Em seu blog, Merval Pereira diz que "é colunista de O GLOBO, comentarista da CBN e da Globo News.
Em 2009 recebeu o prêmio Maria Moors Cabot da Universidade de Columbia de excelência jornalística, a mais importante premiação internacional.
Também é membro do Board of Visitors da John S. Knight Fellowships da Universidade Stanford. E é membro da Academia Brasileira de Letras e da Academia Brasileira de Filosofia."
Em 2009 recebeu o prêmio Maria Moors Cabot da Universidade de Columbia de excelência jornalística, a mais importante premiação internacional.
Também é membro do Board of Visitors da John S. Knight Fellowships da Universidade Stanford. E é membro da Academia Brasileira de Letras e da Academia Brasileira de Filosofia."
É, também, um jornalista venal a reproduzir as opiniões de seus donos: os filhos do Roberto Marinho.
A ABL já foi uma entidade respeitável. Hoje, produz besteiras imortais como aceitar o mordomo do Serra entre seus pares. Vejam na foto abaixo se ele, com o fardão da Academia, não parece o mordomo do Serra.
A ABL já foi uma entidade respeitável. Hoje, produz besteiras imortais como aceitar o mordomo do Serra entre seus pares. Vejam na foto abaixo se ele, com o fardão da Academia, não parece o mordomo do Serra.
O “imortal” Merval Pereira minimizou do jeito que pôde a derrota de seu chefe político. Afirmou que Serra já sabia de sua possível derrota, e que não queria ser candidato a prefeito. Disse que ele foi convencido a ser. Logo Serra que sempre soube impor suas vontades no PSDB, passando por cima de tudo e de todos.
Na véspera do primeiro turno, Merval Pereira tinha feito uma brilhante previsão: “A mais complicada eleição paulistana pode acabar deixando de fora da disputa Fernando Haddad, o candidato que o ex-presidente Lula tirou do bolso de seu colete, outrora considerado milagreiro. Terá sido a primeira vez em que o PT não disputará o 2º turno na capital paulista, derrota capaz de quebrar o encanto que se criou em torno das qualidades quase mágicas do líder operário tornado presidente”.
Na véspera do primeiro turno, Merval Pereira tinha feito uma brilhante previsão: “A mais complicada eleição paulistana pode acabar deixando de fora da disputa Fernando Haddad, o candidato que o ex-presidente Lula tirou do bolso de seu colete, outrora considerado milagreiro. Terá sido a primeira vez em que o PT não disputará o 2º turno na capital paulista, derrota capaz de quebrar o encanto que se criou em torno das qualidades quase mágicas do líder operário tornado presidente”.
Além de escrever mal, sua submissão às orientações patronais e ao Serra não o deixa ver bem a situação política do país. Seu nome deveria mudar para Vermal Pereira.
O imortal também se destacou por ter anunciado a morte iminente de Hugo Chávez, reeleito, este mês, presidente da Venezuela. Em fevereiro, Vermal garantiu que “a saúde de Hugo Chávez pode afetar a eleição presidencial. Os últimos exames indicam que o câncer está em processo de metástase, se alastrando em direção ao fígado, deixando pouca margem a uma recuperação”.
Não sou uma besta imortalizada pela ABL, mas minha essência cigana também adora prever os acontecimentos. A diferença é que eu acerto as previsões. Em 14 de janeiro, escrevi aqui que “a reeleição do Capixaba é inevitável apesar das comentadas deficiências. Se eu fosse o Zé Luiz, topava ser o vice dele para ser o prefeito daí a quatro anos”.
O imortal também se destacou por ter anunciado a morte iminente de Hugo Chávez, reeleito, este mês, presidente da Venezuela. Em fevereiro, Vermal garantiu que “a saúde de Hugo Chávez pode afetar a eleição presidencial. Os últimos exames indicam que o câncer está em processo de metástase, se alastrando em direção ao fígado, deixando pouca margem a uma recuperação”.
Não sou uma besta imortalizada pela ABL, mas minha essência cigana também adora prever os acontecimentos. A diferença é que eu acerto as previsões. Em 14 de janeiro, escrevi aqui que “a reeleição do Capixaba é inevitável apesar das comentadas deficiências. Se eu fosse o Zé Luiz, topava ser o vice dele para ser o prefeito daí a quatro anos”.
Voltemos ao Vermal e suas besteiras imortais. Em 28 de junho, ele publicou em O GLOBO suas previsões para a eleição paulistana:
O mito e os fatos
A mais recente pesquisa do Datafolha mostra que 62% dos eleitores paulistanos e 64% dos simpatizantes do PT acham que o partido agiu mal procurando acordo com Maluf para a prefeitura de São Paulo.
O candidato do bolso do colete de Lula, o ex-Ministro Fernando Haddad, continua sendo apenas isso, mais uma invenção do ex-presidente.
Caiu dois pontos percentuais em relação à pesquisa anterior, o que não tem significado estatístico, pois está na margem de erro, mas tem peso político porque a pesquisa foi feita logo depois da famosa foto em que Lula aparece nos jardins da mansão de Maluf comemorando o acordo político.
Cair dois pontos percentuais quando se tem 30% de intenções de voto, como tem o candidato tucano José Serra, seria irrelevante — e ele cresceu – mas os mesmos 2 pontos num total de 8% significam uma queda de 25%, o que por si só explicita a difícil situação em que se encontra o candidato de Lula.
Haddad, que parecia ter iniciado a ascensão após aparecer com Lula no programa do Ratinho e ter quase triplicado as intenções de voto, fato muito comemorado entre os simpatizantes do PT, não conseguiu manter a curva ascendente.
Esperavam os petistas que, depois do episódio Maluf, o candidato de Lula atingisse os dois dígitos nas pesquisas, evidenciando a correção da manobra política de seu mentor.
Lula reagiu aos críticos ao afirmar que não tinha arrependimento nenhum pela foto. E Maluf fez sua análise particular: Erundina deixara a chapa por ciúmes de seu protagonismo, e, diante de Lula no governo, ele, Maluf, considera-se “de esquerda”.
O que parece divertir Maluf, e não é para menos, configura-se um problema político de envergadura para o PT paulistano.
A pesquisa Datafolha mostra que os eleitores estão ao lado de Erundina, pelo menos nesse primeiro momento. Nada menos que 67% dos eleitores consideram que Erundina fez muito bem em deixar a chapa de Haddad depois da divulgação da famosa foto.
Havia até em circulação uma curiosa interpretação na base do “falem mal, mas falem de mim”. Lula seria tão genial articulador que colocara a imagem de Haddad nas primeiras páginas e nas televisões do país, fazendo com que viesse a ser conhecido pelo eleitorado.
O que para o comum dos mortais parecia erro estratégico, para o infalível líder tinha o dom de alcançar o objetivo de difundir a figura de seu escolhido. Vem a nova pesquisa Datafolha e joga por água abaixo a teoria montada a posteriori, que tentava transformar um erro político em grande lance estratégico.
O diretor do Datafolha, Mauro Paulino, considera que a rejeição ao apoio de Maluf ao PT pode ser determinante na eleição, o que indicaria que não se trata de um efeito passageiro.
Nesse caso, Erundina estaria certa quando comentou que 1m e 30s de propaganda eleitoral não justificam fazer uma aliança que renega uma vida inteira. Aparentemente, esse tempo extra que o PT obteve aderindo a Maluf não será suficiente para reduzir o desgaste provocado pelo acordo, considerado espúrio pela larga maioria do eleitorado paulistano e petista.
O tucano José Serra continua liderando a pesquisa, mas está parado desde o início com 31% das intenções, o que representa o eleitorado cativo do PSDB na capital. Na análise dos petistas, mostra que ele não tem condições de ampliá-lo.
O outro terço deve ficar, como tradicionalmente ocorre, com o candidato do PT, mas, se Haddad não demonstra ser competitivo para buscar no partido o apoio que seria automático, como ir além do eleitorado petista para buscar votos que podem lhe dar vitória?
A estratégia petista tinha um objetivo pragmático, traçado por Lula. Abriu-se mão de uma candidata forte como é a ex-prefeita Marta Suplicy na suposição de que ela não trazia novidade para a campanha que ampliasse seu eleitorado.
O “novo”, que Haddad representaria, teria mais facilidade para avançar no eleitorado que, não sendo petista, pode votar no candidato do partido.
Mas, ao mesmo tempo, a candidatura ficou limitada no viés ideológico quando se juntou a Haddad, um comunista saudosista, a ex-prefeita Erundina, que assumiu anunciando que continuava defendendo o socialismo. Para ela, estar no Partido Socialista Brasileiro (PSB) não é retórica, é uma profissão de fé. Com sua saída, o PT foi buscar no PCdoB a companheira de chapa de Haddad, fechando novamente o foco ideológico da candidatura.
Os petistas alardeiam que o candidato tucano José Serra tem mais rejeição do que apoio (35% contra 31%), o que é uma situação realmente incômoda para o candidato. Mas, por essa conta, o candidato petista tem o dobro de rejeição do que de apoio (12% contra 6%).
Lula promete “morder o calcanhar” dos adversários, mas precisará fazer com que Haddad aprenda a morder também, sob o risco de seu candidato ficar exposto ao público como figurante sem expressão.
Além do mais, as pesquisas do Datafolha vêm registrando a queda da influência de Lula como cabo eleitoral na disputa paulistana, embora ele continue sendo o mais influente deles, mais ainda que a própria presidente Dilma, que tem 28% de influência na escolha do candidato, ou que o governador Geraldo Alckmin, que influencia 29% dos eleitores.
O índice de influência de Lula no eleitorado é de 38%, mas o problema para o PT é que em janeiro eram 49% os que diziam que o apoio de Lula os faria votar em determinado candidato.
Se juntarmos a redução da influência de Lula no eleitorado com a incapacidade demonstrada até agora por Fernando Haddad de ser um candidato minimamente competitivo, teremos uma eleição que sugere ser muito mais difícil para o PT do que parecia meses atrás.
Serra já disse que os fatos mostram que Lula não é infalível, pelo menos nas eleições paulistas. Mas Lula é Lula, advertem sempre os petistas, agarrando-se ao mito na esperança da vitória. Lula faz bem em querer trazer para si a disputa contra Serra, nacionalizando a eleição paulistana. Caberá a Serra escapar dessa armadilha, convencendo o eleitorado que está pensando apenas em São Paulo, e não no Brasil.
O mito e os fatos
A mais recente pesquisa do Datafolha mostra que 62% dos eleitores paulistanos e 64% dos simpatizantes do PT acham que o partido agiu mal procurando acordo com Maluf para a prefeitura de São Paulo.
O candidato do bolso do colete de Lula, o ex-Ministro Fernando Haddad, continua sendo apenas isso, mais uma invenção do ex-presidente.
Caiu dois pontos percentuais em relação à pesquisa anterior, o que não tem significado estatístico, pois está na margem de erro, mas tem peso político porque a pesquisa foi feita logo depois da famosa foto em que Lula aparece nos jardins da mansão de Maluf comemorando o acordo político.
Cair dois pontos percentuais quando se tem 30% de intenções de voto, como tem o candidato tucano José Serra, seria irrelevante — e ele cresceu – mas os mesmos 2 pontos num total de 8% significam uma queda de 25%, o que por si só explicita a difícil situação em que se encontra o candidato de Lula.
Haddad, que parecia ter iniciado a ascensão após aparecer com Lula no programa do Ratinho e ter quase triplicado as intenções de voto, fato muito comemorado entre os simpatizantes do PT, não conseguiu manter a curva ascendente.
Esperavam os petistas que, depois do episódio Maluf, o candidato de Lula atingisse os dois dígitos nas pesquisas, evidenciando a correção da manobra política de seu mentor.
Lula reagiu aos críticos ao afirmar que não tinha arrependimento nenhum pela foto. E Maluf fez sua análise particular: Erundina deixara a chapa por ciúmes de seu protagonismo, e, diante de Lula no governo, ele, Maluf, considera-se “de esquerda”.
O que parece divertir Maluf, e não é para menos, configura-se um problema político de envergadura para o PT paulistano.
A pesquisa Datafolha mostra que os eleitores estão ao lado de Erundina, pelo menos nesse primeiro momento. Nada menos que 67% dos eleitores consideram que Erundina fez muito bem em deixar a chapa de Haddad depois da divulgação da famosa foto.
Havia até em circulação uma curiosa interpretação na base do “falem mal, mas falem de mim”. Lula seria tão genial articulador que colocara a imagem de Haddad nas primeiras páginas e nas televisões do país, fazendo com que viesse a ser conhecido pelo eleitorado.
O que para o comum dos mortais parecia erro estratégico, para o infalível líder tinha o dom de alcançar o objetivo de difundir a figura de seu escolhido. Vem a nova pesquisa Datafolha e joga por água abaixo a teoria montada a posteriori, que tentava transformar um erro político em grande lance estratégico.
O diretor do Datafolha, Mauro Paulino, considera que a rejeição ao apoio de Maluf ao PT pode ser determinante na eleição, o que indicaria que não se trata de um efeito passageiro.
Nesse caso, Erundina estaria certa quando comentou que 1m e 30s de propaganda eleitoral não justificam fazer uma aliança que renega uma vida inteira. Aparentemente, esse tempo extra que o PT obteve aderindo a Maluf não será suficiente para reduzir o desgaste provocado pelo acordo, considerado espúrio pela larga maioria do eleitorado paulistano e petista.
O tucano José Serra continua liderando a pesquisa, mas está parado desde o início com 31% das intenções, o que representa o eleitorado cativo do PSDB na capital. Na análise dos petistas, mostra que ele não tem condições de ampliá-lo.
O outro terço deve ficar, como tradicionalmente ocorre, com o candidato do PT, mas, se Haddad não demonstra ser competitivo para buscar no partido o apoio que seria automático, como ir além do eleitorado petista para buscar votos que podem lhe dar vitória?
A estratégia petista tinha um objetivo pragmático, traçado por Lula. Abriu-se mão de uma candidata forte como é a ex-prefeita Marta Suplicy na suposição de que ela não trazia novidade para a campanha que ampliasse seu eleitorado.
O “novo”, que Haddad representaria, teria mais facilidade para avançar no eleitorado que, não sendo petista, pode votar no candidato do partido.
Mas, ao mesmo tempo, a candidatura ficou limitada no viés ideológico quando se juntou a Haddad, um comunista saudosista, a ex-prefeita Erundina, que assumiu anunciando que continuava defendendo o socialismo. Para ela, estar no Partido Socialista Brasileiro (PSB) não é retórica, é uma profissão de fé. Com sua saída, o PT foi buscar no PCdoB a companheira de chapa de Haddad, fechando novamente o foco ideológico da candidatura.
Os petistas alardeiam que o candidato tucano José Serra tem mais rejeição do que apoio (35% contra 31%), o que é uma situação realmente incômoda para o candidato. Mas, por essa conta, o candidato petista tem o dobro de rejeição do que de apoio (12% contra 6%).
Lula promete “morder o calcanhar” dos adversários, mas precisará fazer com que Haddad aprenda a morder também, sob o risco de seu candidato ficar exposto ao público como figurante sem expressão.
Além do mais, as pesquisas do Datafolha vêm registrando a queda da influência de Lula como cabo eleitoral na disputa paulistana, embora ele continue sendo o mais influente deles, mais ainda que a própria presidente Dilma, que tem 28% de influência na escolha do candidato, ou que o governador Geraldo Alckmin, que influencia 29% dos eleitores.
O índice de influência de Lula no eleitorado é de 38%, mas o problema para o PT é que em janeiro eram 49% os que diziam que o apoio de Lula os faria votar em determinado candidato.
Se juntarmos a redução da influência de Lula no eleitorado com a incapacidade demonstrada até agora por Fernando Haddad de ser um candidato minimamente competitivo, teremos uma eleição que sugere ser muito mais difícil para o PT do que parecia meses atrás.
Serra já disse que os fatos mostram que Lula não é infalível, pelo menos nas eleições paulistas. Mas Lula é Lula, advertem sempre os petistas, agarrando-se ao mito na esperança da vitória. Lula faz bem em querer trazer para si a disputa contra Serra, nacionalizando a eleição paulistana. Caberá a Serra escapar dessa armadilha, convencendo o eleitorado que está pensando apenas em São Paulo, e não no Brasil.
N.L.: o estilo tosco e os erros gramaticais são do jornalista venal e imortal. Perdoem-me a extensão da postagem.