O funk vicia e imbeciliza a criatura. Que é marginalizada pelo que há de pior na indústria fonográfica. O funk é um lixo nefasto, violento e bandido que cretinizou grande parte da nossa juventude, independente de sua origem social.
O funk é um pitbull sonoro que tem o mau cheiro da tragédia anunciada.
No primeiro dia do ano, Muriqui atingiu o auge da bosta, o apogeu da titica, com o funk retumbando em todos os cantos.
Nos quiosques da praia, em aparelhagens de som instaladas nas calçadas, em lan house/sorveteria que disputava a venda de bebidas com os bares e quiosques, em casas alugadas sem qualquer critério para grupos de 20,30,40 egressos da baixada.
Nos carros com a mala aberta, o som foi ensurdecedor.
Eu vou botar na sua ...dinha,
Eu vou comer o seu ..zinho.
Vem chupar, vem chupar, vem chupar...
Ai! ai, ai...
Muita gente feia, suja e bêbada, aos bandos como animais inferiores, pulava e berrava em frente àquele som obsceno. Como moldura da desordem, a imundície total em toda a Av. Beira Mar.
E como atores coadjuvantes, jovens delinquentes da nossa sociedade montados em motocicletas com a descarga aberta explodindo a todo instante.
Uma visão apocalíptica. O caos.
Não houve qualquer atitude de repressão. A autoridade manteve-se convenientemente bem afastada desse palco de horrores.
À tarde, o mais barulhento de todos os carros - placa de Mesquita - estacionou em frente ao restaurante Maurício´s Bar. Um dos nossos poucos estabelecimentos que tenta elevar o nível de Muriqui, um distrito que tem a pretensão de atrair turistas. Mas, que, sem ordem, sem lei, sem autoridade, atrai o lúmpen. O som atordoante expulsava os fregueses.
O motorista, cheio de pulseiras e cordões dourados, montado no capô do carro, bebendo uisque pelo gargalo da garrafa, incitava o público aos palavrões.
Os proprietários do restaurante apelaram para a Guarda Municipal. Vieram três guardas que foram desacatados, xingados, vaiados e humilhados pelos desordeiros.
Sem poder de polícia, os guardas apelaram para a PMERJ.
Felizmente, vieram policiais decididos que acabaram com a desordem impondo a sua autoridade. Cerca de meia-noite, sem serem chamadas, duas viaturas voltaram ao local. Os PMs passaram a agir contra os motociclistas com descarga aberta e exigiram a presença dos responsáveis para liberá-los.
Essa juventude delinquente e alienada doméstica, mas oriunda de boas famílias, essa ainda tem cura. Basta crescer mentalmente, com a ajuda de pais responsáveis naturalmente. Todos comemos merda em criança e, depois, não suportamos nem o cheiro.
O carnaval vem aí. Vai acontecer a desgraça anunciada ou as autoridades vão atuar na prevenção e repressão com o vigor dos PMs que atenderam ao chamado dos cidadãos de bem?
Aguardemos o carnaval. Praia Grande e São Vicente, em São Paulo, já deram mostras do que pode acontecer amanhã em Muriqui.
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12 comentários:
seu comentario foi brilhante,mais gostaria de dizer que o unico dia em a bagunça parou foi quando o Cabo Carlos impos respeito,mais quando nao for oplantao dele como ficaremos,porque se depender do prefeito estaremos mortos
Não sabia o nome desse digno policial, por isso não o identifiquei. Parabéns, Cabo Carlos. Você merece o meu respeito, o meu agradecimento.
Que seu exemplo seja seguido por todo o destacamento.
Caro Lacerda
Muito acertada sua colocação quanto a desordem em Muriqui, nós pagantes de impostos Municipais e moradores somos achincalhados todos os dias com a falta do poder público, que não intervém nos excessos deixando que o falso turista faça o que bem quer em Muriqui.
Não nós interessa termos um turismo degradante que não deixa receita , que faz das nossas praias e cachoeiras o quintal das casas deles.
A s Leis foram feitas para serem cumpridas.
Para ilustrar ainda mais seu brilhante comentário , acredito que os quiosques também devam passar por uma rigorosa fiscalização no que tange ao código de postura bem como uma visita constante da saúde pública .
Zaralho
Amigo Zaralho, teu pseudônimo me faz lembrar aquela rua do Rio de Janeiro - apelidada de quase, quase - a Bulhões de Carvalho.
Saiba que a única ação pública que funciona, de fato, em nosso Distrito é a limpeza urbana.
No dia seguinte ao caos da passagem de ano, às 7 da manhã do dia 2, Muriqui estava limpa, absolutamente limpa.
Concordo plenamente com suas palavras sobre essa coisa que chamam de FUNK. Até o nome lembra coisa que fede (Funnnnnk). Ontem (23/02) aqui na rua Santana um carro abriu seu porta-mala e arregaçou nossos ouvidos por 6 horas direto de pura bosta jogada ao máximo volume. Palavrões, pornografia, baixaria, créu, funk das piranhas, tudo isso com várias criancinhas dançando, rebolando e agachando até o chão, com o aplauso dos pais ultra-bêbados...fico pensando, meu Deus, para onde vamos?
Fiquei fascinada com a clareza das suas palavras, quem conhece Muriqui imagina a real situação do abandono moral e da desordem pública daquele lugar, onde todos fazem o que querem e bem entenderem sem a menor preocupação de serem punidos.
Feliz colocação ao se referir que a ausência do poder público atrai o lúmpen da sociedade, concordo com você.
Fiquei fascinada com a clareza das suas palavras, quem conhece Muriqui imagina a real situação do abandono moral e da desordem pública daquele lugar, onde todos fazem o que querem e bem entenderem sem a menor preocupação de serem punidos.
Feliz colocação ao se referir que a ausência do poder público atrai o lúmpen da sociedade, concordo com você.
Obrigado Hebert. Obrigado Ivone. Gostaria de ler seus comentários na nova postagem sobre o carvaval de Muriqui.
Não foi o auge da bosta, foi apenas o apogeu da titica.
Sou veranista à quase 30 anos, e vejo com muito pesar Muriqui se degradando, tenho saudades dos velhos tempos, da boa educação, das boas amizades e da alegria que Muriqui proporcionava. A especulação imobiliária, a falta de estrutura, a desordem urbana e a invasão dos funkeiros agridem o bem estar do morador e veranista, sem contar com a desvalorização do seu imóvel. Muriqui infelizmente encontra-se no AUGE DA BOSTA.
Antes ouvia-se o barulho das ondas, hoje a merda do funk.
Antes, o cheiro da mata, hoje o intragável cheiro da maconha.
Antes convivíamos com pessoas educadas, hoje mal educadas e noventa e nove por cento da baixada.
Antes vivíamos no céu, hoje no meio do inferno.
Antes eu tinha segurança, hoje total insegurança.
Antes não se ouvia falar de tanto roubo e assassinato, hoje é comum o assunto.
Motos roubadas circulam livremente, parece o Alemão, só falta gente armada, isso é terra de ninguém,igualzinho alguns lugares da baixada.
Muriqui Lacerda, isso é retrato de uma cidade que não investe em turismo, resultado: O que a cidade virou ? Uma extensão da Baixada Fluminense, gente que não faz a cidade crescer em nada.
Já foi no Restaurante Brojo, em Mangaratiba, sexta e sábado ? Algum " veranista " lá ? Nenhum. Só o povo de Mangaratiba mesmo.
Pois é isso que Mangaratiba virou: um lar de veranistas pé rapados que não tem dinheiro para ir até a esquina e ainda tem a cara de pau de criticar a nossa cidade, dizendo que aqui não tem nada para fazer.
Ter, tem, basta procurar...
Morei em Muriqui por cinco anos (os piores de minha vida)! Me mudei para Teresópolis, graças a Deus!!
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