Recebi da Câmara Municipal de Mangaratiba o convite para a diplomação e posse do prefeito Capixaba que ocorrerá no próximo dia 1º de março.
Agora, é oficial: teremos um prefeito de fato e de direito a partir de terça-feira.
Porém, apenas um dia antes de deixar o governo, isto é, na segunda-feira, o atual prefeito vai inaugurar uma creche em Itacuruçá com o nome de Aarão de Moura Brito Filho.
O quê que é isso? É provocação? Ou será uma afronta àquele que assume no dia seguinte?
Tudo bem, não se trata do nome do prefeito cassado, mas sim de seu pai que, talvez, tenha feito por merecer essa homenagem. Não sei, perdoem a minha ignorância.
Mas, com certeza, as crianças e a grande maioria dos cidadãos identificarão o nome como uma homenagem ao ex-prefeito. Quem sabe, alguns poucos, como eu, notem que o nome do ex-prefeito tem o Neto e não o Filho.
A creche de Muriqui também será inaugurada com o nome de Frei Afonso Jorge Braga. Para mim, um ilustre desconhecido que já é nome de rua e, também, de avenida em Mangaratiba, além de escola na rua Santana, em Muriqui. Terá ele tido tantos méritos para ser digno de tantas homenagens?
Enquanto isso, Luiz Gonzaga – que tanto promoveu a cidade em todo o mundo – continua sem uma merecida homenagem.
Em compensação, a prefeitura desistiu da consulta popular sobre a estátua do Stallone e transferiu os 65 mil reais doados pelo "Rambo" para o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA).
sábado, 26 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
A VISITA DA VELHA SENHORA
Escrita por Friedrich Dürrenmatt, essa peça teatral – um libelo contundente sobre a hipocrisia e a falência dos valores humanos - já foi encenada em todo o mundo.
É a estória de Clara Zahanassían, a senhora que volta a sua cidade natal com sede de vingança e justiça contra aquele a quem se entregou por amor e que não cumpriu sua promessa de casamento. Grávida, Clara foi desprezada pela família e, menosprezada por todos, foi expulsa da cidade.
Clara volta à cidade com poder e muito dinheiro para expor a mesquinhez do caráter humano.
A peça virou filme com Ingrid Bergman e foi encenada no Brasil com Tônia Carrero no papel principal.
Jorge Amado se inspirou na peça para escrever Tieta do Agreste, abordando o caráter humano e sua falta de integridade moral com personagens cômicos, trágicos e absurdos ambientados no nordeste brasileiro. Na TV Globo, virou telenovela da qual faz parte o diálogo reproduzido a seguir entre Tieta e sua irmã Perpétua. Outra telenovela da Globo inspirada na peça foi Fera Radical, escrita por Walter Negrão.
Lembrei da peça quando vi Dilma Rousseff discursando e aplaudida de pé no evento comemorativo dos 90 anos da Folha de São Paulo.
A mesma Folha que tanto a combateu e publicou uma ficha falsa dela na primeira página do jornal rendeu-lhe homenagem, recebendo-a como uma rainha.
Os hipócritas jornalistas que tanto a ofenderam e menosprezaram, qualificando-a como um “poste” e terrorista assassina, aplaudiram-na com entusiasmo. Tietaram-na. Nada a ver com a Tieta, mas sim com tiete.
Os blogs e sites de esquerda que eu sempre leio, porém, indignaram-se. Viram o ato de forma diferente. Afirmaram que a presidenta rendeu-se a um jornal criminoso, prestando homenagem à Folha de São Paulo com a sua presença. “Esta mesma Folha que, ainda na campanha de 2010, escalou um colunista para, imbuído de sutileza cavalar, chamá-la, e à atual senadora Marta Suplicy, de vadia e vagabunda” – disse um blogueiro.
Eu apenas vi a visita da velha senhora aos seus algozes. E que em seu discurso fez questão de lembrar que estava ali como presidenta da república, reafirmando o que sempre disse: “...todos nós devemos preferir um milhão de vezes os sons das vozes críticas de uma imprensa livre ao silêncio das ditaduras".
E quero vê-la no dia 7 de setembro sendo reverenciada com continência pelas tropas militares. Entre elas, espero que esteja pelo menos um daqueles que a torturaram.
Ou será que a Dilma Rousseff não deve comparecer ao desfile do Dia da Independência?
É a estória de Clara Zahanassían, a senhora que volta a sua cidade natal com sede de vingança e justiça contra aquele a quem se entregou por amor e que não cumpriu sua promessa de casamento. Grávida, Clara foi desprezada pela família e, menosprezada por todos, foi expulsa da cidade.
Clara volta à cidade com poder e muito dinheiro para expor a mesquinhez do caráter humano.
A peça virou filme com Ingrid Bergman e foi encenada no Brasil com Tônia Carrero no papel principal.
Jorge Amado se inspirou na peça para escrever Tieta do Agreste, abordando o caráter humano e sua falta de integridade moral com personagens cômicos, trágicos e absurdos ambientados no nordeste brasileiro. Na TV Globo, virou telenovela da qual faz parte o diálogo reproduzido a seguir entre Tieta e sua irmã Perpétua. Outra telenovela da Globo inspirada na peça foi Fera Radical, escrita por Walter Negrão.
Lembrei da peça quando vi Dilma Rousseff discursando e aplaudida de pé no evento comemorativo dos 90 anos da Folha de São Paulo.
A mesma Folha que tanto a combateu e publicou uma ficha falsa dela na primeira página do jornal rendeu-lhe homenagem, recebendo-a como uma rainha.
Os hipócritas jornalistas que tanto a ofenderam e menosprezaram, qualificando-a como um “poste” e terrorista assassina, aplaudiram-na com entusiasmo. Tietaram-na. Nada a ver com a Tieta, mas sim com tiete.
Os blogs e sites de esquerda que eu sempre leio, porém, indignaram-se. Viram o ato de forma diferente. Afirmaram que a presidenta rendeu-se a um jornal criminoso, prestando homenagem à Folha de São Paulo com a sua presença. “Esta mesma Folha que, ainda na campanha de 2010, escalou um colunista para, imbuído de sutileza cavalar, chamá-la, e à atual senadora Marta Suplicy, de vadia e vagabunda” – disse um blogueiro.
Eu apenas vi a visita da velha senhora aos seus algozes. E que em seu discurso fez questão de lembrar que estava ali como presidenta da república, reafirmando o que sempre disse: “...todos nós devemos preferir um milhão de vezes os sons das vozes críticas de uma imprensa livre ao silêncio das ditaduras".
E quero vê-la no dia 7 de setembro sendo reverenciada com continência pelas tropas militares. Entre elas, espero que esteja pelo menos um daqueles que a torturaram.
Ou será que a Dilma Rousseff não deve comparecer ao desfile do Dia da Independência?
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
PLÁGIO
Pra te falar como eu te amo,
Teria que plagiar Caetano:
“Você é meu caminho, meu vinho, meu vício...”
E desde o início, pra te dizer do meu afeto
Eu deveria ter o dom de um poeta de Drummond:
“Eu te amo porque não amo bastante
Nem demais a mim...”
Eu poderia recitar Cartola:
“Devias vir para ver os meus olhos tristonhos
E quem sabe sonhavas meus sonhos...”
Mas, não cursei essa escola
E sigo tirando cola de outros compositores.
Vou colhendo flores no jardim do Chico e do Jobim:
“Te quero coberta de amor
Ou por mero favor, seja lá como for...”
Mas, se à minha jovem musa
Só seduz a poesia jovem de Cazuza:
“Você faz parte do meu show, meu amor...”
Quisera falar por mim,
Mas, se me foge a rima
Nem consigo entrar no clima,
O poema não se faz popular...
Meu São Vinicius que me cure
Pra sempre e enquanto dure o amor:
“Eu sei que vou te amar,
Por toda a minha vida eu vou te amar.
Desesperadamente..."
Teria que plagiar Caetano:
“Você é meu caminho, meu vinho, meu vício...”
E desde o início, pra te dizer do meu afeto
Eu deveria ter o dom de um poeta de Drummond:
“Eu te amo porque não amo bastante
Nem demais a mim...”
Eu poderia recitar Cartola:
“Devias vir para ver os meus olhos tristonhos
E quem sabe sonhavas meus sonhos...”
Mas, não cursei essa escola
E sigo tirando cola de outros compositores.
Vou colhendo flores no jardim do Chico e do Jobim:
“Te quero coberta de amor
Ou por mero favor, seja lá como for...”
Mas, se à minha jovem musa
Só seduz a poesia jovem de Cazuza:
“Você faz parte do meu show, meu amor...”
Quisera falar por mim,
Mas, se me foge a rima
Nem consigo entrar no clima,
O poema não se faz popular...
Meu São Vinicius que me cure
Pra sempre e enquanto dure o amor:
“Eu sei que vou te amar,
Por toda a minha vida eu vou te amar.
Desesperadamente..."
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
PUBLICIDADE OU JORNALISMO?
O publicitário é oito e é oitenta também. É um workaholic, mas o que gosta mesmo é de ficar à toa. E mesmo à toa, está sempre buscando ideias para desenvolver um trabalho.
Ele é perfeccionista, não admite erros nem mediocridade. Adora elogios, mas aceita a crítica com a maior dignidade. Deseja mesmo a crítica porque é o maior crítico de si mesmo.
Quando acerta, sente-se realizado por alguns instantes e parte para outros desafios. Sabe que tem de matar um leão por dia e não consegue viver sem problemas para enfrentar. Se não existem problemas, ele os inventa.
Tem que saber de tudo um pouco. E tudo de pouco. Escrever, por exemplo, tem que saber tudo. Está bem, não vamos exagerar, quase tudo.
E tem que gostar de escrever. E saber que escrever é um gostoso e penoso sacrifício.
Como dizia um professor que tive na faculdade de comunicação, “Quem tem apreço pela escrita sofre muito. A busca pela palavra exata e musical é um parto. Doi muito.”
Só mesmo um demente escreve por prazer. Aquele meu professor também dizia que escrever não lhe dava prazer algum, ter escrito sim.
O jornalista e o publicitário começam na mesma turma da faculdade. Depois, aí pelo quarto ou quinto período, separam-se, mas acabam se encontrando e tentando fazer um o trabalho do outro. Ambos sobrevivem à custa da criatividade e da palavra, porém, o publicitário cria, não inventa, e o que escreve é definitivo, ninguém mexe, somente ele mesmo. E tem que dizer a verdade - mas, nem toda ela - de forma sempre muito bem dita.
Já o jornalista não tem maiores preocupações: seu texto passará pelo redator, editor e revisor. Também não tem qualquer compromisso com a verdade. O mais importante para ele não é o fato em si, mas sim a versão que ele dá ao fato. Ele não cria, ele inventa. Aí reside a grande diferença entre as profissões.
Quem está em dúvida sobre qual carreira seguir deve saber que ambas sofrem com a maldição de Sísifo, aquele que desafiou os deuses e, capturado, sofreu uma punição: empurrar uma grande pedra até o alto da montanha. E, quando chegava ao topo, vê-la rolar montanha abaixo, tendo que começar tudo de novo no dia seguinte.
E saiba, também, que ambos terão muitas contas a ajustar no dia do juízo final pelos inúmeros pecados cometidos em sua profissão.
Ele é perfeccionista, não admite erros nem mediocridade. Adora elogios, mas aceita a crítica com a maior dignidade. Deseja mesmo a crítica porque é o maior crítico de si mesmo.
Quando acerta, sente-se realizado por alguns instantes e parte para outros desafios. Sabe que tem de matar um leão por dia e não consegue viver sem problemas para enfrentar. Se não existem problemas, ele os inventa.
Tem que saber de tudo um pouco. E tudo de pouco. Escrever, por exemplo, tem que saber tudo. Está bem, não vamos exagerar, quase tudo.
E tem que gostar de escrever. E saber que escrever é um gostoso e penoso sacrifício.
Como dizia um professor que tive na faculdade de comunicação, “Quem tem apreço pela escrita sofre muito. A busca pela palavra exata e musical é um parto. Doi muito.”
Só mesmo um demente escreve por prazer. Aquele meu professor também dizia que escrever não lhe dava prazer algum, ter escrito sim.
O jornalista e o publicitário começam na mesma turma da faculdade. Depois, aí pelo quarto ou quinto período, separam-se, mas acabam se encontrando e tentando fazer um o trabalho do outro. Ambos sobrevivem à custa da criatividade e da palavra, porém, o publicitário cria, não inventa, e o que escreve é definitivo, ninguém mexe, somente ele mesmo. E tem que dizer a verdade - mas, nem toda ela - de forma sempre muito bem dita.
Já o jornalista não tem maiores preocupações: seu texto passará pelo redator, editor e revisor. Também não tem qualquer compromisso com a verdade. O mais importante para ele não é o fato em si, mas sim a versão que ele dá ao fato. Ele não cria, ele inventa. Aí reside a grande diferença entre as profissões.
Quem está em dúvida sobre qual carreira seguir deve saber que ambas sofrem com a maldição de Sísifo, aquele que desafiou os deuses e, capturado, sofreu uma punição: empurrar uma grande pedra até o alto da montanha. E, quando chegava ao topo, vê-la rolar montanha abaixo, tendo que começar tudo de novo no dia seguinte.
E saiba, também, que ambos terão muitas contas a ajustar no dia do juízo final pelos inúmeros pecados cometidos em sua profissão.
domingo, 20 de fevereiro de 2011
NOVAS PÉROLAS DO ENEM
Reproduzo a seguir contribuição de Roberto Freire publicada hoje no Blog da Dad, minha professora virtual de gramática. Pelo jeito, estas novas pérolas vieram do estado do Espírito Santo.
“Todos os anos a história se repete. Vencidas as confusões do Enem, aparecem listas de pérolas. São palavras, frases ou expressões que demonstram a pouca familiaridade da moçada com a lógica e a língua escrita. Serão verdadeiras? Às vezes, a dúvida bate. Mas, pelo sim, pelo não, eis a relação mais recente. A gente ri, mas deveria chorar.
“Todos os anos a história se repete. Vencidas as confusões do Enem, aparecem listas de pérolas. São palavras, frases ou expressões que demonstram a pouca familiaridade da moçada com a lógica e a língua escrita. Serão verdadeiras? Às vezes, a dúvida bate. Mas, pelo sim, pelo não, eis a relação mais recente. A gente ri, mas deveria chorar.
“O Brasil não teve mulheres presidentes, mas várias primeiras-damas foram do sexo feminino.”
(denúncia gravíssima: isso significa que vários ex-presidentes se casaram com travestis)
“O número de famigerados do MST almenta a cada ano seletivo.”
(e a burrice não “diminói”!!!)
“Os anaufabetos nunca tiveram chance de voltar outra vez para a escola.”
(nem de ir… Affff!!!)
“Vasilhas de luz refratória podem ser levadas ao forno de microondas sem queimar..”
(alguém poderia traduzir???)
“O bem star dos abtantes da nossa cidade muito endepende do governo federal capixaba.”
“O bem star dos abtantes da nossa cidade muito endepende do governo federal capixaba.”
(vende-se uma máquina de escrever faltando algumas letras!!!)
“Animais vegetarianos comem animais não-vegetarianos..”
(algumas antas comem mulheres carnívoras, né?!)
“Não cei se o presidente está melhorando as insdiferenças sociais ou promovendo o sarneamento dos pobres. Me pré-ocupa o avanço regresssivo da violência urbana”
(“sarneamento” deve ser a aplicação das teorias do Zé Sarney… eu “axo”… mas não me “pré-ocupo” muito…)
“Fidel Castro liderou a revolução industrial de 1917, que criou o comunismo na Russia.”
(bom… deve ter sido o avô dele…)
“O Convento da Penha foi construído no céculo 16 mas só no céculo 17 foi levado definitivamente para o alto do morro.”
(deve ter demorado o “céculo” inteiro pra fazer a mudança…)
“A História se divide em 4: Antiga, Média, Momentânea e Futura, a mais estudada hoje.”
(esqueceu da História em Quadrinhos)
“Os índios sacrificavam os filhos que nasciam mortos matando todos assim que nasciam.”
(pena que a mãe dessa anta não era índia…)
“Bigamia era uma espécie de carroça dos gladiadores, puchada por dois cavalos.”
(ou era uma “biga” macho que tinha duas “bigas” fêmeas, puxada por uma anta???)
“No começo Vila Velha era muito atrazada mas com o tempo foi se sifilizando.”
(deve ter sido no tempo que chegaram as primeiras prostitutas lá…)
“Os pagãos não gostavam quando Deus pregava suas dotrinas e tiveram a idéia de eliminá-lo da face do céu.”
(Como será que eles tencionavam fazer isto???)
“A capital da Argentina é Buenos Dias..”
(e de noite, muda o nome pra Buenas Noches…)
“A prinssipal função da raiz é se enterrar no chão.”
(e a “prinssipal” função do gozador é morrer de rir com uma dessas…)
“A Previdência Social assegura o direito a enfermidade coletiva. ”
(Quando há uma epidemia, não deixa de ser verdade…)
“Respiração anaeróbica é a respiração sem ar, que não deve passar de 3 minutos.”
(senão a anta morre…)
“Ateísmo é uma religião anônima praticada escondido. Na época de Nero, os romanos ateus reuniam-se para rezar nas catatumbas cristãs.”
(“catatumbas”… hein?!)
“Os egipícios dezenvolveram a arte das múmias para os mortos poderem viver mais.”
(o cérebro dessa anta não se “dezenvolveu”!!!)
“O nervo ótico transmite idéias luminosas para o cérebro.”
(essa anta não deve ter o tal nervo senão seu cérebro não seria tão obscuro…)
“A Geografia Humana estuda o homem em que vivemos.”
(esse deve ser gay…)
“O nordeste é pouco aguado pela chuva das inundações frequentes”
(é verdade, de São Paulo até o Nordeste, falta construir aquadutos para levar as inundações…)
“Os Estados Unidos tem mais de 100.000 Km de estradas de ferro asfaltadas.”
(NÃO… Eu não lí isso…)
“As estrelas servem para esclarecer a noite e não existem estrelas de dia porque o calor do sol queimaria elas.”
(a noite deve ter ficado muito esclarecida com essa idéia luminosa…)
“Republica do Minicana e Aiti são países da ilha América Central.”
(procura-se urgente um Atlas Geográfico que venha com um Aurélio junto…)
“A ciência progrediu tanto que inventou ciclones como a ovelha Dolly.”
(e deve ter inventado também a Operação Furacão, que colocou alguns juízes no olho do clone…)
“O Papa veio instalar o Vaticano em Vitória mas a Marinha não deixou para construir a Capitania dos Portos no mesmo lugar.”
(tadinho do Papa…)
“A devassa da Inconfidência Mineira foi Marília de Dirceu, a amante de Tiradentes.”
(rsrsrs… Misturou tudo…)
“Hormônios são células sexuais dos homens masculinos.”
(Isso!!! E nos homens femininos, essa célula chama-se frescuromônios…)
“Os primeiros emegrantes no ES construiram suas casas de talba.”
(ao mesmo tempo em que praticavam tiro ao Álvaro…)
“Onde nasce o sol é o nacente , onde desce é o decente.”
(e a anta que escreveu isto é indecente!!!)
“A terra é um dos planetas mais conhecidos e habitados no mundo. Os outros planetas menos demográficos são: Mercurio, Venus, Marte, Lua e outros 4 que eu sabia mas como esqueci agora e está na hora de entregar a prova, a senhora não vai esperar eu lembrar, vai? Mas tomara que não baixe minha nota
por causa disso porque esquecer a memória em casa todo mundo esquece um dia, não esquece?”
(e eu quase chorei…)”
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
O TARADO
Anselmo tinha um ótimo emprego, era bonito, alto, esbelto e elegante. Na multinacional em que trabalhava, vivia na companhia de mulheres lindas que o tratavam como a um futuro marido. O setor de recursos humanos sabia escolher suas funcionárias. Não bastavam ser apenas competentes, tinham que ser bonitas.
Anselmo, porém, jamais se interessou por nenhuma delas. Correu o boato de que Anselmo era gay. Quem espalhou foi a Ivone quando cansou de dar em cima do rapaz.
Leonardo, o amigo mais chegado veio lhe contar: “Você precisa sair com uma delas pra acabar com esses comentários”.
- “Não me sinto atraído por elas”, respondeu tranquilamente.
- “E precisa disso para transar com uma mulher bonita?”, insistiu Leonardo.
- “Preciso, sim. E daí?”
- “Pô! Cara... Qualé a tua? Tu és mesmo gay?”
Anselmo viu que não podia escapar da confissão de sua tara ou a acusação de homossexualismo seria espalhada e poderia prejudicá-lo junto à diretoria. Resolveu abrir o jogo com o amigo.
- “É que eu tenho uma tara por mulher feia e aqui na empresa até a faxineira terceirizada é linda”.
- “Essa não! Jura?” – Leonardo duvidou – “Quero ver você provar”.
- “Provo. Me apresenta a uma mulher feia que eu vou me esbaldar”.
O papo parou por aí, mas na sexta-feira Leonardo voltou ao assunto.
- “Topas passar o fim de semana na praia?”
- “Qual praia? Na zona sul, eu não vou. Só tem mulher bonita”.
- “Deixa comigo, deixa comigo”.
Curioso, Anselmo topou a parada. Sábado, bem cedinho, os dois partiram. Na avenida Brasil, Anselmo perguntou: “Opa! Vamos ao piscinão de Ramos?”
- “Fica na tua, vamos bem mais longe”. Pegaram a Rio-Santos e só entraram à esquerda, depois do túnel, quando surgiu aquele grotesco monstrengo dando boas vindas a Muriqui.
- “Tenho um apartamento aqui na beira da praia” – disse Leonardo – “e tenho certeza que você vai gostar muito”.
Deixaram o carro na garagem e saíram logo para a praia. Caminhando pelo calçadão, Anselmo exclamou extasiado: “O quê que é isso, mermão? É normal ou está havendo um congresso de mocreias e jaburus por aqui?”
- "É assim mesmo todo final de semana" – esclareceu Leonardo.
Anselmo pôde, então, provar sua masculinidade lambusando-se de mulher feia.
Anselmo, porém, jamais se interessou por nenhuma delas. Correu o boato de que Anselmo era gay. Quem espalhou foi a Ivone quando cansou de dar em cima do rapaz.
Leonardo, o amigo mais chegado veio lhe contar: “Você precisa sair com uma delas pra acabar com esses comentários”.
- “Não me sinto atraído por elas”, respondeu tranquilamente.
- “E precisa disso para transar com uma mulher bonita?”, insistiu Leonardo.
- “Preciso, sim. E daí?”
- “Pô! Cara... Qualé a tua? Tu és mesmo gay?”
Anselmo viu que não podia escapar da confissão de sua tara ou a acusação de homossexualismo seria espalhada e poderia prejudicá-lo junto à diretoria. Resolveu abrir o jogo com o amigo.
- “É que eu tenho uma tara por mulher feia e aqui na empresa até a faxineira terceirizada é linda”.
- “Essa não! Jura?” – Leonardo duvidou – “Quero ver você provar”.
- “Provo. Me apresenta a uma mulher feia que eu vou me esbaldar”.
O papo parou por aí, mas na sexta-feira Leonardo voltou ao assunto.
- “Topas passar o fim de semana na praia?”
- “Qual praia? Na zona sul, eu não vou. Só tem mulher bonita”.
- “Deixa comigo, deixa comigo”.
Curioso, Anselmo topou a parada. Sábado, bem cedinho, os dois partiram. Na avenida Brasil, Anselmo perguntou: “Opa! Vamos ao piscinão de Ramos?”
- “Fica na tua, vamos bem mais longe”. Pegaram a Rio-Santos e só entraram à esquerda, depois do túnel, quando surgiu aquele grotesco monstrengo dando boas vindas a Muriqui.
- “Tenho um apartamento aqui na beira da praia” – disse Leonardo – “e tenho certeza que você vai gostar muito”.
Deixaram o carro na garagem e saíram logo para a praia. Caminhando pelo calçadão, Anselmo exclamou extasiado: “O quê que é isso, mermão? É normal ou está havendo um congresso de mocreias e jaburus por aqui?”
- "É assim mesmo todo final de semana" – esclareceu Leonardo.
Anselmo pôde, então, provar sua masculinidade lambusando-se de mulher feia.
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
IGREJAS PROTESTANTES
A empresa mais fácil de ser estabelecida no país é uma igreja. É um negócio que pode ser constituído com o mínimo esforço e quase sem custo. Além disso, o "break-even" ocorre logo após poucos meses de funcionamento.
Difícil é escolher a denominação diante da excentricidade das dezenas de milhares existentes. Alguns pastores apelam e colocam o próprio nome: “Igreja Evangélica do Pastor Paulo Andrade, O Homem que Vive sem Pecados” ou “Cruzada Evangélica do Pastor Waldevino Coelho, a Sumidade”.
A maioria, porém, se utiliza de uma extravagante criatividade. Vejam só:
- Igreja Evangélica de Abominação à Vida Torta
- Igreja da Água Abençoada
- Igreja Pedra Viva
- Associação Evangélica Fiel Até Debaixo Dágua
- Igreja Evangélica Bola de Neve
- Igreja Evangélica Adão é o Homem
- Igreja Abre-te-Sésamo
- Igreja Quadrangular O Mundo É Redondo
- Igreja Bailarinas da Valsa Divina
- Igreja Pentecostal Marilyn Monroe
- Igreja Evangélica Muçulmana Javé é Pai
Essa aí de cima extrapolou confundindo alhos com bugalhos. Mas, existem denominações ainda mais absurdas como a “Igreja Evangélica Pentecostal Cuspe de Cristo”, localizada em São Paulo/SP. Essa até Deus duvida.
No site nababu encontram-se inúmeras outras denominações além destas existentes no Rio de Janeiro que relaciono a seguir:
- Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Eis-me Aqui (Nova Iguaçu)
- Igreja Evangélica Explosão da Fé (Belford Roxo)
- Igreja Pentecostal do Fogo Azul (Duque de Caxias)
- Igreja Pentecostal o Poder de Deus é Fogo (Rio de Janeiro)
- Igreja Evangélica Pentecostal Labareda de Fogo (Rio de Janeiro)
- Ministério Favos de Mel (Rio de Janeiro)
- Igreja Evangélica Internacional Soldados da Cruz de Cristo (Rio de Janeiro)
- Templo Evangélico da Sétima Trombeta (Rio de Janeiro)
- Igreja Primitiva do Senhor (Campos)
- Igreja Pentecostal Assembléia dos Santos (Rio de Janeiro)
- Igreja a Serpente de Moisés, a que Engoliu as Outras (Rio de Janeiro)
Esta última certamente tem por objetivo acabar com todas as outras e a penúltima parece que louva os santos. Vale citar mais uma: “Igreja Pentecostal Esconderijo do Altíssimo”. Se você não sabia, o esconderijo fica em Anápolis/GO.
E para encerrar: "Assembléia de Deus com Doutrinas e sem Costumes" (Rio de Janeiro). Numa sociedade determinada, costumes são os comportamentos prescritos, do ponto de vista moral. É a atitude ou valor social consagrado pela tradição e que se impõe aos indivíduos do grupo e se transmite através de gerações. Portanto, lá, tudo é permitido.
Difícil é escolher a denominação diante da excentricidade das dezenas de milhares existentes. Alguns pastores apelam e colocam o próprio nome: “Igreja Evangélica do Pastor Paulo Andrade, O Homem que Vive sem Pecados” ou “Cruzada Evangélica do Pastor Waldevino Coelho, a Sumidade”.
A maioria, porém, se utiliza de uma extravagante criatividade. Vejam só:
- Igreja Evangélica de Abominação à Vida Torta
- Igreja da Água Abençoada
- Igreja Pedra Viva
- Associação Evangélica Fiel Até Debaixo Dágua
- Igreja Evangélica Bola de Neve
- Igreja Evangélica Adão é o Homem
- Igreja Abre-te-Sésamo
- Igreja Quadrangular O Mundo É Redondo
- Igreja Bailarinas da Valsa Divina
- Igreja Pentecostal Marilyn Monroe
- Igreja Evangélica Muçulmana Javé é Pai
Essa aí de cima extrapolou confundindo alhos com bugalhos. Mas, existem denominações ainda mais absurdas como a “Igreja Evangélica Pentecostal Cuspe de Cristo”, localizada em São Paulo/SP. Essa até Deus duvida.
No site nababu encontram-se inúmeras outras denominações além destas existentes no Rio de Janeiro que relaciono a seguir:
- Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Eis-me Aqui (Nova Iguaçu)
- Igreja Evangélica Explosão da Fé (Belford Roxo)
- Igreja Pentecostal do Fogo Azul (Duque de Caxias)
- Igreja Pentecostal o Poder de Deus é Fogo (Rio de Janeiro)
- Igreja Evangélica Pentecostal Labareda de Fogo (Rio de Janeiro)
- Ministério Favos de Mel (Rio de Janeiro)
- Igreja Evangélica Internacional Soldados da Cruz de Cristo (Rio de Janeiro)
- Templo Evangélico da Sétima Trombeta (Rio de Janeiro)
- Igreja Primitiva do Senhor (Campos)
- Igreja Pentecostal Assembléia dos Santos (Rio de Janeiro)
- Igreja a Serpente de Moisés, a que Engoliu as Outras (Rio de Janeiro)
Esta última certamente tem por objetivo acabar com todas as outras e a penúltima parece que louva os santos. Vale citar mais uma: “Igreja Pentecostal Esconderijo do Altíssimo”. Se você não sabia, o esconderijo fica em Anápolis/GO.
E para encerrar: "Assembléia de Deus com Doutrinas e sem Costumes" (Rio de Janeiro). Numa sociedade determinada, costumes são os comportamentos prescritos, do ponto de vista moral. É a atitude ou valor social consagrado pela tradição e que se impõe aos indivíduos do grupo e se transmite através de gerações. Portanto, lá, tudo é permitido.
domingo, 13 de fevereiro de 2011
CAPITÃO D´ARTAGNAN
É o novo comandante do DPO de Muriqui. Assim que soube da orgia com sexo, drogas e funk que ocorria na av. Beira Mar nas madrugadas de finais de semana, em frente ao Lyons, tomou providências. Fez cumprir a Lei.
Prontamente, mandou seus mosqueteiros ocupar a área e acabou com a anarquia no local. A vizinhança pôde dormir tranquila nestes dois últimos finais de semana. Sugiro a todos que liguem para o DPO, elogiem o trabalho policial e agradeçam ao Capitão D´Artagnan pelo retorno às noites de sono tranquilo.
Ele provou como é facil para uma autoridade de fato provar a sua existência, impor a Lei e manter a ordem. Um exemplo para as nossas “otoridades” municipais.
Os vândalos da poluição sonora ainda tentaram se reunir, sábado passado à noite, em outro local. Em frente ao quiosque 13. Eu vi, ninguém me contou, quando a viatura dos mosqueteiros chegou. Fiquei assistindo a ação policial: acabaram com a farra, revistaram os carros e os rebocaram para o DPO.
Alguns ainda dizem que o novo prefeito vai liberar a anarquia perturbadora das madrugadas. Não acredito. Nem adianta, o Capitão D´Artagnan está cumprindo leis federal e estadual que estão acima de qualquer decisão municipal.
Manda ver Comandante. Você tem o apoio do povo ordeiro de Muriqui.
Prontamente, mandou seus mosqueteiros ocupar a área e acabou com a anarquia no local. A vizinhança pôde dormir tranquila nestes dois últimos finais de semana. Sugiro a todos que liguem para o DPO, elogiem o trabalho policial e agradeçam ao Capitão D´Artagnan pelo retorno às noites de sono tranquilo.
Ele provou como é facil para uma autoridade de fato provar a sua existência, impor a Lei e manter a ordem. Um exemplo para as nossas “otoridades” municipais.
Os vândalos da poluição sonora ainda tentaram se reunir, sábado passado à noite, em outro local. Em frente ao quiosque 13. Eu vi, ninguém me contou, quando a viatura dos mosqueteiros chegou. Fiquei assistindo a ação policial: acabaram com a farra, revistaram os carros e os rebocaram para o DPO.
Alguns ainda dizem que o novo prefeito vai liberar a anarquia perturbadora das madrugadas. Não acredito. Nem adianta, o Capitão D´Artagnan está cumprindo leis federal e estadual que estão acima de qualquer decisão municipal.
Manda ver Comandante. Você tem o apoio do povo ordeiro de Muriqui.
sábado, 12 de fevereiro de 2011
PROPOSTA INDECOROSA
Era um bom rapaz, tinha um bom emprego e estava noivo de uma lourinha linda, cinematográfica, típica de filme francês. Um rosto de menina em corpo de mulher que exalava sensualidade e lascívia. Esse quê que fascina os homens.
Filha de família pobre, pai protestante linha-dura que a educou segundo os mais rígidos preceitos morais e religiosos, ela jamais permitiu qualquer liberdade além do beijo na boca. “Somente depois que a gente casar”, dizia ela sempre que o noivo tentava algo mais.
Apaixonadíssimo, Aurélio – o noivo e primeiro namorado de Débora – não suportava mais aquele namoro dentro de casa e controlado pelos pais. Beijo somente quando se despediam no portão às 22 horas. Nunca além disso.
Decidiu marcar logo o casamento. Dentro de três meses se casariam no civil e na igreja que a família frequentava.
Débora, feliz da vida, partiu para a compra do enxoval. Aurélio alugou apartamento no Bairro de Fátima e mobiliou-o com tudo que tinha direito. Endividou-se. Ficou na pior, não lhe sobrava mais nada da poupança e quase nada do salário. Mas, orgulhoso, pôde mostrar aos futuros sogros o que tinha preparado com muito sacrifício e amor para a vida conjugal.
Faltavam apenas quinze dias para o matrimônio quando o pai da noiva, enfim, permitiu, pela primeira vez, que ela fosse ao cinema sozinha com Aurélio.
Débora foi encontrar-se com o noivo em seu local de trabalho. Era o gabinete avançado de um senador fluminense, um coroa riquíssimo proprietário de fazendas e inúmeras cabeças de gado, grande exportador de carne para a China. Aurélio estava nomeado no gabinete em Brasília e prestava serviços no Rio.
Quando a viu, o senador ficou maravilhado pela lourinha. Ensandecido, chamou Aurélio em sua ampla sala e, a sós, entre as bandeiras do Rio de Janeiro e do Brasil, fez a proposta indecorosa.
Qual um calígula caboclo, o senador exigiu transar com Débora na véspera do casamento. Em troca, pagaria todas as dívidas de Aurélio e lhe daria um milhão de reais. Caso contrário, iria demiti-lo do cargo em comissão no Senado.
A proposta era indecorosa mas abalou o caráter de Aurélio. Disse que jamais conseguiria convencer Débora a aceitá-la. “Vocês não vão ao cinema? Leve-a para ver “Proposta Indecente” com Robert Redford e Demi Moore que está passando no Odeon” – sugeriu o descarado político – “veja o que ela acha do filme e tente convencê-la. Será que ela vai recusar um milhão?”
Perturbado, Aurélio pegou a noiva e foram ao cinema.
“O que achou do filme?” - perguntou-lhe no ônibus de volta para casa – “você toparia?”
“Não sei, não sei” - respondeu Débora – “um milhão de dólares só por uma noite. É dinheiro para toda a vida”.
- “E por um milhão de reais?”
- “Por que pergunta?”
Aurélio contou a proposta do pornográfico senador. Débora fez um escândalo no ônibus. Aos berros chamava-o de canalha. "Canalha, canalha". Mandou o motorista parar, saltou e já na rua gritava: “Não caso mais contigo, canalha”.
Uma semana depois, Débora aparece no gabinete do senador imoral. “Aurélio não trabalha mais aqui, foi demitido”, disse-lhe a recepcionista.
- “Quero falar é com o senador”. E foi entrando, invadiu a sala dele e determinada perguntou-lhe: “A proposta ainda está de pé?”
Surpreso, o senador – como todo político espertalhão – usou de um artifício para baixar a proposta. “Não, não está. A proposta foi de um milhão na véspera do casamento” – disse com cinismo – “você não vai mais casar. Agora, eu ofereço apenas quinhentos mil.”
Débora apenas esboçou um sorriso e disse: “Eu topo”.
Filha de família pobre, pai protestante linha-dura que a educou segundo os mais rígidos preceitos morais e religiosos, ela jamais permitiu qualquer liberdade além do beijo na boca. “Somente depois que a gente casar”, dizia ela sempre que o noivo tentava algo mais.
Apaixonadíssimo, Aurélio – o noivo e primeiro namorado de Débora – não suportava mais aquele namoro dentro de casa e controlado pelos pais. Beijo somente quando se despediam no portão às 22 horas. Nunca além disso.
Decidiu marcar logo o casamento. Dentro de três meses se casariam no civil e na igreja que a família frequentava.
Débora, feliz da vida, partiu para a compra do enxoval. Aurélio alugou apartamento no Bairro de Fátima e mobiliou-o com tudo que tinha direito. Endividou-se. Ficou na pior, não lhe sobrava mais nada da poupança e quase nada do salário. Mas, orgulhoso, pôde mostrar aos futuros sogros o que tinha preparado com muito sacrifício e amor para a vida conjugal.
Faltavam apenas quinze dias para o matrimônio quando o pai da noiva, enfim, permitiu, pela primeira vez, que ela fosse ao cinema sozinha com Aurélio.
Débora foi encontrar-se com o noivo em seu local de trabalho. Era o gabinete avançado de um senador fluminense, um coroa riquíssimo proprietário de fazendas e inúmeras cabeças de gado, grande exportador de carne para a China. Aurélio estava nomeado no gabinete em Brasília e prestava serviços no Rio.
Quando a viu, o senador ficou maravilhado pela lourinha. Ensandecido, chamou Aurélio em sua ampla sala e, a sós, entre as bandeiras do Rio de Janeiro e do Brasil, fez a proposta indecorosa.
Qual um calígula caboclo, o senador exigiu transar com Débora na véspera do casamento. Em troca, pagaria todas as dívidas de Aurélio e lhe daria um milhão de reais. Caso contrário, iria demiti-lo do cargo em comissão no Senado.
A proposta era indecorosa mas abalou o caráter de Aurélio. Disse que jamais conseguiria convencer Débora a aceitá-la. “Vocês não vão ao cinema? Leve-a para ver “Proposta Indecente” com Robert Redford e Demi Moore que está passando no Odeon” – sugeriu o descarado político – “veja o que ela acha do filme e tente convencê-la. Será que ela vai recusar um milhão?”
Perturbado, Aurélio pegou a noiva e foram ao cinema.
“O que achou do filme?” - perguntou-lhe no ônibus de volta para casa – “você toparia?”
“Não sei, não sei” - respondeu Débora – “um milhão de dólares só por uma noite. É dinheiro para toda a vida”.
- “E por um milhão de reais?”
- “Por que pergunta?”
Aurélio contou a proposta do pornográfico senador. Débora fez um escândalo no ônibus. Aos berros chamava-o de canalha. "Canalha, canalha". Mandou o motorista parar, saltou e já na rua gritava: “Não caso mais contigo, canalha”.
Uma semana depois, Débora aparece no gabinete do senador imoral. “Aurélio não trabalha mais aqui, foi demitido”, disse-lhe a recepcionista.
- “Quero falar é com o senador”. E foi entrando, invadiu a sala dele e determinada perguntou-lhe: “A proposta ainda está de pé?”
Surpreso, o senador – como todo político espertalhão – usou de um artifício para baixar a proposta. “Não, não está. A proposta foi de um milhão na véspera do casamento” – disse com cinismo – “você não vai mais casar. Agora, eu ofereço apenas quinhentos mil.”
Débora apenas esboçou um sorriso e disse: “Eu topo”.
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
QUEIMADA NO MORRO
Este morro fica no início da praia de Muriqui. Há pouco mais de um mês, era verde como a Marina; agora, está marron como o Gabeira. Veja mais uma parte dele.
Se foi combustão espontânea, não sei. Parece que não. O outro morro, no final da praia, continua verdinho, verdinho.
Tudo indica que vão construir no local. Veja a sua continuação à esquerda, as setas amarelas já mostram algumas construções. Acima delas ainda existe o verde que havia na parte queimada. Clique nas fotos para ampliá-las e ver melhor.
Se foi combustão espontânea, não sei. Parece que não. O outro morro, no final da praia, continua verdinho, verdinho.
Tudo indica que vão construir no local. Veja a sua continuação à esquerda, as setas amarelas já mostram algumas construções. Acima delas ainda existe o verde que havia na parte queimada. Clique nas fotos para ampliá-las e ver melhor.
Tudo começou assim na região serrana do estado. É mais um capítulo na degradação ambiental de Muriqui.
Se vão construir casas no local, tenho uma sugestão de nome para o empreendimento: CONDOMÍNIO NOVA TERESÓPOLIS.
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
SOLIDARIEDADE E INTOLERÂNCIA
Exemplo de respeito e solidariedade nos deram mais uma vez as escolas de samba. As que não sofreram prejuízos pelo incêndio que atingiu a Grande Rio, Portela e União da Ilha, apressaram-se em oferecer-lhes mão-de-obra e material para recuperar os danos sofridos.
Sempre foi assim: as escolas, como seus componentes e torcedores, são adversárias, jamais foram inimigas.
Lembro-me do dia em que faltaram talabartes para a Mocidade desfilar logo após à Unidos da Tijuca. Corremos à praça da Apoteose, a Tijuca terminava o seu desfile e não hesitou em nos ceder os seus. Voltamos correndo para a concentração com duas centenas de talabartes nas costas sob um tremenda vaia das arquibancadas. Mas a Mocidade pôde desfilar com toda a sua bateria.
Outros exemplos de respeito e solidariedade vemos sempre na apuração. Respeito pelos vencedores e solidariedade com os vencidos e com os rebaixados. Alguns reclamam de uma nota ou outra, mas sempre cumprimentam os vencedores com a maior dignidade. Não ocorrem ofensas e acusações, nem qualquer violência nem mesmo entre os torcedores.
Não foi o que vimos em São Paulo após o jogo em que o Palmeiras perdeu para o Corinthians. Lá, o que se viu foi a intolerância fascistóide de vândalos ensandecidos que tentaram invadir um prédio onde, em uma das janelas, havia uma bandeira do Corinthians desfraldada. Arrancaram o portão, danificaram o porteiro eletrônico, arremessaram pedras, ofenderam o zelador e os moradores.
Aqui, em Itacuruçá e Muriqui, alguns intolerantes fizeram quase o mesmo. Em carros de som, ofenderam, debocharam, caçoaram e ameaçaram quem não votou no candidato vitorioso. Claro que essa reação partiu somente de gente estúpida e antidemocrática – certamente habitantes das fossas sépticas do Orkut - que não consegue conviver com o contraditório.
Gente pequena que não consegue ver que o Capixaba não merece isso.
Sempre foi assim: as escolas, como seus componentes e torcedores, são adversárias, jamais foram inimigas.
Lembro-me do dia em que faltaram talabartes para a Mocidade desfilar logo após à Unidos da Tijuca. Corremos à praça da Apoteose, a Tijuca terminava o seu desfile e não hesitou em nos ceder os seus. Voltamos correndo para a concentração com duas centenas de talabartes nas costas sob um tremenda vaia das arquibancadas. Mas a Mocidade pôde desfilar com toda a sua bateria.
Outros exemplos de respeito e solidariedade vemos sempre na apuração. Respeito pelos vencedores e solidariedade com os vencidos e com os rebaixados. Alguns reclamam de uma nota ou outra, mas sempre cumprimentam os vencedores com a maior dignidade. Não ocorrem ofensas e acusações, nem qualquer violência nem mesmo entre os torcedores.
Não foi o que vimos em São Paulo após o jogo em que o Palmeiras perdeu para o Corinthians. Lá, o que se viu foi a intolerância fascistóide de vândalos ensandecidos que tentaram invadir um prédio onde, em uma das janelas, havia uma bandeira do Corinthians desfraldada. Arrancaram o portão, danificaram o porteiro eletrônico, arremessaram pedras, ofenderam o zelador e os moradores.
Aqui, em Itacuruçá e Muriqui, alguns intolerantes fizeram quase o mesmo. Em carros de som, ofenderam, debocharam, caçoaram e ameaçaram quem não votou no candidato vitorioso. Claro que essa reação partiu somente de gente estúpida e antidemocrática – certamente habitantes das fossas sépticas do Orkut - que não consegue conviver com o contraditório.
Gente pequena que não consegue ver que o Capixaba não merece isso.
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
IPTU 2011
Tenho três imóveis em Muriqui. Na verdade, quem os possui é a minha mulher. Imóveis mesmo – não são quitinetes não, viu! – são dois apartamentos na av. Beira Mar e uma casa na rua Rio Grande do Norte.
Sempre paguei o IPTU à vista, em cota única, com desconto. Este ano, ainda não recebi os carnês de pagamento. Diz o jovem secretário de fazenda que, devido ao atraso na confecção e remessa dos carnês, a data para pagamento com desconto de 15% foi prorrogada de 31/1 para 11/2. Muito bonzinho o cara. Ele sugere ainda que o contribuinte imprima o boleto de pagamento pela internet através do site da Prefeitura: “Ao acessar o site da Prefeitura e emitir o boleto o contribuinte não leva cinco minutos para isso. É muito mais prático” – diz o prático secretário.
Acontece que eu não tenho computador nem tenho conexão com a internet. Não sei nada de informática nem sei o que é site. E não tenho impressora.
Hoje é dia 8 de fevereiro e não dá mais tempo para comprar o computador, contratar a Velox e aprender a mexer com os programas para obter o boleto de pagamento.
Não seria muito mais simples o jovem e bondoso secretário enviar-me o carnê como a Prefeitura sempre fez?
Quando a Prefeitura aplicou o golpe do IPTU quadruplicado, em 2009 - leia aqui - mandou uma notificação com nova cobrança para todos. Tenho certeza que alguns incautos caíram no golpe e pagaram a cobrança indevida. E agora, por que não consegue mandar a cobrança regulamentar? É para o contribuinte perder o prazo?
O jovem e bondoso secretário sugere também que o contribuinte vá à sede da Prefeitura pegar o carnê. Recuso-me. O credor tem a obrigação legal de enviar a cobrança para a residência do devedor.
Este ano, não pagarei o IPTU em cota única. Além do mais, estou colocando à venda os três imóveis e vou pagar o IPTU mensalmente.
Se o Capixaba não colocar ordem nesse Distrito, estou pensando seriamente em comprar um barraco no Complexo do Alemão para passar os finais de semana.
Quem se interessar pelos imóveis pode escrever para o meu e-mail.
Sempre paguei o IPTU à vista, em cota única, com desconto. Este ano, ainda não recebi os carnês de pagamento. Diz o jovem secretário de fazenda que, devido ao atraso na confecção e remessa dos carnês, a data para pagamento com desconto de 15% foi prorrogada de 31/1 para 11/2. Muito bonzinho o cara. Ele sugere ainda que o contribuinte imprima o boleto de pagamento pela internet através do site da Prefeitura: “Ao acessar o site da Prefeitura e emitir o boleto o contribuinte não leva cinco minutos para isso. É muito mais prático” – diz o prático secretário.
Acontece que eu não tenho computador nem tenho conexão com a internet. Não sei nada de informática nem sei o que é site. E não tenho impressora.
Hoje é dia 8 de fevereiro e não dá mais tempo para comprar o computador, contratar a Velox e aprender a mexer com os programas para obter o boleto de pagamento.
Não seria muito mais simples o jovem e bondoso secretário enviar-me o carnê como a Prefeitura sempre fez?
Quando a Prefeitura aplicou o golpe do IPTU quadruplicado, em 2009 - leia aqui - mandou uma notificação com nova cobrança para todos. Tenho certeza que alguns incautos caíram no golpe e pagaram a cobrança indevida. E agora, por que não consegue mandar a cobrança regulamentar? É para o contribuinte perder o prazo?
O jovem e bondoso secretário sugere também que o contribuinte vá à sede da Prefeitura pegar o carnê. Recuso-me. O credor tem a obrigação legal de enviar a cobrança para a residência do devedor.
Este ano, não pagarei o IPTU em cota única. Além do mais, estou colocando à venda os três imóveis e vou pagar o IPTU mensalmente.
Se o Capixaba não colocar ordem nesse Distrito, estou pensando seriamente em comprar um barraco no Complexo do Alemão para passar os finais de semana.
Quem se interessar pelos imóveis pode escrever para o meu e-mail.
domingo, 6 de fevereiro de 2011
CAPIXABA É O PREFEITO
"Com 11.250 votos, Evandro Bertino Jorge, o Capixaba, venceu a eleição suplementar de Mangaratiba.Desejo ao Capixaba o maior sucesso em seu mandato.
O novo prefeito do município recebeu o equivalente a 55,76% dos votos válidos e deve ser diplomado em 10 dias, caso sejam aprovadas as contas de campanha.
José Luiz Figueiredo Freijanes, o José Luiz do Posto, ficou em segundo lugar com 6.892 votos (34,16%).
Em terceiro, ficou Ruy Tavares Quintanilha, o Dr. Ruy, com 2.032 votos (10,07%).
Houve uma abstenção de 4.735 eleitores (18,42%), número que o magistrado considerou dentro do esperado.
Mesmo com o clima de tranquilidade, a eleição suplementar em Mangaratiba registrou duas detenções por suposta prática de crime eleitoral.
Encontrado com uma relação de nomes de eleitores, um homem foi detido próximo à Praça Robert Simões, no Centro de Mangaratiba. Também surpreendido com uma lista de nomes, outro homem foi detido na praia do Saco. Ele carregava notas de R$50, que totalizavam a quantia de R$550.
Por determinação do juiz da 54ª ZE, Rafael de Oliveira Fonseca, os suspeitos foram encaminhados ao forum da cidade e serão ouvidos por agentes da Polícia Federal. Nos dois casos, os policiais vão investigar a possível captação ilícita de sufrágio."
JOSÉ LUIZ ou CAPIXABA?
Se o Gilmar "Dantas" não anular a eleição, um dos dois será o nosso futuro prefeito. Tudo é possível, olha o que aconteceu em Valença.
Daqui a pouco, estarei votando em José Luiz, mas vou torcer para que o vencedor faça um ótimo final de governo para o bem de Mangaratiba. E tenha o que mostrar ao eleitor na campanha de 2012 para ter a chance de se reeleger e fazer ainda melhor.
Continuarei por aqui com minha crítica sensata e independente, sem preconceitos e sem radicalizações, como espero ver também no "blog do Ruy".
Sei, porém, que alguém estará torcendo contra quem for eleito porque tem enorme interesse na eleição do ano que vem.
O nome desse alguém? Charlinho.
Para ele, quanto pior melhor.
Daqui a pouco, estarei votando em José Luiz, mas vou torcer para que o vencedor faça um ótimo final de governo para o bem de Mangaratiba. E tenha o que mostrar ao eleitor na campanha de 2012 para ter a chance de se reeleger e fazer ainda melhor.
Continuarei por aqui com minha crítica sensata e independente, sem preconceitos e sem radicalizações, como espero ver também no "blog do Ruy".
Sei, porém, que alguém estará torcendo contra quem for eleito porque tem enorme interesse na eleição do ano que vem.
O nome desse alguém? Charlinho.
Para ele, quanto pior melhor.
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