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domingo, 30 de janeiro de 2011

CAMELÔ

Há quem pense que o camelô é um fenômeno social brasileiro. Não é.
O vendedor ambulante está presente em qualquer cidade do mundo. Naquelas de grande atração turística, o comércio de rua é ainda mais intenso e atuante. Em qualquer esquina de Nova York, nas ruas de China Town ou em Miami, vende-se de tudo: desde caranguejos e miudezas até jóias e artigos eletrônicos.
Não são apenas idosos ou deficientes físicos que têm permissão para explorar o comércio ambulante no país mais rico do mundo. Lá, a atividade é um direito de quem quer trabalhar honestamente, pagar uma taxa à prefeitura e agir de acordo com a determinação das autoridades. Lá, o comércio ambulante representa emprego para o cidadão e receita para os governos municipais. E aqui tem que ser assim também.
Por que o Rio de Janeiro teria que ser diferente?
Era o que eu pensava quando assistia da janela do escritório, na Rua Uruguaiana, a Guarda Municipal do Prefeito César Maia perseguindo e reprimindo, às vezes com violência, essa atividade universal.
Foi quando recebi do meu parceiro Michel uma melodia para colocar a letra. Decidi fazer um desagravo aos camelôs. E ainda incluí um rap com os produtos vendidos pelos ambulantes.
A composição foi gravada primeiro por Kakao, depois por Bruno Maia e, agora, por um grupo jovem que surge no mercado musical carioca: o Raiz da Flor que atualizou o rap com alguns novos produtos vendidos.
Essa nova gravação de Camelô pode ser ouvida a seguir.

Um comentário:

Anônimo disse...

Gostei!

E é isto mesmo. Penso que os administradores de um município, preferem não arrecadar, não gerar atividades econômicas, pois em contrapartida terão que trabalhar para ordem pública com fiscalizações constantes, tanto aos camelôs como aos propineiros públicos.
Trabalhar dá trabalho!