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segunda-feira, 22 de agosto de 2016

CATÁSTROFE OLÍMPICA

Assim  o maior jornal americano - The New York Times - previu como seria a Olimpíada Carioca: Brazil’s Olimpic Catastrophe.
E acertaram. Deu tudo errado. Foi confirmada a reportagem americana e o terrorismo da mídia brasileira.
Tudo começou com aquela abertura patética que foi uma vergonhosa demonstração de incompetência e falta de criatividade.
O Rio não suportou receber 11.400 atletas, 25.000 jornalistas e um milhão de turistas. Faltou alimentação e sobraram patologias para afetar a todos. O Aedes aegypti deitou e rolou, espalhando a Zika, a Dengue e a Chikungunya. As poluídas Baía da Guanabara e a Lagoa Rodrigo de Freitas causaram outras epidemias nos atletas que ali competiram.
A bandidagem não deu sossego aos turistas e até os nadadores americanos, atletas de fino trato, foram assaltados e espoliados.
Pior foram os terroristas do EI que invadiram a minha cidade e praticaram atentados à bomba como se estivessem nas cidades européias.
O povo não saiu às ruas. Até o boulevard olímpico foi um fracasso. As arenas vazias, sem platéia. Uma tristeza.
É isso que dá um país tacanho – como disse, num acesso de vira-latismo, um blogueiro de Mangaratiba com desprezo absoluto pelo Brasil – tentar uma tarefa insana que não levou a nada.
A catástrofe olímpica também serviu para demonstrar a ascensão espantosa e fulminante dos midiotas, todos em adiantado estado de decomposição mental. 
Por tudo isto, só quem teve a coragem de botar a cara à tapa foi o Eduardo Paes.
Parabéns, Prefeito.

N.L.: a Olimpíada foi um dos legados de Lula para o Brasil que, após o 22º lugar em Londres, subiu para o 13º lugar. Treze é PT.

terça-feira, 16 de agosto de 2016

OUTRO 16 DE AGOSTO

Amanhã, estarei partindo (perdoem-me o gerúndio) para completar os meus oitenta anos.
Não é mole, não! Oitentinha e ainda inteiro, sem quaisquer mazelas que a grande maioria adquire com o passar do tempo. Sem nada que me aflija. Sem ter que gastar na farmácia (somente com metformina, nada mais). Sempre com algum no bolso e no banco, sedentário e saudável, uma ótima mulher, muito amado e bem feliz como meu pai desejou em seus versos quando nasci. 
Foi no século passado, a última vez que fui ao médico. Ele me diagnosticou diabetes. Condenou-me a viver sem comer açúcar. Claro que não cumpri a recomendação. Como viver sem comer doces e beber caldo de cana?
O médico, bem mais novo que eu, já se foi e eu estou aqui.
Dois filhos formados: um coronel-dentista já reformado aos 55 anos pela Aeronáutica; outro formado em Odontologia e Direito, 43 anos, muito bem empregado no Banco Central. Quatro netos: o mais velho, formado em Direito, já está no Ministério Público; a do meio, formada em Psicologia, vive pela Europa com o marido e há de me dar um bisneto ano que vem; a outra ainda cursa Direito; o mais novinho, apenas quatro anos, ainda não disse a que veio.
Minha maior frustração na vida é jamais ter conseguido permanecer milionário. Sempre que fiquei, o governo cortou três zeros da moeda.
Nunca pensei em tanto viver. E viver tão bem.
Acho que vivo pelas minhas duas irmãs que nasceram antes de mim e viveram apenas três meses. Ou será que vivo pela minha mãe que se foi aos 46 anos? Ou pelo meu pai que não passou dos 62 anos?
Será que Deus está descontando em mim?
Ou será que não me quer junto dele?
Não! O Todo Poderoso se amarra em mim e me deixa por aqui enquanto eu quiser.
De agora em diante, só morro quando tiver vontade. E, depois, ainda terei uma eternidade para viver.
Até lá, me orgulharei sempre de ser um elemento nocivo às finanças da previdência social.
E como bom filho de Iansã, jamais temerei o amanhã. Sempre com a proteção de Xangô.