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quinta-feira, 21 de julho de 2011

CARTAS MAL EDUCADAS

Um agente fidedigno do meu “serviço municipal de informações” relatou-me o seguinte:

“Cheguei à festa da E.M. Adalberto Pereira Pinto, em Itacurubitiba, antes da Secretária de Educação, professora Vânia Nunes. Logo no início da festa, a Mônica (ex-secretária de educação e ex-primeira dama do município) chegou com seu cortejo político, Lúcia do Shay, Patrícia, Rosângela do Sahy e outros.
Lembro que todos foram atuantes na política como cabos eleitorais do Aarão e/ou do Gustavo.
De fato, a diretora da escola - professora Sônia Regina de Oliveira Barbosa - escolheu um lugar de destaque para a Mônica, apresentou-a às pessoas presentes e incentivou as honrarias.
Talvez, elas não esperassem a Vânia, pois esta não havia confirmado presença.
Quando a Vânia chegou, pintou um clima estranho, uma tremenda saia justa. Ela foi, então, acomodada em local nada relevante. A Mônica logo se retirou com seu séquito.
A Vânia ficou ainda algum tempo e depois foi embora.
A diretora esqueceu de contar em sua carta aberta que estavam vendendo bebida alcoólica na festa, fato que desagradou a secretária Vânia.
Esqueceu também de dizer que, fora da escola, quando a Mônica e sua comitiva política se despediam, ela pedia desculpas pelo que havia acontecido, como se a presença da secretária atual é que não fosse apropriada.”
O leitor pode me questionar por que estou me intrometendo neste assunto – demissão de cargo de confiança - que nunca foi da alçada deste famigerado blog.
Acontece que recebi cópia de uma carta aberta assinada pela diretora demitida e outra, sem assinatura, dirigida à população que termina assim: "PREFEITO CAPIXABA, ACORDA! ISTO QUE A SUA SECRETARIA VANIA NUNES ESTA FAZENDO É PERSEGUIÇÃO POLÍTICA! E
ISTO É CRIME!"
Acontece que as duas cartas contêm os mesmos erros gramaticais e parecem ter sido escritas pela mesma pessoa. É isto que me faz escrever sobre o assunto.
Mas, antes de abordar a questão da norma culta, quero ressaltar que cargo de confiança é exatamente o que isto quer dizer. A pessoa assume o cargo porque tem a confiança de quem a nomeia. Quando a confiança é perdida, a pessoa é demitida. Simples assim.
Se fosse perseguição política, a diretora teria sido demitida logo após o prefeito Capixaba assumir o governo ou a professora Vânia assumir a secretaria de educação.
Portanto, não é como diz a carta à população ou como insinua a carta aberta da diretora demitida. Nem é como disse o Adriano em comentário neste blog: “O Capixaba não pode terminar o seu mandato em Mangaratiba. Ele está exonerando funcionários por terem contato com amigos do Aarão. Onde está a democracia?”
Ao Adriano, eu respondi que: “Além de radicalizar, você promove uma fofoca sem qualquer credibilidade. Se fosse verdade, o Capixaba teria que exonerar todos - eu disse todos - os servidores municipais efetivos, nomeados e contratados. Até o meu amigo Humberto ia dançar.”
As cartas circulares fazem suposições excêntricas e parecem ter sido escritas pela mesma pessoa, pois os erros gramaticais se repetem.
Na carta aberta da diretora e na outra para a população, encontro os seguintes erros inadmissíveis para uma professora: uma pontuação horrorosa, ausência de concordância em gênero e número, sujeito separado do predicado por vírgula, ausência de crase onde é obrigatória (parece que a crase não existe para a diretora), porque com acento (porquê) quando não é devido, verbo conjugado quando deveria estar no infinitivo, verbo no singular com sujeito no plural.
Chega ou querem mais? Tudo isto cometido por uma professora e diretora de escola é um absurdo. Sugiro à mestra que leia duas postagens que fiz em junho, uma sobre a crase e outra sobre o porquê dos porquês.
Absurdo também é tentar jogar a população contra o poder constituído. É dizer que a população está indignada com tanta covardia e burrice da secretária Vânia. É abordar particularidades familiares como o namoro da filha com o Pedro.
Pelo que sei, a diretora em questão foi pedir permissão à Mônica para a filha continuar o namoro após o Capixaba se desligar do Aarão. Quando o Pedro soube disso, ele terminou o namoro.
As cartas circulares terminam ainda com outros absurdos: hipóteses extravagantes e sórdidas insinuações que não mais permitem uma conciliação que teria sido um final feliz para um desacordo entre pessoas formadas, educadas e que deveriam ter os mesmos objetivos.
Entretanto, o arrebatado e provinciano apego ao cargo foi capaz de dar uma tremenda rasteira na educação.

4 comentários:

Anônimo disse...

Era uma vez uma diretora de escola que fez um relatório e nele foram encontrados vários erros gramaticais. Ela era professora de português( o que eu não sou mas como a lei, todos são obrigados a conhecer e utilizar corretamente a língua, desde que bem alfabetizados)e, virou secretária de educação. Que tristeza ver uma pessoa USAR de subterfugio para retirar uma outra do cargo. Aliás, Itacurubitiba está em voga, procure saber o que foi feito com a diretora da escola que foi premiada pelo MEC que também estava lá mas que era desafeta de uma das componentes da tropa(vide dicionário) da diretora de ensino.
É preciso sim acompanhar esses ATOS DE GOVERNO QUE NOS FAZEM RETORNAR AOS TEMPOS CHARLINESCOS TÃO CRITICADOS E PROCESSADOS PELA ATUAL SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E SEU LACAIO. Lacerda, se você nunca se meteu nisso, continue sem se meter.

Anônimo disse...

CARAMBA!!!!!!!! NINGUÉM SE CONVENCE QUANDO OS ASSUNTOS PODEM SER DISTORCIDOS.

LACERDA disse...

Ao primeiro anônimo,

Quando você diz - Lacerda, se você nunca se meteu nisso, continue sem se meter - é uma censura ou uma ameaça?
Sinto muito, porém, não consigo me conter diante de agressões à gramática por quem tem o dever de primar pela norma culta.

Anônimo disse...

Deixo registrado o meu agradecimento à Secretária de Educação e ao Excelentíssimo Senhor Prefeito Evandro Capixaba pelo respeito aos alunos da Universidade Estácio que outrora perdiam semanas de aula e que agora poderão frequentar suas aulas normalmente, pois dia 26/7 haverá transporte normalmente para atendê-los. Essa atitude mostra que vieram para mudar e se importam em serem justos.