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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

CAOS AÉREO

Pois, é!
Aqueles 28 milhões que saíram da linha da pobreza e que compraram carros, celulares, eletrodomésticos novos, TVs de 40”, isto é, a nova classe média, prevalecendo-se, agora, do pleno emprego e do crédito farto, se acham também no direito de  viajar de avião.
Vê se pode!
A elite anda revoltada. Viagem aérea que sempre foi coisa antes reservada a milionários, políticos federais e executivos de grandes empresas virou anseio ou costume de qualquer plebeu.
Como diria FHC: assim não dá, assim não dá.
É daí que advém o caos aéreo. As aeronaves, até aquelas grandiosas, não mais suportam tanta gente e foram obrigadas a criar uma nova classe além da primeira, da executiva e da classe turista.
Como se vê na foto abaixo, implantaram um bagageiro sobre o avião e criaram a classe pingente.
Foi a solução encontrada para acomodar a turba que quer viajar neste verão e abarrota o overbooking das empresas aéreas.
A continuar tal estado crítico, prejudicando aquilo que deveria ser prerrogativa apenas dos bem nascidos, não teremos Copa do Mundo no Brasil. É o que afirma a imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta em defesa de seus patrões.
Esse caos aéreo que volta a ocupar a primeira página dos jornais hipócritas não é novidade pra mim que já dormi no chão frio de alguns aeroportos pelo mundo afora com a bagagem de mão como travesseiro.
Dizem ser preciso triplicar a capacidade dos aeroportos, mas o que querem é proibir os outrora carentes que o Lula tirou do limbo de aproximarem-se a menos de 200 metros de qualquer instalação aeronáutica.
Para estes, existe o transporte rodoviário que, a julgar pelo que a imprensa publica, jamais se tornou caótico em nenhum período do ano. Ou, como não é transporte de ricos, a imprensa não lhe dá muito espaço.
Há, porém, uma outra solução: devolver o poder àqueles que mantinham o lumpesinato em seu devido lugar.

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