sexta-feira, 29 de junho de 2018
COPA DO MUNDO
“Entre tragédia, drama, farsa e comédia:
considerações acerca do futebol no roteiro de “A Falecida”, de Nelson
Rodrigues. É o título de um trabalho de Natasha Santos, pesquisadora do Núcleo
de Estudos Futebol e Sociedade/UFPR, que acabei de ler (AQUI).
Nelson Rodrigues, meu ídolo, dramaturgo
apaixonado por futebol como eu, era ele próprio teatral como suas peças. Viveu
o drama, a tragédia, a farsa e a comédia em sua família.
Natasha Santos diz que é praticamente
unânime a percepção de que Nelson trata o esporte com uma dramaticidade típica
do teatro.
Assim também é a atual Copa do Mundo, digo eu.
Drama viveu a Argentina contra a Nigéria.
Foi uma partida dramática em que somente no final o drama argentino virou
explosão de alegria.
Tragédia sofreu a Alemanha contra a Coréia
do Sul. Perdeu de dois a zero e foi eliminada da Copa. Foi uma nova derrota em
solo russo. Agora, no verão, depois daquela no inverno de
Farsa nos proporcionou o Neymar com seus
tombos – contra a Costa Rica, contei doze – e suas rolagens no gramado como se
lhe tivessem quebrado as duas pernas.
A comédia ficou por conta da torcida.
Neste quesito, acho que venceram os nigerianos, corpos seminus, todos pintados
e em grupo.
Não sei o que leva uma criatura a se
comportar como os torcedores de qualquer nacionalidade que tenho visto nesta
Copa.
Enquanto eu assisto solitário em minha
poltrona, respeitosamente, como se assistisse a uma peça de teatro.
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Um comentário:
Boa noite, Lacerda.
Realmente a Argentina tem sido guerreira, apesar de não estar produzindo muito futebol com a atual seleção que, diga-se de passagem, foi muito mal nas eliminatórias. Ainda assim são imprevisíveis e podem ganhar da França neste sábado.
Já a nossa seleção ainda não desabrochou e considero todos os jogos que virão muito difíceis, quer seja para equipes tradicionais ou para os que nunca conquistaram um Mundial. Somos favoritos contra o México, porém o time precisa melhorar.
Desejo um excelente sábado.
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