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segunda-feira, 13 de maio de 2013

BEM-VINDOS SEJAM OS MÉDICOS CUBANOS

E, também, os médicos chineses, russos, japoneses, coreanos, etc, desde que falem o português e que vivam e trabalhem nas cidades do interior.
O Conselho Federal de Medicina, porém, é contra a entrada de médicos estrangeiros e afirma que as entidades médicas envidarão todos os esforços, inclusive medidas judiciais cabíveis, para evitar que o governo federal concretize o convênio para a chegada dos médicos cubanos ao Brasil.
Inocentes úteis, ignorantes do que mostra a demografia médica no país e sem saber por que, repercutem nas redes sociais o absurdo combate daqueles que sabem a razão.
Em 2011, segundo as pesquisas, o Brasil tinha menos de dois médicos para cada mil habitantes. Estima-se que somente em 2021 chegaremos próximos a 2,5 médicos e a projeção para 2050 é de 4,3 médicos por mil habitantes.
A Argentina, em 2005, já possuía mais de 3 médicos por 1.000 habitantes, quantidade que o Brasil somente poderá alcançar em 2031.
Cuba, entretanto, já em 2008 ostentava quase sete médicos por 1.000 habitantes. E a medicina cubana é uma das mais prestigiadas em todo o mundo.
Em 2011, dos quase 372 mil médicos existentes no Brasil, cerca de 209 mil estavam concentrados na região sudeste, e pouco mais de 15 mil na região norte.
A grande maioria dos médicos é formada nas faculdades do Rio e de São Paulo e não quer viver e clinicar no interior do país. As iniciativas do governo federal visam melhorar tal situação distributiva.
O Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab), lançado recentemente pelo Ministério da Saúde, promoverá a atuação de mais de 4.000 médicos nos serviços da Atenção Primária, beneficiando a população de 1.407 municípios do Brasil.
Outra iniciativa, criminalizada pelo CFM, é a proposta do senador Cristóvão Buarque para que os médicos brasileiros formados nas universidades públicas brasileiras trabalhem dois anos em pequenos municípios carentes para que seus registros sejam reconhecidos.
É mais uma forma de melhorar o atendimento no interior onde a imensa maioria dos médicos não quer se fixar.
Por que o CFM é contra? Não sei. Sei apenas por que sou a favor.

5 comentários:

Anônimo disse...

Que venham os médicos cubanos,por motivos óbvios!!!

Anônimo disse...

Muriqui Lacerda, aqui é o Malaquias. Toda essa situação é referente ao preconceito histórico das elites contra o interior do país. No Brasil, trabalhar no interior é visto como uma humilhação, uma queda na vida.

Isso não é um problema só das Regiões Norte e Nordeste do país. As dificuldades médicas estão em todo o interior da maioria dos Estados, pois, no Brasil, infelizmente, o curso de Medicina ainda é privativo da classe AAA, que nem de longe sabe o que é uma cidade do interior. Para essas pessoas, Amazonas, Pará, Acre, Amapá, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, etc... não existem, não constam no mapa

Agora, tem também o outro lado da moeda: os baixos salários pagos pelas prefeituras e Governos Estaduais, que desencorajam qualquer pessoa, o que, lógico, não chega a ser uma desculpa que cole, pois o Estado e o Município pagam mal em qualquer parte do país.

Isso é uma vergonha para os médicos do país, que passam uma imagem de preconceituosos, xenófobos, afinal de contas, no que o interior do Amazonas é diferente dos outros lugares do Brasil ? Para mim não é diferente em nada.

Coisas do Brasil, meu caro amigo, e o CFM querendo tapar o sol com a peneira, querendo esconder o fato de que não forma cidadãos, e sim meros mercantilistas com bisturi na mão, visto que a Saúde no Brasil virou um negócio da China.

Um abraço meu amigo

Anônimo disse...

Mangaratiba,parece não constar no mapa,também.Bem que poderia vir pra cá um médico cubano.O paciente não tem culpa dos baixíssimos salários e das péssimas condições de trabalho dos profissionais da saúde.Os médicos daqui(a maioria) têm muito o que aprender com "eles",principalmente,quanto à relação médico-paciente.O que tem ocorrido de grosseria,descaso,falta de educação e incompetência,ninguém merece!!!

LACERDA disse...

Meu amigo Malaquias,

Você identificou a razão da CFM: xenofobia. Só pode ser isso.

Anônimo disse...

Muriqui Lacerda, aqui é o Malaquias de novo. Não é só problema do CFM não, o brasileiro em geral é xenófobo em relação ao interior do Brasil.

Morar no interior para as pessoas neste país é uma vergonha, é como se fosse uma queda na vida. O cara prefere ganhar R$ 1.000,00, morar em uma favela, mas manter o status de " morar na capital ". Tem gente no Rio que me pergunta como eu consigo morar em Mangaratiba...

Pense bem: metade dos problemas da capital estariam resolvidos se o interior fosse valorizado. O trânsito seria melhor, 90% das favelas desapareceriam, deixando o tráfico sem território, e todo o Brasil se desenvolveria. Mas, como tudo no Brasil é diferente do resto do mundo...