Se houve coisas piores, eu não vi:
- o Ronaldo, envergonhado, comentando os jogos na Globo;
- o Galvão Bueno trepado num caixote pra ficar do tamanho do Casagrande;
- o VTNC da elite paulistana;
- os poucos vira-latas que ainda combatem a Copa em vez de começar a combater a Olimpíadas;
- as horríveis tatuagens em quase todos os braços;
- os penteados ridículos de alguns – Pranjic, nº 3 da Croácia, e Serey, nº 20 da C. Marfim, foram os piores - e penteados alegóricos de outros como Ekotto, nº 2 de Camarões;
- o juiz e um dos bandeirinhas da partida entre México e Camarões que anularam dois gols legítimos do México;
- o zero a zero entre Nigéria e Irã, única partida ruim;
- o nome do camisa 23 do Irã: Mherdad;
- a derrota da Espanha para a Holanda;
- a derrota do Uruguai para a Costa Rica;
- a grotesca barba russa e o cabelo do Raul Meireles, meio-campo de Portugal;
- o frango que o goleiro russo engoliu no jogo com a Coréia;
- o anúncio da havaianas com o Romário, aquele do pé direito;
- o anúncio da Febrae com os três técnicos;
- o melancólico anúncio da Nike com a voz do Senna;
- o chileno Aranguiz, no segundo tempo contra a Espanha, com a camisa nº 20 e o calção nº 19;
- a defesa da Espanha pior que a do Fluminense;
- a eliminação dos campeões do mundo logo na primeira fase;
- a baderna dos chilenos sem ingresso invadindo o Maracanã;
- os dois camaroneses se agredindo durante a partida contra a Croácia;
- Globo e Folha publicando entrevista com o fake do Felipão crendo que era o próprio;
- a suruba eleitoral do PSB com o PT no Rio de Janeiro, como bem definiu o Sirkis, e com o PSDB em São Paulo, deixando-me novamente sem candidato a senador;
- o funeral da nova política da Osmarina logo na primeira fase. Coitadinha, não sabe onde se meteu. Nem os decepcionados militantes que ingenuamente acreditaram.
O Fred entraria nesta relação, mas hoje ganhou uma sobrevida.
6 comentários:
É difícil definir qual foi a pior coisa da Copa. Em sua lista eu tiraria algumas coisas e acrescentaria outras como a fotomontagem da atriz holandesa Nicolette van Dam em que os os jogadores da seleção da Colômbia retratados de joelhos no gramado se debruçavam sobre uma linha do spray usado pelos árbitros para organizar a formação das barreiras durante a cobrança de faltas, parecendo uma alusão ao uso da cocaína. Também pegou mal aquela vaia com palavrões contra a Dilma no jogo de estreia, pois há maneiras mais inteligentes de protestar.
Mas quanto à aliança entre PSB e PT no Rio, não vejo problema nisso. Trata-se até de uma maturidade política e os socialistas estão mostrando que não são anti-petistas apesar da oposição ao governo de Dilma na esfera federal. Já em SP, acho decepcionante se estiverem juntos com o tucano. Gostaria que eles estivessem de fato escolhendo o caminho do meio, mas acho que, nos estados há quem prefira dançar conforme a música e talvez não venham a dar tanta força ao Eduardo Campos como este deveria estar recebendo. Mas como não sou de partido nenhum, sinto-me mais livre para aplaudir e vaiar (honradamente é claro).
Houve ainda outro episódio feio nessa Coa. Segundo uma matéria da Folha de São Paulo, o prefeito da nossa Mangaratiba não teria conseguido ser recebido pelos jogadores da seleção italiana quando foi visitá-los no Porto Belo. Ora, pondo de lado nossas questões locais, acho que a população mangaratibense foi de alguma maneira desprestigiada.
Contudo, vamos valorizar o que há de bom. Acho que, entre todos esses males, deve ser destacada a atitude de educação e de civilidade da torcida japonesa. Esta sim tem algo a ensinar os banhistas porcos que frequentam Muriqui e deixam a areia suja de latinhas de cerveja, embalagens de picolé da Moleka, cigarro, plásticos que asfiziam as pobres das tartarugas e até garrafas de vidro que podem cortar os pés dos outros frequentadores.
Rodrigo,
Eu me restringi apenas ao que considero o pior da Copa que ocorreu no Brasil. A bola fora da atriz holandesa, de fato, foi algo sórdido, comprovando que lá fora também há esse tipo de gente que vemos por aqui nos feissibuques.
Também não vejo problema algum na aliança entre PT e PSB. Ela sempre existiu, inclusive no Rio. E até elegeu deputado federal do PSB na sobra de legenda da coligação. Lembre-se que o PSB participou do governo petista por mais de dez anos, desde 2003 até fins de 2013.Quem disse que foi uma suruba eleitoral foi o Sirkis. Na conjuntura atual, porém, junto com a aliança entre PSB e PSDB, foi o funeral da nova política defendida pela coitadinha da Osmarina.
Quanto ao presente que o Capixaba não pôde dar ao Balotelli, a bola fora foi da delegação italiana que já foi punida com a eliminação.
Vamos valorizar sim a atitude da torcida japonesa. Mas, não acredito que possa servir de lição aos nossos porcos. Se não houver punição, não há lição que dê jeito neles.
Também não pertenço a partido nenhum, sou livre para pensar e opinar.
Entre os quatro nomes fortes que estão aí na disputa para governo do RJ, Lindbergh seria o que há de melhor. Logo, penso que aí o PSB esteja sendo coerente. Mas já não concordo que a aliança entre PSB e PSDB teria sido "o funeral da nova política defendida pela coitadinha da Osmarina". A aproximação da Rede com o PSB, bem como o apoio ao Eduardo Campos, seria algo momentaneamente estratégico para um futuro de candidaturas próprias do novo partido que surge o cenário nacional.
Em tempo! Após desistir de sua candidatura ao governo estadual, Miro Teixeira disse:
"Perdeu-se a chance de uma terceira via no Rio de Janeiro com coerência. Agora é isso aí. Confusão e crítica para todos os lados. Poderíamos juntos fazer algo diferente, mas poucos queriam."
Agora, no entanto, é mais producente deixar de lado as questões sobre o "bacanal eleitoral". Política se faz olhando para frente.
Rodrigo,
Respeito a sua opinião, mas a coitadinha é contra tudo isso.
Peço perdão por ter pena da Osmarina, coitada.
“É triste ver o fisiologismo como moeda corrente na política. O governo anuncia que a troca de ministros dará mais tempo de propaganda eleitoral. Um candidato da oposição diz aos partidos que querem trocar de lado: "Suguem mais um pouco e depois venham". Nos Estados, as regras são as mesmas: cada um por si, vale-tudo e salve-se quem puder”.
Foi o que escreveu a Osmarina em sua despedida da coluna da Folha.
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