e Leonie Duquet.
3. Comissão da Verdade é aprovada no Senado e vai à sanção de Dilma
BRASÍLIA - Por unanimidade e em votação simbólica, o Senado aprovou a criação da Comissão da Verdade, que terá poderes para apurar violações de direitos humanos ocorridas durante a ditadura militar. Agora, o projeto vai à sanção da presidente Dilma Rousseff. A sessão que aprovou a comissão durou cerca de quatro horas. O relator do texto foi o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), um ex-militante de esquerda e que durante a ditadura atuou na luta armada. Após a aprovação, os senadores comemoravam o resultado com ex-perseguidos e familiares de desaparecidos que acompanharam a sessão.
N.L: os criminosos devem estar se torturando com a lembrança da publicidade do Vodca Orloff que afirmava: eu sou você amanhã. A Argentina sempre foi o Brasil amanhã. Agora, também o Uruguai há de ser.
Um comentário:
Este "silêncio" guardado por tantos anos é um grito sofrido da história do nosso país.
Já não era sem tempo que a verdade viesse aos olhos de todos, para que não haja mais um cidadão que possa se dizer iludido ou menos informado...
Não conseguiríamos nada disto, se pessoas como você, não continuassem a remoer nossa história recente. Para isto, também foi preciso um presidente com a cara do Brasil e uma presidenta lutadora e corajosa.
Escrevo, agradecendo a vontade popular em elegê-la, me fazendo a cada dia crer mais na democracia.
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