É o principal articulista da revista quem cita as razões para apoiar a permanência da presidenta até o último dia de seu mandato. São as seguintes:
1) "Convém não sacudir demais o barco Brasil", pois o impeachment faria mal à democracia brasileira.
2) "Não há vislumbre de composição política capaz de propiciar sucessão razoavelmente suave, como a formada em torno de Itamar Franco quando Collor foi deposto", isto é, sem unidade na oposição, não se faz golpe.
3) "O PT desponta como o único beneficiário possível, a esta altura, da queda de Dilma", como vítima, Dilma ajudaria Lula a pavimentar seu caminho de volta ao poder.
4) "A herança de Dilma será pesada demais" e os tucanos não fariam a economia voltar a crescer rapidamente.
5) "Impeachment à moda de Cunha é mais do que o país pode suportar". Um golpe não pode ser decidido como vingança de políticos envolvidos na lava-jato. Isto é, Cunha também foi abandonado.
6) "Presidentes não podem ser afastados porque são ruins, ou porque não se gosta deles". Veja reconhece que não há nenhuma acusação consistente contra a presidente Dilma Rousseff para destituí-la.
7) "O pós-impeachment arrisca ser ainda mais tumultuado que o momento atual". A revista sugere que o atual clima de radicalização do país precisa chegar ao fim.
Para a Veja, o golpe não tem mais o seu apoio. E você, inocente útil, pode sentir-se traído.
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