De Muriqui, apenas eu: um antiterrorista convicto e juramentado. De Itacuruçá, ninguém. Talvez, estivessem com medo de sair de casa diante do terrorismo suicida alardeado em nosso Distrito. Acho que estou sendo incoerente demais: como posso querer que anônimos compareçam e mostrem a sua cara.
O último delírio terrorista que chegou ao meu conhecimento foi a notícia de que os “bandidos” desceriam da Cachoeira 2 para fechar o comércio em Muriqui. O falso e aterrorizante devaneio espalhou-se rapidamente. Houve até comerciante que acreditou e logo avisou a outros.
Fico imaginando a quem possa interessar essa tentativa de difusão do pânico que causa grande inquietação em relação a um perigo imaginário e sem fundamento, que escapa a um controle racional.
Ontem, levantei a questão diante das autoridades presentes.
O sub-tenente Ochsendorf, participante ativo no combate à criminalidade em toda a região assistida pelo 33º BPM, com toda a convicção e me olhando nos olhos, fez um relato que pouco difere daquele que fiz na postagem intitulada “Terrorismo Suicida”.
O Bope esteve infiltrado na Cachoeira 2 fazendo o serviço de inteligência, filmando, fotografando, levantando o local, e apresentou o seu relatório ao Comando do 33º BPM que não considerou necessária a incursão daquela força de elite para combater alguns poucos egressos de favelas cariocas refugiados no local. As incursões foram feitas por forças policiais do próprio batalhão com todo o cuidado para evitar o confronto violento que poderia resultar na morte de inocentes.
O sub-tenente afirmou que a PMERJ está no controle e que, ontem mesmo, seis elementos foram presos no local e levados para a 165ª DP. Não falou em confronto violento, o que, para mim, demonstra a baixa periculosidade dos meliantes.
Soube também que, semana passada, quatro meliantes que tentavam fugir de ônibus foram capturados. Outra informação que ouvi foi sobre a prisão de uma vovó do pó que atuava em Mangaratiba.
Até fiquei com pena, coitadinha. A pobre anciã ganhava a vida honestamente e, agora, está na cadeia.