Total de visualizações de página

domingo, 20 de setembro de 2009

AUTORIDADE PROVA QUE EXISTE EM MURIQUI

Há muito que eu venho falando. E escrevendo: em junho/09 (Trilha Sonora) e em abril/08 (O som dos quiosques de Muriqui).Lá está escrito: “Meu apartamento no quarto andar - que fica entre os quiosques 13 e 16 - está com portas, janelas e basculantes fechados. Nem uma fenda livre para o ar penetrar. Esse som, porém, invade, sem cerimônia, todas as dependências. Penetra pelas áreas livres do prédio, sobe as escadas e vem bater afrontosamente a minha porta. Ou vem por fora fazendo as janelas trepidarem e tentanto invadir a minha quase paz de espírito. É o “funk”. Esse “funk” que vicia e imbeciliza a criatura. Esse lixo marginal, violento e bandido que vem cretinizando parte de nossa juventude. Esse pitbull sonoro que tem o mau cheiro da tragédia anunciada vem do quiosque 13. Eu me pergunto como sobrevivem aqueles que estão de frente e ainda mais próximos do que eu. Como suportam tudo isso? A Lei não é respeitada e muito menos o morador. E quanto as autoridades? Não existe uma Lei Municipal que regulamenta a emissão de som? Por que as autoridades não exigem o seu cumprimento? A Prefeitura não possui um medidor de decibéis? Ou será que não há nenhum servidor capaz de saber manejá-lo?Até onde irá a omissão de nossas indolentes autoridades sem poder para controlar o volume do som emitido pelos quiosques? Vão esperar sentados pela tragédia anunciada? O maior desafio para uma autoridade é fazer crer que ela existe. Taí uma ótima oportunidade de provar sua existência”.
Finalmente, após muitas centenas de reclamações dos moradores e apenas algumas dezenas de atendimentos da PMERJ, a autoridade veio provar a sua existência. Eu não vi, ligaram me contando.
Hoje, domingo, cerca das 15 horas, de repente, o silêncio. Pensei que, mais uma vez, a AMPLA tivesse faltado com a sua obrigação. Mas, não, autoridades policiais – parece até que o delegado da 165ª.DP nos deu a honra de sua presença – vieram impor a sua autoridade e acabaram com o absurdo e insuportável som dos quiosques da praia de Muriqui.
Está proibida a colocação de aparelhagens de som ao vivo nos quiosques. Até quando? Até quando estaremos livres da poluição sonora? Espero que para sempre.
E espero, também, que as autoridades combatam com rigor os carros com mala aberta que emitem aquela pornofonia imbecilizante do "funk".
Senão, vamos torcer para chover durante todo o verão.

Um comentário:

leila disse...

Lacerda,
A atuação da polícia foi eficiente e necessária. Ninguém aguentava mais a poluição sonora e a falta de limites daqueles que sequer questionavam como estariam os ouvidos dos moradores e frequentadores da orla.
Como gostei do termo "pitbull sonoro", passei a usá-lo quando meus ouvidos sinalizam a presença dos carros de malas abertas e assim já me preparo para ver as cara dos idiotizados adoradores de tão estúpidas letras.
Conseguiria conviver com a batida do funk, mas não consigo entender o que leva pessoas a se masturbarem mentalmente com as letras que descrevem cadelas e cães vira-latas em coito.
Sei que no verão, teremos mesmo é que nos trancafiar em casa, ou fazer como as autoridades locais que se mandam do município e entregam as chaves para este tipo de "eventos".
Minha esperança, é que como o delegado agora resolveu aparecer em todos os atos do governo municipal,hasteando bandeiras, inaugurando obras e discursando sobre a capacidade e dinamismo do nosso futuro ex-prefeito, poderá continuar a executar suas funções de fato. Torçam para que futuro ex-prefeito fique até o verão e que o delegado se empenhe em seus agrados.