Depois de algum tempo sem atualização, um site acaba morrendo. Um blog, porém, quando é abandonado, fica vagando eternamente como alma penada pelo espaço cibernético.
Eu conheço um, pelo qual tenho rezado por sua ressurreição. Quem sabe ocorre um milagre e seu autor volte a postar seus textos que muito me sensibilizam.
A última vez que ele escreveu foi em 14 de junho de 2007, após vencer uma batalha contra a Vivo e a LG – que vazou para as páginas dos jornais – por conta de uma propaganda enganosa do bluetooth que vinha bloqueado. A Vivo e a LG jogaram a responsabilidade uma para a outra, mas, no final, tiveram que desbloquear o recurso bluetooth.
O autor também teve um site que ele deixou morrer à míngua. Como ele mesmo reconheceu em uma de suas postagens, seus hobbies não duram muito tempo.
Em seu desamparado blog, sabemos que ele já tocou flauta e violão; já fez pão e anéis; trekking, natação e judô; fez maquetes e esculturas; aprendeu banho e tosa; fez pinturas e desenhos; criou cartazes e logotipos, fez publicidade; foi sindicalista e DJ; fez yoga e psicoterapia; já fez poesia e monografias; tocou em banda, escreveu e encenou peça teatral, fez música e programa de rádio. Foi vegetariano e, atualmente, é apenas cozinheiro - muito bom cozinheiro, aliás - além de dentista e advogado.
É um verdadeiro multimídia e foi ele quem me motivou a criar o meu blog. Mas, eu não largo um hobby facilmente e continuo aqui. Quando me falta motivo para escrever, escrevo sobre mim mesmo.
Um dia, é certo, este também será um blog abandonado, vagabundeando pela web, até que alguém o encontre e saiba que eu existi. Ou, então, quem sabe, alguém poderá lembrar um pouco de mim, do que eu fui, do que eu pensei. E do que pensavam a meu respeito.
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2 comentários:
"Quem olha para fora, sonha. Quem olha para dentro, desperta."
Carl Jung
Ambos valem a pena e um blog é um baita instrumento para isso. Mas sinto que na vida é preciso, às vezes, dormir um pouco. Nem sonhar, nem despertar. Apenas se recolher e observar; cuidar do momento recolhido; curtir o silêncio; preferir não falar nada que distraia o sono difícl, como acalanto. Pra depois despertar mais vivo do que sempre.
Fábio,
Que lindo!
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