Estou me despedindo
após exatos oito anos de blog. Foi o primeiro
blog de Mangaratiba e, agora, parto para não mais voltar.
Cansei, vou morar noutro lugar. Deixo como
herança a postagem que escrevi em setembro de 2013. É a comprovação
de que nada muda em Mangaratiba.
AI DE TI, MANGARATIBA
Confesso que jamais vi o caos tão decantado nas redes sociais, a
não ser aos domingos, no final da tarde, quando volto para Muriqui, ali na
Beira Mar, em frente ao quiosque 14.
Porém, tudo que leio na internet e ouço de
alguns poucos na rua, é que Mangaratiba vai de mal a pior, em seu estertor de
cidade moribunda.
Há até quem diga que o horror se instalou por aqui.
Isto é, rigorosamente, como era antes
quando o prefeito era outro, quando o vice era outro, quando os vereadores eram
outros, quando os secretários, os conselheiros, os comandantes da PM, os
delegados, os juízes eram outros.
Segundo o que leio e ouço, ai de ti
Mangaratiba que vive um caos administrativo insuportável desde a criação da
comunidade do Orkut “Mangaratiba sem
Prefeito” que morreu junto
com os “carbonários”.
De lá pra cá, o IDH de Mangaratiba evoluiu de forma
significativa, acima da média brasileira, saindo da 52º posição para a 9ª no
índice de desenvolvimento humano entre as cidades do Rio de Janeiro.
Alguns finados do Orkut ressuscitaram no
feissibuque e continuam radicalmente contra quem estiver no poder. Seja quem
for. Demonizando-se mutuamente continuam na “luta” com denúncias anônimas de
corrupção sem qualquer prova. Acusações que, de cada dez, onze dão em nada.
Denúncias são denúncias, nada mais que
denúncias. Mas, consideram-nas como verdade, como coisa provada e julgada,
condenando sumariamente os acusados como um gilmar e um joaquim qualquer.
Somente o ódio pode levar alguém em sã consciência a acreditar
em simples denúncias. Ou melhor, também é capaz disso a cretinizante paixão
política.
Suposições excêntricas, hipóteses extravagantes, conjecturas inadmissíveis são apresentadas como fatos e não me impressionam. Recuso-me a dar crédito às previsões tão absurdas das cassandras que profetizam somente desgraças para a cidade.
Suposições excêntricas, hipóteses extravagantes, conjecturas inadmissíveis são apresentadas como fatos e não me impressionam. Recuso-me a dar crédito às previsões tão absurdas das cassandras que profetizam somente desgraças para a cidade.
Reservo-me ao direito inalienável da
crítica sóbria, consciente e responsável sobre a realidade municipal, sobre o
que de fato está ocorrendo na região e sobre as insensatas e exageradas
declarações dos carbonários.
Na saúde, eles veem somente erros médicos cotidianos exterminando a população e até pacientes vivos dados como mortos porque nossos médicos adoram assinar um atestado de óbito.
Na saúde, eles veem somente erros médicos cotidianos exterminando a população e até pacientes vivos dados como mortos porque nossos médicos adoram assinar um atestado de óbito.
Faltam remédios, faltam médicos, os doentios são mal atendidos no
hospital e fica a Prefeitura construindo um novo posto de saúde em Muriqui. Nas
vezes em que precisei – eu não, minha mulher – sempre fomos muito bem atendidos.
Na visão desses críticos, a educação
também é caótica. Dizem que profissionais da educação sofrem todo tipo de
humilhação e que, apesar disto, sujeitam-se ao ultraje de receber “tablets” doados pelo governo municipal.
Criticam
sempre a educação proporcionada pelo governo e jamais tocam, nem de leve, na
educação primordial, aquela que deve ter origem em casa, na família.
Contudo, fiquei sabendo de mais uma
novidade na área: a futura instalação de uma unidade da Fundação de Apoio à
Escola Técnica (Faetec) na cidade.
É verdade que o professor é muito mal remunerado nesta
Mangaratiba caótica que superou,
no último Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), a meta
estipulada pelo Ministério da Educação tanto no primeiro segmento (1º ao 5º
ano) do ensino fundamental quanto no segundo segmento (do 6º ao 9º ano).
Antes disso, jovens
de 11 a 15 anos do Colégio Municipal N. S. das Graças, em Muriqui, se
destacaram na Olimpíada de Matemática do Estado do Rio de Janeiro (Omerj): quatro
conquistaram medalhas e seis receberam menções honrosas da organização do
evento.
No Instituto de Matemática Pura e Aplicada
(Impa) foram conhecidos alunos e escolas vencedores. Ao lado de instituições de
renome como Colégio Militar e Colégio Naval, a surpresa: o Colégio Municipal
Nossa Senhora das Graças ficou em segundo lugar na classificação geral no Nível
1 – Categoria Escola Pública Municipal.
E quanto à Segurança? Não ocorreu nada
do que as cassandras previram e não se toca mais no assunto.
Quanto ao transporte, outro tema
preferido dos carbonários, nada posso falar por absoluto desconhecimento de
causa.
Com relação à torre de retransmissão de
TV, que alguns sempre reclamam porque a Globo ficou fora do ar, creio
ser um grande benefício intelectual ficar sem assisti-la por algum
tempo.
Resta a reclamação de alguns quanto à
limpeza urbana. É algo que não mereceria nem registro aqui, pois, é um serviço
de uma competência extraordinária e jamais vista. Basta ver como está a
Beira Mar na manhã das segundas-feiras, após aquele caos do final de semana, em
todo o entorno do quiosque 14.
Ai de ti, Mangaratiba, quando os
carbonários tiverem razão.