O Brasil de Abílio Diniz e o Brasil dos economistas
palpiteiros
A simples declaração dada pelo
empresário Abílio Diniz em Nova York, afirmando que o Brasil estava muito
barato para investidores estrangeiros, e que confia que o país superará a
crise, provocou um solavanco no mercado acionário. Abílio Diniz, próspero
e vitorioso empresário, remou na direção contrária de alguns economistas
palpiteiros, que vinham depreciando o mercado brasileiro. Sua declaração deu
resultado positivo ao país. Já certos economistas - que sempre acertavam quando
faziam parte do governo, e que ao saírem dele estavam miliardários - adotam
hoje o "quanto pior, melhor".
Abílio Diniz sabe o preço da luta
para crescer. Começou pobre e construiu uma sólida e importante empresa, numa
trajetória bem diferente da de alguns ex-ministros, ex-diretores do Banco
Central, que entraram pobres em seus cargos e saíram com seus bolsos abastados.
Muitos destes atacam e querem destruir o país porque sonham em voltar para o
poder. Disparam tiros nas mais variadas direções, inclusive batendo na tecla
dos impostos brasileiros, afirmando que são dos mais pesados do mundo.
Ora, na Itália o imposto para quem
tem mais de uma propriedade duplica em progressões aritméticas. Na Espanha
igualmente os tributos são pesados e abrangentes, como no restante da Europa.
Nestes países não há mais empregados
domésticos. Na Inglaterra, por exemplo, quem trabalha de barman ou em serviços
de hotéis não são os ingleses, e sim aqueles que vêm de países
colonizados.
Toda a Europa vive hoje o drama dos
refugiados, no qual imigrantes, antigos colonizados, buscam nos países
colonizadores uma oportunidade. O processo vem assumindo proporções gigantescas
recentemente, mas na realidade não é de hoje. Tanto que em Portugal, por
exemplo, os angolanos hoje dominam Lisboa.
Os que incitam o caos e apostam no
acirramento da crise deveriam estar conscientes de que se em países da Europa -
com população entre 10 e 60 milhões de habitantes - a reivindicação dos mais
pobres e necessitados, sejam imigrantes ou não, vem provocando uma
instabilidade social, no Brasil, com 200 milhões de habitantes, manobrar para jogar
o país no fundo do poço trará consequências de proporções inimagináveis.
E se esta convulsão social acontecer,
com o levante dos menos favorecidos, os que hoje incitam o caos fugirão para
onde?
Um comentário:
Palestra de Bill Clinton, dia 12, em Brasília:
“Eu conclamo vocês a refletirem sobre notáveis mudanças que ocorreram no país durante os últimos anos. Um novo mundo está nascendo, há dores no parto, mas o Brasil está a frente desse processo. O Brasil tem mais atributos positivos do que a maioria dos outros países. Falo hoje como amigo. Um amigo que adverte: apesar das dificuldades, há poucos lugares para ser tão otimista como no Brasil”.
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