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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

CORRUPÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PETISTA

O prefeito petista Fernando Haddad nem bem completou dez meses à frente do governo e já surge no noticiário o maior escândalo de corrupção da administração municipal da cidade de São Paulo.
A administração petista está deixando estarrecida a população paulistana.
Foi a Controladoria Geral do Município, criada pelo próprio prefeito petista logo que assumiu o mandato, que, em ação conjunta com o Ministério Público do Estado, investigou um esquema milionário de corrupção nos cofres municipais com o cruzamento de informações sobre a declaração de bens dos envolvidos e os seus vencimentos.
As investigações duraram cerca de sete meses e contaram com o apoio da Secretaria Municipal de Finanças e dos membros da Agência de Atuação Integrada contra o Crime Organizado, que conta com a participação, entre outros, da Secretaria de Estado de Segurança Pública, da Polícia Civil e da Polícia Federal.
Quatro auditores fiscais foram presos na operação que desvendou o esquema milionário de corrupção na Prefeitura. O grupo de corruptos detido atuava desde 2007, e o rombo nas contas públicas - segundo o MP - pode alcançar 500 milhões. Leia aqui a notícia completa.
Já imaginaram se o Alexandre Padilha for eleito governador de São Paulo?
É como já afirmei aqui anteriormente: jamais houve tanta investigação sobre a corrupção no país como nos governos do PT. É este governo quem mais investiga e combate a corrupção através da Polícia Federal, da Receita Federal, do Ministério Público Federal e da Controladoria Geral da União (CGU). Agora, também, através da Controladoria Geral do Município de São Paulo.
Creio que somente existe uma forma para acabar com a corrupção no país como querem os inocentes úteis: é simples, basta os governos do PT acabarem com as investigações.
E nunca mais saberemos de nenhum outro caso de corrupção.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

MEIAS BIOGRAFIAS

Em plena polêmica sobre as biografias não autorizadas, consegui acabar de ler – após enorme sacrifício – a biografia de Carlos Marighela. Foram mais de 730 páginas, impressas em corpo oito para tornar ainda mais difícil a leitura.
Escrito por Mário Magalhães, o cansativo livro “O guerrilheiro que incendiou o mundo” recebeu o Prêmio Jabuti 2013 como a biografia do ano.
Não é bem uma biografia: falta emoção, falta heroísmo, falta a aventura de uma vida de lutas, e sobram detalhes repetitivos e absolutamente dispensáveis. Sobram personagens secundários e até seus prováveis pensamentos. Somente o índice onomástico e a bibliografia têm 140 páginas. É, na verdade, um documentário sobre a tortura com relatos minuciosos sobre os métodos utilizados para arrancar confissões.
O autor merece o meu respeito por ter tentado escrever uma biografia sobre o maior revolucionário brasileiro que, durante quarenta anos, desde a juventude, defendeu suas idéias como sindicalista, deputado constituinte e guerrilheiro fundador do maior grupo armado que combateu a ditadura militar.
Escreveu, porém, uma meia biografia, dedicando mais páginas ao horror da ditadura do que à vida do biografado.
Foi a quinta biografia que li este ano. As outras quatro – Carmem Miranda, Jango Goulart, Garrincha e Barão de Itararé – eu saboreei com prazer.
Quanto à polêmica, sou contra a biografia de seres vivos. A polêmica gira em torno da liberdade de expressão e da censura pelo possível biografado.
Tudo começou devido à “biografia” que Roberto Carlos conseguiu retirar das livrarias e proibir a vendagem.
Domingo, no Fantástico, Roberto Carlos deu a sua palavra final sobre o assunto: ele não é contra nem a favor das biografias não autorizadas, muito pelo contrário.
Ontem, no Roda Viva, seu “biógrafo” – Paulo César de Araújo - foi entrevistado e teve o apoio de todos os entrevistadores.
Quem é a favor, geralmente, argumenta com o artigo quinto da Constituição: diz que a necessidade de autorização prévia é censura, além de um atentado à liberdade de expressão.
Mas, o cara está vivo, a vida é dele, está sendo vivida e ele tem o direito de não permitir que publiquem a sua biografia, assim como tem o direito de se recusar a dar uma entrevista. Dalton Trevisan e Rubem Fonseca – grandes escritores – jamais dão entrevistas. Não é uma questão de censura nem de atentado à liberdade de expressão.
Mesmo que seja autorizada sou contra a biografia de seres vivos e não a lerei pois será sempre uma meia biografia. Quem se propõe a escrever a biografia de alguém vivo fará sempre a meia biografia, pois, a vida continua.
Ninguém está proibido de escrever sobre quem quer que seja. Vemos diariamente reportagens em jornais e revistas sobre pessoas públicas ou não. A livrarias vivem lotadas de publicações sobre a obra e até sobre a vida de alguém.
Portanto, não há censura nem atentado à liberdade de expressão. Entretanto, não se pode chamar de biografia um livro publicado com o objetivo de se aproveitar do interesse público por alguém vivo que está no auge da fama.
Quando o cara morrer, tudo bem. A vida não mais lhe pertence e não deveria pertencer a mais ninguém. Ninguém precisaria autorizar a publicação de sua biografia.
Somente num caso, como foi o das filhas de Garrincha que viviam na pobreza, os herdeiros teriam o direito de receber parte dos direitos da publicação.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

MEMÓRIAS FALSAS E ESQUECIMENTOS

Até aí pelos cinquenta anos, eu tinha a certeza de ter visto o Zeppelin passar em direção à Santa Cruz aonde ele aterrissaria no hangar especialmente construído na Base Aérea.
Beirava eu os nove anos - tinha acabado a guerra - quando vi aquele monstruoso balão deitado voando baixo. O jogo de bola parou na rua até que o Zeppelin desaparecesse no horizonte.
Ainda tenho o evento na memória com todos os detalhes, mas, agora, sei que é uma falsa e gostosa lembrança. Foi o Google quem  tentou destruí-la informando-me que a última vez em que o Zeppelin esteve no Rio de Janeiro foi antes de 1937, ano em que nasci e em que a aeronave explodiu matando a todos os passageiros. Fiquei decepcionado  e, revoltado, jamais a apaguei da memória.
Gosto de lembrar como faço agora. Quando quero, vejo aquela imensa nave prateada vagando pelo céu de Bangu na velocidade pouco maior de uma bicicleta e a criançada assombrada de admiração.
Devo ter outras lembranças fantasiosas que não sei identificar. Todos têm, inclusive a testemunha ocular que identifica incorretamente o autor de um crime.
Agora, leio que cientistas estudam como os humanos produzem memórias de eventos que nunca aconteceram implantando memórias falsas no cérebro de camundongos.
A memória humana não é confiável e pode nos enganar, levando-nos a acreditar naquilo que ela inventa. Por que o cérebro produz memórias falsas ninguém sabe ainda.
Quanto ao esquecimento há, porém, uma teoria.  Às vezes, me pego reproduzindo expressões ou orações inteiras como se fossem novas, mas que eu já tinha escrito.
Este tipo de esquecimento certamente atinge a todos, especialmente aqueles que escrevem. Dizem que a criatividade talvez exija tais esquecimentos para que nossas memórias e ideias possam renascer e serem vistas em novos contextos e perspectivas.
Revisando meus textos neste humilde e sarcástico blog, vejo que venho cometendo um “auto-plágio”, repetindo certas passagens de textos já escritos.
Todos nós guardamos na memória idéias e opiniões lidas e ouvidas. E quando escrevemos, podemos reformulá-las imaginando que são originais nossos.
Sei que tenho sido apenas um grande plagiador de mim mesmo e, ocasionalmente, posso ser acometido de uma certa cleptomania literária inconsciente. Algo perdoável, pois, não é uma apropriação indébita e amigável como fazia Shakespeare.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

O LEILÃO DO CAMPO DE LIBRA

Um consórcio formado por Petrobras, Shell Brasil, Total, CNOOC e CNPC venceu o leilão de Libra, o primeiro do pré-sal. O grupo ofereceu uma contrapartida de 41,65% do óleo produzido à União. A Petrobras ficará com 40% do óleo extraído; a regra previa mínimo de 30%.
A composição é a seguinte: Petrobras, que já tinha 30%, fica com mais 10%; Total (França), 20%; CNPC (China), 10%; Shell Brasil, 20%, CNOOC (China) 10%.
"Houve um consórcio, está dentro rigorosamente das regras", diz Edison Lobão, ministro de Minas e Energia, questionado sobre o fato de apenas um consórcio ter participado do leilão de Libra.
Magda Chambriard, diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), diz que as constituintes do consórcio estão entre as maiores do setor de energia do mundo. "Sucesso maior do que esse era difícil imaginar."
Segundo Magda, somados os ganhos com o bônus de assinatura, a partilha do óleo, o retorno da participação na Petrobras e o pagamento de royalties pelas concessionárias, entre outros, a União deve ficar com o equivalente a cerca de 80% do óleo extraído de Libra.
Ela afirmou também que a British Petroleum não participou do leilão por medo de que multa por vazamento no Golfo do México inviabilizasse o investimento no Campo de Libra.
Sobre a Exxon, que também não participou do certame, a diretora afirmou que "a empresa não tem histórico no Brasil de agressividade em termos de investimento e exploração".
Pelo modelo de partilha, a Petrobras será sempre a operadora única dos campos e ficará com, pelo menos, 30% do consórcio vencedor.
Este modelo de partilha não agradou e houve menos empresas participando da disputa. O texto abaixo – copiado ipsis litteris da internet - explica por que o modelo não agradou à British Petroleum, à Chevron e à Exxon e por que o Brasil não é mais o quintal dos americanos.

"O leilão de Libra e o (quase) triunfo da desinformação
Acho que a lição mais importante que o governo deve tirar de toda essa falsa-polêmica que tem se produzido em torno do leilão do campo de Libra, marcado para depois de amanhã, é a de que é urgente democratizar o acesso aos meios de comunicação nesse país. As meias-verdades circula com toda a facilidade desse mundo, desinformando e induzindo a população ao engano, ao passo em que o governo não fornece de maneira satisfatória a esse debate os dados, os argumentos, as conclusões de estudos que sustentam sua visão e justificam sua escolha pelo leilão.
Os principais argumentos contrários ao leilão são frágeis, muito frágeis, além de contraditórios.
Frágeis ao alegar que o leilão de libra atenta contra a nossa soberania porque o pré-sal, segundo a visão dos que afirmam isso, seria ofertado a multinacionais ao invés de serem entregues à Petrobras. Primeiramente, é bom que se diga, a Petrobras é uma empresa de capital aberto. Estatal, mas de capital aberto. Não vamos nos iludir. Achar que o simples fato de a Petrobras explorar sozinha os campos do pré-sal asseguraria ao país, à União (ou ao povo brasileiro, como queira) o domínio absoluto do lucro dessa atividade é de uma ingenuidade lastimável. Sendo a Petrobras uma empresa de capital aberto, para onde esse lucro tenderia a ser canalizado? Para a bolsa de valores. Quer dizer, o dinheiro do petróleo sairia diretamente daqui, do fundo do nosso oceano, para o bolso dos acionistas da Bovespa, Wall Street etc. etc.
E o que impede que isso aconteça? Regras. Regras claras. A legislação do país que trata dessa matéria. O Marco Regulatório do Pré-sal.
Esse Marco Regulatório, elaborado, votado e promulgado durante o governo Lula (com Dilma na Casa Civil) é que reserva cotas à União, isto é, assegura que parte do petróleo que ainda será extraído seja de propriedade pública, do povo brasileiro, e não de acionistas. É esse Marco Regulatório também que prevê a participação da Petrobras em todos os consórcios que se constituam para atuar nessa empreitada extraordinariamente grandiosa da exploração do pré-sal. Ou seja, a Estatal brasileira se fará onipresente e será OBRIGATORIAMENTE operadora exclusiva desse negócio gigantesco. Teria sido isso, aliás, que afugentou algumas petroleiras que concorreriam nesse leilão. É que elas queriam disputar para serem, elas mesmas, as operadoras. Nesse caso sim, se o edital do leilão previsse essa possibilidade aí sim o interesse nacional seria afetado. Mas como o Marco Regulatório do Pré-sal impõe a Petrobras como operadora, temos a garantia de que não seremos passados para trás. (A título de comparação, durante algum tempo na Argentina, antes da YPF ser reestatizada pela Presidenta Cristina Kirchner, as petroleiras internacionais eram operadoras da exploração que elas mesmas faziam. E o que ocorria? Elas extraíam, por exemplo, mil barris de petróleo por dia e registravam apenas 400. O governo deixava de receber royalties de 600 barris (números aleatórios e meramente ilustrativos).
Daí eu me pergunto: o que querem os que ficam tentando melar o leilão de Libra? Postergar esse importantíssimo evento para tentar realizá-lo futuramente, quem sabe, num contexto reformulado que melhor atenda aos interesses das petroleiras internacionais no lugar dos do nosso país? Tentar flexibilizar o Marco Regulatório do Pré-sal para contemplar as vontades da British Petroleum e da Exxon, que não quiseram "brincar" dessa vez, para depois elas virem e jogarem um outro jogo com as regras que lhes convenham?
Tudo isso me parece revelador da inconsistência e da fragilidade dos argumentos daqueles que defendem a suspensão desse leilão.
Já a contradição se manifesta de uma forma quase patética. Um dos críticos do leilão, o professor Ildo Sauer, que foi diretor da Petrobras no governo Lula e hoje debandou para a canoa furada da Blablarina Silva, reconhece que a Petrobras não teria dinheiro em caixa para arcar com a astronômica despesa das operações do pré-sal e, por essa razão, sugere que esse dinheiro seja obtido por meio de empréstimos junto ao setor financeiro. Ora, o leilão será feito exatamente para atrair parcerias. Petroleiras virão se somar à Petrobras nesse empreendimento. Haverá um grande aporte de recursos porque, afinal de contas, é para isso que esse leilão está sendo organizado. Essas petroleiras interessadas em participar da exploração do campo de Libra injetarão recursos na condição de parceiras da Petrobras, e mais: com a Petrobras sendo a operadora, isto é, as outras estarão sob a supervisão da Petrobras.
Segundo os críticos do leilão, isso não pode. É ruim para o país. O que deveria ser feito é a Petrobras se encalacrar em dívida e depois pagar os juros dos banqueiros com o dinheiro proveniente dos lucros obtidos com o petróleo extraído. Quer dizer: aporte com empresas do mesmo segmento não pode, mas com banco pode??? Alguém entende a lógica desse raciocínio??? Com o leilão o que acontecerá é uma espécie de empréstimo sem juros: haverá entrada de recursos e essa injeção de "ânimo" não será feita como empréstimo, mas sim como parceria, isto é, as empresas correrão o risco também. Sem o leilão, o que se sugere é que a Petrobras contraia empréstimos, se endivide e corra sozinha todos os riscos. Onde é que as pessoas enxergam interesse nacional aí???
Não é a exclusividade da Petrobras que atende ao interesse nacional e assegura a nossa soberania. O que atende ao interesse nacional é a saúde financeira do empreendimento e sua sustentabilidade. Só assim o dinheiro que se produzir poderá chegar aonde deve chegar: na saúde e educação públicas. Além disso, como já foi dito, a Petrobras é uma empresa de capital aberto. O que assegura a nossa soberania são as amarrações legais que estabelecem as regras dessa exploração e partilha dos lucros. Essa amarração está feita pelo Marco Regulatório do Pré-sal, e esse Marco Regulatório está sendo aplicado ao leilão. Pronto.
Tudo isso exposto, retomo o tópico inicial deste texto: que fique a lição para o governo. É preciso urgente democratizar o acesso aos meios de comunicação, pois, enquanto a mídia desse país estiver sob domínio exclusivo dos que jogam contra o patrimônio, teremos mais desinformação e tumulto de idéias do que informação e esclarecimento. O Marco Regulatório das Comunicações é tão fundamental à nossa soberania e à nossa democracia quanto o Marco Regulatório do Pré-sal. Não podemos continuar descuidando disso."

COBAIAS HUMANAS?


Ontem no Fantástico, vi a reportagem dos cachorros resgatados de laboratório científico no interior de São Paulo. Os cachorrinhos (beagles) mostravam-se bem nutridos e muito bem humorados, não demonstrando ter sofrido quaisquer tipos de maus tratos nem torturados por cientistas diabólicos.
Aprendizes de black blocs, porém, invadiram a empresa, quebraram tudo, inutilizaram anos de pesquisa científica e levaram os animais.
Uma das vândalas envergonhada por pertencer a uma sociedade que permite experiências científicas com cães, possuída de uma mediocridade comovente e a convicção que somente os imbecis são capazes de demonstrar, perguntou ao repórter: “Por que eles não fazem testes com humanos?”.
E fazem – não como os nazistas fizeram na guerra que usavam somente adultos e crianças como cobaias tal como ela parece desejar – mas, sim depois que o medicamento se mostrou eficaz e sem secundarismos significativos em animais, principalmente, nos cães.
Pesquisas científicas com animais – camundongos, ratos, hamsters, coelhos, porcos, macacos, cavalos, etc – são, por isso, imprescindíveis para a saúde humana e tem contribuído significativamente para uma melhor qualidade de vida.
Seria melhor uma pessoa morrer por uma picada de cobra ou escorpião para não injetar o veneno em cavalos para a produção de soro antiofídico?
Estamos dispostos a não usar animais para a produção de soros e vacinas?
Podemos aceitar a propagação de epidemias de gripe e febre amarela para não utilizarmos ovos na produção de vacinas?
Vamos deixar de vacinar nossas crianças porque todas as vacinas são oriundas de testes em animais?
Aquelas aprendizes de black blocs seriam capazes de deixar de comer carne e usar roupas e sapatos de couro? Seriam capazes de rejeitar os medicamentos e a anestesia porque foram todos testados primeiro em animais?
Se a resposta for sim, por que não libertam os outros animais que servem de cobaia? Por que não resgatam os ratos e camundongos?
Por que somente os cães foram resgatados?
O cientista Marcelo Morales alerta que os cachorros da raça beagle retirados do Instituto Royal , em São Roque (SP), podem representar um risco às famílias que os adotarem. O cientista é coordenador do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia que regula o uso de animais em experiências científicas no País.
“Parece uma ação caridosa, mas estes animais podem representar um risco para a população. Eu não sei que experimentações foram feitas no Instituto Royal, mas animais usados em testes são inoculados com vírus, patógenos ou medicamentos que podem contaminar a população. Por isto que eles são confinados, e as pessoas que trabalham lá são todas paramentadas, tanto para não contaminar os animais e também para não serem contaminadas”, disse ele.
Os cientistas concordam que a experimentação animal tem valor inegável para a compreensão, prevenção e cura de enfermidades humanas, além de inúmeros outros usos como a avaliação e controle de produtos biológicos e farmacêuticos, desenvolvimento de vacinas, técnicas cirúrgicas e de transplantes, estudos de farmacologia, toxicologia, microbiologia e imunologia.

sábado, 19 de outubro de 2013

PÁTRIA MINHA

Vice-Consul em Los Angeles, residindo em Hollywood e vivendo entre músicos, atores, cineastas, executivos e críticos de cinema, Vinícius de Moraes compôs o poema "Pátria Minha", em 1949, inspirado na letra do Hino Nacional.
Em 1973, lançou-o em disco e show, após cair em desgraça com os torturadores e ser aposentado compulsoriamente.
Esta gravação foi a primeira faixa do disco "Poeta , Moça e Violão", com Vinícius de Moraes, Clara Nunes e Toquinho.
Hoje, comemoramos o centenário do grande poeta
que escreveu "O Operário em Construção".
 

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

PRÊMIO INTERAMÉRICA 2013 SOBRE EDUCAÇÃO

O Prêmio Interamérica do Congresso das Américas sobre Educação Internacional (CAEI) foi concebido para destacar e reconhecer as grandes personalidades das Américas que têm mostrado seu apoio ao Ensino Superior, contribuído com atividades de cooperação internacional a nível interamericano e favorecido, com suas contribuições, o desenvolvimento de laços culturais entre as diferentes nações das Américas.
Não é como aqueles prêmios comprados que Mangaratiba andou “conquistando” durante a gestão de Aarão na Prefeitura.
Ontem, no México, durante a terceira edição do CAEI, o Prêmio Interamérica 2013 foi concedido a Luiz Inácio Lula da Silva. Aquele que a moribunda oposição e os inocentes úteis dizem ser semi-analfabeto e que nada fez pela educação no Brasil.
Lula não pôde comparecer - foi representado por Paulo Speller, Secretário de Educação Superior do Ministério da Educação - mas enviou um vídeo de agradecimento a honraria no qual ressalta os grandes avanços que o Brasil experimentou na educação nesta última década.
Neste vídeo, Lula lembrou algumas conquistas de seu governo, foram 14 novas universidades e mais de 120 extensões, 290 novas escolas técnicas e o Programa Universidade Para Todos, o Prouni, que facilitou o acesso de mais de um milhão e trezentos mil brasileiros ao ensino superior. E além disso, milhões desses estudantes se beneficiaram da expansão do crédito estudantil, com o FIES, que é hoje o maior programa de financiamento estudantil do mundo.
Lula não pôde frequentar a escola tanto quanto é necessário, tornou-se um grande exemplo de que os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo - como afirmou Paulo Freire - e hoje tem sido reconhecido mundialmente em inúmeras ocasiões. 
Entre outros, Lula recebeu o Prêmio para a Paz 2008 da Unesco; Estadista Global 2010 do Fórum Mundial de Davos; Homem do Ano 2009, Le Monde; Personalidade do Ano 2009, El País; Prêmio Indira Gandhi para Paz, Desarmamento e Desenvolvimento, 2010; World Food Prize, 2011; Prêmio Norte-Sul; Doutorado Honoris Causa, outorgado por universidades brasileiras, o Grupo Coimbra (Portugal) e o Institut d’études politiques de Paris.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

ALUNO EDUCA PROFESSORA

Li hoje no Page Not Found (AQUI) algo acontecido na Inglaterra que justifica o que afirmou Paulo Freire - Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo” e que afirmei na postagem anterior significar que o aluno também educa o professor, isto é, que alunos e professores se educam entre si.
Assim escreve o blogueiro:
“Humilhada por aluno, professora primária emagrece 50 quilos.
Era mais um dia em escola primária de Manchester (Inglaterra). Lá estava a professora Jordanna Booth com as suas crianças em sala de aula. Mas aquele acabaria não sendo um dia como qualquer outro.
Um dos alunos de 8 anos se virou para um colega e disse: "A senhorita Booth é gorda".
Aquilo caiu como uma bomba nos ouvidos da professora, que pesava
114 quilos.
"Fiquei humilhada. Pensei: Estou tão gorda que até as crianças estão rindo de mim", contou Jordanna em reportagem do "Daily Mail".
A professora decidiu reagir e não ser mais motivo de chacota. Ela abriu mão dos salgadinhos e iniciou um programa de emagrecimento. Em 18 meses, Jordanna
perdeu mais de 50 quilos, sem recorrer a cirurgia.

Para mudar a silhueta, Jordanna contou com a ajuda do namorado e personal trainer, Sam Bullows.
"Sam dizia que o meu tamanho não importava e eu sabia que ele falava sério, mas eu ainda me sentia enorme. O comentário da criança me fez agir", disse a professora.”

Vejam como era a professora e como ficou após a “lição” que recebeu de um aluno de oito anos.
 

terça-feira, 15 de outubro de 2013

HOMENAGEM AOS PROFESSORES

Como sempre faço neste dia, homenageio com música os professores que ensinam nas escolas os meios para que o aluno obtenha a educação. A de hoje é a versão de Ao Mestre com Carinho, filme que pode ser visto completo AQUI.
Ainda continuo sem entender por que alguns professores se intitulam educadores, menosprezando a profissão que é a mais transcendente, meritória, nobre e digna dentre todas.
Educação não é somente uma atividade, é, acima de tudo, a construção de um saber que ultrapassa o sentido escolar e se torna uma construção permanente na vida do ser humano.
Paulo Freire afirmou que Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo”. Isto significa que o aluno também educa o professor, isto é, alunos e professores se educam entre si.

Acho que ele tinha razão, assim como Einstein que afirmou: "Educação é aquilo que permanece depois que esquecemos tudo o que aprendemos na escola".
Educação, na completa acepção da palavra, é o processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral do ser humano, visando a sua melhor integração individual e social. Educação é responsabilidade de todos.
Portanto, o processo educacional tem que começar na família, desde o berço. Não podemos deixá-lo somente por conta dos já sacrificados professores.

Professor é professor. Estudou e tem talento para sê-lo, formou-se para o magistério. Merece o meu respeito, estima e admiração, mas não o considero nem pretendo que seja simplesmente um educador.
Então, por que se proclamam educadores? Se o são, perdoem-me a franqueza, são péssimos e incompetentes. É o que demonstram nossas crianças e jovens cada vez mais mal educados.
Mesmo assim, faço uma homenagem musical àqueles que se consideram educadores.


domingo, 13 de outubro de 2013

O FILHO QUE CHICO BUARQUE NÃO TEVE

Um jornal do interior de Pernambuco publicou, em 2011, que o governador Eduardo Campos seria filho do compositor Chico Buarque de Holanda. Os boatos ganharam as redes sociais e foram massificados de tal forma – foi “trending topic” do Twitter - que a deputada federal, Ana Arraes, filha do governador Miguel Arraes, entrou em cena para negar a paternidade.
Disse o jornal que há alguns anos, os bastidores em Brasília fofocavam que, no exílio, década de 60, Chico teve um caso com Ana Arraes, exilada com o pai pela ditadura. “Nos últimos dias, um blog pernambucano tirou o assunto do bate-boca e obrigou a deputada a processar esse veículo de comunicação” -  contou o jornal e acrescentou – “No entanto, para esse boato não prosseguir, valia a pena um teste de DNA. Caso contrário, retratos comparativos de Chico com o governador continuarão a sair aqui e ali. Os olhos são igualzinhos...”.
Eu diria que a covinha no queixo é mais igualzinha. Os olhos do Chico, porém, apesar de semelhantes, não são arregalados como os de uma bicha louca.
Ana Arraes – que hoje é ministra do TCU nomeada pela Dilma a pedido do filho - divulgou uma nota oficial afirmando que os rumores eram “inverídicos e criminosos”. Pediu ainda a investigação da policia civil “para que tome providências legais no sentido de punir policial e judicialmente tamanha aberração”.
Aberração? Ser filho do Chico é aberração? Aberração seria se ele fosse filho do José Serra.
Aberração é ser presidente de um partido e não comandá-lo. É se submeter às vontades de um Romário no Rio de Janeiro e, a nível nacional, aos caprichos de uma missionária mística e fundamentalista que se julga a salvadora da pátria. É se beneficiar, durante oito anos, de um governo e se lançar candidato contra o que sempre defendeu. É cuspir no prato em que comeu. É ser tachado de covarde por quem seria o seu ministro da agricultura e permanecer calado.
O Eduardo Campos pode não ser filho do Chico Buarque, mas foi criado e cresceu politicamente pelas mãos do Lula e do PT. Só não aprendeu a exercer a liderança, não adquiriu personalidade forte e se tornou um maria-vai-com-as-outras.
Pra mim, o Eduardo Campos é irmão do Garotinho que obteve quinze milhões de votos para presidente, em 2002, pelo mesmo PSB. Se a Osmarina permitir, ele poderá repetir a dose do irmão em 2014. Vejam como se parecem: é cara de um, focinho do outro. Diferente é a cor dos olhos.

sábado, 12 de outubro de 2013

DILMA SERÁ REELEITA

Nunca confiei muito na pesquisa DataFolha que é feita na rua. Já até apelidei-a de DataFalha.
A DataFalha pra mim é apenas uma indicação do que vai ocorrer nas próximas pesquisas do Ibope e do Vox Populi que fazem pesquisa domiciliar e podem utilizar uma amostra perfeitamente estratificada do universo eleitoral.
A pesquisa publicada hoje pela Folha de São Paulo, portanto, não é motivo para festejar. Segundo ela, Dilma (42%) ganharia no primeiro turno contra Aécio (21%) e Eduardo Campos (15%).
O mais sugestivo é que a pesquisa DataFolha aponta que o espólio da Osmarina (23%) seria dividido de forma idêntica entre Dilma, Aécio e Campos. Dilma herdaria 8%, Aécio 8% e Campos apenas 7%, mesmo apoiado por ela.
Na cada vez mais provável disputa com a Osmarina (28%) e Serra (20%), Dilma iria para o segundo turno com 37% dos votos.
Dilma, porém, ganharia de qualquer dos dois no segundo turno. Nada de novo, portanto.
Diz a Folha que “O levantamento de ontem também confirma que Marina seria a adversária mais competitiva da presidente Dilma Rousseff em 2014. Ela atinge 29% em seu melhor cenário, quase o dobro da melhor situação de Campos. Dilma venceria em todas as simulações de segundo turno. Contra Marina, ganha por 47% a 41%. Contra Serra, por 51% a 33%. Contra Aécio, 54% a 31%. Contra Campos, 54% a 28%”.
Dilma só perderia - por pouco pouco, muito pouco, pouco mesmo, como diria aquele saudoso locutor esportivo - entre os componentes da velha burguesia preconceituosa e seus filhos entre 16 e 24 anos, isto é, os Black Blocs que vandalizam o patrimônio público. O povão que decide qualquer eleição, porém, está novamente com Dilma.
Vêm aí o Ibope e o Vox Populi para confirmar o que já afirmei aqui: Dilma será reeleita.

N.L.: hoje é o Dia da Padroeira do Brasil Nossa Senhora de Aparecida, louvemos a mãe de Jesus: Ave Maria cheia de graça, Bendita Sois entre as mulheres, Bendito é o Fruto do Vosso Ventre.
Ela somente não será louvada pelos ateus e protestantes fundamentalistas como a Osmarina que a desprezam.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

A NOVA ESQUERDA QUE A DIREITA VAI ODIAR

Se ainda vivo fosse, Brizola diria que o PSB atual é a esquerda que a direita adora.
Tanto é verdade que o Aécio Never andou namorando o Eduardo Campos e a imprensa manipuladora vibrou quando este se declarou candidato à presidência.
Brizola diria o mesmo sobre o natimorto Rede Sustentabilidade.
Aliás, isto lá é nome de partido político? É alguma coisa tão indecifrável que parece criado por uma sofrida dona de casa baiana cansada de lutar para sustentar a família e ver o marido todo o tempo deitado numa rede. Também poderia ser sugestivo como nome de uma rede de supermercados.
Estas duas esquerdas que a direita adora se uniram numa chapa única para concorrer em 2014. Brizolla diria que não se trata de uma aliança, mas sim de um contubérnio. Ainda há dúvidas sobre quem será o quê, mas baluartes da direita mais raivosa, tão distantes dos conceitos políticos, sociais, econômicos e ambientais da esquerda, já declaram seu apoio ao contubérnio pragmático de Eduardo Campos e Marina. São elementos nocivos ao desenvolvimento social e econômico sustentável como Heráclito Fortes, Bornhausen, e até Ronaldo Caiado, liderança ruralista, que tanto espezinhou as idéias da Marina.
Eduardo e Marina que tanto defenderam uma nova forma de fazer política se deixam chafurdar na vala comum daqueles que defendem apenas o seu próprio projeto pessoal. A raquítica verdolenga que sempre se arvorou em salvadora da pátria, defensora do novo na política, e que não teve competência para fundar um partido ainda terá que se submeter, até 2014, a novas companhias espúrias e sentir o constrangimento de tê-las ao lado nos palanques da campanha.
Ela até já experimenta o discurso dos Bornhausen de que é preciso acabar com a hegemonia do chavismo no centro do poder.
O melhor de tudo é que a redução do número de candidatos favorece somente a presidenta Dilma Rousseff na campanha pela reeleição. Isto é, quanto menos candidatos, maior a chance da presidenta se reeleger.
Não é profecia política como outras tantas que já fiz aqui e que se confirmaram, é apenas uma questão de aritmética.
Profecia faço agora: o contubérnio Eduardo Campos-Marina, ou Marina-Eduardo Campos, tanto faz, derruba a pouco sólida candidatura de Aécio Never e despacha para o terceiro lugar qualquer outro candidato que possa vir a substituí-lo.
No momento em que a oposição – isto é, a imprensa que tanto exaltou a Marina e o Eduardo - se conscientizar deste fato, todo o ódio será canalizado para a nova esquerda, apesar desta ser a união das esquerdas que a direita adorava.
Quem viver verá.