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quinta-feira, 27 de março de 2008

MURIQUI OU MONO CARVOEIRO


O Muriqui, também denominado Mono Carvoeiro, é o maior primata brasileiro e um dos mais ágeis. Os machos e fêmeas adultos têm o mesmo tamanho, cerca de até 1,5m de altura.
Eles jamais brigam ou são agressivos. Demonstrações de carinho entre indivíduos de qualquer sexo ou idade são corriqueiros. É comum observar vários animais em um mesmo galho, suspensos pela cauda, em demorados abraços grupais. Vivem em uma sociedade caracterizada pela harmonia onde não há disputa pelo poder.
Mantêm-se unidos em uma espécie de hierarquia regida pelo afeto e pela fraternidade. Até a reprodução – marcada, entre outros primatas, por duras batalhas entre os machos – transcorre em harmonia. A fêmea simplesmente escolhe o parceiro com quem deseja copular e os demais pretendentes aceitam a opção, sem qualquer desavença.
Nesta sociedade promíscua, as fogosas muriquis gozam de ampla liberdade. Têm quantos parceiros desejarem e são elas que mais perambulam e mudam de grupo quando desejarem.
O Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica/RBMA criou, em 1993, o Prêmio Muriqui, hoje reconhecido como uma das mais importantes homenagens às ações ambientais no país. O prêmio é constituído de uma estatueta de bronze representando um muriqui (Brachiteles arachinoides) e um diploma. O Muriqui é o animal símbolo da RBMA. Anualmente são outorgados apenas dois prêmios. Um para pessoas físicas e outro para entidades públicas e privadas, nacionais ou internacionais, que tenham se destacado por suas atividades em benefício da Mata Atlântica.
Com tantas invasões e devastações em nossa mata atlântica, Muriqui jamais poderá ser merecedora do Prêmio Muriqui.

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