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segunda-feira, 29 de julho de 2013

IDH DE MANGARATIBA

Minha mãe dizia que o diabo não é tão feio como pintam. Assim como os últimos prefeitos de Mangaratiba não foram os demônios que alguns  pintaram por aqui nas redes sociais. O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de Mangaratiba é a maior prova disto.
Mangaratiba se apresenta como um município de alto desenvolvimento humano com índices superiores à média verificada no país.
Entre os municípios fluminenses, Mangaratiba saiu de um 52º lugar em 1991, para o 11º em 2000 e para o 9º lugar em 2010.
Segundo o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013, divulgado hoje pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o IDHM cresceu 47,5% entre 1991 e 2010 (AQUI).
Brasil deixou de figurar entre os países com índice ‘muito baixo’ em 1991 e alcançou patamar ‘alto’ em 2010. O IDHM mede a qualidade de vida das cidades e utiliza uma escala que vai de 0 a 1, sendo que 1 equivale ao mais alto desenvolvimento humano possível.
A classificação do IDHM geral do Brasil mudou de "muito baixo" (0,493), em 1991 para "alto desenvolvimento humano" (0,727), em 2010. Em 2000, o IDHM geral do país era 0,612, considerado "médio".
O IDHM é um índice composto por três indicadores de desenvolvimento humano: vida longa e saudável (longevidade), acesso ao conhecimento (educação) e padrão de vida (renda).
Dos três indicadores que compõem o IDHM, o que mais contribuiu para a pontuação geral do Brasil em 2013 foi o de longevidade, com 0,816 (desenvolvimento muito alto), seguido por renda com 0,739 (desenvolvimento alto) e por educação com 0,637(desenvolvimento médio).
Apesar de a educação ter o índice mais baixo dos três, foi o indicador que mais cresceu (+128%) nos últimos 20 anos: de 0,279 para 0,637.
Estes índices médios, porém, é da responsabilidade de dois demônios federais: FHC e Lula.
O IDHM de Mangaratiba – responsabilidade principal de dois demônios municipais: Charlinho e Aarão – além de ser superior à média brasileira, é também superior ao das cidades vizinhas e cresceu muito mais significativamente como se vê abaixo.
  (clique para ampliar)
 
Cabe à Dilma e ao Capixaba, que assumiram em 2011, elevar ainda mais o IDH brasileiro e de Mangaratiba, demonstrando que também não são dois demônios tão feios quanto agora pintam.


domingo, 28 de julho de 2013

PROTESTOS PACÍFICOS?

Não suporto mais ouvir falarem em protestos legítimos e pacíficos que sempre terminam em vandalismo e quebra-quebra. Nem legítimos nem pacíficos, são protestos de gente infame contra o nada e a favor de porra nenhuma que não levam a lugar algum.
A Marcha das Vadias que desfilou ontem à tarde na praia de Copacabana, aproveitou a estrutura de grades montada para o Papa Francisco chegar ao palco e fez uma passarela de provocações à Igreja Católica.
"Mulheres seminuas usando santas como objetos fálicos, distribuição farta de camisinhas, mulheres beijando mulheres e cartazes onde o rosário forma um pênis são amostras do que os fiéis, mesmo sem querer, tiveram que assistir para não perder o lugar para ver o papa. Duas mulheres, uma representando Cristo carregando a cruz e outra com roupa de Nossa Senhora, também chocavam por onde passavam" (Folha).
Vejam, no vídeo abaixo: dois canalhas mascarados seminus com a bunda de fora e cobrindo aquilo que deveria ser o seu órgão sexual com a imagem de Jesus. Carregam a imagem em gesso de N.S. Aparecida e de N.S. das Graças, chutam crucifíxos espalhados no chão e espatifam as imagens diante dos peregrinos atônitos na Jornada Mundial da Juventude.
Isto é pacífico, é legítimo? Isto é violência gratuita, uma afronta às pessoas de bem.
Como manter um diálogo com esta gente canalha que é filha de uma burguesia fascista?
Que me desculpe o Papa Francisco, mas com gente vil assim só mesmo na base da porrada. Muita porrada. E tinha que descobrir quem é seu pai e mãe para enchê-los de porrada também.
Só queria ter o comando da PMERJ em minhas mãos pra dar um jeito nisso.

sábado, 27 de julho de 2013

O BEIJO NA IMAGEM DA SANTA



Foi um desagravo. A reverência do Papa Francisco à imagem de N.S. Aparecida trouxe-me a lembrança o chute que o pastor da IURD desferiu ao vivo na imagem em programa da TV Record no dia 12 de outubro de 1995.
E quando eu vejo alguns condenarem os políticos como a origem de todos os males, odiar e incriminar a todos indistintamente, afirmando que não precisam e não querem mais saber de política, eu lembro do que disse o Papa Francisco em evento com estudantes em Roma.
Numa plateia repleta de crianças, ele afirmou o seguinte aos 2m53s do vídeo abaixo:
“Envolver-se na política é uma obrigação para um cristão. Nós, os cristãos, não podemos imitar Pilatos e lavar as mãos, não podemos. Temos de nos meter na política, porque a política é uma das formas mais elevadas de caridade, porque busca o bem comum. Os leigos cristãos devem trabalhar na política. A política está muito suja, mas eu pergunto: está suja por quê? Porque os cristãos não se meteram nela com espírito evangélico? É a pergunta que eu faço. É fácil dizer que a culpa é dos outros... Mas, eu, o que faço? Isto é um dever. Trabalhar para o bem comum é um dever do cristão.”
É como disse o Lula ao final de seu artigo no New York Times: “Mesmo quando você estiver decepcionado com tudo e com todos, não desista da política. Participe! Se não encontrar nos outros o político que você procura,você pode encontrá-lo em você mesmo”.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

INFLAÇÃO E DESEMPREGO

Depois da inflação do tomate que saiu da pauta da imprensa venal, está em evidência a crise do desemprego.
Manchete de O Globo afirmou que “A taxa de desemprego das seis maiores regiões metropolitanas do país subiu para 6% em junho, informou nesta quarta-feira o IBGE. Em maio, o tinha sido de 5,8%. É a maior taxa desde abril de 2012, quando o indicador também ficou em 6%. Em junho do ano passado, o percentual foi de 5,9%. É a primeira vez que o índice tem alta em relação ao mesmo mês do ano anterior desde agosto de 2009.
Ia falar sobre isto, mas o Carlos Eduardo Amaral que edita o Blog do Cadu (AQUI), em Alagoas, se antecipou. Achei interessante e o reproduzo a seguir.
“Existem diversos problemas no Brasil. A cada problema que se resolve, outros surgem. Isso faz parte da dialética da vida real. As demandas surgem a partir das situações concretas. De dez, onze anos para trás, a grande pauta reivindicatória era o emprego. A questão da qualidade e das garantias por vezes eram secundarizadas. Afinal, não se tinha nem emprego, então como cobrar qualidade e direitos? A partir de 2003 essa lógica começou a mudar.
Com uma política econômica de viés desenvolvimentista, o gráfico do desemprego caiu consideravelmente na última década. Para o desespero da direita, da grande mídia, dos especuladores e dos "mamãe eu sou reaça" em geral, no governo Dilma atingimos o chamado pleno emprego. Claro que pleno emprego nos marcos do capitalismo. Nossa taxa de desemprego gira em 6%.
Os últimos dados revelados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) mostram uma elevação da taxa de emprego, para o ambiente de crise do capital, especialmente na Europa, excepcional. De maio para junho foram criados 123.836 empregos formais, com carteira assinada. Aumento de 0,31%. A soma do primeiro semestre de 2013 é de 826.168. E nos últimos 12 meses 1.016.432.
Ao todo o governo Dilma, segundo dados do Caged, criou 4.428.220 empregos. Se compararmos com o terceiro ano do primeiro governo Lula, foram criados, de janeiro de 2003 até maio de 2006, 4.191.033. O número de empregos criados até maio de 2006 eram mais de cinco vezes maior que o registrado nos oito anos do governo anterior. E adivinhem quem era o presidente!
O saldo real dos oito anos do governo Fernando Henrique Cardoso (FHC) ficou em 770.936. Portanto, abaixo do semestre de 2013 de Dilma que gerou mais de 800 mil.
Vale lembrar que os dados de Lula são ainda do início da implantação da política econômica desenvolvimentista no Brasil.
Outro destaque do Caged é que o salário inicial teve aumento real, acima da inflação, de 1,70%. Passou de um valor médio de R$ 1.072,33 em 2012 para R$ 1. 090,52 em 2013. Infelizmente ainda é presente a diferença salarial entre homens e mulheres. O aumento de salário de admissão obteve aumento real de 1,94% e 1,50%, respectivamente.
Segundo Francisco Lafaiete Lopes, PhD por Harvard, sócio da consultoria Macrométrica e ex-presidente do Banco Central (BC), em artigo publicado no Valor Econômico, o Brasil cresce a uma média de 4% ao ano. Ele utiliza dados do Índice de Atividade do Banco Central, o IBC-BR. O Valor online permite a leitura completa apenas para assinante, mas ele pode ser acessado AQUI.
E você que é pautado pela Miriam Leitão – aquela que não acerta uma – ou em qualquer outro "analista" da nossa inescrupulosa "grande imprensa", que defende na rua e vocifera as distorções de realidade que ela propaga por aí, deve estar com vontade de cortar os pulsos. Não faça. A cada dia o Brasil é um lugar melhor para se viver. Apenas pare de assistir a Globo, ler a Veja, Estadão e Folha. Você vai perceber a diferença.”

quinta-feira, 25 de julho de 2013

EU SÓ QUERIA ENTENDER...

O reacionário Arnaldo Jabour, um subproduto genérico do Olavo de Carvalho, explicou (?) em O Globo o que ele pensa que os jovens têm proposto nos confusos protestos, como diz o Rodrigo em comentário da postagem anterior.
Leia abaixo e se alguém entender me explique, por favor.
“Na mídia, só vemos narrativas de fracassos, de impunidades, de “quase vitórias”, de derrotas diante do Mal, do bruto e do escroto.
Somente uma política econômica indutiva, descentrada e pragmática com mudanças possíveis, pode ir formando um tecido de parcialidades que acabem por mudar o conjunto. É isso que os jovens propõem.
A chave é: “ações indutivas”, conceito que é a fobia do pensamento filosófico de tradição europeia, continental. Bom mesmo sempre foi um doce silogismo aristotélico, com premissas e conclusão. Ou então uma boa causa universal que abranja tudo, o todo, o uno, do qual se deduz o particular. É uma herança da religião e do mito.
O abstrato e ibérico vício da “dedução” generalizante nos leva a uma paralisia, diminui a imaginação, a coragem de experimentar. Uma ideologia em bloco amarra uma coisa na outra, quer empacotar todas as particularidades num saco fechado, em uma “contradição fundamental” que explique tudo.
Muito mais importante que lamentar a pobreza é descobrir formas de combatê-la, muito além do Bolsa Família, a doce e inútil caridade (se a inflação voltar, haverá correção monetária para o Bolsa?). Há grande distância entre diagnóstico e solução. Muitos se contentam com o apontamento deprimido dos problemas, como se consequências fossem causas.”
Entenderam? Duvido.
E esta outra, vê se dá pra entender.
Em O Globo, também, li que “Em protesto contra a visita do Papa, oito mulheres que se dizem atrizes reuniram-se no Largo do Machado cantando contra o Pontífice e com temas envolvendo os direitos da mulher e o corpo feminino, além de questões da Igreja tidas como conservadoras. Um dos refrões dizia: "Volte lá, volte para o seu lugar".
No corpo, elas pintaram expressões como "Estado laico" e "Liberdade". Com os seios expostos, usavam chifres vermelhos e vestiam roupas em referência ao candomblé. Num determinado momento, simularam uma série de "confissões", afirmando: "Eu uso anticoncepcional", "Uso camisinha", "Eu já fiz aborto" e "Minha mãe não casou virgem".
Parece coisa de feissebuque.


Não entendi como alguém em sã consciência – a não ser que seja um padre -  pode ligar para tais confissões e atributos tão sem graça e antiestéticos.
Também no Largo, um grupo de jovens casais homossexuais promoveu um beijaço na escadaria da Igreja de N. S. da Glória onde se encontravam peregrinos da Jornada Mundial da Juventude.O Globo informou que o ato foi convocado pelo estudante João Pedro Accioly, de 19 anos, e reuniu movimentos em defesa dos direitos homossexuais e grupos feministas.
“É um evento que veio na onda dos protestos, desvinculado de entidades clássicas, como sindicatos e partidos políticos, e ganhou as redes sociais. É um protesto simbólico contra a criminalização das drogas, a proibição do aborto e a favor dos direitos LGBT. Enquanto os beijos forem considerados ofensas, protestos como esse serão necessários” - disse o jovem manifestante.
Pô! Se o cara – ou a cara – é homossexual, viciado em drogas e a favor do aborto, que se dane o pensamento das igrejas. Protestos assim são absolutamente desnecessários.
Não consigo entender por que e para que afrontar os nossos ilustres visitantes.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE

Não sou católico, sou apenas um cristão espírita e quase ateu, graças a Deus.
Algum incauto perguntará como alguém pode se declarar cristão, espírita e quase ateu, graças a Deus. Eu explico: sou espírita, sou grande fã de Jesus e não acredito no deus que os homens criaram.
Acredito, sim, apenas no Deus que criou os homens, o Todo-Poderoso Que Se amarra em mim.
E quando vejo aquela multidão que recepcionou o Papa pelas ruas ou reunida em Copacabana fico emocionado. Um milhão de gente bonita e saudável, negros e brancos irmanados que não foram ali à espera de um milagre nem em busca de dinheiro e benefícios pessoais ou da cura de seus males imaginários, suas mazelas psíquicas, suas somatizações. 
Gente de todo o mundo que somente o catolicismo e a Copa do Mundo de Futebol são capazes de reunir com todos ligados na mesma emoção.
Tudo é um só coração. Com exceção, claro, dos arruaceiros fascistas.

"A Igreja, quando busca Cristo, bate sempre à casa da Mãe e pede: “Mostrai-nos Jesus”. É de Maria que se aprende o verdadeiro discipulado. E, por isso, a Igreja sai em missão sempre na esteira de Maria.
Assim, de cara à Jornada Mundial da Juventude que me trouxe até o Brasil, também eu venho hoje bater à porta da casa de Maria, que amou e educou Jesus, para que ajude a todos nós, os Pastores do Povo de Deus, aos pais e aos educadores, a transmitir aos nossos jovens os valores que farão deles construtores de um país e de um mundo mais justo, solidário e fraterno.
Nunca percamos a esperança! Nunca deixemos que ela se apague nos nossos corações! O “dragão”, o mal, faz-se presente na nossa história, mas ele não é o mais forte. Deus é o mais forte, e Deus é a nossa esperança! É verdade que hoje, mais ou menos todas as pessoas, e também os nossos jovens, experimentam o fascínio de tantos ídolos que se colocam no lugar de Deus e parecem dar a esperança: o dinheiro, o poder, o sucesso, o prazer.” (da homília do Papa na missa em Aparecida)

Ave, Maria cheia de graça

terça-feira, 23 de julho de 2013

O DISCURSO DO PAPA E O MORDOMO DO SERRA

Já tinha falado AQUI sobre o mordomo do José Serra, este sabujo dos Marinhos, um jornalista venal a reproduzir as opiniões de seus donos.
Foi quando ele fez esta brilhante previsão na véspera do primeiro turno da eleição passada: “A mais complicada eleição paulistana pode acabar deixando de fora da disputa Fernando Haddad, o candidato que o ex-presidente Lula tirou do bolso de seu colete, outrora considerado milagreiro. Terá sido a primeira vez em que o PT não disputará o 2º turno na capital paulista, derrota capaz de quebrar o encanto que se criou em torno das qualidades quase mágicas do líder operário tornado presidente”.
Disse eu naquela postagem que, além de escrever mal, a submissão dele às orientações patronais e ao Serra não o deixa ver bem a situação política do país e que seu nome deveria mudar para Vermal Pereira.
Agora, mais uma vez, ele justifica a mudança do nome ao comentar o discurso do Papa Francisco.
Vermal diz que: Pelo menos no seu primeiro pronunciamento em solo brasileiro o Papa Francisco não deu margem à politização de sua mensagem, como esperavam o governo brasileiro e os católicos ligados à Teologia da Libertação. Ao contrário da presidente Dilma, que aproveitou a ocasião para fazer um discurso de cunho eminentemente político
Dilma levou o dobro do tempo para dar um tom político claramente fora de hora.”
A seguir, Vermal afirma que: O Papa Francisco, que em outras oportunidades tratou de temas como a desigualdade e a necessidade de haver melhor distribuição de renda, estava a fim de falar apenas no seu objetivo central, que é a arregimentação da juventude para o catolicismo”.
Certamente, o Vermal torcia por esse tipo de discurso, mas como poderia o Papa falar de desigualdade social e a necessidade de haver melhor distribuição de renda num pais que, como disse a Presidenta, “se orgulha de ter alcançado extraordinários resultados nos últimos dez anos na redução da pobreza. Fizemos muito e sabemos que ainda há muito a ser feito".
Pra mim o Papa fez proselitismo político ao não tocar neste assunto como sempre faz em outros locais. Foi um reconhecimento às ações do governo brasileiro nos últimos dez anos.
Dilma afirmou também que a juventude brasileira clama por mais direitos sociais, porque "Democracia gera desejo de mais democracia. E inclusão social provoca cobrança de mais inclusão social. Qualidade de vida, desperta anseios por mais qualidade de vida. Para nós todos os avanços que conquistamos são só um começo”.
E, por isso, o Papa mostrou-se empenhado em aproximar os jovens da paz de Jesus Cristo e da fraternidade que os irmanem além de toda a diversidade, num proselitismo tanto religioso quanto político.
Não tenho ouro nem prata, mas trago o que de mais precioso me foi dado: Jesus Cristo! Venho em seu Nome, para alimentar a chama de amor fraterno que arde em cada coração; e desejo que chegue a todos e a cada um a minha saudação: “A paz de Cristo esteja com vocês!”
Estes jovens provêm dos diversos continentes, falam línguas diferentes, são portadores de variadas culturas e, todavia, em Cristo encontram as respostas para suas mais altas e comuns aspirações e podem saciar a fome de verdade límpida e de amor autêntico que os irmanem para além de toda diversidade.
A juventude é a janela pela qual o futuro entra no mundo e, por isso, nos impõe grandes desafios. A nossa geração se demonstrará à altura da promessa contida em cada jovem quando souber abrir-lhe espaço; tutelar as condições materiais e imateriais para o seu pleno desenvolvimento; oferecer a ele fundamentos sólidos, sobre os quais construir a vida; garantir-lhe segurança e educação para que se torne aquilo que ele pode ser; transmitir-lhe valores duradouros pelos quais a vida mereça ser vivida, assegurar-lhe um horizonte transcendente que responda à sede de felicidade autêntica, suscitando nele a criatividade do bem; entregar-lhe a herança de um mundo que corresponda à medida da vida humana; despertar nele as melhores potencialidades para que seja sujeito do próprio amanhã e corresponsável do destino de todos.
O que vai ser de nós, se não tomarmos conta dos nossos filhos? Como haveremos de seguir em frente? O meu auspício é que, nesta semana, cada um de nós se deixe interpelar por esta desafiadora pergunta.
Concluindo, peço a todos a delicadeza da atenção e, se possível, a necessária empatia para estabelecer um diálogo de amigos. Nesta hora, os braços do Papa se alargam para abraçar a inteira nação brasileira, na sua complexa riqueza humana, cultural e religiosa. Desde a Amazônia até os pampas, dos sertões até o Pantanal, dos vilarejos até as metrópoles, ninguém se sinta excluído do afeto do Papa.
Depois de amanhã, se Deus quiser, tenho em mente recordar-lhes todos a Nossa Senhora Aparecida, invocando sua proteção materna sobre seus lares e famílias. Desde já a todos abençoo. Obrigado pelo acolhimento!"

Em minha humilde opinião, isto é proselitismo mais político do que religioso. Vermal não entendeu nada? Espero que os jovens e suas famílias entendam. E principalmente os arruaceiros fascistas.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

O APÊ DO BARBOSÃO EM MIAMI


O Blog Brasil237 (AQUI) publicou ontem e eu reproduzo a seguir:

“O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, surpreende mais uma vez; depois da reforma de R$ 90 mil do banheiro, da relação questionável com Luciano Huck e da liminar sorrateira que suspendeu uma decisão do Congresso, a bomba: ele comprou um imóvel avaliado em R$ 1 milhão na Meca dos endinheirados latinos e usou de um artifício fiscal para obter benefícios fiscais; comprou o apartamento em nome de uma empresa criada nos Estados Unidos, a Assas JB Corp.; em nota, Barbosa disse que a estrutura da operação foi a recomendada por um advogado; "tenho meios de sobra para adquirir imóvel desse porte", disse ele.
 
247 - Potencial candidato à presidência da República em 2014, graças à fama de justiceiro conquistada durante o julgamento da Ação Penal 470, da qual foi relator, o ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal, não cansa de surpreender. A mais nova estripulia é a compra de um imóvel de R$ 1 milhão em Miami, Meca dos endinheirados latino-americanos, seguindo uma estrutura de planejamento tributário criada para obter benefícios fiscais.
O furo de reportagem é dos jornalistas Matheus Leitão e Rubens Valente e está publicado na edição deste domingo da Folha de S. Paulo. Barbosa comprou um imóvel num condomínio de luxo em Miami em maio do ano passado, mas evitou fazer isso em seu nome. Para realizar a transação criou a empresa Assas JB Corp, que adquiriu a propriedade avaliada em US$ 480 mil – o equivalente, hoje, a cerca de R$ 1,1 milhão.
De acordo com as leis da Flórida, o governo local cobraria até 48% do valor do imóvel na transferência para terceiros, como seus herdeiros, se a transação tivesse sido feita na pessoa física. Na jurídica, isso não ocorre. Outro benefício é a discrição. Ao comprar em nome de uma empresa, Barbosa evitou que seu nome aparecesse diretamente nos cartórios de registros de imóveis.
O presidente do STF soltou também uma nota para comentar a reportagem. Disse que a aquisição do apartamento foi feita "em conformidade" com a lei norte-americana e disse que seguiu a orientação de um advogado antes de realizar a compra. Ele afirmou ainda que sempre poupou parte dos seus ganhos e que tem "meios de sobra para adquirir imóvel desse porte".
Antes do apê milionário em Miami, Barbosa protagonizou outras surpresas, como, por exemplo, a reforma de R$ 90 mil no banheiro do seu apartamento funcional, a relação delicada com a família do apresentador Luciano Huck, que hoje emprega seu filho na Globo, e a concessão, na semana passada, de uma liminar sorrateira, que atropelou uma decisão do Congresso Nacional sobre a criação de novos tribunais.
Para um potencial presidenciável, essas derrapadas podem custar caro.”

É por isso que dizem que o poder absoluto corrompe absolutamente,
Enquanto isso, idiotas do feissibuque dizem que o Lula é o maior ladrão do país. Mas, onde está a grana que ele "roubou"? O cara continua morando em São Bernardo no mesmo apartamento de sempre.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

PROCESSO CONTRA A GLOBO

Como se fosse um carro velho com a bateria arriada, o MP do Distrito Federal pegou no tranco, empurrado pelo Centro de Estudos das Mídias Alternativas Barão de Itararé, pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação e outros dezessete movimentos sociais, e instaurou apuração criminal preliminar sobre suspeitas de sonegação e outros crimes que teriam sido praticados pela Rede Globo.
Afirma o Blog da Cidadania – link ao lado – que “A denúncia dos movimentos busca obter da Procuradoria o entendimento de que as manobras utilizadas pela Globo ao efetuar o pagamento dos direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2002 não se constituíram, tão somente, em crime tributário, que se elide com o pagamento dos impostos devidos, mas, também, o entendimento de que tais manobras configuram crimes contra o sistema financeiro nacional e contra a administração pública, com toda a tipificação penal que tal prática encerra, e que, em sendo esses crimes confirmados pela investigação em curso, gerariam condenação penal direta dos controladores (leia-se os três irmãos Marinho) das Organizações Globo – controladores esses que, ironicamente, deteriam o “DOMÍNIO DO FATO” da ação criminosa, caso seja comprovada".
Se não fosse a vigilância da blogosfera e de setores politizados da sociedade sobre o caso – já descrito em postagem anterior – seu fim seria o mesmo que teve há cerca de seis anos, quando acabou engavetado.
Além da blogosfera, somente a Folha repercutiu o caso, muito sorrateiramente, e seu portal UOL noticiou o acolhimento, pela Procuradoria do DF, da denúncia dos movimentos sociais.
O Ministério da Justiça terá que ter a coragem de fiscalizar a conduta do MP do Distrito Federal e não deixar que apenas o judiciário acompanhe o processo para que este não faça como o MP do Rio de Janeiro e engavete o caso, ou chegue à conclusão de que não houve crime algum além do tributário.
Neste caso, nem o STF é confiável, pois, em 2007, Gilmar Dantas concedeu habeas corpus e relaxou a prisão preventiva da servidora da Receita Federal que deu sumiço no processo contra a Globo.
Esta servidora - Cristina Maris Meinick Ribeiro – ainda responde criminalmente por ter roubado três volumes do processo da autuação contra a Rede Globo.
De lá pra cá, as autoridades judiciárias e o MP não se interessaram em investigar por que ela fez isso. A coisa toda começou com a multa de mais de 600 milhões aplicada pela Receita Federal e que, agora, deve ultrapassar o bilhão de reais.
A Globo cometeu toda a sorte de crimes, mas é toda-poderosa e tem a força do Huck, digo, de um Incrível Hulk, para sair dessa.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

COMO ACABAR COM A CORRUPÇÃO

O Provocador, link aí ao lado, às vezes, parece que lê o que escrevo e faz postagens como a de ontem. Ele merece a leitura. Ontem, escreveu exatamente o que tenho escrito sempre a respeito dos políticos, dos corruptos e seus corruptores, da corrupção endêmica que se espalha pelo judiciário e todos os setores da sociedade
“Difícil mesmo é encontrar algum setor da sociedade que esteja imune às propinas, sonegações, maracutaias, desvios, falcatruas, malfeitos e indecências com o dinheiro público. Empreiteiras, bancos, indústrias, emissoras de televisão, botecos e indivíduos se irmanam no esporte nacional de lesar o Estado. Seja forjando licitações, subornando um fiscal da prefeitura ou falsificando uma carteirinha escolar para obter isenções, estamos todos irmanados no projeto de desmoralizar e destruir qualquer resquício de honestidade” – afirma ele na postagem.
É o que já afirmei por aqui: somos todos corruptos e jogamos a culpa somente nos políticos. Claro que há políticos corruptos que se vendem por uma exorbitância e compram o eleitor honrado, íntegro e virtuoso por uma ninharia apenas. Políticos safados que nos prometem empregos e, depois de eleitos, vêm oferecer vagas de trabalho para as quais não temos, nem nossos filhos, a mínima qualificação.
O pior é que a imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta que forma um público tão infame quanto ela mesma joga pra cima dos governos do PT a responsabilidade de tudo.
A imprensa corrupta e corruptora age como Goebbels - o ministro da comunicação nazista - que considerava judeus e comunistas culpados pela crise econômica, social e política na Alemanha após a primeira guerra.
Todos sabem no que deu.
A verdade é que jamais houve tanta investigação sobre a corrupção no país como nos governos do PT. É este
governo quem mais investiga e combate a corrupção através da Polícia Federal, da Receita Federal e da Controladoria Geral da União (CGU).
É o judiciário, o MP quem deixa de levar a investigação adiante, quem não pune os corruptos e libera os corruptores, enquanto a imprensa venal e manipuladora esconde os corruptores que a financia com a publicidade e a compra de espaço para publicar o que é de seu interesse particular.
Creio que somente existe uma forma para acabar com a corrupção no país como querem os inocentes úteis.
É simples, basta o governo do PT acabar com as investigações. E nunca mais saberemos de nenhum outro caso de corrupção.

terça-feira, 16 de julho de 2013

LULA NO NEW YORK TIMES

Lula fez, hoje, uma análise sobre as manifestações ocorridas no País, em sua coluna mensal no New York Times. Lula não concorda que as manifestações sejam uma rejeição à política. Acredita que sejam resultado das políticas sociais e econômicas adotadas pelo País.
“Parece mais fácil explicar tais protestos quando eles ocorrem em países não democráticos ou onde a crise econômica eleva os índices de desemprego do que quando ocorrem em países com governo democrático popular como o Brasil, onde atualmente temos a satisfação de viver com os menores índices de desemprego de nossa história e uma expansão econômica e de direitos sociais sem paralelo” – assim Lula começa sua análise.
Mais adiante, Lula diz que “O bom das manifestações é mostrar que os jovens não são conformistas, apáticos ou indiferentes à vida pública. Mesmo aqueles que pensam odiar os políticos estão começando a participar. Quando eu tinha a idade deles nunca imaginei tornar-me um militante político”.
Lula afirma que os protestos vão encorajar as pessoas a participar mais ativamente da política e tenta encontrar os motivos que levaram os jovens às ruas, já que o País vive um bom momento econômico. Para Lula, os protestos foram motivados por pessoas que querem serviços públicos de melhor qualidade e instituições políticas mais transparentes.
Lula destacou o uso das redes sociais no processo e afirmou que os jovens querem ser ouvidos. Para isso, sugere, devem ser pensadas novas formas de participação e as instituições devem usar as novas tecnologias como instrumento de diálogo e não somente para "mera propaganda".
Ao final do texto, Lula elogiou a iniciativa de Dilma Rousseff ao sugerir o plebiscito para a reforma política e ao propor um "compromisso nacional" para melhorar a saúde, educação e o transporte público.
Finalizando, Lula diz que, quando fala com jovens líderes no Brasil e em qualquer outro lugar, gosta de dizer-lhes que “Mesmo quando você estiver decepcionado com tudo e com todos, não desista da política. Participe! Se não encontrar nos outros o político que você procura, você pode encontrá-lo em você mesmo”.


The Message of Brazil’s Youth
By LUIZ INÁCIO LULA da SILVA
Published: July 16, 2013
http://www.nytimes.com/2013/07/17/opinion/global/lula-da-silva-the-message-of-brazils-youth.html?_r=1&

It would seem easier to explain these protests when they take place in nondemocratic countries, as in Egypt and Tunisia in 2011, or in countries where the economic crisis has raised the number of unemployed young workers to frightening highs, as in Spain and Greece, than when they emerge in countries with popular democratic governments — like Brazil, where we currently enjoy the lowest unemployment rates in our history and an unparalleled expansion of economic and social rights.
Many analysts attribute recent protests to a rejection of politics. I think it’s precisely the opposite: They reflect a drive to increase the reach of democracy, to encourage people to take part more fully.
I can only speak with authority about my country, Brazil, where I think the demonstrations are largely the result of social, economic and political successes. In the last decade, Brazil doubled its number of university students, many from poor families. We sharply reduced poverty and inequality. These are significant achievements, yet it is completely natural that young people, especially those who are obtaining things their parents never had, should desire more.
These young people did not live through the repression of the military dictatorship in the 1960s and 1970s. They did not live through the inflation of the 1980s, when the first thing we did when we received our paychecks was to run to the supermarket and buy everything possible before the prices rose again the next day. They remember very little about the 1990s, when stagnation and unemployment depressed our country. They want more.
It is understandable that it should be so. They want the quality of public services to improve. Millions of Brazilians, including those in the emerging middle class, have purchased their first cars and have begun to travel by air. Now, public transportation must be efficient, making life in the large cities less difficult.
The concerns of young people are not merely material. They want greater access to leisure and cultural activities. But above all, they demand political institutions that are cleaner and more transparent, without the distortions of Brazil’s anachronistic political and electoral system, which has recently shown itself to be incapable of managing reform. The legitimacy of these demands cannot be denied, even if it’s impossible to meet them quickly. It’s first necessary to find funds, establish goals and set timelines.
Democracy is not a commitment to silence. A democratic society is always in flux, debating and defining its priorities and challenges, constantly craving new achievements. Only in a democracy could an Indian be elected president of Bolivia, and an African-American be elected president of the United States. Only in a democracy could first a metalworker and then a woman be elected president of Brazil.
History shows that when political parties are silenced, and solutions are sought by force, the results are disastrous: wars, dictatorships and the persecution of minorities. Without political parties there can be no true democracy. But people do not simply wish to vote every four years. They want daily interaction with governments both local and national, and to take part in defining public policies, offering opinions on the decisions that affect them each day.
In short, they want to be heard. This creates a tremendous challenge for political leaders. It requires better ways of engagement, via social media, in the workplace and on campuses, reinforcing interaction with workers groups and community leaders, but also with the so-called disorganized sectors, whose desires and needs should be no less respected for lack of organization.
It has been said, and with good reason, that while society has entered the digital era politics has remained analog. If democratic institutions used the new communication technologies as instruments of dialogue, and not for mere propaganda, they would breathe fresh air into their operations. And that would more effectively bring them in tune with all parts of society.
Even the Workers Party, which I helped found and which has contributed so much to modernize and democratize politics in Brazil, needs profound renewal. It must recover its daily links with social movements and offer new solutions for new problems, and do both without treating young people paternalistically.
The good news is that young people are not conformist, apathetic or indifferent to public life. Even those who think they hate politics are beginning to participate. When I was their age, I never imagined I would become a political militant. Yet we wound up creating a political party when we discovered that the National Congress had practically no representatives from the working class. Through politics we managed to restore democracy, consolidate economic stability and create millions of jobs.
Clearly there is still much to do. It’s good news that our young people want to fight to ensure that social change continues at a more intense pace.
The other good news is that President Dilma Rousseff proposed a plebiscite to carry out the political reforms that are so necessary. She also proposed a national commitment to education, health care and public transportation, in which the federal government would provide substantial financial and technical support to states and municipalities.
When talking with young leaders in Brazil and elsewhere, I like to tell them this: Even when you are discouraged with everything and everyone, don’t give up on politics. Participate! If you do not find in others the politician you seek, you may find him or her in yourself.

Luiz Inácio Lula da Silva is a former president of Brazil who now works on global initiatives with Instituto Lula.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

HOJE É O DIA DO HOMEM

Não de qualquer homem como quer um amigo que sempre me liga para dar parabéns pelo “meu dia”. É, sim, o dia do Homem que completa, hoje, apenas um aninho de vida.
No meu primeiro aniversário - contava minha mãe - eu me recusei a soprar a velinha do meu bolo mesmo após muito treinamento nos dias anteriores.
Já era um cara decidido que fazia apenas o que queria.
Meu pai sempre dizia que eu seria melhor que ele e fez de tudo para que eu fosse. E parece que fui, assim como meus filhos são bem melhores que eu.
A falta de minha mãe, porém, me tornou, às vezes, um tanto bárbaro, selvagem e rude. É preciso considerar que infelizmente não fui cultivado também por uma mulher.
Minha doce vingança é que meu netinho, que tem uma mulher afetuosa a transmitir-lhe a ternura que somente uma mãe pode transmitir a seu filho, será ainda melhor que o pai. Um pai que também foi premiado com uma mãe devotada, abnegada e meiga por toda a sua vida.
Será, claro, uma tarefa de aprimoramento muito mais árdua do que aquela a que me propus realizar, mas confio que ele conseguirá.
Sábado, verei se ele vai apagar a única velinha do seu bolo como fez o seu pai.
Espero que sim. Estarei lá para ver.

sábado, 13 de julho de 2013

DE VOLTA AO PASSADO?

Quem não viveu o holocausto militar quer voltar pra lá?
Eu não quero saber desse passado. Te esconjuro. Lá é que tem ditadura, deduragem, a vida é escura, tem tortura, general-presidente. Naquele tempo, eu era duro. Prefiro viver no futuro. Ou mesmo, aqui, no presente.
Convocados pelo feissibuque, menos de cem idiotas fizeram passeata na Av. Paulista pela volta dos militares ao poder. O ato foi organizado por entidades fascistas e integrantes da extrema direita. As mesmas que se infiltraram nas manifestações de junho e causaram todo aquele estrago.
Os imbecis diziam que a nanica manifestação era contra a ditadura comunista em que vivemos agora e pela volta dos militares ao poder.
O ato foi organizado por entidades como Pátria Minha, União de Combate à Corrupção (UCC), Organização de Combate à Corrupção (OCC) e Mexeu com o Brasil Mexeu Comigo, todas presentes no feissibuque. Contou também com integrantes de grupos de extrema direita como Resistência Nacionalista, Frente Integralista Brasileira, Carecas do ABC e skinheads.
O integralismo, como todos sabem, é a versão brasileira do nazi-fascismo, enquanto o Carecas do ABC e skinheads são aqueles grupos homofóbicos cujos integrantes têm por esporte espancar gays até a morte em São Paulo.
Gente muito fina conforme se vê. Mas, a maioria era formada por esposas de militares.  A dondoca esquizofrênica que nos emociona ao microfone no vídeo acima deve ser uma delas.
Uma faixa que chamava a atenção dizia "Marcha das Famílias contra o comunismo". Outras faixas registravam o apoio dos ruralistas. A mais infame era esta aí embaixo levada por um dos vândalos mascarados que se infiltravam nas outras manifestações.
Um dos manifestantes se identificou como professor Hermiton Costa e defendeu a volta dos militares afirmando, do alto de sua ignorância, que a possibilidade está prevista no artigo 142 da Constituição Federal. O texto, porém diz exatamente o contrário, determina que as Forças Armadas preservem as instituições democráticas.
Professor, heim! Que pretensão... Como dizia Vinícius: o homem que diz sou não é porque quem é mesmo não diz.
As pessoas que saíam do trabalho reagiam com indiferença à passeata. Um deles fez piada: “De onde vieram estes caras? Do passado?” Outros, indignados, reagiam aos gritos de fascistas.
Quando eu disse aqui que as manifestações de junho estavam repletas de fascistas infiltrados muitos duvidaram.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

O JAGUNÇO DAS LEIS

Já disse aqui que xingar os políticos e a mãe deles, chamá-los de ladrões e corruptos, dar na cara deles, é mole. Como a Geni, eles foram feitos pra apanhar e são bons pra cuspir.
Quero ver os valentes e destemidos treme-tremes fazerem o mesmo com os corruptos do judiciário. Todos sabem que existem muitos nicolaus, mas ninguém tem a coragem de jogar pedra neles. Quando identifica um que não é lá muito católico, a imprensa apenas vai desmascarando-o aos pouquinhos, sempre com muito cuidado como já está fazendo com o Joaquim, e sem nunca deixar de enaltecê-lo.
Um jornalista de Sergipe – José Cristian Góes – em seu blog Infonet - AQUI – escreveu um texto em estilo literário, sem citar nomes, com supostas críticas ao governador e a um desembargador.
Por ter publicado o texto abaixo, em 29 de maio, a justiça de Sergipe condenou-o à pena de sete meses e 16 dias de reclusão.
Em tempo recorde, contrariando a preguiça judiciária, a ação por crime de injúria foi movida pelo desembargador Edson Ulisses de Melo.
O desembargador, que é cunhado do governador Marcelo Déda sentiu-se ofendido com a expressão "jagunço das leis". O governador não se queixou formalmente pelo conteúdo do texto.
O juiz substituto Luiz Portela, que assina a sentença, disse ser "perfeitamente claro o direcionamento do texto à vítima", mesmo sem citar nomes.
O blogueiro, tentando dissimular, disse ter escrito o texto imaginando "um desabafo de um coronel de tempos antigos, que não aceita a democracia", e que não mencionou nem mesmo o Estado de Sergipe na narrativa.
Vamos ao texto que levou o blogueiro à prisão e o jagunço das leis a sentir-se ofendido:

Eu, o coronel em mim

Está cada vez mais difícil manter uma aparência de que sou um homem democrático. Não sou assim, e, no fundo, todos vocês sabem disso. Eu mando e desmando. Faço e desfaço. Tudo de acordo com minha vontade. Não admito ser contrariado no meu querer. Sou inteligente, autoritário e vingativo. E daí?
No entanto, por conta de uma democracia de fachada, sou obrigado a manter também uma fachada do que não sou. Não suporto cheiro de povo, reivindicações e nem comversa de direitos. Por isso, agora, vocês estão sabendo o porquê apareço na mídia, às vezes, com cara meio enfezada: é essa tal obrigação de parecer democrático.
Minha fazenda cresceu demais. Deixou os limites da capital e ganhou o estado. Chegou muita gente e o controle fica mais difícil. Por isso, preciso manter minha autoridade. Sou eu quem tem o dinheiro, apesar de alguns pensarem que o dinheiro é público. Sou eu o patrão maior. Sou eu quem nomeia, quem demite. Sou eu quem contrata bajuladores, capangas, serviçais de todos os níveis e bobos da corte para todos os gostos.
Apesar desse poder divino sou obrigado a me submeter à eleições, um absurdo. Mas é outra fachada. Com tanto poder, com tanto dinheiro, com a mídia em minhas mãos e com meia dúzia de palavras modernas e bem arranjadas sobre democracia, não tem para ninguém. É só esperar o dia e esse povo todo contente e feliz vota em mim. Vota em que eu mando.
Ô povo ignorante! Dia desses fui contrariado porque alguns fizeram greve e invadiram uma parte da cozinha de uma das Casas Grande. Dizem que greve faz parte da democracia e eu teria que aceitar. Aceitar coisa nenhuma. Chamei um jagunço das leis, não por coincidência marido de minha irmã, e dei um pé na bunda desse povo.
Na polícia, mandei os cabras tirar de circulação pobres, pretos e gente que fala demais em direitos. Só quem tem direito sou eu. Então, é para apertar mais. É na chibata. Pode matar que eu garanto. O povo gosta. Na educação, quanto pior melhor. Para que povo sabido? Na saúde... se morrer “é porque Deus quis”.
Às vezes sinto que alguns poucos escravos livres até pensam em me contrariar. Uma afronta. Ameaçam, fazem meninice, mas o medo é maior. Logo esquecem a raiva e as chibatadas. No fundo, eles sabem que eu tenho o poder e que faço o que quero. Tenho nas mãos a lei, a justiça, a polícia e um bando cada vez maior de puxa-sacos.
O coronel de outros tempos ainda mora em mim e está mais vivo que nunca. Esse ser coronel que sou e que sempre fui é alimentado por esse povo contente e feliz que festeja na senzala a minha necessária existência.

MORAL DA HISTÓRIA: insulte quem faz a lei, mas enalteça o jagunço das leis.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

A REDE GLOBO NO STF

Editorial da edição 541 do Brasil de Fato em 10/07/2013
http://www.brasildefato.com.br/node/13504

10 julho, 2013 - 11:1@"""Será que, enfim, a Rede Globo sentará no banco dos réus dos tribunais desse país?
O jornalista Miguel do Rosário, do blog O Cafezinho, denunciou que a Rede Globo, em 2002, ainda no governo FHC, promoveu uma sonegação de impostos milionária. Foram sonegados 183 milhões de reais dos cofres públicos.
Em 2006, quando a Receita Federal concluiu o processo, somados os juros e multas, a sonegação elevou-se para R$ 615 milhões. Mais de meio bilhão de reais, em valores de 2006, surrupiados do povo brasileiro. Terá sido este roubo o motivo da Globo enfatizar com insistência, e repetido em coro pelo Procurador Geral da República, Roberto Gurgel, que o chamado mensalão petista era o maior caso de corrupção do país?
O autor d’O Cafezinho é ainda mais contundente: “(...) a ficha criminal da Globo vai muito além dessas estripulias em paraísos fiscais. A Globo cometeu crimes históricos contra o Brasil. Lutou contra a criação da Petrobras. Fez parte do golpe que levou ao suicídio de Vargas. Consolidou-se financeiramente, com dinheiro estrangeiro de um lado, e de golpistas internos, de outro, sobre o cadáver da nossa democracia”.
Acrescenta-se que, durante a CPI do Carlinhos Cachoeira, que investigava as relações promíscuas do bicheiro com a revista Veja, a Globo fez chegar ao Palácio do Planalto a mensagem de que o governo seria retaliado se fossem convocados jornalistas ou empresários de comunicação.
Não é de estranhar o silêncio da revista do grupo Abril sobre essa denúncia e, muito menos, se amanhã ela retribuir o apoio recebido da família Marinho. Os conluios geram compromissos de mútua proteção.
Agora, através do blog O Escrevinhador, do jornalista Rodrigo Vianna, soube-se que a Receita Federal, quando concluiu o processo, solicitou a abertura de uma Representação para Fins Penais – uma investigação criminal – contra os donos da Globo. Isso em 2006!
Por que o Ministério Público Federal engavetou esse pedido e tornou-se conivente dessa ação criminosa? O mesmo MPF que, liderado por Gurgel e com apoio da Globo, fez a população brasileira acreditar que a aprovação da PEC 37 iria favorecer a corrupção no Brasil. Ambos, Globo e MPF, ao segurar os cartazes nas passeatas, não estavam somente nus. Estavam, também, cagados. Deve, o MPF, uma resposta à população brasileira sobre o porquê não investiga a Rede Globo.
Vianna faz outra denúncia grave: os funcionários da Receita Federal no Rio estão em pânico porque o processo contra a Globo simplesmente sumiu! É um processo que vai além dos R$ 615 milhões sonegados. Ele revela as contas da família Marinho nos paraísos fiscais.
Ora, é assim que os ricos se livram das condenações, fazendo os processos desparecerem? Atestam suas inocências promovendo novas ações criminosas? Certamente, se comprovada essa denúncia, o sumiço do processo exigiu corromper alguns novos funcionários públicos. O cheiro de esgoto que exala da vênus platinada é cada vez mais forte.
Dizem, os gaúchos, que o diabo faz a panela, mas não faz a tampa. Espera-se que este caso da Globo sonegar impostos não desacredite o ditado.
Mas há sinais desalentadores. Em março o jornal O Globo premiou Joaquim Barbosa como Personalidade do Ano. Em maio, o presidente do STF, Joaquim Barbosa, usou o dinheiro público para pagar a passagem aérea de uma jornalista do jornal O Globo para cobrir sua participação em um seminário sobre liberdade de impressa (não há ironia nesse fato!), na Costa Rica. No dia 02 de junho, o presidente do STF e seu filho, Felipe, assistiram ao jogo Brasil x Inglaterra, no Maracanã, no camarote de Luciano Huck, apresentador da Rede Globo. Agora em julho, a Rede Globo contratou Felipe para ser seu funcionário.
A jornalista Helena Sthephanowitz, da Rede Brasil Atual, revela, nessa semana, outra coincidência envolvendo Felipe, o filho de Barbosa. De 2010 até ser contratado pela Globo, ele foi funcionário do grupo Tom Brasil. Essa empresa é investigada no inquérito 2474/STF, derivado do chamado mensalão petista. O inquérito identificou pagamento da DNA propaganda, de Marcos Valério, para a Casa Tom Brasil, com recursos da Visanet, no valor de R$ 2,5 milhões. O pagamento foi autorizado por Cláudio de Castro Vasconcelos, gerente-executivo de Propaganda e Marketing do Banco do Brasil, desde o governo FHC. Estranhamente não foi denunciado na AP-470 junto com o petista Henrique Pizzolato.
Parece que a Rede Globo realmente chegou no STF. Infelizmente não para sentar no banco dos réus.

terça-feira, 9 de julho de 2013

O PLEBISCITO DA VEJA


Com o intuito exclusivo de menosprezar a voz das ruas e desmoralizar a necessária reforma política, a nefasta publicação que forma leitores tão infames quanto ela mesma, preparou algumas perguntas para um suposto plebiscito.
Das dez perguntas sugeridas, inclusive uma na capa desta semana, escolhi as duas seguintes:
1. Você concorda que quem recebe dinheiro do governo federal poderia ter o direito de se declarar impedido de votar por óbvio conflito de interesses?
Está na cara que a Veja, em seu furor pútrido contra o plebiscito, quer impedir de votar os beneficiários do Bolsa Família. Acha que eles votarão na Dilma por óbvio interesse em continuar recebendo a ajuda oficial. Está na cara, também, que a Veja quer eleger o adversário – certamente o José Serra - para acabar com o programa social de distribuição de renda.
2. Os brasileiros trabalham cinco meses do ano só para pagar impostos e agora o governo quer que paguemos também todas as campanhas eleitorais dos políticos? Você concorda?
Aqui, Veja começa influenciando o seu ingênuo leitor com uma afirmação que inspira dúvidas: cinco meses de trabalho somente para pagar impostos. Que matemática é esta? Como chegaram a este cálculo? Eu, por exemplo, não trabalho nem um dia sequer para pagar impostos. E, assim como eu, outros milhões de aposentados, vagabundos e empresários corruptos e sonegadores. Agora, imagine o pobre coitado que ganha um salário mínimo mensal tendo que entregar cinco salários ao fisco.
Aí, após a manipulação dos inocentes úteis, Veja pergunta se o leitor concorda em pagar também pelas campanhas eleitorais dos políticos. Isto porque nem a Veja, nem os políticos profissionais, nem os empresários corruptos e, muito menos, os corruptores querem o financiamento público das campanhas.
O financiamento público vai proporcionar oportunidades iguais para todos. As doações milionárias serão proibidas e vai fazer com que todos tenham o mesmo gasto nas campanhas eleitorais. Os grandes empresários sonegadores, os bancos, a construção civil, o agronegócio, etc, não poderão investir na eleição de seus preferidos para depois cobrar verbas públicas que vão compensar o investimento.
O financiamento público das campanhas eleitorais será uma das grandes armas na luta sangrenta contra os corruptos e, principalmente, contra os corruptores.
A Veja não quer que isto aconteça.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

A VOZ QUE EMERGIU DAS RUAS

Lambido do blog COSTA VERDE/MANGARATIBA/ANGRA DOS REIS/PARATY:

A voz que emergiu das ruas tem algo a dizer!
Dublê da Globo é dublê de líder da Veja
por Fernando Brito, no Tijolaço

O Blog ContextoLivre publica e a gente foi conferir. E achou muito mais.
Maycon Freitas, o entrevistado das Páginas Amarelas da Veja desta semana, como “representante” dos manifestantes da onda de protestos que tomou as ruas, presta serviços como dublê a Rede Globo de Televisão.
A Veja, é claro, nem se importou que Maycon tenha quase o dobro da idade da maioria dos manifestantes, mas o transformou num grande ativista cibernético.

Apresentado como “a voz que emergiu das ruas”, Maycon é apresentado como líder de uma comunidade no Facebook , a União Contra a Corrupção, onde se publica ou republica coisas como essa imagem aí do lado (NdaR: No Viomundo, acima), dizendo que os médicos cubanos (cadê?) são guerrilheiros disfarçados e que um golpe comunista está em marcha. É mentira, a página é mantida por Marcello Cristiano Reis, um advogado paulista.
Se tivesse ido olhar o perfil de Maycon no Facebook veria que, antes de virar “celebridade”, suas últimas postagens foram em janeiro, com pérolas do tipo:
“Mulher que diz que homem é tudo igual. É porque nunca soube fazer a diferença na vida de um.”
ou…
“No carnaval as mina pira, em novembro as mina ”pari”. “No carnaval os mano come, em novembro os mano some.”

Antes, em 2002, a vida estava boa para Maycon, como você pode ver nas fotos do líder de massas em Cancún, no México, num turismo “padrão FIFA” de deixar a gente com inveja. Como está sofrendo o revoltado Maycon!
Ah, essa internet…
Ah, essa Veja…







domingo, 7 de julho de 2013

COSTA VERDE/MANGARATIBA/ANGRA DOS REIS/PARATY

Este é o título do blog de Aylton Neves Mattos que luta por um Brasil independente, soberano, desde abril/2008. Link aí ao lado. Ele é um seguidor do meu blog e, também, do blog da Leila.
Quase sempre – digamos, que em 99% dos casos - concordo com o que ele escreve ou reproduz. Este 1% de discordância posso exemplificar com a frase de capa do seu blog “O melhor do Brasil é o brasileiro”. Penso que devia ser, mas não é, absolutamente. Pra mim, Aylton, o melhor do Brasil é a brasileira.
Ultimamente, ele tem escrito ou reproduzido matérias que vem ao encontro do que tenho defendido por aqui. Por isso, e porque meu teclado anda meio calado, vou reproduzir algumas de suas postagens.
Não conseguirei escrever no meu estilo sarcástico enquanto não tirar do pensamento a imagem da menina natimorta no HMVSB.
A primeira reprodução é a que segue em itálico porque li que 85% dos 185.000 que responderam à enquete do IG sobre o plebiscito se mostraram contra o financiamento público das campanhas. Algo que tenho sempre defendido. Quem é contra é claro que não sabe por quê. Nem sabe que os políticos profissionais também são contra, pois favorece aqueles que não têm patrocínio dos corruptores.
O blog do Aylton explica por que somos favoráveis.

Plebiscito pode economizar bilhões

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog

Em minha humilde ignorância, confesso que não entendo quem diz que o plebiscito sobre reforma política pode custar caro demais. Meio bilhão, disse alguém.
Até ministros do STF tocaram neste assunto.
Data Venia, eu acho estranho.
Falar em meio bilhão ou até mais é falar de uma pechincha.
Nós sabemos que o Brasil tem um dos sistemas eleitorais mais caros do mundo. Isso porque é um sistema privado, em que empresas particulares disputam o direito de alugar os poderes públicos para defender seus interesses em troca de apoio para seus votos. As estimativas de gastos totais – é disso que estamos falando -- com campanhas eleitorais superam, com facilidade, meio bilhão de reais. São gastos que ocorrem de quatro em quatro anos, aos quais deve-se acrescentar uma soma imponderável, o caixa 2. Sem ser malévolo demais, não custa recordar que cada centavo investido em campanha é recuperado, com juros, ao longo do governo. Quem paga, mais uma vez, é o contribuinte.
O debate não é apenas este, porém.
Um plebiscito pode dar um impulso decisivo para o país construir um sistema de financiamento público, em que os recursos do Estado são empregados para sustentar a democracia – e não negócios privados.
Explico. Nos dias de hoje, o limite dos gastos eleitorais é dado pelo volume dos interesses em jogo. Falando de um país com um PIB na casa do trilhão e uma coleção de interesses que giram em torno do Estado na mesma proporção, você pode imaginar o que está em jogo a cada eleição.
Bancos contribuem com muito. Empreiteiras e grandes corporações, também. Como a economia não é feita por anjos nem a política encenada por querubins, o saldo é uma dança milionária na campanha. Troca-se o dinheiro da campanha pelo favor do governo. Experimente telefonar para o gabinete de um simples deputado e pedir para ser atendido. Não passará do cidadão que atender o telefone e anotar o recado, certo?
Mas dê um milhão de reais para a campanha deste deputado e conte no relógio os segundos que irá esperar para ouvir sua voz ao telefone. Não é humano. É político.
Não venha me falar que isso acontece porque o brasileiro está precisando tomar lições de moral na escola e falta colocar corruptos na cadeia em regime de prisão perpétua.
O sistema eleitoral norte-americano é privado, os poderes públicos são alugados por empresas de lobistas e muito daquilo que hoje se faz por baixo do pano, no Brasil, pode-se fazer às claras nos EUA.
A essência não muda, porém. Empresas privadas conseguiram impedir uma reforma do sistema de saúde que pudesse atender à maioria da população a partir de uma intervenção maior do Estado, como acontece na Europa. Por causa disso, os norte-americanos pagam por uma saúde mais cara e muito menos eficiente em comparação com países de desenvolvimento semelhante.
A força do dinheiro privado nos meios políticos explica até determinadas aventuras militares, estimulando investimentos desnecessários e nocivos ao país e mesmo para a humanidade.
Só para lembrar: na Guerra do Iraque, que fez pelo menos 200.000 mortos, George W. Bush beneficiava, entre outros, interesses dos lobistas privados do petróleo, negocio dos amigos de sua família, e de empresas militares, atividade do vice Dick Cheney.
Essa é a questão. A reforma política poderá consumar a necessária separação entre dinheiro e política, ao criar um sistema de contribuição pública exclusiva para campanhas eleitorais, ponto decisivo para uma política feita a partir de ideias, visões de mundo, valores e propostas – em vez de interesses encobertos e fortunas de bastidor.
Pense na agenda do país para os próximos anos. Os interesses privados, mais do que nunca, estarão cruzados no debate público. Avançando sobre parcelas cada vez maiores da classe média e dos trabalhadores, os planos privados de saúde só podem sobreviver com subsídios cada vez maiores do Estado. O mesmo se pode dizer de escolas privadas.
Não se trata, é obvio, de uma batalha fácil. Não faltam lobistas privados para chamar o financiamento público de gigantismo populista e adjetivos do gênero. Eles não querem, na verdade, perder a chance de votar muitas vezes. No dia em que vão à urna, como eu e você. No resto do mandato dos eleitos, quando pedem a recompensa por seus favores.
Com este dinheiro, eles garantem um privilégio. Impedem a construção de um país onde cada eleitor vale um voto.
Os 513 congressistas que irão debater a reforma política são filhos do esquema atual. Todos têm seus compromissos com o passado e muitos se beneficiam das receitas privadas de campanha para construir um patrimônio pessoal invejável. As célebres “sobras de campanha” estão na origem de muitas fortunas de tantos partidos, não é mesmo?
O plebiscito é um caminho para se mudar isso. Permitirá um debate esclarecedor a esse respeito. Caso o financiamento público seja aprovado, colocará a opinião da população na mão dos deputados que vão esclarecer a reforma.