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sexta-feira, 10 de novembro de 2017

MINHA AUTO-ESTIMA

Exacerbada ou não, é uma virtude. É a melhor aliada do sucesso na vida pessoal e/ou profissional. A moderna psicologia não aceita mais a idéia de que alguém possa ter auto-estima em excesso. Seria como ter saúde em excesso.
Quem possui esta qualidade tem amor-próprio, autoconfiança, acredita em si, e dispensa livros de auto-ajuda.
Eu jamais os li porque logo que me conheci me apaixonei por mim mesmo. Foi amor à primeira vista que ainda perdura.
Também me apaixonei por várias mulheres, pois, jamais consegui me relacionar com elas sem me apaixonar profundamente. E apaixonei-me pelos meus ídolos. Hoje, restam-me apenas dois em plena atividade: o Lula e eu.
Fui criticado por ter auto-estima exacerbada. Devo dizer que sim, eu me amo loucamente. Eu sou o meu melhor amigo. E este amor-próprio é o meu sistema imunológico emocional.
Os psicólogos são unânimes em afirmar que a auto-estima é a principal ferramenta com que o ser humano conta para enfrentar os desafios.
"A auto-estima é o conceito mais estudado na psicologia social, e há um bom motivo para isso. Ela é a chave para a convivência harmoniosa no mundo civilizado" – afirmou Peter Burke.
Quem não acredita em si mesmo até acha que não vale a pena dizer o que pensa. Entretanto, desde o início da civilização, o mundo é movido por pessoas que confiam em suas idéias e que se sentem estimuladas a dividi-las com os outros. Diz a psicologia que isso vale tanto para cientistas quanto para poetas, para artistas e para políticos.

Deve valer também para humildes blogueiros como eu.
O filósofo grego Aristóteles já observava que a esperança e o entusiasmo, juntos, formam a centelha da autoconfiança, sem a qual os jovens não teriam futuro.
Hoje se sabe que é possível desenvolver a auto-estima em qualquer idade e mantê-la elevada para sempre. O sucesso dessa empreitada depende não apenas da visão que se tem de si mesmo, mas também da avaliação que se faz da sociedade em que se vive.
Em 2004, três estudos da Universidade de Dakota do Norte, nos Estados Unidos, envolvendo 257 estudantes, constataram que os mais pessimistas e que tinham uma percepção negativa sobre diversas atividades do local em que viviam, eram também os que apresentavam a pior impressão de si mesmos. 

"As pessoas que aprendem a adequar sua maneira de agir aos valores da sociedade em que vivem são as que possuem auto-estima mais elevada" - disse Shinobu Kitayama,
Todos conhecemos, em tese, a definição básica de auto-estima: é a estima que se tem por si mesmo, ou seja, o quanto a pessoa se valoriza. O quanto se quer bem e se aceita.
Aperfeiçoando esta definição, pode-se dizer que a auto-estima é um ato de amor e de confiança consigo mesmo. É preciso entender bem que são as duas coisas juntas: o "amor-próprio" e a "autoconfiança". Faltando um destes ingredientes, não teremos uma auto-estima verdadeira.
Amar a si mesmo sem confiança nos seus atos ou pensamentos não resolve. Confiança em seus projetos ou na sua capacidade de conquista sem o amor-próprio também não traz felicidade.
Uma pesquisa do Stress Management Association(ISMA-BR) constatou que os brasileiros possuem baixa auto-estima em comparação com os americanos e os franceses.
O estudo foi feito com 760 brasileiros entre 23 e 60 anos de Porto Alegre e São Paulo. O mesmo número de pessoas foi entrevistado nos Estados Unidos e na França.
Segundo a pesquisa, 59% dos brasileiros sofrem de baixa auto-estima, contra 22% dos americanos e 27% dos franceses.
A pesquisa constatou que, para a maioria dos brasileiros, considerar-se bem-sucedido é uma atitude arrogante.
"Existe no Brasil uma cultura de condenar quem se vangloria das próprias realizações e de enaltecer a humildade” - afirmou a coordenadora da pesquisa.
A arrogância costuma ser confundida com auto-estima em excesso.
Os complexos de superioridade e a arrogância, porém, pertencem a outra natureza. Uma pessoa com auto-estima elevada acredita que tem o controle da própria vida, sente-se confiante em lidar com os contratempos e almeja alcançar o sucesso na vida pessoal e profissional. 
É a melhor maneira de viver bem. Gente que tem uma boa auto-estima nunca se sente sozinha, pois solidão é a distância que se tem de si próprio.
A moderna psicologia não aceita mais a idéia de que alguém possa ter auto-estima em excesso.
Seria como ter saúde em excesso.


N.L.: lambido de uma reportagem especial publicada em – com licença da má palavra – Veja, em Julho/2007, que a lambeu na fonte do filósofo e psicoterapeuta Chris Almeida (www.maisde50.com.br)

2 comentários:

RODRIGO PHANARDZIS ANCORA DA LUZ disse...

Boa noite, Lacerda.

Muito boa esta postagem do seu blogue pois tratou de um assunto de alta qualidade e utilidade para a nossa sociedade.

De fato, o brasileiro tem uma baixa auto-estima e isso reflete também coletivamente. É algo que prejudica a nossa política e interfere no desenvolvimento nacional.

Por outro lado, rebaixar a auto-estima de um povo tem sido uma técnica usada pelos dominadores, como fizeram os colonizadores no passado e hoje as nações centrais da economia mundial. E isto subliminarmente assistimos nos filmes norte-americanos em relação aos outros povos. E também se observa na questão racial.

Sobre a ligação entre humildade e autoestima, vejo que a maneira como se interpreta o cristianismo influencia nisso. Sem esquecer o que certas "igrejas" fazem com seus membros, nadificando-os e tirando deles a capacidade de definirem o próprio futuro...

Outra reflexão é sobre o estudo feito nos EUA que expôs: quanto maior a adequação do indivíduo à sociedade, maior sua autoestima. E aí devemos lembrar que os indivíduos que muitas vezes não se adequam são também os que às vezes refletem e pensam acerca de assuntos que a maioria nem se interessa. São pessoas que, mesmo não sendo aceitas ou admiradas pela maioria, aprendem coisas que os demais são enxergam. Porém, hoje com os avanços da psicologia, tal percepção pode ajudá-los a protegerem suas emoções.

Por enquanto é só e para terminar faço apenas a observação quanto ao seu ídolo - o Lula. Tudo bem que gosto não se discute, mas admiro ainda gostar do ex-presidente mesmo com tantos processos e delações contra ele. Se bem que o bom período da economia brasileira na década passada e começo desta (não atribuo tanto ao governo) fez bem à autoestima coletiva. Pena que foi mais euforia de momento porque a construção da autoestima pode vir, a meu ver, através de uma sólida base educacional.

Um abraço.

LACERDA disse...

Tantos processos e delações sem qualquer prova. Não é Rodrigo?