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quarta-feira, 31 de outubro de 2018

SEGUNDO TURNO 2018

Quem vê o fascista com 55,1% dos votos válidos pensa que a maioria dos eleitores – 147,3 milhões - votaram nele. E ainda afirmam que foi o fim do PT. 
Não!!! Apenas 39,5% votaram nele e mais de 60% (quase 90 milhões) não votaram.
A verdade é que mais de 89 milhões não votaram nele. Votaram no Haddad 47.0 milhões (3l.7%) e 41,6 milhões lavaram as mãos como Pilatos e cuspiram no prato em que comeram. Muitos silenciaram ou votaram nulo. Somados, somos uma imensa maioria que não votou no fascista.
Ainda dá para acreditar na humanidade e que o PT não morreu. 
O PT enfrentou o MPF, o STJ, o STF, a mídia, o PSDB, o PDT, o fascismo, as fakenews, os robôs ingleses e americanos, e ainda elegeu quatro governadores, mais que qualquer outro partido. Com 4 governadores e 5 aliados, PT triunfou em todo o Nordeste pela 1ª vez. 
O PT venceu na maioria dos municípios (em 2.810). E elegeu a maior bancada da Câmara Federal. 
A verdade é que o nazifascista foi eleito presidente da república após campanha 100% alavancada por mentiras, contra o Haddad, Manuela, Lula, membros do partido e o PT, nas redes sociais.
Uma campanha idêntica à que elegeu o Trump. Como os americanos, brasileiros já se arrependem.

2 comentários:

RODRIGO PHANARDZIS ANCORA DA LUZ disse...

A meu ver, o PT não pode deixar de fazer uma auto-crítica e reconhecer que errou como bem ficou exposto no texto de Marcos Lisboa, no qual o autor leva em conta a análise do senador do meu partido, Tasso Jereissati:


"ESNOBARAM O CONVITE AO DIÁLOGO"


Tasso Jereissati fez o gesto que o PT não quis entender


"Tasso Jereissati estendeu a mão. Pouco antes do primeiro turno, fez o que se tornou produto raro no debate público brasileiro: reconheceu erros.

Para quem é do ramo, o gesto deveria ser óbvio. Em tempos de polarização, ele convidou o PT ao diálogo.

Vale lembrar que se tornou governador ao derrotar os velhos coronéis do Ceará e fez uma gestão admirável, iniciando uma sequência de administrações que, décadas depois, conseguiu alguns avanços importantes em um país carente de bons exemplos.

Tasso, de fala mansa e convicções firmes, foi fundamental para a aprovação de muitas reformas no começo do governo Lula. Apesar de estar na oposição, jamais compactuou com a miudeza da política de ocasião que tem como objetivo único derrotar o adversário.

O primeiro Lula reforçou a política de estabilidade econômica e aperfeiçoou a agenda social iniciada por FHC. Ele teve o mérito adicional de, por meio do seu discurso, trazer os grupos mais vulneráveis, incluindo as minorias, para o centro da política pública.

Paulatinamente, porém, o governo deixou de dialogar com a oposição, optando pela aliança com pequenos partidos em troca de cargos. Sabemos das consequências.

Para piorar, a partir de 2008 resgatou o nacional-desenvolvimentismo tentado por Geisel e que nos levou à severa crise dos anos 1980.

O resultado com o PT não foi diferente. Fracassaram quase todos os grandiosos projetos iniciados sob a euforia do pré-sal, ainda na década passada. Apesar disso, lideranças do partido insistem em atribuir a crise recente aos erros cometidos após 2013.

A intervenção do setor de óleo e gás começou com Lula, assim como a expansão do crédito subsidiado e as medidas para estimular setores como a indústria naval. O fracasso imenso custou caro. Não se despreza a incompetência incomparável da gestão Dilma, mas Lula iniciou a agenda equivocada.

Em 2014, o governo abusou da expansão dos gastos públicos em meio a uma campanha eleitoral em que demonizou a oposição e prometeu uma coisa para depois fazer outra. O resultado foi uma ruptura que inviabilizou a reconciliação política e a reconstrução da economia.

Por tudo isso, surpreendeu a generosidade de Tasso ao estender a mão em um país dividido, onde ambos os lados têm medo da alternativa por boas razões.

O PT, porém, optou pela soberba. Arrogou-se senhor da razão em vez de reconhecer seus imensos erros na economia, na falta de condenação da opressão na Venezuela e na opção pela política de balcão.

Tasso fez o gesto que o PT não quis entender. Recusar o seu convite ao diálogo foi mais um exemplo da pequenez que nos trouxe a essa polarização disfuncional e preocupante."


[Marcos Lisboa
Presidente do Insper, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda (2003-2005) e doutor em economia].

LINK do Artigo:

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcos-lisboa/2018/10/esnobaram-o-convite-ao-dialogo.shtml

RODRIGO PHANARDZIS ANCORA DA LUZ disse...

Em tempo! O problema é que as consequências agora serão catastróficas para a política e para a área social. Interessante é que, em 2008, quando os EUA esteve em crise, nós passamos bem pelas dificuldades enfrentadas pelo mundo. Mesmo assim considero que erros já estavam sendo cometidos ali, mas que só tiveram consequências bem depois.