Diz que me ama
E não reclama a dor
De mais uma desilusão...
Sem amor não existe paz,
Coração vai sofrer demais,
Sempre mais...
Diz que me ama,
Reacende a chama
E queima essa recordação.
Deixa rolar toda a mágoa
Que o teu rio deságua
No mar de uma nova paixão.
Quando o amor termina,
Imagina que drama, que dor...
O coração de quem ama
Se inflama, reclama
Um novo amor.
Se um amor sofrimento traz,
Desamor faz sofrer muito mais...
O amor é chama que afaga o vento
E apaga por um só momento fugaz.
domingo, 31 de janeiro de 2010
AMOR
Tem amor quem for capaz...
O amor no amor se satisfaz.
Bem melhor se for fugaz,
É menor a dor que ele traz.
Se é amor, eu quero mais;
Pode até doer, tirar a paz,
Se eu sofrer, tanto faz,Foi porque amei demais.
Bem pior do que sofrer de amor,
É viver sem ter a quem amar...
Essa vida há de ter mais valor
P´ra quem tem amor demais p´ra dar.
Ser feliz é amar de verdade,
É viver morrendo de paixão.
A felicidade tem mais amizade
Com quem se dá de coração.
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
QUIOSQUE 13
IN-TER-DI-TA-DO
Essa é para quem não quer ver o Choque de Ordem que está ocorrendo em Muriqui. Não quer ver nem quer apoiar. Adeptos (e adeptas) de um sectarismo maniqueísta insuportável não querem reconhecer o que está acontecendo de bom no Município. Por quê? Somente porque são contrários ao poder constituído? É muito pouco para se fingir de cego e agir como um avestruz.
O quiosque 13, aquele que, com méritos, levou o trofeu de pior da praia, amanheceu lacrado.
Considerado, também, o mais feio, meio pintado de amarelo-diarréia de neném e meio vermelho-tijolo desbotado, foi obrigado a ser repintado com as cores originais como se vê que está sendo feito na foto.
Não sei se foi interditado somente por isso ou se foi também porque é o quiosque que mais atraíu o turismo predatório, que mais promoveu a muvucada, que mais desrespeitou a lei e a ordem.
Mas torço para que fique interditado durante todo o verão.
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
DEU EM O GLOBO
"RIO - Os assassinos do vereador de Mangaratiba Célio Lopes, morto a tiros na madrugada de 2 de junho de 2009 no Centro da cidade, foram denunciados nesta terça-feira pelo Ministério Público do Estado do Rio. André Rodrigues e Jorge Duarte, dois dos quatro envolvidos, já estão presos, mas o autor dos disparos, Valdiclei Santos da Silva, permanece foragido.
A denúncia foi feita pelo Núcleo de Combate ao Crime Organizado (NCCO) e pela Promotoria de Justiça de Mangaratiba, e recebida pelo Juiz Alexandre Gavião. O MP se baseou na Operação Costa Verde, realizada pela Delegacia de Homicídios da Zona Oeste.
A investigação mostrou que coube a Manoel da Silva indicar como matador Valdiclei, de quem era amigo particular. André Rodrigues, que é Guarda Municipal em Mangaratiba, confessou o pagamento de R$ 4 mil ao atirador. Valdiclei foi de sua casa, em Paracambi, até o local do crime acompanhado por Jorge Duarte, superintendente de gabinete da prefeitura e seu ex-chefe.
O crime teria sido praticado porque o vereador ameaçara André Rodrigues de demissão. A investigação, porém, não descarta motivações políticas."
A denúncia foi feita pelo Núcleo de Combate ao Crime Organizado (NCCO) e pela Promotoria de Justiça de Mangaratiba, e recebida pelo Juiz Alexandre Gavião. O MP se baseou na Operação Costa Verde, realizada pela Delegacia de Homicídios da Zona Oeste.
A investigação mostrou que coube a Manoel da Silva indicar como matador Valdiclei, de quem era amigo particular. André Rodrigues, que é Guarda Municipal em Mangaratiba, confessou o pagamento de R$ 4 mil ao atirador. Valdiclei foi de sua casa, em Paracambi, até o local do crime acompanhado por Jorge Duarte, superintendente de gabinete da prefeitura e seu ex-chefe.
O crime teria sido praticado porque o vereador ameaçara André Rodrigues de demissão. A investigação, porém, não descarta motivações políticas."
O TEU OLHAR
Olhai por nós,
Olhar felino.
Me cala a voz,
Me faz menino...
Vem ver-me a sós,
Me dá prazer,Vem ver-me a sós,
É teu destino,
Me faz ferver,
Me tira a paz...
Meu bem-querer
Me satisfaz.
Olhar de quero mais
Me traz amor,
O amor demais.
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
GREGÓRIO DE MATOS
Creio que Fernando Pessoa sempre será o maior poeta da língua portuguesa. Pelo menos, creio que não terei a chance de conhecer outro que o supere. Cerca de trezentos anos antes dele, porém, viveu no Brasil Colônia o maior poeta satírico do nosso idioma.
Gregório de Matos e Guerra – o Boca do Inferno – nasceu rico na Bahia em 1623 ou, talvez, em 1636. O apelido foi devido às críticas que fazia à Igreja Católica. Seus versos também serviram para criticar a política e os governos da época.
Estudou na Universidade de Coimbra onde formou-se em Direito. Foi nomeado juiz e procurador da Bahia em Portugal. Depois é nomeado Desembargador da Relação Esclesiástica da Bahia. Foi magistrado de renome, tornou-se clérigo e foi nomeado Tesoureiro-Mor da Sé.
Foi destituído de seus cargos eclesiásticos por se recusar a usar batina e não acatar a imposição das ordens superiores. Nessa época, surge o poeta satírico, o cronista dos costumes da sociedade baiana, ridicularizando impiedosamente as autoridades civis e religiosas. É denunciado à inquisição, em Lisboa, por seus hábitos não cristãos. Devido a ameaças de morte, foi enviado à força para Angola sem direito de voltar para a Bahia.
Um de seus poemas mais famosos – Epílogos – é reproduzido a seguir. Notem que ele escrevia com conhecimento de causa. Qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas é mera coincidência.
Gregório de Matos e Guerra – o Boca do Inferno – nasceu rico na Bahia em 1623 ou, talvez, em 1636. O apelido foi devido às críticas que fazia à Igreja Católica. Seus versos também serviram para criticar a política e os governos da época.
Estudou na Universidade de Coimbra onde formou-se em Direito. Foi nomeado juiz e procurador da Bahia em Portugal. Depois é nomeado Desembargador da Relação Esclesiástica da Bahia. Foi magistrado de renome, tornou-se clérigo e foi nomeado Tesoureiro-Mor da Sé.
Foi destituído de seus cargos eclesiásticos por se recusar a usar batina e não acatar a imposição das ordens superiores. Nessa época, surge o poeta satírico, o cronista dos costumes da sociedade baiana, ridicularizando impiedosamente as autoridades civis e religiosas. É denunciado à inquisição, em Lisboa, por seus hábitos não cristãos. Devido a ameaças de morte, foi enviado à força para Angola sem direito de voltar para a Bahia.
Um de seus poemas mais famosos – Epílogos – é reproduzido a seguir. Notem que ele escrevia com conhecimento de causa. Qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas é mera coincidência.
Que falta nesta cidade?.................Verdade
Que mais por sua desonra?...........Honra
Falta mais que se lhe ponha.........Vergonha.
O demo a viver se exponha,
Por mais que a fama a exalta,
Numa cidade onde falta
Verdade, Honra, Vergonha.
Quem a pôs neste socrócio?..........Negócio
Quem causa tal perdição?............Ambição
E o maior desta loucura?............. Usura.
Notável desventura
de um povo néscio e sandeu,
que não sabe que o perdeu
Negócio, Ambição, Usura.
Quais são os seus doces objetos?......Pretos
Tem outros bens mais maciços?.......Mestiços
Quais destes lhe são mais gratos?....Mulatos.
Dou ao demo os insensatos,
dou ao demo a gente asnal
que estima por cabedal
Pretos, Mestiços, Mulatos.
Quem faz os círios mesquinhos?.....Meirinhos
Quem faz as farinhas tardas?..........Guardas
Quem as tem nos aposentos?...........Sargentos.
Os círios lá vêm aos centos,
e a terra fica esfaimando,
porque os vão atravessando
Meirinhos, Guardas, Sargentos.
E que justiça a resguarda?..............Bastarda
É grátis distribuída?........................Vendida
Que tem, que a todos assusta?........Injusta.
Valha-nos Deus, o que custa,
o que El-Rei nos dá de graça,
que anda a justiça na praça
Bastarda, Vendida, Injusta.
Que vai pela clerezia?.....................Simonia
E pelos membros da Igreja?............Inveja
Cuidei, que mais se lhe punha?......Unha.
Sazonada caramunha!
enfim que na Santa Sé
o que se pratica, é
Simonia, Inveja, Unha.
E nos frades há manqueiras?.........Freiras
Em que ocupam os serões?.............Sermões
Não se ocupam em disputas?.........Putas.
Com palavras dissolutas
me concluís na verdade,
que as lidas todas de um Frade
são Freiras, Sermões e Putas.
O açúcar já se acabou?.................Baixou
E o dinheiro se extinguiu?...........Subiu
Logo já convalesceu?...................Morreu.
À Bahia aconteceu
o que a um doente acontece,
cai na cama, o mal lhe cresce,
Baixou, Subiu e Morreu.
A Câmara não acode?.................Não pode
Pois não tem todo o poder?.........Não quer
É que o governo a convence?......Não vence.
Que haverá que tal pense,
que uma Câmara tão nobre
por ver-se mísera e pobre,
Não pode, não quer, não vence.
domingo, 24 de janeiro de 2010
LULA, O FILHO DO BRASIL
Caetano Veloso foi ver e fez comentários sobre o filme. Redimiu-se da estupidez que disse há algum tempo e que foi motivo de uma postagem neste blog.
“Achei os atores maravilhosos, o tema é muito bom, a fotografia é muito bonita, a direção de arte é maravilhosa. Aquele cara que faz o Lula é espetacular. Ele é tão bom que fica ali batendo na Glorinha, e todo mundo está bem. Mas o filme é mal escrito, o roteiro e os diálogos são mal escritos” – questão de opinião.
E Caetano completou afirmando: “O Lula que eu tenho na minha cabeça é muito maior do que aquilo, uma grande figura que poderia entrar na lista de ‘Mensagem’ de Fernando Pessoa. É assim que eu vejo Lula. Não pode ser pequeno não. Ser pequenininho não tem graça. O filme é bacana, mas poderia ser mais empolgante.”
Também vi o filme e concordo com o Caetano: o filme tinha que ser muito melhor. Lula é muito melhor que o filme. Talvez, por eu ter lido o livro da Denise Paraná, creio que o Lula merecia algo de maior impacto. Quem não viveu aquela época de chumbo, pode até pensar que o sindicalista Lula perdeu a luta contra a ditadura. O filme termina bem antes do que deveria ser o final.
Não mostra o Lula impondo a sua política sindical, conquistando melhores condições de trabalho para seus liderados, sendo recebido por chefes de estado no mundo inteiro, exaltado no exterior junto com Lech Wallesa e se elegendo deputado federal.
Talvez, o diretor do filme tenha se intimidado em mostrar toda a luta e as vitórias do operário que, na próxima sexta-feira, vai receber o título de Estadista Global no Forum Econômico Mundial, em Davos, na Suiça.
“Achei os atores maravilhosos, o tema é muito bom, a fotografia é muito bonita, a direção de arte é maravilhosa. Aquele cara que faz o Lula é espetacular. Ele é tão bom que fica ali batendo na Glorinha, e todo mundo está bem. Mas o filme é mal escrito, o roteiro e os diálogos são mal escritos” – questão de opinião.
E Caetano completou afirmando: “O Lula que eu tenho na minha cabeça é muito maior do que aquilo, uma grande figura que poderia entrar na lista de ‘Mensagem’ de Fernando Pessoa. É assim que eu vejo Lula. Não pode ser pequeno não. Ser pequenininho não tem graça. O filme é bacana, mas poderia ser mais empolgante.”
Também vi o filme e concordo com o Caetano: o filme tinha que ser muito melhor. Lula é muito melhor que o filme. Talvez, por eu ter lido o livro da Denise Paraná, creio que o Lula merecia algo de maior impacto. Quem não viveu aquela época de chumbo, pode até pensar que o sindicalista Lula perdeu a luta contra a ditadura. O filme termina bem antes do que deveria ser o final.
Não mostra o Lula impondo a sua política sindical, conquistando melhores condições de trabalho para seus liderados, sendo recebido por chefes de estado no mundo inteiro, exaltado no exterior junto com Lech Wallesa e se elegendo deputado federal.
Talvez, o diretor do filme tenha se intimidado em mostrar toda a luta e as vitórias do operário que, na próxima sexta-feira, vai receber o título de Estadista Global no Forum Econômico Mundial, em Davos, na Suiça.
PRONASCI
Criado em agosto de 2007 (Lei nº 11.530), o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) articula ações preventivas e repressivas para reduzir os índices de criminalidade e promover a segurança pública.
Entre as mais de 90 ações do programa estão investimentos em projetos sociais; o reaparelhamento das polícias e guardas municipais; a valorização dos profissionais de segurança pública e a aproximação entre polícia e comunidade.
O Pronasci inova ao incluir o município como agente responsável pela segurança pública, investindo recursos em ações preventivas como o Protejo (Programa de Proteção a Jovens em Território Vulnerável) que encaminha jovens para atividades de lazer, esporte, cultura e formação profissional e, ainda, paga uma bolsa de R$ 100 como incentivo.
Entre os exemplos de ações policiais repressivas apoiadas pelo Pronasci está o fortalecimento da guarda municipal com equipamentos, sistemas de videomonitoramento, capacitação e o Bolsa Formação; que oferece bolsa de R$ 400 para profissionais de segurança que participam de cursos de atualização ou especialização gratuitos oferecidos pelo Ministério da Justiça.
Treze cidades do Rio de Janeiro integrantes do Consórcio Intermunicipal de Segurança Pública do Sul Fluminense receberão investimentos do Pronasci para prevenir a violência e enfrentar a criminalidade.
O ministro da Justiça, Tarso Genro, assinou convênio de adesão do Consórcio ao Pronasci no dia 22 de dezembro, em Brasília.
Fazem parte do Consórcio: Barra do Piraí, Barra Mansa, Itatiaia, Pinheiral, Piraí, Porto Real, Quatis, Resende, Rio Claro, Rio das Flores, Valença, Vassouras e Volta Redonda. Com isso, o consórcio poderá pleitear recursos para viabilizar projetos. O total destinado a cada município dependerá das propostas apresentadas.
“Com o Pronasci, o município é o novo sujeito da política de segurança pública, sobretudo nas ações sociais de caráter preventivo” - disse o ministro da Justiça, Tarso Genro - o Pronasci é o primeiro programa de segurança pública instituído no Brasil que divide responsabilidades entre municípios, estados e União.”
O consórcio, amparado pela Lei 11.107/2005 e pelo decreto nº 6.017/2007, permite a criação de uma pessoa jurídica de direito público que passa a integrar a administração indireta de cada um dos municípios consorciados, assemelhando-se às autarquias. Via consórcio, os municípios terão mais facilidade para gerir os recursos públicos, além de preferência na transferência dos recursos federais, de acordo com a portaria interministerial nº 127/ 2008.
Para o ministro Tarso Genro, a mudança de paradigma na segurança pública conta com a participação das prefeituras em políticas preventivas. Ele ressaltou que os prefeitos devem trabalhar na apresentação de projetos que podem ser financiados pelo Pronasci ainda em janeiro de 2010.
Teria Mangaratiba aderido ao Pronasci? Ou vai continuar afirmando que segurança pública é assunto da PMRJ e da Polícia Civil? Senão, ainda está em tempo de obter parte dos R$ 6,7 bilhões que serão investidos até 2011.
A cartilha de adesão ao Pronasci está aqui .
Entre as mais de 90 ações do programa estão investimentos em projetos sociais; o reaparelhamento das polícias e guardas municipais; a valorização dos profissionais de segurança pública e a aproximação entre polícia e comunidade.
O Pronasci inova ao incluir o município como agente responsável pela segurança pública, investindo recursos em ações preventivas como o Protejo (Programa de Proteção a Jovens em Território Vulnerável) que encaminha jovens para atividades de lazer, esporte, cultura e formação profissional e, ainda, paga uma bolsa de R$ 100 como incentivo.
Entre os exemplos de ações policiais repressivas apoiadas pelo Pronasci está o fortalecimento da guarda municipal com equipamentos, sistemas de videomonitoramento, capacitação e o Bolsa Formação; que oferece bolsa de R$ 400 para profissionais de segurança que participam de cursos de atualização ou especialização gratuitos oferecidos pelo Ministério da Justiça.
Treze cidades do Rio de Janeiro integrantes do Consórcio Intermunicipal de Segurança Pública do Sul Fluminense receberão investimentos do Pronasci para prevenir a violência e enfrentar a criminalidade.
O ministro da Justiça, Tarso Genro, assinou convênio de adesão do Consórcio ao Pronasci no dia 22 de dezembro, em Brasília.
Fazem parte do Consórcio: Barra do Piraí, Barra Mansa, Itatiaia, Pinheiral, Piraí, Porto Real, Quatis, Resende, Rio Claro, Rio das Flores, Valença, Vassouras e Volta Redonda. Com isso, o consórcio poderá pleitear recursos para viabilizar projetos. O total destinado a cada município dependerá das propostas apresentadas.
“Com o Pronasci, o município é o novo sujeito da política de segurança pública, sobretudo nas ações sociais de caráter preventivo” - disse o ministro da Justiça, Tarso Genro - o Pronasci é o primeiro programa de segurança pública instituído no Brasil que divide responsabilidades entre municípios, estados e União.”
O consórcio, amparado pela Lei 11.107/2005 e pelo decreto nº 6.017/2007, permite a criação de uma pessoa jurídica de direito público que passa a integrar a administração indireta de cada um dos municípios consorciados, assemelhando-se às autarquias. Via consórcio, os municípios terão mais facilidade para gerir os recursos públicos, além de preferência na transferência dos recursos federais, de acordo com a portaria interministerial nº 127/ 2008.
Para o ministro Tarso Genro, a mudança de paradigma na segurança pública conta com a participação das prefeituras em políticas preventivas. Ele ressaltou que os prefeitos devem trabalhar na apresentação de projetos que podem ser financiados pelo Pronasci ainda em janeiro de 2010.
Teria Mangaratiba aderido ao Pronasci? Ou vai continuar afirmando que segurança pública é assunto da PMRJ e da Polícia Civil? Senão, ainda está em tempo de obter parte dos R$ 6,7 bilhões que serão investidos até 2011.
A cartilha de adesão ao Pronasci está aqui .
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
CONSELHO COMUNITÁRIO DE SEGURANÇA
Convidado, fui à segunda reunião para a escolha do Conselho Comunitário de Segurança, dia 15 do corrente, no Iate Clube de Muriqui.
Fui sabendo que não poderia haver escolhas nem inscrições para os interessados em fazer parte do Conselho. A Resolução nº 781/2005 da Secretaria Estadual de Segurança Pública, alterada pela Resolução nº 78/2007, em seu artigo 9º diz que “Em caso de inexistência ou inatividade de CCS, na referida área, caberá aos membros natos convocar reunião, e, mediante deliberação consignada em ata, identificar e convidar representantes da sociedade civil para sua implementação ou reativação, nos termos deste regulamento.”
Os membros natos – o comandante da PMERJ e o Delegado Titular de Polícia Judiciária da área abrangida pelo CCS – não compareceram à reunião pois esta teria que ser convocada por eles. Estiveram presentes cinco vereadores, representantes da Guarda Municipal e alguns poucos interessados no tema.
A reunião, porém, foi produtiva. Questionei os vereadores sobre a Guarda Municipal cujas atribuições não podem se restringir à proteção dos bens, serviços e instalações municipais. Defendi que a GM tem que atuar com políticas preventivas de segurança em conjunto com a PMERJ e a Polícia Civil. E, para isso, tudo depende exclusivamente dos vereadores.
Afinal, temos 303 agentes em nossa Guarda Municipal e nem tantos bens e instalações. É um agente para cada 99 habitantes. Uma exorbitância se compararmos com outras cidades como:
Ribeirão Preto/SP: 263 gms e 563.000 habs (1 p/cada 2.140 habs);
Diadema/SP: 206 gms e 390.000 habs (1 p/cada 1.893 habs);
Guarulhos/SP: 600 gms e 1.251.000 habs (1 p/cada 2.085 habs);
Barueri/SP: 580 gms e 256.800 habs (1 p/cada 442 habs);
Paulínia/SP: 211 gms e 73.014 habs (1 p/cada 346 habs);
Praia Grande/SP: 300 gms e 237.500 habs (1 p/cada 791 habs);
Rio de Janeiro/RJ: 5.500 gms para 6.000.000 habs (1 p/cada 1.090 habs);
Belford Roxo/RJ: 280 gms para 495.000 habs (1 p/cada 1.767 habs).
Em todas essas cidades a Guarda Municipal tem atribuições na segurança pública como a prevenção do crime e da violência, utilizando-se de armas não letais.
São cidades com população muito maior que Mangaratiba, sim, mas em Louveira/SP – com 29.700 habitantes – e em Cantagalo/RJ – com apenas 20.100 habitantes – cidades menores que a nossa, a Guarda Municipal também atua na segurança pública. Certamente, com um número muito menor de GMs que Mangaratiba.
É preciso entender que segurança pública é qualquer ação que dê à população uma sensação de tranquilidade. Segurança é um dever de todos e a Guarda Municipal não pode ficar de fora.
“O papel da Cidade é, sobretudo, a responsabilidade de desenvolver políticas preventivas. No entanto, os prefeitos se omitem, argumentanto que segurança pública é um problema dos governos estaduais. Um ou outro acordou para uma nova realidade. O problema da segurança pública precisa ser compartilhado por todos os níveis de administração.”
São palavras de Julita Lemgruber (foto) - socióloga, diretora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes, ex-diretora do Sistema Penitenciário e ouvidora de Polícia do Estado do Rio de Janeiro de 1999 a 2000, integrante da equipe que formulou o Plano Nacional de Segurança Pública do Governo Lula.
Fui sabendo que não poderia haver escolhas nem inscrições para os interessados em fazer parte do Conselho. A Resolução nº 781/2005 da Secretaria Estadual de Segurança Pública, alterada pela Resolução nº 78/2007, em seu artigo 9º diz que “Em caso de inexistência ou inatividade de CCS, na referida área, caberá aos membros natos convocar reunião, e, mediante deliberação consignada em ata, identificar e convidar representantes da sociedade civil para sua implementação ou reativação, nos termos deste regulamento.”
Os membros natos – o comandante da PMERJ e o Delegado Titular de Polícia Judiciária da área abrangida pelo CCS – não compareceram à reunião pois esta teria que ser convocada por eles. Estiveram presentes cinco vereadores, representantes da Guarda Municipal e alguns poucos interessados no tema.
A reunião, porém, foi produtiva. Questionei os vereadores sobre a Guarda Municipal cujas atribuições não podem se restringir à proteção dos bens, serviços e instalações municipais. Defendi que a GM tem que atuar com políticas preventivas de segurança em conjunto com a PMERJ e a Polícia Civil. E, para isso, tudo depende exclusivamente dos vereadores.
Afinal, temos 303 agentes em nossa Guarda Municipal e nem tantos bens e instalações. É um agente para cada 99 habitantes. Uma exorbitância se compararmos com outras cidades como:
Ribeirão Preto/SP: 263 gms e 563.000 habs (1 p/cada 2.140 habs);
Diadema/SP: 206 gms e 390.000 habs (1 p/cada 1.893 habs);
Guarulhos/SP: 600 gms e 1.251.000 habs (1 p/cada 2.085 habs);
Barueri/SP: 580 gms e 256.800 habs (1 p/cada 442 habs);
Paulínia/SP: 211 gms e 73.014 habs (1 p/cada 346 habs);
Praia Grande/SP: 300 gms e 237.500 habs (1 p/cada 791 habs);
Rio de Janeiro/RJ: 5.500 gms para 6.000.000 habs (1 p/cada 1.090 habs);
Belford Roxo/RJ: 280 gms para 495.000 habs (1 p/cada 1.767 habs).
Em todas essas cidades a Guarda Municipal tem atribuições na segurança pública como a prevenção do crime e da violência, utilizando-se de armas não letais.
São cidades com população muito maior que Mangaratiba, sim, mas em Louveira/SP – com 29.700 habitantes – e em Cantagalo/RJ – com apenas 20.100 habitantes – cidades menores que a nossa, a Guarda Municipal também atua na segurança pública. Certamente, com um número muito menor de GMs que Mangaratiba.
É preciso entender que segurança pública é qualquer ação que dê à população uma sensação de tranquilidade. Segurança é um dever de todos e a Guarda Municipal não pode ficar de fora.
“O papel da Cidade é, sobretudo, a responsabilidade de desenvolver políticas preventivas. No entanto, os prefeitos se omitem, argumentanto que segurança pública é um problema dos governos estaduais. Um ou outro acordou para uma nova realidade. O problema da segurança pública precisa ser compartilhado por todos os níveis de administração.”
São palavras de Julita Lemgruber (foto) - socióloga, diretora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes, ex-diretora do Sistema Penitenciário e ouvidora de Polícia do Estado do Rio de Janeiro de 1999 a 2000, integrante da equipe que formulou o Plano Nacional de Segurança Pública do Governo Lula.
SARAMAGO
Eu disse que não voltaria às estórias da Bíblia, porém, resolvi ler o último livro – Caim – de José Saramago, escritor português, prêmio Nobel de Literatura em 1998, que completa 88 anos em 2010.
Coincidência incrível, minhas “Estórias da Bíblia” junto a outros eventos inacreditáveis estão no novo livro de Saramago com ainda maior sarcasmo. Saramago faz o seu Caim presenciar os desatinos bíblicos e faz dele um crítico mordaz do Deus do Antigo Testamento.
Caim sofre com o extermínio de homens, mulheres e crianças de Sodoma, Gomorra, Jericó, Madian e da dolorida Ai. Tudo pela vontade de Deus. Sofre também com outros desígnios divinos como a estória de Jó e se diverte com as estórias de Lot e de Noé.
Em português de Portugal e com seu estilo literário inconfundível e complicado apenas para aqueles não iniciados em Saramago – com imensos parágrafos e prolongados períodos repletos de vírgulas, nenhum ponto de interrogação e maiúsculas no meio das frases – o autor narra, com refinado humor, como foi que Caim evitou que Isaac virasse churrasco.
Caim quase dormia na encosta do morro quando uma voz juvenil o despertou:
Como veem, estou muito bem acompanhado em minhas críticas ao que Saramago chama de Livro dos Disparates.
Coincidência incrível, minhas “Estórias da Bíblia” junto a outros eventos inacreditáveis estão no novo livro de Saramago com ainda maior sarcasmo. Saramago faz o seu Caim presenciar os desatinos bíblicos e faz dele um crítico mordaz do Deus do Antigo Testamento.
Caim sofre com o extermínio de homens, mulheres e crianças de Sodoma, Gomorra, Jericó, Madian e da dolorida Ai. Tudo pela vontade de Deus. Sofre também com outros desígnios divinos como a estória de Jó e se diverte com as estórias de Lot e de Noé.
Em português de Portugal e com seu estilo literário inconfundível e complicado apenas para aqueles não iniciados em Saramago – com imensos parágrafos e prolongados períodos repletos de vírgulas, nenhum ponto de interrogação e maiúsculas no meio das frases – o autor narra, com refinado humor, como foi que Caim evitou que Isaac virasse churrasco.
Caim quase dormia na encosta do morro quando uma voz juvenil o despertou:
Ó pai, chamou o moço, e logo outra voz de adulto de certa idade, perguntou, Que queres tu, isaac, Levamos aqui o fogo e a lenha, mas onde está a vítima para o sacrifício, e o pai respondeu, O senhor há-de prover, o senhor há-de encontrar a vítima para o sacrifício. E continuaram a subir a encosta. Ora, enquanto sobem e não sobem, convém saber como isto começou para comprovar uma vez mais que o senhor não é pessoa em quem se possa confiar. Há uns três dias, não mais tarde, tinha ele dito a abraão, pai do rapazito que carrega às costas o molho de lenha, Leva contigo o teu único filho, isaac, a quem tanto queres, vai à região do monte mória e oferece-o em sacrifício a mim sobre um dos montes que eu te indicar. O leitor leu bem, o senhor ordenou a abraão que lhe sacrificasse o próprio filho, com a maior simplicidade o fez, como quem pede um copo de água quando tem sede, o que significa que era costume seu, e muito arraigado. O lógico, o natural, o simplesmente humano seria que abraão tivesse mandado o senhor à merda, mas não foi assim. Na manhã seguinte, o desnaturado pai levantou-se cedo para pôr os arreios no burro, preparou a lenha para o fogo do sacrifício e pôs-se a caminho para o lugar que o senhor lhe indicara, levando consigo dois criados e o seu filho isaac. No terceiro dia da viagem, abraão viu ao longe o lugar referido. Disse então aos criados, Fiquem aqui com o burro que eu vou até lá adiante com o menino, para adorarmos o senhor e depois voltamos para junto de vocês. Quer dizer, além de tão filho da puta como o senhor, abraão era um refinado mentiroso, pronto a enganar qualquer um com a sua língua bífida, que, neste caso, segundo o dicionário privado do narrador desta história, significa traiçoeira, pérfida, aleivosa, desleal e outras lindezas semelhantes. Chegando ao lugar de que o senhor lhe tinha falado, abraão construiu um altar e acomodou a lenha por cima dele. Depois atou o filho e colocou-o no altar, deitado sobre a lenha. Acto contínuo, empunhou a faca para sacrificar o rapaz e já se dispunha a cortar-lhe a garganta quando sentiu que alguém lhe segurava o braço, ao mesmo tempo que uma voz gritava, Que vai você fazer, velho malvado, matar o seu próprio filho, queimá-lo, é outra vez a mesma história, começa-se por um cordeiro e acaba-se por assassinar aquele a quem mais se deveria amar, Foi o senhor que o ordenou, foi o senhor que o ordenou, debatia-se abraão, Cale-se, ou quem o mata aqui sou eu, desate já o rapaz, ajoelhe-se e peça perdão, Quem é você, Sou caim, sou o anjo que salvou a vida a isaac.Saramago diz que o verdadeiro anjo teve um problema mecânico na asa direita e chegou atrasado ao salvamento de Isaac.
Como veem, estou muito bem acompanhado em minhas críticas ao que Saramago chama de Livro dos Disparates.
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
ESTÓRIAS DA BÍBLIA 5
Ainda não saí do Gênesis e já me cansei do Antigo Testamento. Vou parar de escrever essas estórias bíblicas. Dar um tempo ao meu agnosticismo. Antes, porém, darei um rápido passeio pelo Novo Testamento.
Não há dúvida de que Jesus representou um extraordinário progresso ético e moral nas Escrituras. Se compararmos Seu discurso com aquele do Antigo Testamento, este parece ser a personificação do mal.
Criado sob tal ética perversa, Jesus a combateu e por isso foi crucificado.
Jesus foi, portanto, um progressista sócio-político e grande inovador da moral e da ética na antiguidade.
Como disse a principal comentarista deste humilde blog: “a mensagem arrebatadora de Jesus rompeu com tudo que era velho, hipócrita, rançoso e jogou em nosso colo a mudança que até hoje se busca."
Por isso, não posso acreditar na estória contada por Mateus e Marcos em seus evangelhos.
O Evangelho de Mateus (21, 17-20) nos conta que Jesus saiu de Jerusalém e foi para Betânia, onde pernoitou. Ao voltar, logo cedo, sentiu fome. E vendo uma figueira à beira do caminho, aproximou-Se. Mas não encontrou nela senão folhas. Disse, então, Jesus: “Nunca mais nascerá fruto de ti.”
A figueira foi amaldiçoada e, naquele mesmo instante, secou.
Os discípulos, admirados, perguntaram: “Como é que a figueira secou subitamente?”
O Evangelho de Marcos (11, 12-14) é mais sucinto ao contar a mesma estória, mas nos informa que não era época para a figueira frutificar.
Como Jesus, Esse Homem admirável, poderia ter cometido tamanho desatino? Ele não sabia que ainda não era tempo de colher figos? Não posso acreditar nessa estória bíblica. Por causa dela, atualmente, as mulheres que não podem ter filhos sofrem com a pecha de “figueira amaldiçoada”.
Com esse tremendo furo, Jesus estaria infringindo, nos dias de hoje, diversas leis ambientais e até seria multado pelo IBAMA.
Não há dúvida de que Jesus representou um extraordinário progresso ético e moral nas Escrituras. Se compararmos Seu discurso com aquele do Antigo Testamento, este parece ser a personificação do mal.
Criado sob tal ética perversa, Jesus a combateu e por isso foi crucificado.
Jesus foi, portanto, um progressista sócio-político e grande inovador da moral e da ética na antiguidade.
Como disse a principal comentarista deste humilde blog: “a mensagem arrebatadora de Jesus rompeu com tudo que era velho, hipócrita, rançoso e jogou em nosso colo a mudança que até hoje se busca."
Por isso, não posso acreditar na estória contada por Mateus e Marcos em seus evangelhos.
O Evangelho de Mateus (21, 17-20) nos conta que Jesus saiu de Jerusalém e foi para Betânia, onde pernoitou. Ao voltar, logo cedo, sentiu fome. E vendo uma figueira à beira do caminho, aproximou-Se. Mas não encontrou nela senão folhas. Disse, então, Jesus: “Nunca mais nascerá fruto de ti.”
A figueira foi amaldiçoada e, naquele mesmo instante, secou.
Os discípulos, admirados, perguntaram: “Como é que a figueira secou subitamente?”
O Evangelho de Marcos (11, 12-14) é mais sucinto ao contar a mesma estória, mas nos informa que não era época para a figueira frutificar.
Como Jesus, Esse Homem admirável, poderia ter cometido tamanho desatino? Ele não sabia que ainda não era tempo de colher figos? Não posso acreditar nessa estória bíblica. Por causa dela, atualmente, as mulheres que não podem ter filhos sofrem com a pecha de “figueira amaldiçoada”.
Com esse tremendo furo, Jesus estaria infringindo, nos dias de hoje, diversas leis ambientais e até seria multado pelo IBAMA.
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
PRESO MANDANTE DO ASSASSINATO DE VEREADOR EM MANGARATIBA
“Policiais da Delegacia de Homicídios da Zona Oeste (DH-Oeste) prenderam, nesta quarta-feira (13/01), Jorge Milton Gonçalves Duarte, assessor do prefeito do município de Mangaratiba. Ele é acusado de ter contratado os assassinos do vereador Célio Lopes, o Célio Dentista, em junho do ano passado. O criminoso foi capturado no momento em que chegava à Prefeitura para trabalhar. O vereador foi alvejado com um tiro na nuca, em 02 de junho de 2009, após fazer um discurso, na Câmara Municipal, apontando algumas irregularidades nas contas da Prefeitura de Mangaratiba.Todo texto e as fotos acima - de Valdiclei Santos da Silva, Jorge Milton Gonçalves Duarte e André Rodrigues, nesta ordem -foram reproduzidos do site da polícia civil.
Há cerca de 40 dias os agentes da especializada prenderam o guarda municipal de Mangaratiba, André Rodrigues, que também participou do crime. Ele e Jorge Milton trabalharam juntos na Guarda Municipal daquela localidade. De acordo com o delegado Antônio Ricardo Nunes, titular da DH-Oeste, André teria mandado o ex-presidiário Valdiclei Santos da Silva, atirar contra o vereador. O atirador está foragido.
Ainda segundo o titular, as investigações apontaram que o crime teria sido encomendado por cerca de R$40 mil. Outras três pessoas ainda estão sendo investigadas por envolvimento no assassinato. Os criminosos foram autuados por homicídio qualificado por motivo torpe e impossibilidade de defesa.”
ESTÓRIAS DA BÍBLIA 4
Abraão tinha cem anos e Sara noventa quando Deus disse que eles teriam um filho ao qual dariam o nome de Isaac (Gênesis 17, 17-19).
Até aí, Sara era estéril e, por isso, tinha oferecido uma de suas escravas para o marido engravidar. Foi assim que nasceu Ismael, o primeiro filho de Abraão. Este foi expulso de casa por Sara, junto com a mãe, depois que Isaac nasceu.
Isaac foi o filho que Abraão quase degolou e queimou amarrado numa fogueira em holocausto a Deus Que o salvou no último segundo da prorrogação. Depois disso, não sei como a criança conseguiu superar tamanho trauma psicológico. Quase virou churrasco, mas cresceu e chegou a hora de casar.
Abraão mandou seu servo mais competente procurar uma noiva para Isaac (Gênesis 24). Ele partiu e voltou com Rebeca, uma sobrinha-neta de Abraão. “Isaac conduziu Rebeca para a tenda de Sara, sua mãe, recebeu-a por esposa e amou-a” (Gênesis 24, 67).
Sobreveio novamente a fome e Isaac partiu com Rebeca. Como seu pai, Isaac sempre levava um papo firme com o Todo Poderoso Que lhe disse para não ir ao Egito. Ficaram, então, em Gerar com a finalidade de falar com Abimalec, rei dos filisteus. Lembram dele?
Quando os homens do lugar comentavam sobre Rebeca, ele dizia: “É minha irmã”. Se dissesse: “É minha mulher”, eles poderiam matá-lo, pois Rebeca era realmente bela (Gênesis 26, 7). Talvez, Isaac pretendesse aplicar em Abimalec o mesmo golpe aplicado por seu pai e sua mãe.
Abimalec logo estava de olho em Rebeca, mas, como gato escaldado tem medo de água fria, ficou observando os dois através da janela. Um dia, viu Isaac a acariciar Rebeca.
Abimalec chamou Isaac e disse: “Com certeza ela é tua mulher! E por que te atreveste a dizer que é tua irmã? ...Pouco faltou para que qualquer homem do povo deitasse com a tua mulher e terias, assim, atraído um pecado sobre nós”.
Abimalec, então, editou uma proclamação a todo o povo: “Quem tocar neste homem ou na sua mulher, será morto” (Gênesis 26, 9-11).
Isaac não podia imaginar que tantos anos depois – digamos uns cinquenta anos – Abimalec ainda se lembrasse do golpe dado por seu pai.
Até aí, Sara era estéril e, por isso, tinha oferecido uma de suas escravas para o marido engravidar. Foi assim que nasceu Ismael, o primeiro filho de Abraão. Este foi expulso de casa por Sara, junto com a mãe, depois que Isaac nasceu.
Isaac foi o filho que Abraão quase degolou e queimou amarrado numa fogueira em holocausto a Deus Que o salvou no último segundo da prorrogação. Depois disso, não sei como a criança conseguiu superar tamanho trauma psicológico. Quase virou churrasco, mas cresceu e chegou a hora de casar.
Abraão mandou seu servo mais competente procurar uma noiva para Isaac (Gênesis 24). Ele partiu e voltou com Rebeca, uma sobrinha-neta de Abraão. “Isaac conduziu Rebeca para a tenda de Sara, sua mãe, recebeu-a por esposa e amou-a” (Gênesis 24, 67).
Sobreveio novamente a fome e Isaac partiu com Rebeca. Como seu pai, Isaac sempre levava um papo firme com o Todo Poderoso Que lhe disse para não ir ao Egito. Ficaram, então, em Gerar com a finalidade de falar com Abimalec, rei dos filisteus. Lembram dele?
Quando os homens do lugar comentavam sobre Rebeca, ele dizia: “É minha irmã”. Se dissesse: “É minha mulher”, eles poderiam matá-lo, pois Rebeca era realmente bela (Gênesis 26, 7). Talvez, Isaac pretendesse aplicar em Abimalec o mesmo golpe aplicado por seu pai e sua mãe.
Abimalec logo estava de olho em Rebeca, mas, como gato escaldado tem medo de água fria, ficou observando os dois através da janela. Um dia, viu Isaac a acariciar Rebeca.
Abimalec chamou Isaac e disse: “Com certeza ela é tua mulher! E por que te atreveste a dizer que é tua irmã? ...Pouco faltou para que qualquer homem do povo deitasse com a tua mulher e terias, assim, atraído um pecado sobre nós”.
Abimalec, então, editou uma proclamação a todo o povo: “Quem tocar neste homem ou na sua mulher, será morto” (Gênesis 26, 9-11).
Isaac não podia imaginar que tantos anos depois – digamos uns cinquenta anos – Abimalec ainda se lembrasse do golpe dado por seu pai.
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
ESTÓRIAS DA BÍBLIA 3
Fugindo da fome, Abraão foi para o Egito com sua linda mulher Sara. Com medo de que os egípcios o matassem para ficar com Sara, Abraão pediu-lhe: “Ouve, sei que és uma mulher bela. Quando os egípcios te virem, dirão “é a mulher dele”. E matar-me-ão, e a ti conservarão a vida. Dize, pois, que és minha irmã, peço-te, a fim de que eu seja bem tratado por causa de ti, e salve a minha vida graças a ti” (Gênesis 12, 13-14).
Como Abraão previra, os egípcios notaram a beleza de Sara e foram elogiá-la na presença do Faraó. Acreditando que Sara fosse irmã de Abraão, o Faraó exigiu que ela fosse ao palácio.
“Mercê dela, Abraão foi muito bem tratado, e recebeu ovelhas, bois, jumentos, servos e servas, jumentas e camelos” (Gênesis 12, 16).
Para o Faraó dar tudo isso em troca de Sara, imaginem como ela era linda. Nem Rebeca – a mulher de Isaac, filho de Abraão – era tão bela quanto Sara. Mas, isso é outra estória.
Deus infligiu tremendos castigos ao Faraó e a sua casa por ter tomado a mulher de Abraão.
O Faraó, então, repreendeu Abraão: “Por que disseste que era tua irmã, fazendo com que eu a tomasse como mulher? Agora, aqui tens a tua mulher, toma-a e vai-te embora” (Gênesis 12, 19).
Abraão se mandou com tudo o que ganhou na troca. E ainda recebeu a proteção dos homens do Faraó até a sua saída do Egito.
Quanto tempo Sara ficou com o Faraó? Não sabemos. Mas, Abraão, que chegou duro e com fome no Egito, saiu de lá feliz da vida pelo que ganhou com o aluguel da mulher.
A estória se repetiu em Gerar (Gênesis 20, 1-17) com o rei Abimalec. Abraão aplicou o mesmo golpe e ganhou mais ovelhas, bois, escravos e escravas, ficou com Sara e mais mil moedas de prata.
Como Abraão – o patriarca das três grandes religiões monoteístas – poderia mentir assim tão descaradamente?
Ele não mentiu, foi apenas uma meia-verdade, Sara era sua irmã por parte de pai.
Como Abraão previra, os egípcios notaram a beleza de Sara e foram elogiá-la na presença do Faraó. Acreditando que Sara fosse irmã de Abraão, o Faraó exigiu que ela fosse ao palácio.
“Mercê dela, Abraão foi muito bem tratado, e recebeu ovelhas, bois, jumentos, servos e servas, jumentas e camelos” (Gênesis 12, 16).
Para o Faraó dar tudo isso em troca de Sara, imaginem como ela era linda. Nem Rebeca – a mulher de Isaac, filho de Abraão – era tão bela quanto Sara. Mas, isso é outra estória.
Deus infligiu tremendos castigos ao Faraó e a sua casa por ter tomado a mulher de Abraão.
O Faraó, então, repreendeu Abraão: “Por que disseste que era tua irmã, fazendo com que eu a tomasse como mulher? Agora, aqui tens a tua mulher, toma-a e vai-te embora” (Gênesis 12, 19).
Abraão se mandou com tudo o que ganhou na troca. E ainda recebeu a proteção dos homens do Faraó até a sua saída do Egito.
Quanto tempo Sara ficou com o Faraó? Não sabemos. Mas, Abraão, que chegou duro e com fome no Egito, saiu de lá feliz da vida pelo que ganhou com o aluguel da mulher.
A estória se repetiu em Gerar (Gênesis 20, 1-17) com o rei Abimalec. Abraão aplicou o mesmo golpe e ganhou mais ovelhas, bois, escravos e escravas, ficou com Sara e mais mil moedas de prata.
Como Abraão – o patriarca das três grandes religiões monoteístas – poderia mentir assim tão descaradamente?
Ele não mentiu, foi apenas uma meia-verdade, Sara era sua irmã por parte de pai.
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
ESTÓRIAS DA BÍBLIA 2
A estória de Ló e os habitantes de Sodoma repete-se em Juízes 19, 22-29.
Um sacerdote que viajava com sua mulher foi passar a noite na casa de um velho, em Jebus. Quando jantavam, alguns homens da cidade – tão xenófobos e homosexuais ativos quanto aqueles de Sodoma – chamaram o velho e exigiram: “Traze cá para fora o homem que entrou na tua casa, pois queremos abusar dele.”
Com as mesmas palavras de Ló, o velho lhes disse: “Não queiras, irmãos, cometer semelhante maldade, pois este homem é hóspede da minha casa. Não pratiqueis semelhante infâmia. Minha filha virgem e a mulher dele vos trarei. Aqui está minha filha virgem e a mulher deste homem. Eu vo-las trarei e vós podereis fazer delas o que quiserdes; somente vos peço que não cometais contra esse homem esse crime contra a natureza”.
Mais uma vez fica caracterizada a homofobia bíblica em "esse crime contra a natureza". Os elementos ensandecidos não quiseram ouvir o velho. Então, o sacerdote entregou-lhes a sua mulher.
O final dessa estória foi menos feliz que a de Ló. A mulher foi estuprada por todos a noite inteira.
Assim é narrado o final da estória em Juízes 19, 25-26: “E eles abusaram dela durante toda a noite e despediram-na ao amanhecer. Ao romper do dia, veio a mulher à porta da casa onde estava o seu marido e ali caiu.”
Quando acordou, o sacerdote – que dormira um sono tranquilo - encontra sua mulher caída na porta da casa e lhe diz asperamente: “Levanta-te e vamos”.
Ela não respondeu nem se moveu, morta estava. Sabe o que ele fez, então? Está lá em Juízes 19, 28-29: pegou a mulher, colocou-a sobre o jumento e regressou a sua casa.“Chegando em casa, tomou o cutelo, dividiu o cadáver da sua mulher, membro por membro, em doze partes e enviou-as a todas as tribos de Israel.”
Esse fato gerou uma guerra que matou quase cem mil pessoas.
Mas, voltemos a Ló e suas filhas. Os três foram morar em uma caverna no alto de uma montanha. Carentes de sexo, as filhas embebedaram o pai e deitaram com ele.
Abaixo, Ló e as filhas.
Ló nem percebeu quando transou com sua filha mais velha. Na noite seguinte foi a vez da filha mais nova. Ló também nem percebeu a transa. Engravidou as duas filhas (Gênesis 19, 31-36). A mais velha concebeu um filho que se chamou Moab. A mais nova concebeu Ben-Ammi.
E viveu feliz para sempre a família que mereceu ser salva por Deus da destruição de Sodoma e Gomorra.
Apenas a mãe, pobre coitada, foi punida por sua curiosidade.
Um sacerdote que viajava com sua mulher foi passar a noite na casa de um velho, em Jebus. Quando jantavam, alguns homens da cidade – tão xenófobos e homosexuais ativos quanto aqueles de Sodoma – chamaram o velho e exigiram: “Traze cá para fora o homem que entrou na tua casa, pois queremos abusar dele.”
Com as mesmas palavras de Ló, o velho lhes disse: “Não queiras, irmãos, cometer semelhante maldade, pois este homem é hóspede da minha casa. Não pratiqueis semelhante infâmia. Minha filha virgem e a mulher dele vos trarei. Aqui está minha filha virgem e a mulher deste homem. Eu vo-las trarei e vós podereis fazer delas o que quiserdes; somente vos peço que não cometais contra esse homem esse crime contra a natureza”.
Mais uma vez fica caracterizada a homofobia bíblica em "esse crime contra a natureza". Os elementos ensandecidos não quiseram ouvir o velho. Então, o sacerdote entregou-lhes a sua mulher.
O final dessa estória foi menos feliz que a de Ló. A mulher foi estuprada por todos a noite inteira.
Assim é narrado o final da estória em Juízes 19, 25-26: “E eles abusaram dela durante toda a noite e despediram-na ao amanhecer. Ao romper do dia, veio a mulher à porta da casa onde estava o seu marido e ali caiu.”
Quando acordou, o sacerdote – que dormira um sono tranquilo - encontra sua mulher caída na porta da casa e lhe diz asperamente: “Levanta-te e vamos”.
Ela não respondeu nem se moveu, morta estava. Sabe o que ele fez, então? Está lá em Juízes 19, 28-29: pegou a mulher, colocou-a sobre o jumento e regressou a sua casa.“Chegando em casa, tomou o cutelo, dividiu o cadáver da sua mulher, membro por membro, em doze partes e enviou-as a todas as tribos de Israel.”
Esse fato gerou uma guerra que matou quase cem mil pessoas.
Mas, voltemos a Ló e suas filhas. Os três foram morar em uma caverna no alto de uma montanha. Carentes de sexo, as filhas embebedaram o pai e deitaram com ele.
Abaixo, Ló e as filhas.
Ló nem percebeu quando transou com sua filha mais velha. Na noite seguinte foi a vez da filha mais nova. Ló também nem percebeu a transa. Engravidou as duas filhas (Gênesis 19, 31-36). A mais velha concebeu um filho que se chamou Moab. A mais nova concebeu Ben-Ammi.
E viveu feliz para sempre a família que mereceu ser salva por Deus da destruição de Sodoma e Gomorra.
Apenas a mãe, pobre coitada, foi punida por sua curiosidade.
domingo, 10 de janeiro de 2010
ESTÓRIAS DA BÍBLIA
Em postagem anterior, disse que a Bíblia conta estórias que até mesmo Deus duvida. Disse, também, que voltaria ao assunto. É o que faço agora, começando pelo Gênesis.
Não vou relembrar a estória de Noé em que Deus resolveu punir a humanidade afogando a todos, inclusive criancinhas inocentes, e salvar apenas uma única família. É uma estória que todos conhecem.
Quero falar de uma outra estória, semelhante à de Noé e restrita aos habitantes de Sodoma e Gomorra, na qual Deus poupou apenas a família de Ló, sobrinho de Abraão, o princípio fundamental das três maiores religiões monoteístas.
Dois anjos, em forma de homens, foram enviados por Deus à Sodoma para fazer com que Ló saisse da cidade que Ele destruíria, incluindo todos os habitantes e todas aquelas criancinhas inocentes, com fogo e enxofre que caíria do céu. Ló recebeu em sua casa os anjos, em forma de homens, repito.
Logo, os habitantes da cidade – xenófobos e homosexuais ativos - cercaram a casa e exigiram que Ló lhes entregasse os homens para conhecê-los. Conhecer aqui tem o sentido bíblico da palavra. Isto é, os habitantes queriam sodomizá-los. (Sodomia tem sua origem semântica no nome de uma das cidades que foram destruídas.)
“Onde estão os homens que vieram para tua casa esta noite? Traze-os para que deles nós abusemos” (Gênesis 19, 5).
Ló negou-se "corajosamente". Talvez, querendo provar que Deus estava certo ao pretender salvar o único "homem de bem" de Sodoma. Porém, com medo de ter a casa invadida pelos péssimos elementos que se mostravam irredutíveis em sua exigência, Ló implorou clemência e ofereceu uma recompensa a todos.
“Rogo-vos, meus irmãos, que não façais mal a eles, tenho duas filhas virgens e vo-las trarei. Tratai-as como vos parecer melhor, porém, nada façais a estes homens que se acham sob a proteção do meu teto” (Gênesis 19, 7-8).
Os anjos, porém, evitaram o sacrifício das filhas de Ló cegando os homens que iriam estuprá-las. Então, exigiram que Ló, sua família e seus animais partissem imediatamente – e sem olhar para trás – pois a cidade seria destruída imediatamente.
A mulher de Ló cometeu o pecado de olhar para trás querendo ver a destruição da cidade. Coitada, por culpa da curiosidade feminina, foi transformada em uma estátua de sal.
Ló e suas filhas escaparam vivos. Porém, isso é outra estória que será motivo de outra postagem.
Não vou relembrar a estória de Noé em que Deus resolveu punir a humanidade afogando a todos, inclusive criancinhas inocentes, e salvar apenas uma única família. É uma estória que todos conhecem.
Quero falar de uma outra estória, semelhante à de Noé e restrita aos habitantes de Sodoma e Gomorra, na qual Deus poupou apenas a família de Ló, sobrinho de Abraão, o princípio fundamental das três maiores religiões monoteístas.
Dois anjos, em forma de homens, foram enviados por Deus à Sodoma para fazer com que Ló saisse da cidade que Ele destruíria, incluindo todos os habitantes e todas aquelas criancinhas inocentes, com fogo e enxofre que caíria do céu. Ló recebeu em sua casa os anjos, em forma de homens, repito.
Logo, os habitantes da cidade – xenófobos e homosexuais ativos - cercaram a casa e exigiram que Ló lhes entregasse os homens para conhecê-los. Conhecer aqui tem o sentido bíblico da palavra. Isto é, os habitantes queriam sodomizá-los. (Sodomia tem sua origem semântica no nome de uma das cidades que foram destruídas.)
“Onde estão os homens que vieram para tua casa esta noite? Traze-os para que deles nós abusemos” (Gênesis 19, 5).
Ló negou-se "corajosamente". Talvez, querendo provar que Deus estava certo ao pretender salvar o único "homem de bem" de Sodoma. Porém, com medo de ter a casa invadida pelos péssimos elementos que se mostravam irredutíveis em sua exigência, Ló implorou clemência e ofereceu uma recompensa a todos.
“Rogo-vos, meus irmãos, que não façais mal a eles, tenho duas filhas virgens e vo-las trarei. Tratai-as como vos parecer melhor, porém, nada façais a estes homens que se acham sob a proteção do meu teto” (Gênesis 19, 7-8).
Os anjos, porém, evitaram o sacrifício das filhas de Ló cegando os homens que iriam estuprá-las. Então, exigiram que Ló, sua família e seus animais partissem imediatamente – e sem olhar para trás – pois a cidade seria destruída imediatamente.
A mulher de Ló cometeu o pecado de olhar para trás querendo ver a destruição da cidade. Coitada, por culpa da curiosidade feminina, foi transformada em uma estátua de sal.
Ló e suas filhas escaparam vivos. Porém, isso é outra estória que será motivo de outra postagem.
sábado, 9 de janeiro de 2010
CASSADO O PREFEITO CHARLINHO
O TRE-RJ cassou o mandato do prefeito de Itaguaí. Os juízes entenderam, por unanimidade, que o fato de o TCU ter rejeitado as contas da gestão de Carlo Bussatto Junior, quando ele foi prefeito de Mangaratiba, era motivo suficiente para indeferir o seu registro e cassar seu mandato. A decisão foi por seis votos a zero, mas o prefeito deve permanecer no cargo porque cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral.
O povo de Itaguaí pode dormir tranquilo pois seu bom prefeito continuará indefinidamente no cargo, assim como está o futuro ex-prefeito de Mangaratiba.
É mais uma "kafkiana" decisão dos doutos magistrados. Não vale de nada.
O povo de Itaguaí pode dormir tranquilo pois seu bom prefeito continuará indefinidamente no cargo, assim como está o futuro ex-prefeito de Mangaratiba.
É mais uma "kafkiana" decisão dos doutos magistrados. Não vale de nada.
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
TEMPLO É DINHEIRO
Quase ao final do culto, o pastor ergue a voz e tenta imprimir mais emoção em suas palavras:
- Irmãos, Ele deu o Seu sangue e a Sua vida pela nossa redenção. Com o Seu sacrifício, Ele nos redimiu de todos os pecados. O que Ele nos pede agora é muito pouco diante do tanto Que nos concedeu. Ele pede uma pequena ajuda de vocês, irmãos, para mantermos o nosso ministério, o nosso templo. Amém?
A platéia se movimenta, grita amém. Alguns baixam a cabeça. Outros se ajeitam em seus lugares. Poucos apalpam os bolsos. As mulheres olham dentro das bolsas. E o pastor faz o apelo.
- Quem de vocês tem a condição de oferecer cem reais para se tornar um patrocinador de nosso templo?
Duas pessoas se levantam e se encaminham para o palco. Cada um coloca cem reais na caixa coletora. São dois comerciantes locais.
- Palmas, muitas palmas para estes abnegados colaboradores da obra de Deus - pede o pastor - Os irmãos hão de retribuir prestigiando sempre o comércio de vocês. Amém?
A platéia grita amém e irrompe em aplausos. Os dois comerciantes, cabeça erguida, sorriem.
- Vejam com que orgulho e satisfação eles deram a sua contribuição – continua o pastor – eles serão recompensados com a bênção do Senhor. Eu sei que poucos têm condição de oferecer cem reais, mas quem pode oferecer cinquenta reais?
Alguns poucos vêm ao palco e colocam suas notas na caixa coletora.
- E vinte reais, quem pode doar para a nossa grandiosa obra?
Agora são quase vinte que chegam ao palco. Outros tantos se aproximam quando o pastor pede dez reais. Mais adeptos chegam para atender ao pedido de cinco reais.
Entretanto, o pastor vê que a grande maioria permaneceu em seus lugares e não fez qualquer doação. Continua, então, com a ladainha.
- Eu sei que nosso templo recebe muitas pessoas carentes sem condição de oferecer doações. Mas, sei também que ninguém é tão pobre que não tenha algo a dar. Ele também era muito pobre e caminhava quilômetros pelo deserto pregando a palavra de Deus antes de ser crucificado para a nossa salvação. Eu sei que vocês moram longe e cada um tem guardado no bolso ou na bolsa aquelas moedinhas para pagar a passagem de ônibus na volta p´ra casa. Se você contribuir com essa pequena quantia e voltar para casa a pé, caminhando como Ele sempre fazia, será um sacrifício bem superior ao daqueles que puderam oferecer uma quantia maior. A bênção recebida também será maior. Amém?
Amém! Gritaram todos e se levantaram e vieram colocar no palco o dinheirinho da passagem de volta. E o pastor bradava emocionado com a voz comovida e trêmula:
- Glória! Aleluia! Ele está aqui e está vendo toda a sua abnegação. Vocês todos serão recompensados com a bênção de Deus. Amém!
Mentalmente, o pastor sentia algum remorso e raciocinava: (“Eu sinto pena daquelas duas velhinhas de muletas, mas o que fazer? Pô! Templo é dinheiro.”)
- Irmãos, Ele deu o Seu sangue e a Sua vida pela nossa redenção. Com o Seu sacrifício, Ele nos redimiu de todos os pecados. O que Ele nos pede agora é muito pouco diante do tanto Que nos concedeu. Ele pede uma pequena ajuda de vocês, irmãos, para mantermos o nosso ministério, o nosso templo. Amém?
A platéia se movimenta, grita amém. Alguns baixam a cabeça. Outros se ajeitam em seus lugares. Poucos apalpam os bolsos. As mulheres olham dentro das bolsas. E o pastor faz o apelo.
- Quem de vocês tem a condição de oferecer cem reais para se tornar um patrocinador de nosso templo?
Duas pessoas se levantam e se encaminham para o palco. Cada um coloca cem reais na caixa coletora. São dois comerciantes locais.
- Palmas, muitas palmas para estes abnegados colaboradores da obra de Deus - pede o pastor - Os irmãos hão de retribuir prestigiando sempre o comércio de vocês. Amém?
A platéia grita amém e irrompe em aplausos. Os dois comerciantes, cabeça erguida, sorriem.
- Vejam com que orgulho e satisfação eles deram a sua contribuição – continua o pastor – eles serão recompensados com a bênção do Senhor. Eu sei que poucos têm condição de oferecer cem reais, mas quem pode oferecer cinquenta reais?
Alguns poucos vêm ao palco e colocam suas notas na caixa coletora.
- E vinte reais, quem pode doar para a nossa grandiosa obra?
Agora são quase vinte que chegam ao palco. Outros tantos se aproximam quando o pastor pede dez reais. Mais adeptos chegam para atender ao pedido de cinco reais.
Entretanto, o pastor vê que a grande maioria permaneceu em seus lugares e não fez qualquer doação. Continua, então, com a ladainha.
- Eu sei que nosso templo recebe muitas pessoas carentes sem condição de oferecer doações. Mas, sei também que ninguém é tão pobre que não tenha algo a dar. Ele também era muito pobre e caminhava quilômetros pelo deserto pregando a palavra de Deus antes de ser crucificado para a nossa salvação. Eu sei que vocês moram longe e cada um tem guardado no bolso ou na bolsa aquelas moedinhas para pagar a passagem de ônibus na volta p´ra casa. Se você contribuir com essa pequena quantia e voltar para casa a pé, caminhando como Ele sempre fazia, será um sacrifício bem superior ao daqueles que puderam oferecer uma quantia maior. A bênção recebida também será maior. Amém?
Amém! Gritaram todos e se levantaram e vieram colocar no palco o dinheirinho da passagem de volta. E o pastor bradava emocionado com a voz comovida e trêmula:
- Glória! Aleluia! Ele está aqui e está vendo toda a sua abnegação. Vocês todos serão recompensados com a bênção de Deus. Amém!
Mentalmente, o pastor sentia algum remorso e raciocinava: (“Eu sinto pena daquelas duas velhinhas de muletas, mas o que fazer? Pô! Templo é dinheiro.”)
domingo, 3 de janeiro de 2010
A REINVENÇÃO DO JUDICIÁRIO
Por que a cada dia aparecem mais escândalos envolvendo políticos? A corrupção aumentou ou as investigações estão sendo mais eficientes?
A esperança de reinvenção do Judiciário começa em maio, quando Gilmar “Dantas” - nomeado por FHC - entrega a presidência do STF para Cezar Peluso que foi nomeado por Lula.
Há sim mais investigação, mais transparência na revelação dos atos de corrupção. Hoje, é muito difícil que atos de corrupção permaneçam escondidos.
A impunidade é prática crucial no país. A impunidade no Brasil é planejada, é deliberada. As instituições concebidas para combatê-la são organizadas de forma que elas sejam impotentes, incapazes na prática de ter uma ação eficaz.
Falo especialmente dos órgãos cuja ação seria mais competente em termos de combate à corrupção, especialmente do Judiciário.
A Polícia e o Ministério Público, não obstante as suas manifestas deficiências e os seus erros e defeitos pontuais, cumprem razoavelmente o seu papel.
Porém, o Poder Judiciário tem uma parcela grande de responsabilidade pelo aumento das práticas de corrupção em nosso país.
A generalizada sensação de impunidade verificada hoje no Brasil decorre, em grande parte, de fatores estruturais, mas é também reforçada pela atuação do Poder Judiciário, das suas práticas arcaicas, das suas interpretações lenientes e, muitas vezes, cúmplices para com os atos de corrupção e, sobretudo, com a sua falta de transparência no processo de tomada de decisões.
Para ser minimamente eficaz, o Poder Judiciário brasileiro precisaria ser reinventado.A pergunta foi feita pelo O Globo e a resposta foi dada pelo Ministro do STF Joaquim Barbosa - a consciência negra da Nação - que foi nomeado pelo Lula. A entrevista completa, com que O Globo se redime de tanta manipulação, está publicada na edição de hoje do jornal.
A esperança de reinvenção do Judiciário começa em maio, quando Gilmar “Dantas” - nomeado por FHC - entrega a presidência do STF para Cezar Peluso que foi nomeado por Lula.
sábado, 2 de janeiro de 2010
MURIQUI NO AUGE DA VIRADA
Nunca vi tanta gente reunida em Muriqui. Gente comportada, muita mulher bonita e bem vestida. Dentro das possibilidades de cada uma, claro.
Era tanta gente que foi difícil circular no calçadão antes e após a meia-noite. Caminhei do Kabeça até a Náutica. No Kabeça, uma multidão parecia esperar por alguma atração imaginária que a Prefeitura foi incapaz de proporcionar.
Por toda a praia, quiosques lotados com famílias festejando o novo ano. Somente um quiosque apresentava música ao vivo e não foi o 13 que, envergonhado com a tranquilidade pública, fechou cedo.
Alguns poucos carros com a mala meia-aberta tocavam o famigerado funk. Mas, emitiam um som até que suportável e não conseguiam reunir ninguém a sua volta. Não havia gente bêbada e suja na praia.
Quando cheguei à Naútica – cerca de meia-noite e meia – vi que estavam retirando uma aparelhagem de som de uma tenda branca da praia. Não posso afirmar, mas parece que os protestantes voltaram a festejar com Iemanjá.
Os umbandistas faziam tranquilamente as suas homenagens e oferendas àquela que, segundo a crença, vai governar o novo ano: Iemanjá, a orixá da paz.
Odò ìyá Iemanjá.
Escaldado com o que ocorreu ano passado, assustei-me ao ver nove PMs juntinhos na área menos frequentada da praia. Por que não circulam? - perguntei a mim próprio - aqui tem pouca gente e entre o quiosque 12 e o Kabeça não cabe mais ninguém.
Entretanto, me tranquilizei ao lembrar que o quiosque 13 estava fechado. Nada de mal vai acontecer. E não aconteceu mesmo. A festa da virada foi bonita. Muriqui lembrou os velhos tempos.
Depois, os PMs circularam pelo calçadão, coibindo os carros dos estúpidos funkeiros, medindo o som emitido pelos quiosques e solicitando que o encerrassem às três da manhã. Ontem, quando acordei, a praia e o calçadão estavam limpos e o primeiro dia do ano foi também tranquilo e festivo. Não faltou água nem luz. Nenhum tumulto. Nenhuma motocicleta com descarga aberta. A polícia circulando ou sempre atendendo aos chamados e coibindo a pornofonia.
Tudo absolutamente diferente do primeiro dia de 2009.
O que houve? Não venham argumentar com a pouca chuva que caiu. Foi o DETRAN, que com suas investidas contra o IPVA atrasado, selecionou a frequência? Foi. Mas, foi principalmente devido ao choque de ordem imposto p´ra valer em dezembro.
Valeu PMERJ. Valeu Marquinhos. VALEU Dr. ANDERSON..
Era tanta gente que foi difícil circular no calçadão antes e após a meia-noite. Caminhei do Kabeça até a Náutica. No Kabeça, uma multidão parecia esperar por alguma atração imaginária que a Prefeitura foi incapaz de proporcionar.
Por toda a praia, quiosques lotados com famílias festejando o novo ano. Somente um quiosque apresentava música ao vivo e não foi o 13 que, envergonhado com a tranquilidade pública, fechou cedo.
Alguns poucos carros com a mala meia-aberta tocavam o famigerado funk. Mas, emitiam um som até que suportável e não conseguiam reunir ninguém a sua volta. Não havia gente bêbada e suja na praia.
Quando cheguei à Naútica – cerca de meia-noite e meia – vi que estavam retirando uma aparelhagem de som de uma tenda branca da praia. Não posso afirmar, mas parece que os protestantes voltaram a festejar com Iemanjá.
Os umbandistas faziam tranquilamente as suas homenagens e oferendas àquela que, segundo a crença, vai governar o novo ano: Iemanjá, a orixá da paz.
Odò ìyá Iemanjá.
Escaldado com o que ocorreu ano passado, assustei-me ao ver nove PMs juntinhos na área menos frequentada da praia. Por que não circulam? - perguntei a mim próprio - aqui tem pouca gente e entre o quiosque 12 e o Kabeça não cabe mais ninguém.
Entretanto, me tranquilizei ao lembrar que o quiosque 13 estava fechado. Nada de mal vai acontecer. E não aconteceu mesmo. A festa da virada foi bonita. Muriqui lembrou os velhos tempos.
Depois, os PMs circularam pelo calçadão, coibindo os carros dos estúpidos funkeiros, medindo o som emitido pelos quiosques e solicitando que o encerrassem às três da manhã. Ontem, quando acordei, a praia e o calçadão estavam limpos e o primeiro dia do ano foi também tranquilo e festivo. Não faltou água nem luz. Nenhum tumulto. Nenhuma motocicleta com descarga aberta. A polícia circulando ou sempre atendendo aos chamados e coibindo a pornofonia.
Tudo absolutamente diferente do primeiro dia de 2009.
O que houve? Não venham argumentar com a pouca chuva que caiu. Foi o DETRAN, que com suas investidas contra o IPVA atrasado, selecionou a frequência? Foi. Mas, foi principalmente devido ao choque de ordem imposto p´ra valer em dezembro.
Valeu PMERJ. Valeu Marquinhos. VALEU Dr. ANDERSON..
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
ARROGÂNCIA E PRECONCEITO
Enquanto o presidente Lula vai todo ano festejar o Natal com os catadores de papel, os dois intelectuais do Jornal da Band - Boris Casoy e Joelmir Betting - humilharam, ontem, os garis que lhe desejavam feliz ano novo. Quando suas imagens saíram do ar, eles não perceberam que o áudio ainda era transmitido.
Ouçam o que eles dizem sobre os garis. É muito preconceito. É por isso que eles odeiam o Lula.
Talvez, nem saibam que o ódio ao sucesso do operário-estadista apreciado no mundo inteiro é o ódio ao fracasso de si próprios.
É por isso que eu digo, quanto mais alto voa o presidente, ainda mais pequenos lhe parecem aqueles que tentam menosprezá-lo.
ISTO É UMA VERGONHA!
Ouçam o que eles dizem sobre os garis. É muito preconceito. É por isso que eles odeiam o Lula.
Talvez, nem saibam que o ódio ao sucesso do operário-estadista apreciado no mundo inteiro é o ódio ao fracasso de si próprios.
É por isso que eu digo, quanto mais alto voa o presidente, ainda mais pequenos lhe parecem aqueles que tentam menosprezá-lo.
ISTO É UMA VERGONHA!
PREVISÕES PARA 2010
No horóscopo chinês, 2010 será o ano do tigre e de acordo com os umbandistas será governado por Iemanjá e Oxalá. Vênus, o planeta mulher, vai reger o novo ano favorecendo o amor.
Será o ano eleitoral. Em Mangaratiba, iremos às urnas duas vezes.
Regido por Vênus – o amor - e governado por Iemanjá – a paz - será o ano das mulheres. Pena que elas não gostam de mulher. Se gostassem, votariam em mulher e metade das câmaras seriam compostas por elas e teríamos metade governadoras e metade prefeitas.
E teríamos já garantida, pela primeira vez, a eleição de uma mulher presidente. Felizmente, os homens gostam e vão eleger a Dilma.
Após 52 anos, sem ganhar a copa na Europa, o Brasil, que foi o primeiro campeão do mundo na Ásia, será também o primeiro campeão na África. Só falta isso para o operário-estadista terminar o seu mandato e, depois, voltar em 2014. Com direito à reeleição em 2018 para desgosto das viúvas da tenebrosa ditadura.
São as minhas previsões. Quem viver verá. Feliz Ano Novo.
E, agora, saindo do sério, vamos ao seu horóscopo para o ano que hoje se inicia.
Áries (21/3 a 20/4)
Fluxos desfavoráveis de saturno indicam que o ano não será bom para resolver antigos problemas. Esqueça-os. Ignore bastante tempo uma necessidade e ela desaparecerá. Arranje problemas novos.
Touro (21/4 a 20/5)
Grandes perspectivas financeiras. Mas, não se iluda, maiores gastos também serão iminentes. Lembre-se que a utilidade imaginada para qualquer coisa é inversamente proporcional a sua verdadeira utilidade logo depois de adquirida.
Gêmeos (21/5 a 20/6)
Esse período será muito propício à realização de grandes empreendimentos. Mas, não tente emagrecer ainda mais, homem adora uma celulitezinha. Quem gosta de mulher raquítica são os costureiros e estilistas de moda.
Câncer (21/6 a 21/7)
Seu aniversário será durante a Copa do Mundo. Se cair no dia da partida final, com o Brasil em campo, ninguém lembrará de você. Não fique triste. Seu melhor presente será o Brasil hexacampeão do mundo.
Leão (22/7 a 22/8)
Este não será um período de sorte para o leonino. Também não é previsto um período de azar. Lucros e perdas deverão ocorrer. Talvez, nem uma coisa nem outra. Em caso de dúvida, seja convincente. Se não puder convencer, confunda.
Virgem (23/8 a 22/9)
Aquelas vozes vêm de dentro de você mesmo. Não lhes dê ouvidos. Demônios não existem. Pare de tomar tranquilizantes. Tente uma camisa de força. A dipsomania (vá ao dicionário) poderá levá-lo ao delirium tremens.
Libra (23/9 a 22/10)
O seu sucesso ou fracasso neste ano dependerá exclusivamente das suas aspirações. Evite discutir com o seu patrão, seu emprego dependerá disso. O bom trabalhador gosta do que faz. Quem só faz o que gosta é um vadio.
Escorpião (23/10 a 22/11)
Período altamente favorável. O nativo de Escorpião para provar sua grande resistência física e mental não pode parar em qualquer topada nem pode topar qualquer parada. A vida é p´ra ser vivida, não para ser desafiada.
Sagitário (22/11 a 21/12)
Mercúrio e Júpiter favorecerão os nativos desse signo; mas cuidado, em caso de doença grave é melhor consultar um médico. Em caso de resfriado, não precisa ir ao hospital. Acostume-se a tomar banho todo dia. E não se esqueça de escovar os dentes.
Capricórnio (22/12 a 20/1)
Sinal verde para você capricorniano, mas cuidado com aqueles que atravessam com o sinal fechado. Seja prudente: se beber, não dirija. Durma dentro do carro e só volte para casa no dia seguinte. Se não for assaltado e lhe levarem o carro, claro.
Será o ano eleitoral. Em Mangaratiba, iremos às urnas duas vezes.
Regido por Vênus – o amor - e governado por Iemanjá – a paz - será o ano das mulheres. Pena que elas não gostam de mulher. Se gostassem, votariam em mulher e metade das câmaras seriam compostas por elas e teríamos metade governadoras e metade prefeitas.
E teríamos já garantida, pela primeira vez, a eleição de uma mulher presidente. Felizmente, os homens gostam e vão eleger a Dilma.
Após 52 anos, sem ganhar a copa na Europa, o Brasil, que foi o primeiro campeão do mundo na Ásia, será também o primeiro campeão na África. Só falta isso para o operário-estadista terminar o seu mandato e, depois, voltar em 2014. Com direito à reeleição em 2018 para desgosto das viúvas da tenebrosa ditadura.
São as minhas previsões. Quem viver verá. Feliz Ano Novo.
E, agora, saindo do sério, vamos ao seu horóscopo para o ano que hoje se inicia.
Aquário (21/1 a 20/2)
Continuamos ainda na Era de Aquário. Portanto, cuide melhor de seus peixinhos ornamentais. Quando for a uma pescaria, dê um mergulho em seu subconsciente e reveja seu passado obscuro. Já é tempo de você aprender a nadar.Peixes (21/2 a 20/3)
Cuidado, pisciano. Se tudo parece melhorar para você, é porque algo lhe passou despercebido. Nas crises em que se vir forçado a escolher caminhos alternativos, evite escolher o pior possível. Seu grande desafio será crer que você existe de fato.Áries (21/3 a 20/4)
Fluxos desfavoráveis de saturno indicam que o ano não será bom para resolver antigos problemas. Esqueça-os. Ignore bastante tempo uma necessidade e ela desaparecerá. Arranje problemas novos.
Touro (21/4 a 20/5)
Grandes perspectivas financeiras. Mas, não se iluda, maiores gastos também serão iminentes. Lembre-se que a utilidade imaginada para qualquer coisa é inversamente proporcional a sua verdadeira utilidade logo depois de adquirida.
Gêmeos (21/5 a 20/6)
Esse período será muito propício à realização de grandes empreendimentos. Mas, não tente emagrecer ainda mais, homem adora uma celulitezinha. Quem gosta de mulher raquítica são os costureiros e estilistas de moda.
Câncer (21/6 a 21/7)
Seu aniversário será durante a Copa do Mundo. Se cair no dia da partida final, com o Brasil em campo, ninguém lembrará de você. Não fique triste. Seu melhor presente será o Brasil hexacampeão do mundo.
Leão (22/7 a 22/8)
Este não será um período de sorte para o leonino. Também não é previsto um período de azar. Lucros e perdas deverão ocorrer. Talvez, nem uma coisa nem outra. Em caso de dúvida, seja convincente. Se não puder convencer, confunda.
Virgem (23/8 a 22/9)
Aquelas vozes vêm de dentro de você mesmo. Não lhes dê ouvidos. Demônios não existem. Pare de tomar tranquilizantes. Tente uma camisa de força. A dipsomania (vá ao dicionário) poderá levá-lo ao delirium tremens.
Libra (23/9 a 22/10)
O seu sucesso ou fracasso neste ano dependerá exclusivamente das suas aspirações. Evite discutir com o seu patrão, seu emprego dependerá disso. O bom trabalhador gosta do que faz. Quem só faz o que gosta é um vadio.
Escorpião (23/10 a 22/11)
Período altamente favorável. O nativo de Escorpião para provar sua grande resistência física e mental não pode parar em qualquer topada nem pode topar qualquer parada. A vida é p´ra ser vivida, não para ser desafiada.
Sagitário (22/11 a 21/12)
Mercúrio e Júpiter favorecerão os nativos desse signo; mas cuidado, em caso de doença grave é melhor consultar um médico. Em caso de resfriado, não precisa ir ao hospital. Acostume-se a tomar banho todo dia. E não se esqueça de escovar os dentes.
Capricórnio (22/12 a 20/1)
Sinal verde para você capricorniano, mas cuidado com aqueles que atravessam com o sinal fechado. Seja prudente: se beber, não dirija. Durma dentro do carro e só volte para casa no dia seguinte. Se não for assaltado e lhe levarem o carro, claro.
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