SEXO, DROGAS E... FUNK, EM MURIQUI

Este é um dos maiores agitos festivos de Mangaratiba. Se fosse sexo, drogas e rock´in roll, eu até participaria da festa. Não que eu seja contra o funk, não sou – afinal, funk é cultura, diz a lei – o que eu não suporto são os funkeiros.
Apesar do funk, é um grande evento que acontece todos os finais de semana e véspera de feriado em Muriqui e que merece todo o apoio das autoridades municipais. Ocorre na Av. Beira Mar, nos arredores da sede do Lions.
Neste local, que fica lotado até a madrugada, reunem-se os jovens das melhores famílias residentes e veranistas em Muriqui. Todos sempre com uma garrafinha de Ice nas mãos e com seus carros de mala aberta propagando a pornofonia sonora em altíssimo volume, enriquecendo de cultura e contentamento juvenil a madrugada praiana.
Ali, as drogas são vendidas e consumidas livremente. Os pequenos bares das adjacências vendem três garrafinhas de Ice ou similar por cinco reais. O agito e os bares contam com o beneplácito do juizado de menores que prefere fiscalizar o Iate Clube.
Meninas de 14, 15 anos embriagadas rebolam e se esfregam nos rapazes com sofreguidão. Muitas saem dali, em coma alcoólico, direto para o posto de saúde onde recebem doses cavalares de glicose na veia.
O sexo corre solto nos quiosques fechados e escuros ou na areia da praia. São duas meninas praticando sexo oral com um rapaz ou dois rapazes copulando com uma menina. Não se importam que as vejam pelas janelas dos prédios em frente.
Quem me conta tudo é um morador local que observa o evento de seu apartamento. Contou-me que, há pouco tempo, uma senhora idosa foi implorar que reduzissem o som para que ela pudesse dormir. Foi devidamente ridicularizada, ofendida e ameaçada. Ameaçaram jogar bombas e pedras em seu apartamento caso chamasse a polícia.
Quem transitar de carro pela rua repleta corre o risco de sofrer agressões. Raramente, passa por lá uma viatura da PMERJ. A turma desliga o som e fecha as malas do carro em respeito aos valorosos policiais. Mas, quando eles se distanciam tudo volta ao normal.
A PMERJ bem poderia estacionar no local uma equipe para dar segurança ao evento, proibir o trânsito no local, proteger os participantes contra a vizinhança intolerante e evitar as confusões que ocorrem constantemente com os moradores e entre os próprios participantes.
O nosso novo prefeito – ainda que interino - poderia até incluir essa reunião festiva e divertida de nossos jovens no calendário de eventos do município.
A câmara de vereadores poderia também aprovar uma lei que declarasse a festividade como patrimônio imaterial de Mangaratiba.