Quem me lê sabe que sou torcedor do Fluminense. Este ano, porém, torci também pelo Vasco, pelo Flamengo e pelo Botafogo. Torci por suas torcidas.
Considero um atraso mental acentuado - situado entre a debilidade intelectual e a estupidez – torcer contra os cariocas em um campeonato brasileiro, favorecendo os paulistas, gaúchos, mineiros e outros alienígenas.
O campeão brasileiro tem que ser do Rio de Janeiro, seja lá que time for. Toda a torcida carioca merece isso. Ela é maior que tudo. Maior - e melhor - do que todos os times e todas as outras torcidas brasileiros.
A do Flamengo lotou o Maracanã como nunca e foi campeã. A do Vasco apoiou seu time com paixão e, também, foi campeã. A do Botafogo, no último jogo, contra o “gigante” Palmeiras – lutando contra o rebaixamento - botou quarenta mil pessoas no Engenhão.
E olha que, no Morumbi, um jogo entre dois candidatos ao título jamais ultrapassou 35 mil torcedores.
A torcida tricolor, porém, foi um espetáculo impressionante. Na lanterna do campeonato e contra outros times que lutavam contra o rebaixamento, colocou sempre mais de 50 mil pessoas no Maracanã. Coloriu o anel da arquibancada de verde, grená e branco. Escreveu com seus corpos mensagens de incentivo ao time: “Lutem até o fim” ou “Eles têm a altitude, vocês têm a gente”. Isso sem qualquer treinamento, sem comando ou direção, com gente que nunca se viu antes. Um milagre?
Foi a torcida mais bonita e criativa. Empolgou o time, deu-lhe força e motivação para escapar da segunda divisão. Jogou tanto quanto o Conca.
A torcida tricolor vai ser homenageada, hoje, pela CBF na entrega do prêmio “Craque do Brasileirão”. Na minha opinião, esse craque devia ser o Conca e deviam dar à torcida tricolor a responsabilidade pelo espetáculo de abertura das Olimpíadas de 2016.
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