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sexta-feira, 8 de abril de 2016

ADEUS MANGARATIBA

Estou me despedindo após exatos oito anos de blog. Foi o primeiro blog de Mangaratiba e, agora, parto para não mais voltar. Cansei, vou morar noutro lugar. Deixo como herança a postagem que escrevi em setembro de 2013. É a comprovação de que nada muda em Mangaratiba.

AI DE TI, MANGARATIBA

Confesso que jamais vi o caos tão decantado nas redes sociais, a não ser aos domingos, no final da tarde, quando volto para Muriqui, ali na Beira Mar, em frente ao quiosque 14.
Porém, tudo que leio na internet e ouço de alguns poucos na rua, é que Mangaratiba vai de mal a pior, em seu estertor de cidade moribunda.
Há até quem diga que o horror se instalou por aqui.
Isto é, rigorosamente, como era antes quando o prefeito era outro, quando o vice era outro, quando os vereadores eram outros, quando os secretários, os conselheiros, os comandantes da PM, os delegados, os juízes eram outros.
Segundo o que leio e ouço, ai de ti Mangaratiba que vive um caos administrativo insuportável desde a criação da comunidade do Orkut “Mangaratiba sem Prefeito” que morreu junto com os “carbonários”.
De lá pra cá, o IDH de Mangaratiba evoluiu de forma significativa, acima da média brasileira, saindo da 52º posição para a 9ª no índice de desenvolvimento humano entre as cidades do Rio de Janeiro.
Alguns finados do Orkut ressuscitaram no feissibuque e continuam radicalmente contra quem estiver no poder. Seja quem for. Demonizando-se mutuamente continuam na “luta” com denúncias anônimas de corrupção sem qualquer prova. Acusações que, de cada dez, onze dão em nada.
Denúncias são denúncias, nada mais que denúncias. Mas, consideram-nas como verdade, como coisa provada e julgada, condenando sumariamente os acusados como um gilmar e um joaquim qualquer.
Somente o ódio pode levar alguém em sã consciência a acreditar em simples denúncias. Ou melhor, também é capaz disso a cretinizante paixão política.
Suposições excêntricas, hipóteses extravagantes, conjecturas inadmissíveis são apresentadas como fatos e não me impressionam. Recuso-me a dar crédito às previsões tão absurdas das cassandras que profetizam somente desgraças para a cidade.
Reservo-me ao direito inalienável da crítica sóbria, consciente e responsável sobre a realidade municipal, sobre o que de fato está ocorrendo na região e sobre as insensatas e exageradas declarações dos carbonários.
Na saúde, eles veem somente erros médicos cotidianos exterminando a população e até pacientes vivos dados como mortos porque nossos médicos adoram assinar um atestado de óbito.
Faltam remédios, faltam médicos, os doentios são mal atendidos no hospital e fica a Prefeitura construindo um novo posto de saúde em Muriqui. Nas vezes em que precisei – eu não, minha mulher – sempre fomos muito bem atendidos.
Na visão desses críticos, a educação também é caótica. Dizem que profissionais da educação sofrem todo tipo de humilhação e que, apesar disto, sujeitam-se ao ultraje de receber “tablets” doados pelo governo municipal. 
Criticam sempre a educação proporcionada pelo governo e jamais tocam, nem de leve, na educação primordial, aquela que deve ter origem em casa, na família.
Contudo, fiquei sabendo de mais uma novidade na área: a futura instalação de uma unidade da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) na cidade.
É verdade que o professor é muito mal remunerado nesta Mangaratiba caótica que superou, no último Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), a meta estipulada pelo Ministério da Educação tanto no primeiro segmento (1º ao 5º ano) do ensino fundamental quanto no segundo segmento (do 6º ao 9º ano).
Antes disso, jovens de 11 a 15 anos do Colégio Municipal N. S. das Graças, em Muriqui, se destacaram na Olimpíada de Matemática do Estado do Rio de Janeiro (Omerj): quatro conquistaram medalhas e seis receberam menções honrosas da organização do evento. 
No Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) foram conhecidos alunos e escolas vencedores. Ao lado de instituições de renome como Colégio Militar e Colégio Naval, a surpresa: o Colégio Municipal Nossa Senhora das Graças ficou em segundo lugar na classificação geral no Nível 1 – Categoria Escola Pública Municipal.
E quanto à Segurança? Não ocorreu nada do que as cassandras previram e não se toca mais no assunto.
Quanto ao transporte, outro tema preferido dos carbonários, nada posso falar por absoluto desconhecimento de causa.
Com relação à torre de retransmissão de TV, que alguns sempre reclamam porque a Globo ficou fora do ar, creio ser um grande benefício intelectual ficar sem assisti-la por algum tempo.
Resta a reclamação de alguns quanto à limpeza urbana. É algo que não mereceria nem registro aqui, pois, é um serviço de uma competência extraordinária e jamais vista. Basta ver como está a Beira Mar na manhã das segundas-feiras, após aquele caos do final de semana, em todo o entorno do quiosque 14.

Ai de ti, Mangaratiba, quando os carbonários tiverem razão.