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terça-feira, 11 de agosto de 2009

GOLPE SUJO NA SAÚDE

O governo não investe na saúde, o povo espera horas na fila por atendimento médico, faltam remédios nos hospitais e postos de saúde. É o que nos impingem goela abaixo, diariamente, os noticiários da mídia manipuladora que se julga detentora da opinião pública.
O governo deveria investir muito mais? Claro que sim. Nosso sistema de saúde tem muitas falhas? Claro, como em todo o mundo. Políticos corruptos lançam mão das verbas em proveito próprio? Sim, em qualquer lugar, e, não somente os políticos, também secretários, chefes de gabinete, compradores, diretores, etc.
Contra isso, nós, pessoas conscientes, temos que lutar, apelar para o Ministério Público, exigir que os vereadores cumpram a sua obrigação de fiscalizar o Poder Executivo.
E temos que cuidar de nossa própria saúde, deixando para os médicos o seu compromisso inalienável de tratar as nossas doenças.
Já emiti aqui a minha opinião sobre a saúde em uma postagem anterior. Mas, agora, surge um fato novo que a mídia não quer mostrar. Pessoas saudáveis fingem variados sintomas diante de médicos incautos nos hospitais públicos e postos de saúde para obter remédios gratuitos ou mesmo uma receita de medicamentos diversos.
Essas pessoas, que fazem questão de dar entrevistas na TV reclamando do mau atendimento, da demora nas filas, consultam-se com diversos especialistas, em um mesmo dia, simulando sintomas variados. O médico ingênuo – geralmente um acadêmico ou residente – prescreve três ou quatro medicamentos que o “paciente” obtém de graça na farmácia do hospital ou posto de saúde.
Quando está em falta, o “paciente” reclama exasperado se está diante de um jornalista qualquer que vai levar a sua insatisfação para a TV, para o rádio ou para o jornal.
O “paciente”, então, vai comprar o medicamento na farmácia popular por um real. E, depois, vende os produtos pela metade do preço de tabela dos laboratórios em bancas de camelô. Ou repassa a receita - por qualquer merreca - para uma farmácia conveniada com o governo para vender remédio a preço de custo. A farmácia, então, recebe pela venda fictícia.
Esse fato está ocorrendo em todo o país. Será que ocorre em Mangaratiba? Ou aqui existe um controle rigoroso das consultas?
Assim, nunca haverá dinheiro que chegue para se investir na saúde.

5 comentários:

leila disse...

Lacerda,
Em nosso país, quando se trata de dinheiro público, teremos sempre esta visão de que este dinheiro não é de ninguém, porém pode ser de quem conseguir burlar todos os mecanimos de controle e expurgar conceitos éticos da sociedade e será também, daqueles que se espelham na impunidade dos governantes para tirar um pedaço deste bolo, chamado verbas públicas.
Enquanto tivermos governantes que acreditam que é seu direito usufruir imoralmente das regalias e do descontrole que seus cargos oferecem, teremos na base da pirâmide social, este tipo de comportamento, que tem como consequência a sua própria humilhação, decadência e aviltamento social.
Eu me pergunto sempre se quem veio primeiro foram os governantes corruptos que massacraram a cidadania e a capacidade da sociedade em discernir o que é legal e ético, ou a sociedade doente que elege seus representantes como seu alterego (ficou feia a palavra....)?
Sem reforma de valores de nossa sociedade, sem interesse concretos em educação, sem leis que penalizem rigorosamente os crimes contra o patrimônio público, sem reforma no judiciário, NUNCA conseguiremos construir um futuro para nossa sociedade.
Penso que nossa reforma interior e social, começa em nossa casa, em nosso bairro, em nosso município, para depois ou paralelamente a isto, vislumbrarmos um país justo que tenha como representantes maiores, pessoas que de fato dignas de serem denominados governantes.

Anônimo disse...

A humilhação é a maior dor que se pode sentir, porque mesmo que não machuque fisicamente ela joga qualquer autoestima na lama. Todos nós, brasileiros honestos, trabalhadores e acima de tudo otimistas, vivemos a dor da humilhação o tempo todo. Estão nos jogando no esgoto como se isso fosse apenas uma brincadeira, e não uma covarde crueldade que, pelo visto, quer é acabar de vez com a população.

Somos humilhados por um salário indecente que nos leva à humilhação de não ter como alimentar nossos filhos. Humilhados também pela ditadura dos planos de saúde que não nos permitem fazer todos os exames que necessitamos, até quando, com sacrifício, pagamos as extorsivas prestações em dia.

Somos humilhados toda vez que necessitamos fazer qualquer tipo de reclamação ou solicitação por telefone, quando geralmente somos atendidos por máquinas que não têm sentimento e não se comovem com nada, ou quando precisamos de um empréstimo bancário e o gerente nos trata como se fossemos um nada.

Somos humilhados nas filas dos hospitais, das repartições públicas e em todas as outras filas que nos deixam de pé e nos fazem esperar por horas, como se esperar fosse a nossa sina e única alternativa. Humilhados toda vez que ligamos o aparelho de televisão e damos de cara com uma violência que parece não ter fim. Humilhados por uma polícia, que deveria nos proteger ao invés de nos assustar.

Somos humilhados pela impunidade que só vale para quem pode comprá-la em um balcão no qual, em matéria de corrupção e desonestidade, ultimamente se vende de tudo. Temos visto que a impunidade é geral e irrestrita e quando se pune alguém, a punição se restringe à demissão do cargo e todos ficam satisfeitos com isso. E o prejuízo e o mau exemplo? Ninguém vai para a cadeia? Não, não vai. Aonde iremos parar e o que diremos aos nossos filhos? Que exemplo estamos dando a esta juventude? São tantos os escândalos que ninguém mais se impressiona com eles, pois viraram rotina do nosso dia-a-dia.

Somos humilhados quando a Justiça resolve brincar de prende-e-solta; quando os Cacciolas e Dantas da vida adquirem o direito de serem presos sem usar algemas (as mesmas algemas que só cabem direitinho nos punhos de qualquer pobre ladrão de batatas, mesmo que seja realmente inocente).

Somos humilhados pelos políticos que nos prometem de tudo e acabam se revelando sem nenhum caráter. Vivemos humilhados todo o tempo como se, desta forma, os que nos humilham pudessem realmente nos derrotar. Todavia, chega de humilhação e de vergonha. Nada nos impedirá de sermos otimistas, esperançosos e de termos a vontade de reagir e mudar.

Não se iludam: a democracia, tão duramente conquistada, está correndo risco. Num dado momento vai haver uma ruptura, uma explosão de indignação permeada por um forte desejo de moralização e mudança. Esta ruptura não virá da direita nem do centro, muito menos da esquerda: virá dos brasileiros vilipendiados, que já começam a sentir vergonha da nacionalidade, apesar de amarem este País, este chão, esta gente. Gente sofrida, enganada e explorada há tanto tempo por políticos corruptos de todos os matizes, insensíveis, que nada veem além do próprio nariz e que só pensam em dinheiro e nas próximas eleições. Políticos que jamais se interessaram na educação do povo, no aprimoramento das leis e na evolução e melhoria dos professores. Jamais se interessaram num povo instruído, capaz e empreendedor porque, se assim fizessem, agiriam contra os seus próprios interesses, já que são os grandes beneficiários desse atual estado das coisas. “Mudar para quê”, dizem eles. “Afinal, o povo só quer pão e circo e não tem memória”. Mas nós dizemos a eles: temos memória sim, e podem ter certeza de que, como diziam os jovens que saíram às ruas há anos, “quem sabe faz na hora, não espera acontecer”.

(continua)ZARALHO

Anônimo disse...

Comece esta mudança hoje, por você mesmo. Leia, se informe, raciocine, estude. Se ligue, participe, aja. Não escolha um político de hoje, pois quase todos são corruptos. Ame mais a honra e o caráter do que o dinheiro. Você é o homem, ou, como se diz atualmente, você é o “cara”. Logo, todos verão que você é diferente e que você não faz do Brasil um meio de ganhar dinheiro, mas sim a sua Pátria.

Não lute apenas para ter, mas para ser. Que a dor dos que sofrem doa também em você e que finalmente você entenda que também é culpado por eles serem assim, não por ação mas por omissão. Vamos fazer, cada um de nós, a nossa parte. Dê o primeiro passo e, então, o velho se tornará novo, o feio se tornará belo, o doente se tornará saudável, o fraco se tornará forte e o ignorante finalmente saberá.

ZARALHO

Carioca disse...

Bonito discurso!

Pena que brasileiro só olha para o seu próprio umbigo, só se cerca dos que podem trazer algum benefício para si mesmo, só pensa em levar vantagem, mesmo que esta vantagem seja apenas uns trocados...

Democracia? Você realmente acredita que vivemos em um estado democrático de direito??? Vamos simplificar, você realmente acredita que vivemos em plena democracia?

Fala sério amigo!!!

Todos falam mal do tempo da ditadura militar, porém, em minha opinião, eramos felizes e não sabiamos, podiamos fazer o que quisessemos desde que não falassemos mal do presidente ou dos militares. Mais isto não servia a "nação", queriamos mais, queriamos liberdade, queriamos democracia, aí eu te pergunto: Quem de fato queria está dita democracia em que vivemos? Esta corja que está no poder a 4 ou 5 gerações??? Só se for, eu não me lembro em nenhum momento de ter sido consultado sobre os meus desejos. Ah! sim, fomos as ruas lutar pelas diretas... e eu digo, tal e qual gado guiado para o corredor do matadouro. Vi milhares de jovens com caras pintadas, no Rio e em São Paulo, gritando slogans, mais no fundo sem saber sequer o que estavam falando e sim comemorando mais um dia sem aulas ou mais um dia em que não precisariam comparecer ao trabalho, mais era por uma causa "nobre"...

Agora, mesmo que em pequenos focos, timidamente alguns começam a sentir na pele o resultado deste desastre chamado "democracia" em que vivemos. O Rio de Janeiro assim como demais estados do sudeste, norte e nordeste estão entregue as traças. Vivemos atrás das grades de nossa casa enquanto os bandidos, seja de colarinho branco ou não, estão soltos pelas ruas.

São Paulo também já está sentindo na pele o estado de violência em que o Brasil se encontra, e alguns poucos começam a se perguntar o que aconteceu com nossa "democracia", em sua maioria, esses mesmos poucos estão despertando este estado de conciência por estar sentindo na própria pele de alguma forma o estado de violência em que vivemos. Só que na próxima eleição, novamente vão pensar em seus próprios umbigos e trocar o voto por uma migalha qualquer. Uma camiseta, uns trocados ou até mesmo uma dentadura é o preço do voto de nosso povo tão politizado.

Seria um sonho alcançarmos o que está destacado na frase abaixo:

"Comece esta mudança hoje, por você mesmo. Leia, se informe, raciocine, estude. Se ligue, participe, aja. Não escolha um político de hoje, pois quase todos são corruptos. Ame mais a honra e o caráter do que o dinheiro. Você é o homem, ou, como se diz atualmente, você é o “cara”. Logo, todos verão que você é diferente e que você não faz do Brasil um meio de ganhar dinheiro, mas sim a sua Pátria."

Concordo em muito do que está escrito em seu discurso, por isto disse: Bonito discurso!

Mas, acredito que este tempo já passou, agora, no ponto que chegamos, só a ruptura mesmo é que talvez de jeito neste país. E isto, não para nós e se bobear nem para nossos filhos, mais quem sabe para nossos netos. Partir para a porrada para que nossos netos tenham pelo menos orgulho de seus avós.

Ou então, aguardar as próximas eleições para jogar na lixeira novamente nossos votos em candidatos como Dilmas, Serras, Aécios, Sarneys, Maias, Gabeiras, Soninhas, Suplicis, Eneas (opa esse já partiu).

É por isto que sempre grito, mesmo que este grito não seja abafado pela certeza da impunidade de quem rege esta nação:

Acorda Brasil!!!

Com muita saudade dos tempos do Ame-o ou deixe-o! Pois cada vez mais me convenço de que mesmo com os erros que os militares cometeram eramos felizes e não sabiamos.
Carioca

LACERDA disse...

Como é possível sentir saudade das trevas de uma ditadura, do medo da deduragem, do buraco negro da
tortura?
Por que os desmemoriados sempre julgan que era melhor no passado?
Por que os pessimistas não veem o que é óbvio?
Nunca, jamais, em tempo algum, o país esteve tão bem interna e externamente.